sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Hoje faz anos um internacional jovem português e antigo capitão do Amora. Quem se lembra de Jorge Paixão?

Jorge Paixão capitaneou o Amora e jogou na I Divisão pela Académica
Hoje é mais conhecido pelo seu trabalho como treinador, tendo chegado a orientar o Sp. Braga e feito bons trabalhos nas divisões secundárias, mas antes foi um avançado internacional jovem português que passou pelos juniores do Benfica e chegou a jogar na I Divisão ao serviço da Académica.
 
Nascido a 19 de dezembro de 1965, em Almada, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Almada, clube que o pai, Fernando Paixão, presidia. Em 1980 mudou-se para o Amora, onde concluiu a formação quatro anos depois e voltou a ter o pai como presidente. Pelo meio, representou os juniores do Benfica em 1982-83. Nessa época estreou-se pela seleção nacional de sub-16. Na temporada seguinte, de regresso à Medideira, jogou pela primeira vez pela equipa principal, então recém-despromovida à II Divisão Nacional, ainda com idade de júnior, e somou mais sete internacionalizações, mas pelos sub-18.

Hoje faz anos o defesa que dedicou a vida ao Benfica. Quem se lembra de António Bastos Lopes?

Bastos Lopes jogou 387 vezes pelo Benfica entre 1973 e 1986
Um exemplo de devoção a um clube, o Benfica. Chegou à Luz como júnior em 1970 após ter começado a jogar futebol no Odivelas, subiu à equipa principal dois anos depois e por lá se manteve durante 15 temporadas, até ao final da carreira. Mais tarde voltou aos encarnados como treinador nas camadas jovens – atualmente é adjunto de Pedro Faria nos juvenis.
 
Nascido a 19 de dezembro de 1953 em Lisboa, António Bastos Lopes era um fiável defesa que começou como lateral direito e passou pelo lado esquerdo do setor mais recuado, mas que se tornou num central de qualidade. Depois de uns três primeiros anos na equipa principal marcados por uma escassa utilização, beneficiou da saída de Humberto Coelho para o Paris Saint-Germain em 1975 para se estabelecer como titular, resistindo à concorrência de Eurico Gomes, Carlos Alhinho e João Laranjeira. Já numa fase mais adiantada da carreira foi importante para a integração de centrais como Oliveira e Samuel.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

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Neste dia em 1921, a seleção disputou o seu primeiro jogo, em Madrid, apesar da… guerra Lisboa-Porto

A primeira seleção portuguesa, a 18 de dezembro de 1921
Foi a 18 de dezembro de 1921 que, pela primeira vez, a seleção nacional portuguesa disputou um jogo. Foi uma esperada derrota às mãos da vizinha Espanha (1-3), em Madrid, depois de a escolha dos jogadores ter originado muita polémica.
 
Esse primeiro dérbi ibérico esteve para se realizar em 1912, mas houve falta de acordo, pois os espanhóis queriam que os portugueses suportassem todas as despesas da partida. Oito anos depois, e já com a Federação Portuguesa de Futebol, então denominada União Portuguesa de Futebol, fundada (a 31 de março de 1914), as negociações foram retomadas. Depois de alguns adiamentos, o tão esperado encontro foi disputou-se na capital espanhola.

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Virgolino, pai de Jorge Jesus e jogador do Sporting em tempos de violinos

Virgolino disputou 10 jogos pelo Sporting entre 1943 e 1945
Aparecia nas fichas de jogo como “Jesus (Bom Sucesso)”, numa referência a um pequeno clube de Lisboa que representou, jogou no Sporting numa altura em que começavam a chegar aos leões os chamados Cinco Violinos, mas com o passar dos anos ficou mais conhecido como o pai de Jorge Jesus.
 
Nascido a 18 de dezembro de 1924 em Linda-a-Velha, no concelho de Oeiras, Virgolino António de Jesus foi acumulando o futebol com o trabalho na Celcat, uma empresa de cabos elétricos onde mais tarde também o filho trabalho como aprendiz de soldador.
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Vítor Gonçalves, o campeão pelo Sporting e internacional A que só começou a andar aos cinco anos

Vítor Gonçalves representou o Sporting entre 1966 e 1973
Só começou a andar com cinco anos devido a uma doença óssea rara e aos 21 anos ainda jogava nos campeonatos regionais de Lisboa, mas foi a tempo de se tornar campeão pelo Sporting e duas vezes internacional A por Portugal.
 
Nascido em Lisboa a 25 de fevereiro de 1944, Vítor Gonçalves iniciou-se no futebol em 1960 nos juniores do Santa Catarina, mas foi no Linda-a-Pastora Sporting Clube que se começou a destacar, nos regionais lisboetas, entre 1962 e 1965. Em 1965-66 foi cedido ao Atlético e fez parte da equipa que garantiu a subida à I Divisão.
 
Valorizado pelos bons desempenhos, assinou pelo Sporting no verão de 1966, num negócio que rendeu 360 contos ao clube de Queijas, que aproveitou o encaixe para comprar o edifício onde instalou a sua sede social.

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O central duro e forte na marcação que jogou na I Liga pelo Gil Vicente. Quem se lembra de Ivo Afonso?

Ivo Afonso subiu a Naval à I Liga após quatro anos em Barcelos
Era um central à antiga: alto (1,86 m), duro e talhado para marcações cerradas. Mário Jardel, João Tomás e Deco que o digam. Disputou 59 jogos e apontou um golo na I Liga entre 2000 e 2004, todos ao serviço do Gil Vicente.
 
Nascido a 17 de dezembro de 1975 na cidade do Porto, Ivo Afonso fez grande parte do Boavista, clube que o catapultou para as seleções jovens nacionais – foi duas vezes internacional pelos sub-17 e cinco pelos sub-18.
 
Porém, uma grave lesão antes do Campeonato da Europa de sub-18, em 1994, condicionou a sua afirmação. “Tinha feito a formação no Boavista, onde fui campeão com o falecido Queiró e um excelente grupo de irmãos. Aquele clube moldou-me como jogador e como homem. Infelizmente, rebentei o joelho antes do Campeonato da Europa de sub-18, em 1994, em que fomos campeões frente à Alemanha”, contou ao Maisfutebol em maio de 2016.

O “Tamagochi” do Benfica. Quem se lembra de Seo Jung-won?

Seo Jung-won disputou quatro particulares pelo Benfica em julho de 1997
Foi a grande surpresa da pré-época do Benfica em 1997-98. Era um extremo rapidíssimo internacional pela Coreia do Sul, foi rapidamente batizado pelos adeptos e chegou a disputar quatro jogos de preparação de águia ao peito, mas não ficou no plantel então comandado por Manuel José.
 
Mas Seo Jung-won, nascido a 17 de dezembro de 1970 em Gwangju, um subúrbio a sudeste de Seul, foi muito mais do que o animador de serviço de uma pré-temporada encarnada. Foi também um jogador que construiu uma carreira muito digna, na qual constam 88 internacionalizações pela seleção sul-coreana, duas participações em Mundiais (1994 e 1998) e dois títulos de campeão asiático pelo Suwon Samsung Bluewings (2000-01 e 2001-02).

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Quatro jogadores que jogaram por Vitória FC e Almada

Vitória de Setúbal e Almada vão defrontar-se este domingo
São atualmente primeiro e último classificado da I Divisão Distrital da AF Setúbal, mas durante largas décadas Vitória de Setúbal e Almada foram dois dos clubes mais representativos do distrito.  Enquanto os sadinos já venceram três Taças de Portugal e uma da Taça da Liga e somaram mais de 70 presenças na I Divisão e uma dezena de participações nas provas europeias, os almadenses contabilizaram 25 presenças na II Divisão e 22 na III Divisão Nacional.
 
No próximo domingo, 21 de dezembro, os dois conjuntos vão defrontar-se pela terceira vez na história – depois de um duplo confronto na II Divisão Nacional em 1951-52 –, numa partida agendada para as 15 horas, no Estádio do Bonfim, a contar para a 12.ª jornada da I Divisão Distrital.
 
Vale por isso a pena recordar os quatro jogadores que passaram pelas equipas principais de ambos os clubes.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

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A despedida de John Cena ou… o dia em que o wrestling me fez chorar

John Cena despediu-se dos ringues da WWE ao fim de 23 anos 
Talvez o avanço da idade me tenha tornado mais sensível. Ou então foi da falta de hábito em ver um combate de wrestling realmente importante sem spoilers. Mas não contive as lágrimas após a última luta da carreira de John Cena.
 
 Não aguentei aquela montanha russa de emoções. A WWE em geral, mas John Cena em particular, foi parte integrante dos meus últimos 20 anos. E o combate com Gunther, tecnicamente e atleticamente nada de especial, puxou muito pelas emoções. Porque o austríaco, após vencer o torneio para determinar o derradeiro adversário de Cena, tinha prometido fazê-lo desistir, e o combate foi colocando em cima da mesa uma ampla diversidade de possíveis desfechos: Cena vencer após um AA com um impacto acima do AA convencional (como aquele a partir do topo de um dos cantos), a justiça poética de uma eventual vitória de Cena via submissão (através do STF ou do próprio Sleeper Hold de Gunther como Jey Uso fez na WrestleMania),  o triunfo de Gunther via submissão ao fazer Cena desistir – algo que não se via há mais de duas décadas – ou a vitória de Gunther via submissão ao fazer Cena desmaiar.

O costa-marfinense do Sporting que Queiroz julgava ser o novo Eusébio. Quem se lembra de Ouattara?

Ouattara jogou de leão ao peito em 1995-96 e 1996-97
Ponta de lança muito poderoso fisicamente, mas com algumas limitações técnicas, foi contratado pelo Sporting no verão de 1995 por indicação de Carlos Queiroz, que acreditava o costa-marfinense “podia ser o novo Eusébio”, mas não foi além de seis golos em 27 jogos de leão ao peito em cerca de ano e meio.
 
Ahmed Ouattara, nascido a 15 de dezembro de 1969 em Abidjan, capital da Costa do Marfim, começou por se notabilizar ao serviço do Africa Sports, clube pelo qual se sagrou campeão nacional em 1989 e venceu a taça em 1989 e 1993, a Taça das Taças Africana em 1992 e a Supertaça Africana em 1992. Em 1993 foi ainda o melhor marcador do campeonato nacional, com 13 golos.
 
Em termos de seleção nacional A, estreou-se numa derrota na Argélia em agosto de 1989, somando aí a primeira de mais de duas dezenas de internacionalizações até 1999, tendo marcado presença nas edições de 1994 e 1998 da Taça das Nações Africanas.

Neste dia em 2001, houve dois penáltis, 51 faltas, 12 amarelos e um vermelho no último dérbi da velha Luz. Quem se lembra?

Jardel protagonista no 2-2 entre Benfica e Sporting
Foi o último jogo do antigo Estádio da Luz inteiro, antes de iniciar as obras de demolição que durante os meses seguintes diminuíram a capacidade do recinto. Foi também o último dérbi na velha Catedral. Mas o encontro ficou marcado na memória dos adeptos do futebol pelas imensas quezílias e pelas polémicas decisões do árbitro Duarte Gomes.
 
A contabilidade não deixa margem para dúvidas: 51 faltas, 12 cartões amarelos e um vermelho e dois penáltis (no mínimo) duvidosos.
 
O Sporting de Laszlo Bölöni partiu para essa jornada, a 15.ª, na liderança da I Liga, com mais um ponto que o FC Porto de Octávio Machado, dois que o Benfica de Toni e três que o Boavista de Jaime Pacheco, mas a zona cimeira da tabela classificativa esteve bem perto de ficar virada do avesso.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O defesa formado no Benfica que deu um tiro a Amorim, esteve em coma e participou no Secret Story. Quem conhece Bruno Simão?

Bruno Simão foi internacional jovem português
Nos últimos meses tornou-se conhecido do grande público em virtude de ter sido concorrente no Secret Story 9, mas a sua história de vida vai muito além disso. Foi um futebolista profissional formado no Benfica e no Belenenses que jogou ao lado de Cristiano Ronaldo nas seleções jovens e representou clubes importantes na Roménia, na Eslováquia, no Azerbaijão e na Moldávia, escolheu o amigo Ruben Amorim para padrinho da filha, é irmão mais velho do médio David Simão, chegou a estar três dias em coma após sofrer um acidente de mota e namorou com Merche Romero.
 
Mas comecemos pelo início. Bruno Simão nasceu a 5 de maio de 1985 na cidade francesa de Versalhes, onde os pais estavam emigrados. Filho de um construtor civil e de uma doméstica e com uma irmã mais velha e um irmão mais novo, veio para Portugal com seis anos e experimentou os treinos de captação do Benfica aos sete, tendo ficado logo no clube do seu coração. Foi aí que conheceu Ruben Amorim, seu companheiro de equipa.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

O tio-avô de José Neto que deu cartas no futebol alentejano. Quem conhece Formoso?

Formoso jogou na II Divisão Nacional pelo Desportivo de Beja
O futebol corre nas veias de José Neto, lateral esquerdo campeão europeu e mundial de sub-17 que esta quarta-feira se estreou pela equipa principal do Benfica na vitória caseira sobre o Nápoles para a Liga dos Campeões (2-0).
 
Quem conhece o jovem defesa natural de Aljustrel e a família dele diz que o jeito para o futebol foi herdado do tio-avô, Carlos Formoso, um antigo médio também nascido na vila mineira, a 22 de fevereiro de 1953, e que brilhou nos pelados alentejanos durante as décadas de 1970 e 1980.
 
Tal como o sobrinho-neto, foi no Mineiro Aljustrelense que começou a jogar, na altura na equipa de juniores no final dos anos 1960, tendo transitado para a equipa principal em 1970-71.

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O brasileiro com potente remate que brilhou no Sporting. Quem se lembra de Rochemback?

Rochemback somou 100 jogos e 14 golos de leão ao peito
“Joga à defesa e ao ataque… Fábio Rochemback”, entoavam as claques do Sporting entre 2003 e 2005, período em que este médio brasileiro mostrou a sua melhor versão de leão ao peito.
 
Possante (1,83 m), dinâmico e dotado de qualidade técnica, visão de jogo e potente remate, este centrocampista de ascendência alemã nasceu a 10 de dezembro de 1981 em Soledade, no estado do Rio Grande do Sul. Começou por jogar futebol no Esporte Clube Missões, da sua cidade-natal, mas depressa captou a atenção dos olheiros de um dos principais clubes gaúchos, o Internacional de Porto Alegre.
 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Onze ideal de jogadores que jogaram por Barreirense e Moitense

Barreirense e Moitense defrontam-se este domingo
Dois clubes de concelhos vizinhos, Barreirense e Moitense têm historiais bem diferentes, uma vez que os do Barreiro contabilizam mais de duas dezenas de participações na I Divisão, enquanto os da Moita estiveram apenas seis anos nos campeonatos nacionais (1959-60, 1971-72 e entre 1981-82 e 1984-85), tendo conquistado o principal campeonato do seu distrito por duas ocasiões (1970-71 e 1980-81).
 
No entanto, foram dezenas e dezenas os jogadores que representaram as equipas principais de ambos, um ponto de interseção que em muito se deve à proximidade geográfica.
 
A poucos dias de se defrontarem na Verderena na 11.ª jornada da I Distrital (domingo, às 15h), vale a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram tanto por Barreirense como por Moitense, distribuídos em campo num 4x4x2.

Neste dia em 2001, o Vitória de Guimarães de Inácio bateu de forma clara o FC Porto de Octávio. Quem se lembra?

Vimaranense Marco ganha nas alturas ao craque portista Deco
Embora acompanhe futebol desde meados de 2000, não tenho grandes memórias de jogos entre FC Porto e Vitória de Guimarães durante os meus primeiros anos enquanto adepto da modalidade. Um dos poucos jogos que me recordo nesse período remonta a 8 de dezembro de 2001, quando o Vitória de Augusto Inácio recebeu o FC Porto de Octávio Machado.

sábado, 6 de dezembro de 2025

O romântico de Sines que trocou o dinheiro pela sua gente. Quem conhece a história de Márcio Madeira?

Márcio Madeira despediu-se das ligas profissionais aos 29 anos
Um dos últimos românticos do futebol português, um jogador que, aos 29 anos, trocou a II Liga pela II Divisão Distrital, abdicando do salário de futebolista profissional em prol do conforto de família e amigos que só Sines e o Vasco da Gama podiam dar.
 
Filho do antigo avançado Vítor Madeira, que passou por Vitória de Setúbal, Estoril e Marítimo, Márcio Madeira nasceu a 19 de agosto de 1985 na cidade portuária do litoral alentejano. Médio ofensivo/extremo canhoto, começou por jogar futebol nas camadas jovens do Vasco da Gama, mas no segundo ano de juvenil rumou ao Benfica, onde o irmão mais velho Vítor atuava na equipa B, e concluiu a formação no Vitória de Setúbal.

Edinho recorda época no Barreirense: “Não era muito opção. Havia um cuidado do mister Rachão…”

Edinho jogou pelo Barreirense na II Divisão B em 2002-03
Um exemplo de um futebolista que cresceu a pulso na carreira, Edinho fez quase toda a formação no Almada, clube pelo qual chegou a jogar nos campeonatos distritais da AF Setúbal numa das primeiras épocas de sénior e onde tinha o pai a acompanhá-lo de perto. No verão de 2002 deu o salto para o Barreirense e, embora anos depois tenha atingido o nível de I Liga e chegado a internacional A, não foi propriamente muito utilizado no Dom Manuel de Mello.
 
“Do Almada vou para o Barreirense, faço uma época com o José Rachão. Não era muito opção, mas era um treinador que apostava muito em mim e tinha a paciência para trabalhar comigo”, contou o antigo ponta de lança no programa Ukra by Night, da Sport TV, em novembro de 2025.
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