quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Neste dia em 2004, Portugal cedeu um impensável empate no Liechtenstein. Quem se lembra?

Nem com Ronaldo a seleção nacional venceu em Vaduz
Só comecei a ver futebol em meados de 2000, pelo que não vivi as goleadas de Portugal ao Liechtenstein por 8-0 (1994 e 1999), 7-0 (1995) e 5-0 (1999), mas tinha conhecimento desses resultados quando as duas seleções se defrontaram a 9 de outubro de 2004, pouco depois do Campeonato da Europa em solo lusitano no qual a equipa das quinas orientada por Luiz Felipe Scolari foi finalista vencida.
 
Não vou estar aqui com rodeios. Todos esperavam uma goleada portuguesa à moda antiga frente à seleção do principado de língua alemã situado entre a Áustria e a Suíça, maioritariamente composta por amadores, na partida de Vaduz. O guarda-redes Peter Jehle (suplente dos suíços do Grasshoppers e então futuro guardião do Boavista) e o médio ofensivo Mario Frick (do Ternara, da Série B de Itália) eram talvez os jogadores com mais estatuto.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

O avançado móvel que o Vitória de Guimarães catapultou para a seleção. Quem se lembra de Romeu?

Romeu somou duas internacionalizações pela seleção nacional A
Não era um goleador e apenas superou a fasquia da dezena de golos numa época, em 2002-03, mas fez render a melhor fase da carreira: ajudou o Vitória de Guimarães então orientado por Augusto Inácio a alcançar o quarto lugar no campeonato, uma das melhores classificações dos minhotos neste século, e convenceu o interino Agostinho Oliveira a convoca-lo para a seleção nacional A.
 
Nascido a 8 de outubro de 1974 em Santa Maria da Feira, emigrou em tenra idade para a Suíça, onde jogou nas camadas jovens do Neuchâtel Xamax. Voltou a Portugal já no último ano de júnior, a tempo de integrar a equipa do FC Porto campeã nacional da categoria em 1992-93.
 
Sem espaço na equipa principal dos dragões, iniciou o percurso como sénior no Infesta, que na altura militava na II Divisão B e era comandado pelo eterno Augusto Mata, que esteve no cargo ininterruptamente entre 1983 e 2003, depois de uma primeira passagem entre 1973 e 1982.

Neste dia em 2005, Angola carimbou o apuramento para o Mundial da Alemanha. Quem se lembra?

Akwá marcou o golo decisivo no terreno do Ruanda
8 de outubro de 2005 é, muito provavelmente, o dia mais marcante da história do futebol angolano. Nesta data, um golo solitário de Akwá no terreno do Ruanda valeu aos palancas negras a qualificação para o Mundial 2006, o único em que marcou presença, depois de uma intensa batalha com a mais conceituada Nigéria durante a fase de apuramento.
 
Essa fase de qualificação até começou de forma muito atribulada, com uma derrota no Chad, por 1-3, na primeira-mão da primeira eliminatória. Contudo, Angola deu a volta ao texto com uma vitória por 2-0 no Estádio da Cidadela, em Luanda, assegurando a passagem para a fase de grupos da qualificação graças à regra que valorizava os golos marcados fora.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Os cinco internacionais A pela Irlanda que jogaram na I Liga portuguesa

Cinco internacionais A pela Irlanda jogaram na I Liga desde 1980
País independente desde a década de 1910, a República da Irlanda é representada por uma seleção nacional desde 1924, tendo já marcado presença em três Mundiais (1990, 1994 e 2002) e três Europeus (1988, 2012 e 2016).
 
Atualmente no 61.º lugar do ranking FIFA, a equipa nacional irlandesa chegou a ser sexta classificada na hierarquia mundial em agosto de 1993, três anos depois de ter atingido os quartos de final no Campeonato do Mundo disputado em Itália.
 
Paralelamente, cinco dos seus internacionais A jogaram na I Liga portuguesa, todos desde 1980. Vale a pena recordá-los.

Neste dia em 2000, Portugal e Irlanda empataram na Luz (1-1) na qualificação para o Mundial 2002

Luís Vidigal procura fugir a Niall Quinn
As minhas primeiras memórias de jogos entre Portugal e República da Irlanda são de partidas em que estiveram frente a frente a chamada geração de ouro do futebol português, mas também uma das melhores gerações de sempre, se não mesmo a melhor, da seleção irlandesa.
 
A armada lusa, comandada por António Oliveira, era composta por jogadores como Fernando Couto, Jorge Costa, Rui Costa, João Pinto, Sá Pinto, Figo e Sérgio Conceição. Do outro lado, Mick McCarthy tinha à sua disposição um vasto leque de jogadores que atuavam Premier League, como o médio e capitão Roy Keane (Manchester United), o guarda-redes Shay Given (Newcastle), o lateral direito Stephen Carr e o defesa central Gary Doherty (ambos do Tottenham), o defesa central Richard Dunne (Manchester City), o defesa central Gary Breen (Coventry City), o lateral direito Gary Kelly, o lateral esquerdo Ian Harte e o avançado Robbie Keane (todos do Leeds), o lateral esquerdo Steve Staunton (Aston Villa), o médio defensivo Mark Kinsella (Charlton), o médio Matt Holland (Ipswich), o extremo Kevin Kilbane e o avançado Niall Quinn (ambos do Sunderland). E se olharmos para os futebolistas que competiam no Championship, dois nomes saltam à vista: o do lateral direito Steve Finnan (Fulham) e o do extremo Damien Duff (Blackburn). Era muita gente a jogar num nível bastante elevado, uma espécie de Inglaterra B. E se a estes juntarmos o defesa John O’Shea, que haveria de se estrear pela seleção meses mais tarde, temos aqui todos os principais nomes do futebol irlandês das duas últimas décadas.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O “Cha-Cha-Cha” que é o melhor marcador do Dragão. Quem se lembra de Jackson Martínez?

Jackson Martínez apontou 92 golos em 136 jogos pelo FC Porto
Esteve três épocas no FC Porto e em todas foi o melhor marcador do campeonato português. Fez esquecer o compatriota Radamel Falcao no Dragão, mas foi incapaz de replicar esse sucesso no Atlético Madrid antes de, mesmo muito limitado fisicamente, ter dado imenso jeito ao Portimonense.
 
Nascido a 3 de outubro de 1986 na cidade colombiana de Quibdó, seguiu as pisadas do pai, Orlando Martinez, que também era futebolista, celebrava os golos ao dançar o “cha cha cha” e ganhou mesmo a alcunha de “Cha-Cha-Cha”, que foi herdada pelo filho.
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O campeão europeu de sub-18 por Portugal que jogou no PSG e na Premier League. Quem se lembra de Filipe Teixeira?

Filipe Teixeira esteve vinculado ao PSG entre 2002 e 2005
Nasceu numa clínica em frente ao Parc des Princes e fez-se jogador de futebol em Portugal, mas quis o destino que viesse a representar o Paris Saint-Germain.
 
Filho de emigrantes portugueses – o pai era carpinteiro e a mãe fazia limpezas –, veio ao mundo a 2 de outubro de 1980 na capital francesa, mas aos dez anos regressou a Portugal e aos onze começou a jogar futebol no Felgueiras. Era um médio ofensivo dotado de qualidade técnica, que assinou contrato profissional aos 16 anos e começou a ser chamado à equipa principal e à seleção nacional de sub-18 aos 17.
 
No final da época 1998-99, na qual somou 27 jogos e dois golos na II Liga, foi chamado ao Campeonato da Europa de sub-18 e sagrou-se campeão continental ao lado de Ricardo Costa, Tonel, Duda, Pepa e Miguel, entre outros.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Quaresma entre as novidades no onze leonino. Siga aqui o Nápoles-Sporting

 

As fotografias mais escaldantes de Kairi Sane

O treinador que subiu Varzim e Naval à I Liga. Quem se lembra de Rogério Gonçalves?

Rogério Gonçalves foi campeão nacional da III Divisão por duas vezes
Um daqueles treinadores com alguns bons trabalhos desenvolvidos ao longo da carreira, mas que, a partir do momento em que aceitou o chamamento do futebol africano, nunca mais encontrou lugar nas ligas profissionais portuguesas.
 
Rogério Gonçalves iniciou a carreira de técnico com pouco mais de 30 anos, ao leme do clube da sua terra, o Lanheses, do concelho de Viana do Castelo, em 1990-91. De lá saltou para o Limianos, emblema que guiou ao título nacional da III Divisão em 1993-94. Cinco anos depois repetiu o feito ao comando do Vianense.
 

Recorde aqui grandes jogos da UEFA Champions League

O troféu mais desejado da Europa
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Tem sido essa a toada da mais prestigiada e elitista competição do velho continente, a Liga dos Campeões.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
 

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Onze ideal de jogadores que jogaram por Barreirense e Alfarim

Alfarim e Barreirense vão defrontar-se na ronda inaugural da I Distrital
Dois clubes com historiais bem diferentes, o Futebol Clube Barreirense já somava 23 presenças na I Divisão quando o Grupo Desportivo de Alfarim foi fundado em 5 de junho de 1976. Enquanto os alvirrubros passaram grande parte da sua existência nos campeonatos nacionais, os alfarinheiros nunca conseguiram sair dos distritais da AF Setúbal e ainda sonham com uma primeira participação na Taça de Portugal.
 
Ainda assim, os dois clubes têm protagonizado jogos rasgadinhos na I Divisão Distrital e na Taça da AF Setúbal, ao ponto de a formação do concelho de Sesimbra ter um histórico favorável em jogos disputados no… Barreiro: quatro vitórias contra três do Barreirense, tendo-se registado ainda dois empates.
 
A poucos dias de se defrontaram na jornada inaugural da I Distrital (domingo, às 15h), vale a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram tanto por Barreirense como por Alfarim, distribuídos em campo num 4x3x3.

O extremo à moda antiga que chegou a ser treinador interino do Sporting. Quem se lembra de Marinho?

Marinho somou 86 golos em 323 jogos pelo Sporting entre 1967 e 1977
Com a velocidade como principal arma, era um extremo à moda antiga, mas a elevada capacidade de finalização fez também dele um jogador capaz de atuar muitas vezes como uma espécie de falso ponta de lança.
 
Produto da formação do Atlético, ascendeu à equipa principal em 1962-63, época em que se estreou na I Divisão. Nas três temporadas que se seguiram jogou na II Divisão, sempre ao lado do já veterano Matateu, e brilhou de tal forma que despertou a cobiça dos principais emblemas nacionais, acabado por ser o Sporting a contratá-lo no verão de 1967.
 
Em Alvalade ganhou imediatamente um lugar no onze de Fernando Caiado, mas nem sempre foi um titular indiscutível durante os dez anos que passou de leão ao peito. Foi campeão nacional em 1969-70 e 1973-74, numa altura em que os verde e brancos teimavam em vencer o campeonato em ano de Mundial, e conquistou a Taça de Portugal em 1970-71, 1972-73 e 1973-74.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Onze ideal de jogadores que jogaram por Vitória FC e Vasco da Gama de Sines

Vitória de Setúbal e Vasco da Gama vão abrir I Distrital da AF Setúbal
Dois clubes que nunca haviam coincidido no mesmo campeonato, Vitória Futebol Clube e Vasco da Gama de Sines vão defrontar-se já na jornada inaugural da I Divisão Distrital da AF Setúbal, em partida agendada para as 15 horas do próximo domingo, no Estádio do Bonfim.
 
Antes, sadinos e sineenses só haviam medido forças oficialmente por uma ocasião, para a Taça de Portugal, a 29 de setembro de 1992, com os setubalenses a golearem por 5-0 no Municipal de Sines – marcaram Clint, Paulo Gomes (por três vezes) e Yekini.
 
Apesar de terem estado quase sempre em realidades muito distintas, houve vários jogadores que representaram ambos os clubes.
 
Vale por isso a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram pelos dois emblemas, distribuídos em campo num 3x4x3.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Já há onzes! Siga aqui o Benfica-Gil Vicente

 

“O Homão” que deu a primeira dobradinha ao FC Porto. Quem se lembra de Yustrich?

Yustrich venceu campeonato e Taça de Portugal em 1955-56
O FC Porto contabiliza nove dobradinhas e a primeira foi conseguida sob o comando técnico do brasileiro Dorival Knipel. Quem? Yustrich, a quem os portistas chamavam de “O Homão”.
 
Estávamos no verão de 1955 e os dragões vinham de um quarto lugar no campeonato, atrás de Benfica, Belenenses e Sporting. Pior: estavam há quinze anos sem ganhar o título nacional.
 
O presidente Cesário Bonito aterrou em Belo Horizonte e contratou Yustrich, antigo guarda-redes de Flamengo e Vasco da Gama, e que como treinador havia orientado o América Mineiro e o Atlético Mineiro, dois clubes do estado brasileiro de Minas Gerais, tendo guiado ambos à conquista do campeonato estadual.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Quando um Barreirense-Vitória de Setúbal acabou mais cedo devido à… queda de um poste

Jogadores de ambas as equipas ainda tentaram fixar o poste
Ficou conhecido como o “caso do poste”. Barreirense e Vitória de Setúbal defrontaram-se a 3 de novembro de 1963, em jogo da 3.ª jornada da I Divisão, e a partida estava a correr tão bem aos sadinos, então orientados pelo argentino Reboredo, que foram para intervalo a vencer por 3-0, com um golo de Carlos Manuel (aos oito minutos) e um bis de José Maria (35’ e 44’). O que as duas equipas não esperavam era que não houvesse… segunda parte.
 
Quando era suposto o encontro recomeçar, o árbitro Aníbal de Oliveira deu conta que um dos postes da baliza dos alvirrubros, comandados por Joseph Szabo, não estava devidamente seguro, o que se deveu, em parte, ao facto de os jogadores setubalenses se terem agarrado ao mesmo quando marcaram o terceiro golo, mesmo à beira do interregno.

Siga aqui o Salzburgo-FC Porto ao minuto

“Vai buscar Tibi!”. Quem se lembra do bebé do Mar que viveu os melhores anos no FC Porto?

Tibi esteve ligado ao FC Porto entre 1972 e 1983
“Vai buscar Tibi!”. A frase ficou na memória de uma geração, que se ouvia recorrentemente em peladas entre amigos nas ruas e descampados de Portugal no final da década de 1970. A culpa foi de Gomes Amaro, locutor de rádio luso-brasileiro que narrava os jogos do FC Porto no Quadrante Norte, dos Emissores Reunidos, que reproduzia a frase a cada golo na baliza portista, somando-a a outra expressão icónica: “agora não adianta chorar.”
 
Talvez a paródia em torno do seu nome não tenha feito justiça ao bom guardião que António José de Oliveira Meireles (seu nome verdadeiro) foi. Era elástico, ainda que por vezes inconstante, o típico guarda-redes de engate.
 

Acompanhe aqui o sorteio da 3.ª e 4.ª eliminatórias da Taça de Portugal

O antigo selecionador brasileiro que guiou o Marítimo à Europa. Quem se lembra de Sebastião Lazaroni?

Sebastião Lazaroni comandou o Marítimo em 2007-08
Treinador com um currículo à prova de bala, que incluía a conquista de uma Copa América pelo Brasil em 1989 e de troféus ao leme de clubes brasileiros, sauditas, chineses e japoneses, desaguou nas águas da ilha da Madeira na temporada 2007-08 para apurar o Marítimo para a Taça UEFA.
 
Nessa época, os insulares não só igualaram a sua melhor classificação de sempre na I Liga, o quinto lugar – feito antes alcançado em 1992-93, 1993-94, 1997-98 e posteriormente em 2009-10 e 2011-12 – como estabeleceram o recorde do clube de menos golos sofridos numa época no primeiro escalão (28). Apenas FC Porto (13) e Benfica (21) sofreram menos golos nesse campeonato. Paralelamente, tiveram também o quarto melhor ataque da prova, com 39 remates certeiros, sendo apenas superado pelos três grandes. Na Taça de Portugal foram eliminados pelo Sporting em Alvalade.
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