quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Hoje faz anos o avançado móvel que o Vitória de Guimarães catapultou para a seleção. Quem se lembra de Romeu?

Romeu somou duas internacionalizações pela seleção nacional A
Não era um goleador e apenas superou a fasquia da dezena de golos numa época, em 2002-03, mas fez render a melhor fase da carreira: ajudou o Vitória de Guimarães então orientado por Augusto Inácio a alcançar o quarto lugar no campeonato, uma das melhores classificações dos minhotos neste século, e convenceu o interino Agostinho Oliveira a convoca-lo para a seleção nacional A.
 
Nascido a 8 de outubro de 1974 em Santa Maria da Feira, emigrou em tenra idade para a Suíça, onde jogou nas camadas jovens do Neuchâtel Xamax. Voltou a Portugal já no último ano de júnior, a tempo de integrar a equipa do FC Porto campeã nacional da categoria em 1992-93.
 
Sem espaço na equipa principal dos dragões, iniciou o percurso como sénior no Infesta, que na altura militava na II Divisão B e era comandado pelo eterno Augusto Mata, que esteve no cargo ininterruptamente entre 1983 e 2003, depois de uma primeira passagem entre 1973 e 1982.
 
Após três anos como titular na equipa de São Mamede de Infesta, sempre na II B, foi recontratado pelo FC Porto e imediatamente emprestado ao Felgueiras, clube no qual foi orientado por Augusto Inácio, que o conhecia bem desde os tempos nos juniores portistas.
 
Apesar de ter marcado apenas um golo pelos durienses, foi novamente cedido em 1997-98, desta vez a um emblema da I Liga, o Marítimo de… Augusto Inácio. Juntos guiaram os insulares a um honroso quinto lugar e ao consequente apuramento para a Taça UEFA, numa temporada em que Romeu atuou em 23 jogos (oito a titular) e apontou quatro golos.
 
Em 1998-99 iniciou a época na II Liga, ao serviço do Leça, mais uma vez por empréstimo do FC Porto, mas após três remates certeiros em oito encontros foi novamente cedido ao Marítimo, mostrando-se em melhor nível nesta segunda passagem pelos Barreiros: seis golos em 20 partidas, todas como titular.
 
 
O bom meio ano na Madeira valeu-lhe o bilhete de regresso às Antas. No entanto, foi sempre pouco utilizado por Fernando Santos, não indo além de um total de 27 jogos (e zero golos) no somatório das temporadas 1999-00 e 2000-01. Como consolação, jogou na Liga dos Campeões e venceu uma Supertaça Cândido de Oliveira e duas Taças de Portugal.
 
À procura de jogar com mais regularidade, numa altura em que já tinha perto de 27 anos, transferiu-se a título definitivo para o Vitória de Guimarães no verão de 2001. Primeiro como extremo esquerdo, depois como ponta de lança, mostrou a sua melhor versão mais uma vez às ordens de Augusto Inácio. Em 2001-02 marcou provavelmente o melhor golo da carreira, de calcanhar ao Boavista, mas foi na época seguinte que mais brilhou, com 12 golos em todas as provas – 10 no campeonato –, o que lhe valeu a chamada à seleção nacional A durante a longa fase de preparação para o Euro 2004.
 
 
Estreou-se de quinas ao peito num empate diante da Tunísia no Restelo (1-1), a 12 de outubro de 2002, e marcou no triunfo sobre a Suécia em Gotemburgo (3-2) quatro dias depois. Embora tivesse correspondido a aposta do selecionador interino Agostinho Oliveira, não voltou a ser convocado.
 
 
Em quatro anos ao serviço do Vitória de Guimarães amealhou 23 golos em 115 partidas, tendo contribuído para o regresso dos vimaranenses às competições europeias em 2005, fruto de um quinto lugar no campeonato alcançado sob o comando técnico de Manuel Machado. Dois anos antes até tinha ajudado os minhotos a ficar uma posição acima, com Inácio, mas na altura a quarta posição não dava acesso às provas da UEFA.
 
 
O que lhe faltava em veia goleadora sobrava em abnegação, mobilidade e no tal futebol associativo de que tanto se fala hoje – era comum participar nas chamadas tabelinhas com os companheiros de ataque –, o que fez dele um jogador muito apreciado pela exigente massa associativa do Vitória Sport Clube.
 
 
No verão de 2005 terminou contrato com os vimaranenses e assinou pelo Belenenses, despedindo-se da carreira de futebolista com dois golos – um deles ao Vitória de Guimarães – em 22 jogos pelos azuis do Restelo em 2005-06. Nessa época, os lisboetas foram despromovidos à II Liga, mas posteriormente salvos na secretaria pelo Caso Mateus.
 
 
Em 2006-07 não contou para o novo treinador do Belenenses, Jorge Jesus, e na época seguinte começou a carreira de treinador nas camadas jovens do clube, principalmente como adjunto de Rui Jorge. Em 2011 acompanhou o antigo lateral esquerdo internacional português quando este se tornou selecionador nacional de sub-21, tendo-o coadjuvado durante os 14 anos que passou no cargo.
 







 
  

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