Hoje faz anos o extremo à moda antiga que chegou a ser treinador interino do Sporting. Quem se lembra de Marinho?
Marinho somou 86 golos em 323 jogos pelo Sporting entre 1967 e 1977
Com a velocidade como principal
arma, era um extremo à moda antiga, mas a elevada capacidade de finalização fez
também dele um jogador capaz de atuar muitas vezes como uma espécie de falso
ponta de lança.
Produto da formação do Atlético,
ascendeu à equipa principal em 1962-63, época em que se estreou na I
Divisão. Nas três temporadas que se seguiram jogou na II Divisão, sempre ao
lado do já veterano Matateu, e brilhou de tal forma que despertou a cobiça dos
principais emblemas nacionais, acabado por ser o Sporting
a contratá-lo no verão de 1967. Em Alvalade
ganhou imediatamente um lugar no onze de Fernando Caiado, mas nem sempre foi um
titular indiscutível durante os dez anos que passou de leão ao peito. Foi
campeão nacional em 1969-70 e 1973-74, numa altura em que os verde
e brancos teimavam em vencer o campeonato em ano de Mundial, e conquistou a
Taça
de Portugal em 1970-71, 1972-73 e 1973-74. A nível individual, a sua melhor
temporada foi a de 1969-70, quando apontou duas dezenas de golos em todas as
competições, incluindo 14 na I
Divisão. Foi precisamente durante essa época que se estreou não só pela seleção
nacional de sub-21, numa vitória sobre a França
no Parc des Princes em 12 de outubro de 1969 (3-2), mas também pela principal
equipa das quinas, num empate com a Suíça
em Berna a 2 de novembro de 1969 (1-1).
Distinguido em 1975 com o Prémio
Stromp na categoria Atleta Profissional, rescindiu contrato com o Sporting
em maio de 1977, após 323 jogos e 86 golos pelo conjunto
leonino, para fazer alguns jogos no Canadá ao serviço do Toronto Metros.
Por essa altura já tinha somado as cinco internacionalizações A que averbou ao
longo da carreira. Depois ainda jogou no Marítimo
e no Estoril
antes de pendurar as botas em 1980, à beira de comemorar o 37.º aniversário. Entretanto regressou ao Sporting
como treinador, tendo sido, por exemplo, adjunto de Malcolm
Allison na caminhada para a dobradinha de 1981-82. Na época seguinte guiou
os juniores ao título nacional da categoria. Em março de 1983, maio de 1984 e
janeiro de 1987 chegou mesmo a assumir interinamente o comando técnico da equipa
principal, após as saídas de Manuel José, António
Oliveira e Josef
Venglos, respetivamente. Pelo meio fez parte da equipa técnica da seleção
nacional liderada por José
Torres, com quem já tinha trabalhado no Estoril,
ajudando Portugal
a qualificar-se para o Mundial
1986. Posteriormente comandou o Atlético
e o Odivelas
durante a década de 1990.
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