segunda-feira, 14 de abril de 2025

O marroquino comparado a Cristiano Ronaldo que falhou no Boavista. Quem se lembra de Zairi?

Vice-campeão africano em 2004 passou sem sucesso pelo Bessa em 2006
Era suposto ser uma bomba de mercado para o Boavista no verão de 2006, mas revelou-se uma enorme desilusão. Currículo e fama não faltava a Jaouad Zairi. Afinal, era na altura um extremo marroquino de apenas 24 anos que contabilizava já 87 jogos no campeonato francês, 10 nas competições europeias e quase 30 internacionalizações pela seleção de Marrocos, na qual havia sido lançado por Humberto Coelho em setembro de 2000 e pela qual se havia sagrado vice-campeão africano em 2004.
 
Jogador com alguma importância para o Sochaux entre 2001 e 2006, dava na vista pelo vasto reportório de fintas que apresentava, o que na altura lhe valia constantes comparações a Cristiano Ronaldo. “Fico muito contente quando me comparam com ele, mas sei que tenho de trabalhar muito para um dia poder chegar ao nível dele. Ainda sou pequeno, comparado com toda a qualidade do Cristiano Ronaldo”, afirmou aquando da sua apresentação enquanto novo jogador do Boavista.

O extremo transmontano que esteve 12 anos no FC Porto sem ser campeão. Quem viu jogar Nóbrega?

Nóbrega representou o FC Porto entre 1962 e 1974
Um dos primeiros grandes jogadores transmontanos e um raro exemplo de um jogador que esteve mais de uma década ao serviço do FC Porto sem conquistar qualquer título nacional, por ter estado no clube durante o maior período de jejum dos dragões, entre 1959 e 1978.
 
Extremo esquerdino, rápido e tecnicista natural de Vila Real, foi viver ainda tenra idade para a Invicta, onde fez a formação futebolística, tendo iniciado o percurso como sénior no Tirsense em 1961-62, por empréstimo dos azuis e brancos, no âmbito do negócio que levou Alberto Festa para as Antas.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

O campeão pelo Sporting que se tornou Pai de Santo. Quem se lembra de Afonso Martins?

Afonso Martins representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Atlanta
Médio ofensivo canhoto dotado de qualidade técnica e visão de jogo, nasceu na Póvoa de Varzim, mas emigrou para França com a família ainda em criança, tendo crescido futebolisticamente nas camadas jovens do Nancy.
 
Em 1991-92 estreou-se na Ligue 1, quando tinha apenas 18 anos, embora não tivesse conseguido impedir a descida de divisão. No entanto, continuou a dar nas vistas no segundo escalão gaulês, o que fez com que em abril de 1995 começasse a ser chamado às seleções jovens nacionais, no caso a de sub-21.
 
No mesmo ano assinou um contrato de sete anos com o Sporting, com o aval de Carlos Queiroz, e começou por justificar a aposta, tendo totalizado 87 jogos e sete golos nas primeiras épocas de leão ao peito, tendo vencido a Supertaça Cândido de Oliveira referente ao ano de 1995, mas já conquistada no último dia de abril de 1996, com vitória sobre o FC Porto em Paris (3-0). Uma semana antes, havia marcado o golo que valeu o triunfo sobre os dragões nas meias-finais da Taça de Portugal.

Luso, histórico do Barreiro com quatro presenças no Campeonato de Portugal e 27 na II Divisão

Luso jogou no Campo da Quinta Pequena entre 1926 e 2017
Fundado a 11 de abril de 1920, precisamente onze anos depois do vizinho Barreirense, o Luso Futebol Clube foi durante várias décadas uma presença habitual nas competições nacionais, tendo somado quatro presenças no antigo Campeonato de Portugal, 27 na II Divisão Nacional, 16 na III Divisão e ainda 17 na Taça de Portugal.
 
Fundado por Augusto Ferreira, Joaquim Paleta, Aníbal Praça, Manuel Preto, Paulo Maria Fernandes, Joaquim Figueiredo, João Pireza, António Ricardo, António José Lopes, António José da Costa, Manuel Salvador Preto, António Anin, Augusto da Silva, Joaquim Capela e Augusto Ferreira, o terceiro clube do Barreiro nasceu pobre, sem sede, pelo que as reuniões de direção tinham lugar na Taberna do Borges, na rua Conselheiro Joaquim António D'Aguiar (Rua Aguiar), bem perto da artéria que os barreirenses apelidam de Avenida da Praia.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Morreu o treinador neerlandês Leo Beenhakker. Quem se lembra dele?

Leo Beenhakker foi trabalhou como treinador entre 1972 e 2009
O antigo treinador neerlandês Leo Beenhakker, que conduziu o Real Madrid à conquista de um tricampeonato de futebol na década de 1980, morreu esta quinta-feira, aos 82 anos.
 
Em quase quatro décadas como treinador, entre 1972 e 2009, com um interregno pelo meio para ser coordenador técnico do Ajax, Beenhakker treinou 13 clubes e ainda quatro seleções, uma das quais a neerlandesa, que comandou no Mundial 1990, em Itália - caiu nos oitavos de final, aos pés da Alemanha, que viria a erguer o troféu.
 
Além de ter treinado Ajax e Feyenoord, com os quais se sagrou campeão neerlandês – pelo emblema de Amesterdão venceu também a Taça UEFA de 1991-92 –, destacou-se sobretudo no Real Madrid, conquistando um tricampeonato em Espanha (1986-87, 1987-88 e 1988-89), além de duas Supertaças espanholas e uma Taça do Rei.

Wynder foi o quarto americano a jogar pelo Benfica. Recorde os três primeiros e o que não chegou a estrear-se

Os primeiros quatro americanos a pertencer ao plantel do Benfica
Lançado esta quarta-feira por Bruno Lage a quinze minutos do fim na goleada do Benfica sobre o Tirsense em Barcelos (5-0), na primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal, o defesa central Joshua Wynder tornou-se no quarto jogador norte-americano a atuar pela equipa principal das águias.
 
Nascido a 2 de maio de 2005 em Louisville, no estado do Kentucky, ingressou nos quadros dos encarnados no verão de 2023, proveniente do Louisville City, equipa pela qual havia competido no USL Championship, competição paralela (mas menos conceituada) à Major League Soccer (MLS).
 
Internacional pelas seleções jovens dos Estados Unidos, marcou presença no Campeonato do Mundo de sub-20 em 2023, precisamente antes de se mudar para Portugal, e vai tentar ser o primeiro jogador nativo dos States a vingar na Luz.
 
Recorde os três primeiros jogadores americanos a jogar pelo Benfica e ainda um que não chegou a estrear-se.

“Guerra é guerra”. A epopeia do Benfica nas Antas em 1991 contada por Eriksson

César Brito decidiu clássico que encaminhou título de 1990-91
Treinador cada vez mais conceituado depois cinco anos em Itália ao leme de AS Roma (1984 a 1987) e Fiorentina (1987 a 1989), Sven-Göran Eriksson não hesitou quando recebeu um convite para voltar ao Benfica. “É possível avançar dando um passo atrás? Foi a questão que me coloquei quando o Benfica me contactou, na primavera de 1989, propondo-me o regresso a Portugal”, começou por contar o técnico sueco no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.
 
“Não queria deixar Itália, mas senti que se continuasse na Fiorentina não ia andar nem para trás, nem para a frente. Ficaria exatamente onde estava, no meio. A Fiorentina era uma equipa do meio da tabela [7.ª classificada em 1988-89 na Serie A] e sem grandes investimentos, lá ficaria. Tinha maiores ambições do que as de lutar por lugares na Taça UEFA. Já tinha ganho a Taça UEFA [pelo Gotemburgo, em 1981-82]. Já tinha sido campeão de Portugal por duas vezes [1982-83 e 1983-84]. Mas o Benfica ia jogar na Taça dos Campeões [Europeus]. Eu queria o cargo”, prosseguiu.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Pesada derrota na Luz e um táxi misterioso. Como Eriksson trocou o Benfica pela AS Roma

Sven-Göran Eriksson esteve na AS Roma entre 1984 e 1987
Depois de uma primeira época de grande sucesso no Benfica em 1982-83, com a conquista do campeonato e a caminhada até à final da Taça UEFA, Sven-Göran Eriksson iniciou a segunda também em grande, com a vitória na final da Taça de Portugal referente à temporada anterior sobre o FC Porto nas Antas (1-0) e um grande arranque na I Divisão.
 
“Não perdemos nenhum jogo para o campeonato até à primavera [primeira derrota foi nas Antas, na 21.ª jornada, após 18 vitórias e dois empates]. Com o título praticamente ganho, focámo-nos na Taça dos Campeões [Europeus]. Atingimos os quartos de final depois de afastarmos os pequenos irlandeses do Linfield e os gregos do Olympiakos. Mas agora estávamos frente a frente com um duro opositor – Liverpool, campeão de Inglaterra e vencedor de três Taças dos Campeões nos últimos sete anos. Como muitos suecos, eu tinha sido um adepto do Liverpool na minha juventude. Agora ia ter a hipótese de liderar uma equipa no lendário Anfield”, contextualizou o treinador nórdico no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Patrão e não só. Os cinco mais jovens a marcar pelo Sp. Braga na I Divisão

Formação do Sp. Braga tem dado frutos na última década
Afonso Patrão é o homem – ou o menino… – de quem se fala. O jovem ponta de lança de 18 anos gelou esta segunda-feira o Estádio José Alvalade ao apontar o golo que deu o empate ao Sp. Braga e tirou ao Sporting a possibilidade de permanecer na liderança da I Liga.
 
O atacante braguista, que ainda tem idade de júnior e ainda esta época atuou pelos sub-19 e pelos bês arsenalistas, estreou-se a marcar pela equipa principal e entrou diretamente para o top 5 de jogadores mais jovens a marcar pelo conjunto minhoto na I Liga.
 
Saiba aqui quais são os cinco jogadores mais jovens a marcar pelo Sp. Braga no primeiro escalão.

Palmelense, um dos fundadores da AF Setúbal e o clube que devolveu autoestima a Palmela

Palmelense foi fundado oficialmente a 8 de abril de 1924
Um clube histórico do distrito de Setúbal, que soma 16 presenças na Taça de Portugal, duas na II Divisão Nacional e 14 na III Divisão, assim como dois títulos de campeão distrital, conquistados em 1986-87 e 1991-92.
 
Fundado oficialmente a 8 de abril de 1924 fruto do sonho e da carolice de um grupo de palmelões que pretendia devolver o sentimento de pertença e autoestima à população numa altura em que Palmela permanecia ainda integrada no concelho de Setúbal, o Palmelense Futebol Clube foi um dos 13 clubes que a 5 de maio de 1927 fundaram a Associação de Futebol de Setúbal – os outros foram: Luso Futebol Clube, União Futebol Comércio e Indústria, Vitória Futebol Clube, Bonfim Futebol Clube, Estrela Sporting Clube, Grupo Desportivo dos Empregados do Comércio, Grupo Desportivo Setubalense “Os Treze”, Racing Clube Setubalense, Sporting Clube de Setúbal “Os Miúdos”, Sporting Clube Setubalense “Os Frades”, São Domingos Futebol Clube e União Futebol Avenida.

Morreu Aurélio Pereira, o caça-talentos do Sporting que descobriu Futre, Figo e Cristiano Ronaldo

Aurélio Pereira entrou pela primeira vez para o Sporting em 1963
Aurélio Pereira foi tudo no Sporting, o seu clube do coração, e deu-lhe quase tudo, ao descobrir os melhores talentos futebolísticos, alguns à escala mundial, como Cristiano Ronaldo, Luís Figo e Paulo Futre.
 
Morreu esta terça-feira, aos 77 anos, mais uma vez e como sempre, longe da ribalta, mas com muitas estrelas, por si identificadas, a eternizarem o seu legado na formação do clube leonino.
 
Nasceu a 1 de outubro de 1947, em Alfama, e viveu no Beco dos Paus, em Lisboa, até a família se mudar para o vizinho concelho da Amadora e para a Venda Nova.
 
Apesar de ter estado sempre presente na sua vida, a relação com o Sporting oficializou-se em agosto de 1963, quando ficou nas captações do clube, graças à sua elevada estatura – que contrariou ao implementar a máxima de que “o talento não tem tamanho”.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

"Se dissesse aos jogadores que o sol era verde, eles acreditariam". Como Eriksson guiou o Benfica à final da Taça UEFA em 1982-83

Benfica não conseguiu bater Anderlecht no Estádio da Luz
Para Sven-Göran Eriksson não houve ano zero no Benfica. Não houve frases feitas como “confiar no processo”. Não houve desculpas. Foi chegar, ver e vencer. As águias começaram o campeonato com onze vitórias nas primeiras onze jornadas e desde cedo que encaminharam a conquista do título nacional, ao mesmo tempo que superavam eliminatórias na Taça de Portugal e na Taça UEFA.
 
A caminhada prova internacional iniciou-se em setembro de 1982 com um duplo confronto ibérico diante do Betis, que contava com algumas das maiores figuras da sua história, como José Ramón Esnaola, Rafael Gordillo e Julio Cardeñosa. Nada que intimidasse as águias, que aplicaram um duplo 2-1.

Para muitos o melhor ciclista português de sempre. Quem se lembra de Joaquim Agostinho?

Joaquim Agostinho foi ao pódio no Tour e na Vuelta nos anos 1970
Os anos passam-se e as proezas de novos valores lusos sucedem-se, mas Joaquim Agostinho continua ainda a ser considerado, por muitos, o melhor ciclista português de todos os tempos. Além de três vitórias finais na Volta a Portugal (1970, 1971 e 1972), o atleta nascido a 7 de abril de 1943 em Torres Vedras averbou ainda um segundo lugar na Volta a Espanha (1974) e dois terceiros lugares no Tour de France (1978 e 1979).
 
Após ter regressado de África, onde cumpriu serviço militar, começou a dar nas vistas em provas populares na região Oeste, e foi lá que o Sporting o recrutou em 1968, numa altura em que tinha já 25 anos.

Apesar do começo tardio, evoluiu e destacou-se rapidamente. Logo no ano de estreia de leão ao peito sagrou-se campeão regional e nacional de amadores-juniores, ajudando também o Sporting a vencer esses títulos coletivamente; concluiu a sua primeira Volta a Portugal num sensacional segundo lugar; e foi selecionado para representar Portugal no Campeonato Mundial de Estrada, disputado em Imola, Itália, conseguindo na altura a melhor classificação lusa de sempre, o 16.º lugar.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Como Eriksson e Pinto da Costa impediram que o presidente do Benfica se livrasse de Eusébio

Pinto da Costa e Eriksson solidários com Eusébio
Quando chegou ao Benfica no verão de 1982, Sven-Göran Eriksson simpatizou rapidamente com o clube e tudo o que o rodeava, assim como “a vida em Portugal”. Alojou-se em Cascais ao lado da casa do empresário sueco que o levou para a Luz, Börje Lantz, ganhava bem e tinha “uma bola relação com Fernando Martins”, presidente dos encarnados e proprietário de vários hotéis.
 
Mas havia uma pessoa que Eriksson já admirava antes de chegar a Lisboa com quem teve a oportunidade de se relacionar: Eusébio. “Quando era adolescente, vi esses jogos [das grandes campanhas na Taça dos Campeões Europeus] pela televisão, em Torsby, com o meu pai. Nesse tempo, a grande questão era – quem é melhor, Eusébio ou Pelé? As pessoas discutiam o assunto como hoje discutem Messi e Ronaldo”, contou no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.
 
Quando Eriksson chegou ao Benfica, Eusébio era um embaixador do clube, o que para a direção das águias era… um fardo. “Fernando Martins queria que ele saísse do Benfica. Fiquei chocado. Verem-se livres de Eusébio. Impossível! Pelo contrário”, recordou o sueco.

A minha primeira memória de… um jogo entre Barreirense e Amora

Barreirense e Amora defrontaram-se no Alfredo da Silva
Já não me lembro do motivo, mas a 2 de outubro de 2004, ainda com Estádio Dom Manuel de Mello de pé, o Barreirense recebeu o Amora na casa do vizinho e rival Fabril, o Estádio Alfredo da Silva. Como parte do acordo, os sócios fabrilistas podiam assistir ao jogo gratuitamente, e lembro-me que eu e o meu pai aproveitámos a oportunidade, até porque naquela altura devorávamos tudo o que eram encontros de futebol das principais equipas do Barreiro.
 
Recordo-me vagamente de ter assistido ao encontro ou pelo menos a parte dele junto à zona do bar, entre a central poente, destinada aos sócios da equipa da casa, e o topo sul. Também me lembro de uma escaramuça entre adeptos e do resultado ser um empate a um golo, mas sem a ajuda da Internet já não conseguia precisar quem havia marcado primeiro e em que temporada tinha sido o jogo. Até julgava que havia sido em 2006-07. Mas não. Foi em 2004-05, uma época de boa memória para o Barreirense, marcada pela subida à II Liga.

O internacional irlandês que não foi além de dois jogos pelo Sporting. Quem se lembra de Mahon?

Alan Mahon esteve no Sporting na temporada 2000-01
Médio irlandês canhoto e que habitualmente jogava na ala esquerda, como era habitual nos 4x4x2 tipicamente britânicos, nasceu e cresceu em Dublin, mas quando tinha 15 anos mudou-se para Inglaterra, ingressando nas camadas jovens do Tranmere Rovers em 1993.
 
Em 1995 transitou para a equipa principal e nos cinco anos que se seguiram amealhou 144 jogos e 14 golos pelo clube, que durante esse período militou sempre no Championship, o segundo escalão do futebol inglês.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Um dos Cinco Violinos e atleta de eleição. Quem viu jogar Jesus Correia?

Extremo somou 159 golos em 208 jogos pelo Sporting entre 1943 e 1952
Era conhecido pelo “dois amores”, por ser um atleta de eleição tanto em futebol como em hóquei em patins, ao ponto de ter representado as seleções nacionais de ambas as modalidades.
 
Nascido em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras, fez toda a carreira de hóquei no clube local, o Clube Desportivo de Paço de Arcos, tendo sido várias vezes campeão nacional e somado inúmeras internacionalizações, títulos europeus e mundiais.
 
No que concerne ao futebol, foi o extremo direito da célebre linha atacante do Sporting que ficou conhecida como os Cinco Violinos – juntamente com Peyroteo, Travassos, Albano e Vasques –, tendo conquistado sete campeonatos nacionais (1943-44, 1946-47, 1947-48, 1948-49, 1950-51, 1951-52 e 1952-53), duas Taças de Portugal (1944-45 e 1947-48) e dois campeonatos de Lisboa (1944-45 e 1946-47) ao longo de nove anos de leão ao peito, entre 1943 e 1952. Nesse período apontou 159 golos em 208 jogos oficiais, números incríveis para quem não era um ponta de lança. “Consideramo-lo o mais assombroso dos extremos da tática moderna: velocidade incontrolada e rematador inigualável”, escreveu um dia sobre ele Cândido de Oliveira.

Velha glória do Mineiro Aljustrelense e tio de Ana Capeta. Quem conhece Carlos Capeta?

Carlos Capeta esteve 15 épocas (não seguidas) no Aljustrelense
Extremo talentoso e aguerrido natural de Aljustrel, deu os primeiros passos no futebol na equipa de iniciados do clube local, o popular Mineiro Aljustrelense, tendo transitado para sénior em 1984-85, na altura para jogar na III Divisão Nacional.
 
No total, jogou pela equipa principal do emblema tricolor ao longo de 15 épocas não consecutivas entre 1984 e 2004, tornando-se um dos jogadores com mais jogos na história do clube. Pelo meio, vestiu as camisolas de Castrense (1986-87 e 1995-96), Ourique (1991 a 1993) e Sporting Ferreirense (2000-01).
 
Ainda ao serviço do clube da vila mineira conquistou três campeonatos distritais da AF Beja, em 1989-90, 1998-99 e 2003-04, e disputou a III Divisão Nacional em seis temporadas.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

A problemática promessa portuguesa com alcunha de craque espanhol. Quem se lembra de Bakero?

Internacional jovem português jogou na União de Leiria e no Sevilha
Chama-se Orlando José Lemos Martins, mas no mundo do futebol todos o conhecem por “Bakero”. Lateral/extremo de baixa estatura (1,66 m) nascido em Felgueiras e formado no Futebol Clube de Felgueiras, tinha 16 anos quando assim foi apelidado por Jacinto João, na altura treinador dos guarda-redes, que também batizou o também jogador felgueirense e primo de Orlando, Frederico, de “Zamorano” – este em alusão ao antigo avançado chileno do Real Madrid.
 
Embora orgulhoso do nome que os pais lhe deram, a alcunha pegou. “Já não há hipótese. Se me chamarem Orlando num treino ou num jogo, já nem olho. Só em casa”, confidenciou ao Record em junho de 1999, no início de um verão quente para o jogador. Mas já lá vamos…

O “novo Paulo Sousa” formado no Benfica e infeliz no Sporting. Quem se lembra de Bruno Caires?

Bruno Caires disputou 51 jogos pelo Benfica e dois pelo Sporting
Jogava como médio mais recuado, mas destacava-se pela qualidade técnica e de passe, o que, associado à farta cabeleira e a um percurso formativo feito no Benfica, cedo lhe valeu comparações a Paulo Sousa.
 
Desde tenra idade ligado às águias – depois de ter começado a jogar futebol no Amora – e chamado às seleções jovens nacionais, somou 52 internacionalizações desde os sub-15 à seleção B. De quinas ao peito venceu os Jogos Olímpicos da Juventude Europeia (sub-15) em 1991 e o Campeonato da Europa de sub-18 em 1994, tendo ainda marcado presença no Europeu de sub-16 em 1992, no Mundial de sub-20 em 1995 e no Torneio de Toulon e nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.

terça-feira, 1 de abril de 2025

O internacional russo nascido na Ucrânia que não foi feliz no Benfica. Quem se lembra de Karyaka?

Karyaka somou 17 jogos e três golos pelo Benfica entre 2005 e 2007
Antes de chegar ao Benfica, fez capas de jornais. Depois de chegar, não mais voltou às manchetes, a não ser por problemas disciplinares. Jogador importante para a seleção russa, 27 vezes internacional e utilizado nos três jogos que o conjunto de leste fez no Euro 2004, começou a ser noticiado como possível reforço encarnado logo após esse Campeonato da Europa disputado em Portugal, mas a transferência só se concretizou um ano depois.
 
“O Benfica é um clube de categoria e coloca sempre alta a fasquia. Por lá passaram jogadores que muito respeito. E tem Ronald Koeman, treinador que me motiva, e com quem vou ter, seguramente, grande satisfação em trabalhar”, afirmou ao jornal A Bola em junho de 2005.

Foi há 25 anos o golo não validado de Clayton num Benfica-FC Porto que fez a RTP usar imagens virtuais

RTP provou que a bola entrou na baliza de Bossio
1 de abril de 2000, clássico entre Benfica e FC Porto no antigo Estádio da Luz na reta final de um campeonato que estava ao rubro. Os dragões orientados por Fernando Santos, que procuravam o hexacampeonato, entravam para a 28.ª jornada a um ponto do líder Sporting e com seis pontos de vantagem sobre as águias de Jupp Heynckes, que ainda não haviam atirado a toalha ao chão. Os leões comandados por Augusto Inácio eram espetadores particularmente interessados no jogo, com a agravante de não conquistarem o título há 18 anos.
 
Logo aos oito minutos, aconteceu um dos momentos cruciais da partida. Clayton tentou a sorte de canto direto, mas o guarda-redes benfiquista Carlos Bossio intercetou a bola… já dentro da baliza, o que não foi vislumbrado pela equipa de arbitragem liderada pelo portuense Martins dos Santos, que tinha como elemento melhor colocado o árbitro assistente Paulo Januário. Alguns jogadores do FC Porto ainda esboçaram um ligeiro protesto, reclamando golo, mas não lhes foi dada razão, pelo que o encontro prosseguiu.

segunda-feira, 31 de março de 2025

O homem do charuto, 18 demissões e Toni em vez de Caiado. Assim foi a chegada de Eriksson ao Benfica

Eriksson simpatizou com Toni e juntos construíram o plantel do Benfica
Sven-Göran Eriksson era um jovem treinador de 34 anos que nunca tinha trabalhado fora da Suécia quando foi confrontado com o interesse do Benfica. Quem lhe falou disso foi Börje Lantz, o primeiro empresário sueco, que tinha como alcunhas “Senhor Dez Por Cento” ou “O Homem do Charuto”, porque estava sempre a mastigar um havano.
 
Lantz meteu-se em problemas fiscais na Suécia e veio viver para Portugal, tendo entrado em contacto com o técnico através Bo Rudenmark, um banqueiro que era adepto do Gotemburgo, clube que Eriksson dirigia na altura. Börje disse-lhe que o Benfica procurava um treinador e se mostrara curioso sobre o jovem sueco que estava a ter sucesso com o Gotemburgo, apurado para a final da Taça UEFA de 1981-82, diante do Hamburgo, após ter eliminado FC Haka, Sturm Graz, Dínamo Bucareste, Valencia e Kaiserslautern.
 
Embora existisse uma cláusula no contrato do treinador que lhe permitia sair se houvesse uma oferta do estrangeiro, assim como vários contactos entre ele e Börje, nada ficou decidido antes dos jogos decisivos da prova europeia. “Assegura-te de que ganhas a Taça UEFA primeiro”, limitou-se a dizer o empresário, citado no livro autobiográfico Sven – A Minha História, publicado em 2013.
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