Sp. Braga e Paris Saint-Germain mediram forças em março de 2009 |
A minha primeira memória de jogos
entre Sp.
Braga e equipas francesas remontam precisamente aos primeiros duelos oficiais
entre os bracarenses
e clubes gauleses, em março de 2009, frente ao Paris
Saint-Germain, em partidas dos oitavos de final da Taça
UEFA.
Naquela altura, os minhotos eram
orientados por Jorge
Jesus, que incutia uma arrogância positiva a um plantel compostos
maioritariamente por jogadores que a dada altura das suas carreiras não
couberam nos chamados três grandes (João Pereira, Evaldo, César Peixoto,
Jorginho, Luís Aguiar, Alan e Rentería) e futebolistas recrutados em clubes
menores em Portugal (Vandinho, Mossoró, Paulo César e Matheus), sem esquecer
alguns investimentos no estrangeiro, nomeadamente no mercado brasileiro, e
alguma aposta na prata da casa (Eduardo, Stélvio e Orlando
Sá).
Já o Paris
Saint-Germain ainda não era controlado pelo Qatar Sports Investments (QSI)
e era uma espécie de promessa de colosso europeu que tardava em cumprir-se, sem
ganhar o título francês desde 1993-94 e com dificuldades em assegurar a
permanência na Ligue
1 em 2006-07 e 2007-08. Mas no plantel havia internacionais franceses como
o guarda-redes Mickaël Landreau, os centrais Mamadou Sakho e Zoumana Camara, os
médios defensivos Claude Makélélé e Clément Chantôme, o médio ofensivo Jérôme
Rothen, o extremo Ludovic Giuly e os avançados Péguy Luyindula e Guillaume
Hoarau e internacionais por outros países como o guarda-redes arménio Apoula
Edel, o central maliano Sammy Traoré, o central congolês Larrys Mabiala, o
médio ofensivo beninês Stéph Sessègnon e o avançado sérvio Mateja Kezman.
Embora o Sp.
Braga estivesse longe de ter um plantel com tantos nomes sonantes a nível
mundial, a verdade é que os arsenalistas
foram à capital francesa empatar a zero na primeira-mão, a 12 de março de 2009.
“O Sp.
Braga preferia o empate com golos, mas, certamente, regressa a casa com um
sorriso bem rasgado, perante um nulo que abre excelentes perspetivas para a
segunda mão dos oitavos-de-final da Taça
UEFA. O PSG
assustou na etapa complementar, mas provou que não é um bicho papão, fora do
alcance dos guerreiros
do Minho. Longe disso. Foi um Braga
real no Parque dos Príncipes. Uma vez mais, o Sp.
Braga terá surpreendido os seus adversários pela postura altiva apesar da
falta de historial europeu. Parecia quase arrogância, aquela arrogância que
normalmente é apontada ao técnico Jorge
Jesus, mas extremamente útil e louvável como argumento central apresentado
por uma equipa em nada inferior ao Paris
Saint-Germain. Pedro Pauleta foi homenageado pelos locais e acompanhou o
encontro a partir das bancadas do Parque dos Príncipes. O antigo internacional
português seria um dos elementos mais identificados com a audácia minhota. O Paris
Saint-Germain, sobretudo na primeira metade, pareceu claramente
surpreendido com a maturidade de uma equipa portuguesa que costuma ficar na
sombra dos denominados grandes”, escreveu o Maisfutebol.
Na segunda-mão, esperava-se que o
Sp.
Braga, que tinha empatado no Parc des Princes e agora jogava em casa, pudesse
superiorizar-se e chegar finalmente aos quartos de final da competição. Mas não
aconteceu. Depois de o 0-0 ter resistido durante 80 minutos, Hoarau saltou do
banco para aproveitar uma saída em falso de Eduardo a um livre para, de cabeça,
marcar o golo que deu a vitória aos parisienses.
Foi como morrer na praia.
“Crueldade intolerável. Terceira
presença nos oitavos-de-final, terceiro falhanço no ataque ao patamar dos oito
melhores da Taça
UEFA. Um cabeceamento, um miserável cabeceamento de Hoarau a dez minutos do
fim destruiu o sonho do Sp.
Braga na Europa. Os minhotos repetem, assim, as prestações de 1997-98 e de 2006-07:
depois do Schalke
04 e do Tottenham,
o PSG
fez de carrasco. Injustiça. A palavra assenta como uma luva a esta crónica. O Sp.
Braga, honra lhe seja feita, em nada foi inferior ao PSG.
Jogou mais, teve mais bola e mais oportunidades de golo. Mas de que servem
tantos elogios, depois de castigo tão pesado? Pouco, nada. Nas mentes minhotas,
apenas há lugar às lágrimas, ao trincar de lábios e ao revisitar do momento
decisivo: má abordagem de Eduardo a um cruzamento e golo do PSG.
A baliza da seleção faz mal a qualquer um”, resumiu o Maisfutebol.
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