Dez jogadores marcantes na história recente do Sacavenense |
Fundado a 19 de março de 1910, em
pleno período de efervescência republicana, o Sport
Grupo Sacavenense nunca atingiu as ligas profissionais, mas tem competido
quase sempre nos campeonatos nacionais.
Ao longo da sua história, o emblema
da cidade de Sacavém participou por 25 vezes na II Divisão, duas na II
Divisão B, 32 na III Divisão e encontra-se a jogar pela oitava temporada
(consecutiva) no Campeonato
de Portugal, tendo disputado a fase de promoção em 2016-17.
Os rubro-negros,
que também pautam pelo ecletismo, sagraram-se campeões nacionais da III Divisão
em 1977-78 e atingiram os quartos de final da Taça
de Portugal em 1960-61.
Paralelamente, o Sacavenense
tem sido um autêntico viveiro de craques, tendo passado pela formação do clube
jogadores como José Fonte, João Cardoso, Almami Moreira, Rúben
Semedo, Rui Fonte, Marco Cláudio, João Palhinha, Rui Duarte, Zezinho e
Pedro Amador.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Sacavenense
no Campeonato
de Portugal.
10. Carlos Bebé (80 jogos)
Defesa lateral nascido em Lisboa, mas internacional A por Cabo
Verde, chegou aos juniores do Sacavenense
em 2010-11, tendo transitado para a equipa principal na época seguinte, na
altura para competir na III Divisão Nacional.
No verão de 2013 mudou-se para o Loures,
tendo ainda passado por Atlético Tojal e União
de Montemor antes de regressar a Sacavém dois anos após ter saído, tendo
amealhado 61 jogos (59 a titular) no Campeonato
de Portugal entre 2015 e 2017, contribuindo para o apuramento para a fase
de promoção à II
Liga em 2016-17.
Depois de passagens por Pinhalnovense,
Olímpico
Montijo e Oriental
Dragon, Carlos Bebé voltou mais uma vez ao emblema
rubro-negro no verão de 2009 para somar mais 19 partidas (todas como
titular) e um golo (ao 1º
Dezembro, em janeiro de 2021) no Campeonato
de Portugal ao longo de duas épocas. Em novembro de 2020 viveu um momento
muito especial, ao fazer a assistência para o golo do Sacavenense
na goleada sofrida às mãos do Sporting
na Taça
de Portugal (1-7).
“[O Sacavenense]
é um clube muito especial para mim, gosto muito do clube, das pessoas que
dirigem o clube. Fiz aqui a formação, fiz os meus primeiros anos de sénior
aqui. Embora ser um clube amador, trabalhamos como profissionais. Há muito
rigor, muita organização, muita seriedade e isso é muito importante para que o
clube consiga os seus objetivos”, afirmou ao portal RFI em novembro de 2020.
No verão de 2021 transferiu-se para o Oriental
Dragon.
9. Saavedra (83 jogos)
Saavedra |
Médio que jogou na II
Liga por Barreirense e Trofense
e que entre 2008 e 2014 esteve emigrado no Chipre (sete anos) e na Grécia (um),
regressou a Portugal pela porta do Loures,
mas no verão de 2016 ingressou no Sacavenense,
aos 35 anos.
Na primeira passagem pelo emblema
rubro-negro, de três temporadas, Saavedra amealhou 67 partidas (65 a
titular) e cinco golos no Campeonato
de Portugal, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II
Liga em 2016-17.
Em 2019-20 começou a temporada no União
de Santarém, mas em janeiro regressou a Sacavém. Contudo, a eclosão da
pandemia de covid-19 adiou-lhe a reestreia pelo Sacavenense
para a época seguinte, em que atuou em 16 jogos (13 a titular) e apontou dois
golos, diante de Caldas
e Loures.
“O clube que me marcou mais foi o Sacavenense.
É um clube diferente, e não digo por estar lá agora. Todos os jogadores que
saem de Sacavém querem voltar e sentem-se bem, pois é um ambiente familiar que
não se vê em mais lado nenhum. As pessoas são boas, genuínas, não arranjam
problemas. Não pagam mais porque não podem. Foi onde mais gostei de jogar”,
contou ao Maisfutebol em novembro de 2020, em vésperas de um jogo
da Taça
de Portugal frente ao Sporting
no qual atou cerca de 60 minutos.
No verão de 2021 transferiu-se para o Alta de Lisboa.
8. Fábio Horta (84 jogos)
Fábio Horta |
Extremo formado em grande parte no Sacavenense,
transitou para a equipa principal em 2012-13, na altura para competir na III
Divisão, não conseguindo impedir a despromoção aos distritais da AF
Lisboa.
Na época seguinte contribuiu para a promoção
ao então denominado Campeonato
Nacional de Seniores, patamar em que amealhou 82 partidas (57 a titular) e
dez golos entre 2014 e 2017, tendo contribuído para o apuramento para a fase de
subida em 2016-17.
Em 2017-18 dividiu a temporada entre Pinhalnovense
e Oriental
Dragon, tendo depois feito uma pausa na carreira.
Em 2021-22 regressou aos relvados, mais uma
vez com a camisola
rubro-negra, mas não foi além de dois jogos como suplente utilizado (e uma
expulsão) no Campeonato
de Portugal.
7. Iaquinta (91 jogos)
Iaquinta |
O melhor marcador de sempre do Sacavenense
no Campeonato
de Portugal, com 18 golos.
Tem alcunha de ponta de lança italiano, mas é (internacional) guineense,
tendo chegado ao futebol português em 2015-16 para jogar no Coruchense.
Após uma passagem pelo Sintrense,
ingressou no Sacavenense
no verão de 2017.
Nessa primeira estadia em Sacavém, de duas épocas, amealhou 56 encontros
(42 a titular) e 15 golos no Campeonato
de Portugal.
No verão de 2018 transferiu-se para o Benfica
Castelo Branco, mas ao fim de poucos meses regressou ao emblema
rubro-negro, pelo qual somou mais 35 partidas (26 a titular) e três golos
no anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
Nesta segunda passagem pelo clube
do concelho de Loures viveu um momento inesquecível, ao marcar ao Sporting
num jogo da Taça
de Portugal. “Queria dedicar este golo à memória do meu pai, que faleceu há
menos de três meses. O sonho dele era um dia sentar-se à frente do televisor e
ver-me a jogar futebol, mas infelizmente...”, afirmou, emocionado, na flash interview.
No início da temporada 2021-22 mudou-se para os alentejanos
do Serpa.
6. Hugo Cardoso (91 jogos)
Hugo Cardoso |
Disputou o mesmo número de jogos de Iaquinta, mas amealhou mais 1854 minutos em campo - 8006 contra 6152.
Guarda-redes que jogou ao lado de Rui Patrício, Miguel Veloso, João Moutinho, Yannick Djaló, Fábio Paím e Nani nas camadas jovens no Sporting, passou pelos seniores de clubes como Estrela da Amadora, Alcochetense, 1º Dezembro, Odivelas, Carregado, União de Leiria, União de Montemor, Loures e Sporting de Macau antes de ingressar pela primeira vez no Sacavenense no verão de 2016.
Ao longo de três épocas em Sacavém amealhou 83 encontros e 78 golos sofridos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2016-17, temporada em que chegou a estar sete jogos consecutivos sem sofrer golos.
No verão de 2019 transferiu-se para o 1º Dezembro, tendo ainda passado pelo Real SC antes de regressar ao emblema rubro-negro no início da presente época, em que já leva oito jogos e cinco golos sofridos no Campeonato de Portugal.
5. João Job (95 jogos)
João Job |
Jogador polivalente, capaz de cobrir várias posições da defesa e do
meio-campo, jogou na formação do Benfica
e passou pelos seniores de Real
SC, Sanjoanense (de São João da Talha), Loures
e Benfica
Castelo Branco antes de ingressar no Sacavenense
no verão de 2017.
Desde então que leva 95 encontros (87 a titular) e dois golos pelo emblema
rubro-negro no Campeonato
de Portugal.
Ao longo deste tempo, foi ganhando estatuto no balneário, ao ponto de se
ter tornado capitão de equipa. Foi nessa condição que atuou os 90 minutos na
eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting,
em novembro de 2020.
4. Joel Neves (96 jogos)
Joel Neves |
Médio ofensivo/extremo internacional A por São Tomé e Príncipe, jogou ao
lado de Rafael
Barbosa e Matheus Pereira na formação do Sporting
antes de ingressar nos iniciados do Sacavenense
em 2010-11.
Em 2014-15 transitou para a equipa principal, quando ainda era júnior.
Nessa e na época seguinte totalizou 37 jogos (33 a titular) e dois golos no
anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
No verão de 2016 transferiu-se para o Loures,
mas um ano depois regressou a Sacavém para amealhar mais 59 encontros (42 a
titular) e quatro remates certeiros no Campeonato
de Portugal. Em setembro de 2018 viveu um momento inesquecível, ao marcar
um dos golos que eliminaram o Varzim, da II
Liga, na Taça
de Portugal.
Em meados de 2019 mudou-se para o Oriental.
3. Léo Mofreita (99 jogos)
Léo Mofreita |
Extremo que jogou na formação do Benfica às
ordens de Bruno
Lage e ao lado de nomes como Bernardo
Silva, Ricardo
Horta ou Hélder Costa, ingressou nos juniores do Sacavenense
em 2011-12, tendo sido companheiro de equipa de João Palhinha antes de transitar
para a equipa principal duas épocas depois, contribuindo para a promoção ao
anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
Entre 2014 e 2017 totalizou 83 jogos (45 a titular) e dez remates
certeiros pelo emblema
rubro-negro no Campeonato
de Portugal.
No verão de 2017 transferiu-se para o Pêro
Pinheiro, tendo ainda passado pelo União
de Santarém antes de regressar a Sacavém em 2020-21, época em que defrontou
o Sporting
na Taça
de Portugal e disputou 16 jogos (11 a titular) no Campeonato
de Portugal.
Em meados de 2021 mudou-se para o Atlético Povoense.
2. Cláudio (105 jogos)
Cláudio |
Avançado que jogou nas escolinhas do Benfica,
passou pelos seniores de Sátão, SL Olivais e Atlético Povoense antes de passar
pela primeira vez no Sacavenense
entre 2009 e 2011, tendo contribuído para a conquista do título distrital da AF
Lisboa e consequente promoção à III Divisão Nacional em 2009-10.
Após passagens por Boavista
e Eléctrico,
regressou a Sacavém no verão de 2012 para alcançar mais uma subida de divisão
em 2012-13, desta feita ao Campeonato
de Portugal, patamar em que amealhou 105 encontros (64 a titular) e onze
golos com a camisola
rubro-negra entre 2014 e 2018, tendo contribuído para o apuramento para a
fase de promoção à II
Liga em 2016-17.
1. Duque (181 jogos)
Duque |
Defesa central que concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior
no Linda-a-Velha, mudou-se para o Sacavenense
no verão de 2013.
Na primeira época em Sacavém ajudou o clube a subir ao anteriormente
denominado Campeonato
Nacional de Seniores, patamar em que amealhou 145 jogos (137 a titular) e
sete golos entre 2014 e 2019, tendo contribuído para o apuramento para a fase
de promoção à II
Liga em 2016-17.
Em 2019-20 representou o Sintra
Football, mas no final dessa época regressou ao emblema
rubro-negro, pelo qual já somou mais 36 encontros (todos como titular) no Campeonato
de Portugal desde o verão de 2020. Em novembro de 2020 atuou os 90 minutos
na eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting,
no Jamor.
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