quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Hoje faz anos o antigo selecionador brasileiro que guiou o Marítimo à Europa. Quem se lembra de Lazaroni?

Sebastião Lazaroni comandou o Marítimo em 2007-08
Treinador com um currículo à prova de bala, que incluía a conquista de uma Copa América pelo Brasil em 1989 e de troféus ao leme de clubes brasileiros, sauditas, chineses e japoneses, desaguou nas águas da ilha da Madeira na temporada 2007-08 para apurar o Marítimo para a Taça UEFA.
 
Nessa época, os insulares não só igualaram a sua melhor classificação de sempre na I Liga, o quinto lugar – feito antes alcançado em 1992-93, 1993-94, 1997-98 e posteriormente em 2009-10 e 2011-12 – como estabeleceram o recorde do clube de menos golos sofridos numa época no primeiro escalão (28). Apenas FC Porto (13) e Benfica (21) sofreram menos golos nesse campeonato. Paralelamente, tiveram também o quarto melhor ataque da prova, com 39 remates certeiros, sendo apenas superado pelos três grandes. Na Taça de Portugal foram eliminados pelo Sporting em Alvalade.
 
Foi uma grande campanha para uma equipa que na primeira metade viveu muito dos golos de Ariza Makukula, que em janeiro de 2008 se transferiu para o Benfica, e que contava com outros jogadores como o guarda-redes Marcos, o lateral esquerdo Evaldo e os médios Márcio Mossoró e Marcinho, curiosamente um quarteto de brasileiros.
 
Contudo, Sebastião Lazaroni não continuou nos Barreiros por decisão do presidente Carlos Pereira, que não compareceu a uma reunião decisiva que ambos tinham marcado, apesar do interesse do treinador em permanecer no cargo. “O Marítimo tinha-me feito uma proposta onde eu teria que abdicar de um dos elementos da minha equipa técnica”, lamentou na altura.
 
Esse ano no futebol português acabou por ser apenas uma gota num oceano de quatro décadas de ligação ao futebol, três das quais enquanto treinador principal. Começou pelo Flamengo, tendo conduzido o mengão à conquista do campeonato carioca em 1986. Nos anos seguintes voltou a vencer o estadual, mas ao leme do Vasco da Gama.
 
Depois tornou-se selecionador do Brasil e em 1989 guiou o escrete à conquista da Copa América, algo que já não acontecia desde 1949. Com jogadores como Taffarel, Bebeto e Romário às suas ordens, deu à canarinha o seu primeiro título desde o Mundial 1970.
 
No ano seguinte, dirigiu a seleção brasileira no Mundial 1990, em Itália, não evitando a eliminação nos oitavos de final aos pés da vizinha e rival Argentina, num jogo polémico, devido ao “episódio da água batizada”, que o massagista da seleção albiceleste ofereceu a alguns jogadores brasileiros, causando-lhes tonturas e náuseas.
 
 
Depois aventurou-se na Europa e na Ásia, entre vários regressos ao Brasil. Entrou no velho continente pela porta da Fiorentina e passou pelo Bari, mas foi ao leme do Fenerbahçe que fez história, ao quebrar a invencibilidade caseira de quatro décadas do Manchester United nas competições europeias.
 
 
Já no continente asiático venceu uma Taça da Coroa do Príncipe Saudita pelo Al-Hilal em 1995, uma Supertaça da China pelo Shanghai Shenhua em 1999, uma Taça da Liga do Japão pelo Yokohama Marinos e uma Taça da Coroa do Príncipe do Qatar uma Taça da Liga do Qatar pelo Qatar SC em 2009 e 2014, respetivamente.
 
Paralelamente, também foi selecionador da Jamaica em dois períodos (2000 e entre 2004 e 2005) e do Qatar (2011 a 2012).
 
Não treina desde maio de 2016, quando, aos 65 anos, desceu de divisão com o Qatar SC.
 
O seu filho, Bruno Lazaroni, vestiu a camisola da Naval entre 2007 e 2010.



 
 




Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...