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Rogério Gonçalves foi campeão nacional da III Divisão por duas vezes |
Um daqueles treinadores com
alguns bons trabalhos desenvolvidos ao longo da carreira, mas que, a partir do
momento em que aceitou o chamamento do futebol africano, nunca mais encontrou
lugar nas ligas profissionais portuguesas.
Rogério Gonçalves iniciou a
carreira de técnico com pouco mais de 30 anos, ao leme do clube da sua terra, o
Lanheses, do concelho de Viana do Castelo, em 1990-91. De lá saltou para o
Limianos,
emblema que guiou ao título nacional da III Divisão em 1993-94. Cinco anos
depois repetiu o feito ao comando do
Vianense.
No verão de 1999 deu o salto para
o
Varzim,
então na
II
Liga, e logo na primeira época na Póvoa esteve bastante perto da subida da
I
Liga, tendo ficado a apenas um ponto desse objetivo, que viria a ser
conseguindo na temporada seguinte.
Em 2001-02 estreou-se no
primeiro
escalão ao leme dos
poveiros,
mas após ter sido eliminado da
Taça
de Portugal pelo terciário
Leixões
(II Divisão B) e somado somente nove pontos nas primeiras 12 jornadas, acabou
por deixar o cargo em novembro de 2001.
Entretanto passou pelo
Desp.
Chaves e voltou ao
Varzim,
tendo ficado a três pontos de mais uma subida à
I
Liga em 2003-04, antes de assumir o comando técnico da Naval em setembro de
2004, tendo guiado a equipa da Figueira da Foz a uma inédita subida ao
patamar
maior do futebol português.
Em 2005-06 começou a época no
Leixões,
mas acabou por deixar o cargo após a 23.ª jornada, com os
leixonenses
em terceiro lugar na
II
Liga, a seis pontos da zona de subida. Logo a seguir voltou à Naval para
salvar os figueirenses da despromoção ao
segundo
escalão, tendo somado 15 pontos nas derradeiras dez jornadas, conseguindo
inclusivamente empatar na
Luz
e em
Alvalade.
A temporada que se seguiu foi
iniciada na Naval. Levava 15 pontos nas primeiras nove jornadas e ocupava o 7.º
lugar quando foi convidado para treinar o
Sp.
Braga, que curiosamente estava uma posição abaixo e com um ponto a menos.
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Dados da carreira de Rogério Gonçalves em Portugal |
Até começou bem a aventura na
Pedreira, com uma vitória em casa sobre o
Benfica
(3-1), mas não conseguiu dar à equipa a estabilidade e regularidade a que esta
estava habituada nos tempos de
Jesualdo
Ferreira, acabando por deixar o cargo em fevereiro de 2007, com os minhotos
em quinto lugar e ainda em prova na
Taça
UEFA e na
Taça
de Portugal. Quem lhe sucedeu foi o seu adjunto até então nos
bracarenses,
Jorge Costa. “Encontrei a equipa em 8.º e quando fui despedido encontrava-se em
5.º, estando na fase de grupos das provas europeias e nas meias-finais das
taças nacionais. Foi positivo trabalhar em Braga, mas não me agradou a forma
como o processo se desenvolveu e foi negativo para a minha carreira”, assumiu
em novembro de 2015, em entrevista ao
programa Bola
Branca, da Rádio Renascença.
Já as derradeiras experiências nas
ligas profissionais portuguesas ficaram, porém, marcadas por algum insucesso. Em
2007-08, despediu-se do
Beira-Mar
com os
aveirenses,
então candidatos à subida, em 10.º lugar na
II
Liga. Já em 2009-10 e 2010-11 teve passagens fugazes por
Académica
e Naval, respetivamente, mas não conseguiu qualquer triunfo ao leme de
estudantes
e figueirenses.
Entretanto recebeu o chamamento
do futebol africano, tendo orientado os moçambicanos do Ferroviário de Nampula
(2013 a 2015) e do Ferroviário da Beira (2017 e 2018) e os angolanos do
Interclube (2022-23). Pelo meio foi selecionador distrital da AF Viana do
Castelo.
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