quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Hoje faz anos o treinador que subiu Varzim e Naval à I Liga. Quem se lembra de Rogério Gonçalves?

Rogério Gonçalves foi campeão nacional da III Divisão por duas vezes
Um daqueles treinadores com alguns bons trabalhos desenvolvidos ao longo da carreira, mas que, a partir do momento em que aceitou o chamamento do futebol africano, nunca mais encontrou lugar nas ligas profissionais portuguesas.
 
Rogério Gonçalves iniciou a carreira de técnico com pouco mais de 30 anos, ao leme do clube da sua terra, o Lanheses, do concelho de Viana do Castelo, em 1990-91. De lá saltou para o Limianos, emblema que guiou ao título nacional da III Divisão em 1993-94. Cinco anos depois repetiu o feito ao comando do Vianense.
 
No verão de 1999 deu o salto para o Varzim, então na II Liga, e logo na primeira época na Póvoa esteve bastante perto da subida da I Liga, tendo ficado a apenas um ponto desse objetivo, que viria a ser conseguindo na temporada seguinte.
 
Em 2001-02 estreou-se no primeiro escalão ao leme dos poveiros, mas após ter sido eliminado da Taça de Portugal pelo terciário Leixões (II Divisão B) e somado somente nove pontos nas primeiras 12 jornadas, acabou por deixar o cargo em novembro de 2001.
 
Entretanto passou pelo Desp. Chaves e voltou ao Varzim, tendo ficado a três pontos de mais uma subida à I Liga em 2003-04, antes de assumir o comando técnico da Naval em setembro de 2004, tendo guiado a equipa da Figueira da Foz a uma inédita subida ao patamar maior do futebol português.
 
Em 2005-06 começou a época no Leixões, mas acabou por deixar o cargo após a 23.ª jornada, com os leixonenses em terceiro lugar na II Liga, a seis pontos da zona de subida. Logo a seguir voltou à Naval para salvar os figueirenses da despromoção ao segundo escalão, tendo somado 15 pontos nas derradeiras dez jornadas, conseguindo inclusivamente empatar na Luz e em Alvalade.
 
A temporada que se seguiu foi iniciada na Naval. Levava 15 pontos nas primeiras nove jornadas e ocupava o 7.º lugar quando foi convidado para treinar o Sp. Braga, que curiosamente estava uma posição abaixo e com um ponto a menos.
 
Dados da carreira de Rogério Gonçalves em Portugal
Até começou bem a aventura na Pedreira, com uma vitória em casa sobre o Benfica (3-1), mas não conseguiu dar à equipa a estabilidade e regularidade a que esta estava habituada nos tempos de Jesualdo Ferreira, acabando por deixar o cargo em fevereiro de 2007, com os minhotos em quinto lugar e ainda em prova na Taça UEFA e na Taça de Portugal. Quem lhe sucedeu foi o seu adjunto até então nos bracarenses, Jorge Costa. “Encontrei a equipa em 8.º e quando fui despedido encontrava-se em 5.º, estando na fase de grupos das provas europeias e nas meias-finais das taças nacionais. Foi positivo trabalhar em Braga, mas não me agradou a forma como o processo se desenvolveu e foi negativo para a minha carreira”, assumiu em novembro de 2015, em entrevista ao programa Bola Branca, da Rádio Renascença.
 
Já as derradeiras experiências nas ligas profissionais portuguesas ficaram, porém, marcadas por algum insucesso. Em 2007-08, despediu-se do Beira-Mar com os aveirenses, então candidatos à subida, em 10.º lugar na II Liga. Já em 2009-10 e 2010-11 teve passagens fugazes por Académica e Naval, respetivamente, mas não conseguiu qualquer triunfo ao leme de estudantes e figueirenses.
 
Entretanto recebeu o chamamento do futebol africano, tendo orientado os moçambicanos do Ferroviário de Nampula (2013 a 2015) e do Ferroviário da Beira (2017 e 2018) e os angolanos do Interclube (2022-23). Pelo meio foi selecionador distrital da AF Viana do Castelo.



  
 




 

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