quinta-feira, 10 de março de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Sp. Braga e equipas francesas

Sp. Braga e Paris Saint-Germain mediram forças em março de 2009
A minha primeira memória de jogos entre Sp. Braga e equipas francesas remontam precisamente aos primeiros duelos oficiais entre os bracarenses e clubes gauleses, em março de 2009, frente ao Paris Saint-Germain, em partidas dos oitavos de final da Taça UEFA.
 
Naquela altura, os minhotos eram orientados por Jorge Jesus, que incutia uma arrogância positiva a um plantel compostos maioritariamente por jogadores que a dada altura das suas carreiras não couberam nos chamados três grandes (João Pereira, Evaldo, César Peixoto, Jorginho, Luís Aguiar, Alan e Rentería) e futebolistas recrutados em clubes menores em Portugal (Vandinho, Mossoró, Paulo César e Matheus), sem esquecer alguns investimentos no estrangeiro, nomeadamente no mercado brasileiro, e alguma aposta na prata da casa (Eduardo, Stélvio e Orlando Sá).
 
Já o Paris Saint-Germain ainda não era controlado pelo Qatar Sports Investments (QSI) e era uma espécie de promessa de colosso europeu que tardava em cumprir-se, sem ganhar o título francês desde 1993-94 e com dificuldades em assegurar a permanência na Ligue 1 em 2006-07 e 2007-08. Mas no plantel havia internacionais franceses como o guarda-redes Mickaël Landreau, os centrais Mamadou Sakho e Zoumana Camara, os médios defensivos Claude Makélélé e Clément Chantôme, o médio ofensivo Jérôme Rothen, o extremo Ludovic Giuly e os avançados Péguy Luyindula e Guillaume Hoarau e internacionais por outros países como o guarda-redes arménio Apoula Edel, o central maliano Sammy Traoré, o central congolês Larrys Mabiala, o médio ofensivo beninês Stéph Sessègnon e o avançado sérvio Mateja Kezman.
 
Embora o Sp. Braga estivesse longe de ter um plantel com tantos nomes sonantes a nível mundial, a verdade é que os arsenalistas foram à capital francesa empatar a zero na primeira-mão, a 12 de março de 2009.
 
“O Sp. Braga preferia o empate com golos, mas, certamente, regressa a casa com um sorriso bem rasgado, perante um nulo que abre excelentes perspetivas para a segunda mão dos oitavos-de-final da Taça UEFA. O PSG assustou na etapa complementar, mas provou que não é um bicho papão, fora do alcance dos guerreiros do Minho. Longe disso. Foi um Braga real no Parque dos Príncipes. Uma vez mais, o Sp. Braga terá surpreendido os seus adversários pela postura altiva apesar da falta de historial europeu. Parecia quase arrogância, aquela arrogância que normalmente é apontada ao técnico Jorge Jesus, mas extremamente útil e louvável como argumento central apresentado por uma equipa em nada inferior ao Paris Saint-Germain. Pedro Pauleta foi homenageado pelos locais e acompanhou o encontro a partir das bancadas do Parque dos Príncipes. O antigo internacional português seria um dos elementos mais identificados com a audácia minhota. O Paris Saint-Germain, sobretudo na primeira metade, pareceu claramente surpreendido com a maturidade de uma equipa portuguesa que costuma ficar na sombra dos denominados grandes”, escreveu o Maisfutebol.
 
 
 
Na segunda-mão, esperava-se que o Sp. Braga, que tinha empatado no Parc des Princes e agora jogava em casa, pudesse superiorizar-se e chegar finalmente aos quartos de final da competição. Mas não aconteceu. Depois de o 0-0 ter resistido durante 80 minutos, Hoarau saltou do banco para aproveitar uma saída em falso de Eduardo a um livre para, de cabeça, marcar o golo que deu a vitória aos parisienses. Foi como morrer na praia.
 
“Crueldade intolerável. Terceira presença nos oitavos-de-final, terceiro falhanço no ataque ao patamar dos oito melhores da Taça UEFA. Um cabeceamento, um miserável cabeceamento de Hoarau a dez minutos do fim destruiu o sonho do Sp. Braga na Europa. Os minhotos repetem, assim, as prestações de 1997-98 e de 2006-07: depois do Schalke 04 e do Tottenham, o PSG fez de carrasco. Injustiça. A palavra assenta como uma luva a esta crónica. O Sp. Braga, honra lhe seja feita, em nada foi inferior ao PSG. Jogou mais, teve mais bola e mais oportunidades de golo. Mas de que servem tantos elogios, depois de castigo tão pesado? Pouco, nada. Nas mentes minhotas, apenas há lugar às lágrimas, ao trincar de lábios e ao revisitar do momento decisivo: má abordagem de Eduardo a um cruzamento e golo do PSG. A baliza da seleção faz mal a qualquer um”, resumiu o Maisfutebol.
 








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