quinta-feira, 21 de novembro de 2024

O Vitória das multidões, da Taça Recompensa, da construção do Bonfim e das façanhas europeias

Bandeira hasteada no 114.º aniversário do Vitória de Setúbal
Esta quarta-feira o Vitória Futebol Clube comemorou o 114.º aniversário, uma data que ficou marcada pela ausência de candidatos às eleições para os órgãos sociais.
 
O clube prepara-se, por isso, para voltar a ser governado por uma Comissão de Gestão. Já assim tinha sido no final da década de 2000.
 
É também pelas sucessivas crises diretivas e financeiras que os sadinos têm tido dificuldade em gerar algum tipo de simpatia para lá das encostas da serra da Arrábida. Para muitos, o Vitória é o clube dos constantes salários em atraso, da instabilidade diretiva, das permanências conseguidas à rasca, de um período de alguma proximidade ao FC Porto com direito a transferências em saldo, muitos empréstimos e derrotas certas e mais recentemente de uma fase com negócios com o Benfica difíceis de explicar. Uma das claques até já incluiu num cântico o seguinte trecho: “ninguém gosta de nós, mas eu não quero saber…”

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Cláudia Bradstone, a neta de Matateu que é internacional no wrestling


A minha primeira memória de... um jogo entre Brasil e Uruguai

 
Anfitrião não só desse torneio como do Campeonato do Mundo do ano seguinte, o escrete de Luiz Felipe Scolari teve nessa Taça das Confederações a possibilidade de competir verdadeiramente, uma vez que desde a Copa América 2011 até ao Mundial 2014 que não disputou jogos oficiais. E a verdade é que a canarinha estava a dar boa conta do recado, mesmo sem uma grande geração (para a realidade brasileira…), tendo batido Japão (3-0), México (2-0) e Itália (4-2) na fase de grupos.
 
Por outro lado, a seleção celeste comandada por Óscar Tabárez, semifinalista do Mundial 2010 e vencedora da Copa América 2011, tinha um ataque de sonho composto por Diego Forlán, Edinson Cavani e Luis Suárez, e ainda Diego Godín imperial no centro da defesa e o elástico Fernando Muslera entre os postes.

O lateral uruguaio cinco vezes campeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Fucile?

Fucile disputou 160 jogos pelo FC Porto entre 2006 e 2013
Nem sempre foi um titular indiscutível, até porque concorria com nomes como Bosingwa, Marek Cech, Sapunaru, Cissokho, Álvaro Pereira, Danilo e Alex Sandro, mas Jorge Fucile foi sempre uma presença relevante no plantel do FC Porto entre o início da época 2006-07 e meio de 2011-12.
 
Embora fosse destro, era um lateral capaz de oferecer competência em ambas as alas, tendo tirado proveito dessa polivalência para somar um elevado número de jogos em quase todas as temporadas.
 
Contratado por 600 mil euros ao Liverpool de Montevideu no verão de 2006, viveu no Dragão anos recheados de conquistas, tendo engrossado o palmarés com cinco campeonatos (2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11 e 2011-12), três Taças de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11), quatro Supertaças (2007, 2009, 2011 e 2013) e uma Liga Europa (2010-11).

O homem que decidiu os jogos cruciais do Boavista campeão. Quem se lembra de Martelinho?

Martelinho apontou 32 golos em 243 jogos oficiais pelo Boavista
Lembra-se do Boavista campeão em 2000-01? Obviamente que cada vitória foi importante, mas houve triunfos que souberam a mais do que três pontos, pela forma como impactaram a luta pelo título e pelos danos causados aos principais concorrentes.
 
No derradeiro jogo da primeira volta, a 13 de janeiro, a equipa de Jaime Pacheco recebeu o FC Porto no Bessa, ultrapassou o vizinho e subiu à liderança do campeonato, graças a uma vitória por 1-0. Quem marcou o único golo da partida? Martelinho.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A eterna promessa do Benfica que ficou por cumprir. Quem se lembra de João Peixe?

João Peixe sagrou-se campeão europeu de sub-18 em 1994
38 internacionalizações pelas seleções jovens, um título de campeão europeu de sub-18 (em 1994) e grande parte da formação feita no Benfica. João Peixe foi uma das principais promessas do futebol português na década de 1990, mas teve uma carreira que não esteve ao nível do potencial que apresentava.
 
Natural da Nazaré, filho de um pescador e primo do antigo médio internacional português Emílio Peixe, cedo mostrou gosto e jeito para jogar à bola. Em 1988, quando tinha 13 anos, deixou o Nazarenos e deu o salto para o Benfica, passando a viver no centro de estágio debaixo das bancadas do antigo Estádio da Luz.
 
Com o passar do tempo surgiram as primeiras internacionalizações, ao lado de Nuno Gomes, Quim, Bruno Caires ou Jorge Silva, da mesma geração, tendo vencido os Jogos Olímpicos da Juventude Europeia, um torneio de sub-16, em 1991. Seguiu-se a participação no Europeu de sub-16 e no Europeu de sub-18 em 1993, antes da conquista do Europeu de sub-18 em 1994.

O médio que brilhou no Belenenses e subiu por Salamanca e Sevilha. Quem se lembra de Taira?

Taira viveu o auge da carreira no Belenenses e no Salamanca
A carreira de José Américo Taira é uma história de persistência e superação, de quem nunca baixou os braços perante as adversidades. O jogador que foi duas vezes dispensado do Belenenses e jogou dois anos numa equipa que lutava para não descer na antiga II Divisão Nacional foi o mesmo que atingiu a seleção nacional e atuou no campeonato espanhol.
 
Nasceu em Lisboa, mas cresceu em Oeiras, sendo o mais velho de três irmãos filhos de um casal composto por um pai delegado de propaganda médica e uma mãe doméstica. Começou a jogar futebol nas camadas jovens da Associação Desportiva de Oeiras, mas foi no Belenenses que concluiu a formação.
 
Quando transitou para sénior, em 1987, foi dispensado pelo treinador Henry Depireux: “Disse que eu não ia ser jogador de futebol, que não tinha a mínima capacidade e que podia ir para as festas e podia divertir-me, porque a minha vida não passava pelo futebol.”

O gigante das balizas que ajudou o Sporting a voltar a ser campeão. Quem se lembra de Schmeichel?

Schmeichel festejou um campeonato e uma Supertaça em Alvalade
Um gigante pelo tamanho (1,93 m), mas também pela personalidade, valentia e competência demonstradas ao longo de mais de duas décadas de carreira. Afinal, Peter Schmeichel foi eleito melhor guarda-redes do mundo em 1992 e 1993 e um dos melhores dez do século XX para a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), tendo ainda sido votado como o melhor guardião de sempre numa sondagem pública promovida pela Reuters.
 
Depois de passagens por clubes modestos da Dinamarca como o Gladsaxe-Hero e o Hvidovre, assinou pelo Brondby em 1987 e logo nesse ano somou a primeira de 129 internacionalizações pela seleção principal do seu país, um recorde somente superado por Simon Kjær em 2023. No ano seguinte disputou a sua primeira fase final, o Euro 1988 – depois esteve nos Europeus de 1992, 1996 e 2000 e no Mundial 1998.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

“Respeito a homofobia. Somos humanos e temos de respeitar”. As melhores gafes de Francesco Totti

Totti vestiu a camisola da AS Roma entre 1993 e 2017
O eterno capitão da AS Roma, uma figura carismática e respeitadíssima, que dedicou toda uma carreira ao clube do coração. Se a jogar futebol era um enormíssimo craque, quando falava era um desastre. O dom da oratória não era, de todo, o seu forte.
 
Havia até quem dissesse que as frases de Francesco Totti davam um livro e o antigo avançado foi mais longe: publicou duas obras. A primeira vendeu 800 mil exemplares e a segunda 400 mil, liderando assim os tops das livrarias. As páginas estavam recheadas de gafes e anedotas sobre ele. Chamou-lhe “Todas as piadas sobre Totti – contadas por mim” e não fez qualquer tipo de censura.

Um dos pilares do Estoril de Marco Silva. Quem se lembra de Gonçalo Santos?

Gonçalo Santos jogou no Estoril de 2011 a 2014 e de 2018 a 2020
Quando o Estoril conseguiu, no espaço de três anos, um título de campeão da II Liga e dois apuramentos consecutivos para a Liga Europa, Marco Silva era o homem do leme, mas a sua extensão em campo era Gonçalo Santos, um médio simultaneamente responsável pelas tarefas de cobertura e pelo início da construção de jogo, com um sentido posicional e qualidade de passe acima da média.
 
Natural de Penude, aldeia do concelho de Lamego, e com formação dividida entre Cracks Lamego e Académica, foi fazendo um percurso discreto até aparecer em grande na I Liga com a camisola dos canarinhos: passou os primeiros três anos de sénior no Tourizense, foi escassamente utilizado no regresso à briosa e esteve cedido a Santa Clara (às ordens de Vítor Pereira) e Desportivo das Aves na II Liga. Nos avenses, Vítor Oliveira viu neste até então defesa central características para se tornar num centrocampista de qualidade.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O central brasileiro que se impôs no Boavistão. Quem se lembra de Paulo Turra?

Paulo Turra representou o Boavista entre 2001 e 2004
Defesa central não muito alto (1,84 m), mas com uma personalidade forte, foi formado no Caxias e esteve na equipa principal do emblema grená entre 1994 e 2000 – com um curto empréstimo ao Botafogo pelo meio (1997) –, tendo feito parte da equipa que, às ordens de Tite, ganhou o único Campeonato Gaúcho da sua história, em 2000.
 
Após essa improvável conquista de um estadual que normalmente está reservado a Internacional e Grêmio, Paulo Turra despertou o interesse do Palmeiras, então orientado por Luiz Felipe Scolari. Também em 2000, ajudou o verdão a vencer a Copa dos Campeões, um torneio que era disputado entre os melhores classificados das taças regionais e apurava uma equipa para a Taça Libertadores.

O mais carismático preparador físico que passou pelo futebol português. Quem se lembra de Roger Spry?

Roger Spry trabalhou no Vitória FC, no Sporting e no FC Porto
Um preparador físico especial, com métodos fora da caixa, que incluíam pinturas faciais, música e artes marciais. Uma personagem que ainda hoje é recordada por quem passou pelas mãos dele.
 
Convidado por Malcolm Allison, este inglês surgiu pela primeira vez no futebol português em 1986, quando o compatriota assumiu o comando técnico do Vitória de Setúbal. “Com o Malcolm era fácil trabalhar. Todos os dias ele vinha ter comigo e dizia ‘Roger, os próximos 30 minutos são teus, faz desses gajos o que quiseres’. E aí, sim, eu procurava variar o mais possível. Às vezes sentia que o dia era pesado e a equipa precisava de música, às vezes ensaiava passos de artes marciais para melhorar a concentração, mas noutros dias só falávamos. O segredo é esse, perceber o que dar e quando dar. E, claro, encontrei personalidades muito diferentes. No balneário do Vitória havia muitos jogadores com mais de 30 anos: o Eurico, o Rui Jordão, o Manuel Fernandes…”, recordou ao Maisfutebol em outubro de 2019.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

“Em Espanha todos os jogadores se benzem antes de entrar em campo. Se funcionasse, havia sempre empates”. As melhores frases de Cruyff

Johan Cruyff orientou o Barcelona entre 1988 e 1996
Johan Cruyff foi um génio do futebol, um dos poucos que foi brilhante como jogador e como treinador, conseguindo em ambas as vertentes simbolizar o “futebol total”, um modelo de jogo assente numa grande mobilidade de todos os jogadores. A par da sua genialidade, foi também um homem bastante arrogante, controverso, polémico e com ideias fixas.
 
O génio neerlandês, que chegou a ser considerado o melhor jogador europeu de sempre antes do início da carreira de Cristiano Ronaldo, defendia um futebol jogado com… a cabeça. “Todos os treinadores falam sobre movimentos, sobre correr muito. Eu digo para não correrem muito. O futebol é um jogo que tu jogas com o cérebro. Tens de estar no sítio certo no momento certo, não demasiado cedo nem demasiado tarde”, afirmou um dia. “Os meus avançados só devem correr quinze metros, a não ser que sejam estúpidos ou estejam a dormir”, disse noutra ocasião.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

O goleador polaco que brilhou em Guimarães em época de descida de divisão. Quem se lembra de Saganowski?

Saganowski apontou 16 golos pelo Vitória de Guimarães em 2005-06
Só esteve no Vitória de Guimarães durante uma época, que até ficou marcada por uma impensável despromoção à II Liga, mas Marek Saganowski deixou saudades. Apesar do mau desempenho coletivo, fechou essa temporada de 2005-06 com 16 golos em todas as competições, um registo ao alcance de poucos no século XXI – apenas Raphinha (18 remates certeiros em 2017-18) fez melhor e Oscar Estupiñán fez igual (em 2021-22).
 
Avançado polaco que despontou no LKS Lodz entre 1994 e 2000, venceu um campeonato da Polónia em 1997-98 e estreou-se pela seleção principal do seu país em 1996, quando tinha apenas 17 anos e seis meses. Também chegou a estar emprestado aos neerlandeses do Feyenoord (1996) e aos alemães do Hamburgo (1997) e sofreu um grave acidente de mota em 1998 que o deixou sem andar durante alguns meses.

O tanque da Académica que não teve êxito no Benfica. Quem se lembra de Marcel?

Marcel não foi além de nove jogos (e zero golos) pelo Benfica em 2006
Possante avançado brasileiro (1,87 m) formado no Coritiba, transitou para a equipa principal do emblema paranaense em 2000 e com o passar dos anos foi ganhando preponderância no coxa, ao ponto de em 2003 ter apontado 30 golos em 57 jogos, contribuindo para a conquista do título estadual e para a obtenção de um honroso 5.º lugar no Brasileirão. Nesse ano, o "tanque", como era apelidado na altura, conseguiu ainda somar oito internacionalizações pela seleção sub-23 canarinha, tendo estado presente no torneio de qualificação para os Jogos Olímpicos de Atenas.
 
Em 2004 continuou a marcar golos, mas ao serviço dos sul-coreanos do Suwon Bluewings, emblema pelo qual se sagrou campeão.

O goleador da I Liga e um dos heróis do FC Porto campeão europeu em 03-04. Quem se lembra de McCarthy?

Benni McCarthy apontou 59 golos em 125 jogos pelo FC Porto
O sul-africano de maior sucesso no futebol português e um dos que teve mais êxito no futebol mundial. Um avançado que nem sempre foi goleador, mas que deixou a sua marca ao longo de duas passagens pelo FC Porto. “Oh Benni McCarthy! Uh! Ah! Faz um golo! La la la”, era mais ou menos assim o cântico personalizado que os Super Dragões entoavam.
 
Nascido na Cidade do Cabo em 12 de novembro de 1977, ainda era um adolescente quando começou a jogar no primeiro escalão do seu país em 1995-96, ao serviço dos Seven Stars, que em 1999 se fundiram com os Cape Town Spurs para se tornarem no Ajax Cape Town, um clube satélite do emblema de Amesterdão na África do Sul.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

“Digo mais vezes ‘vai apanhar no cu’ do que ‘bom dia’”. As melhores frases de Luis Aragonés

Luis Aragonés é uma lenda do Atlético de Madrid
Uma das figuras mais importantes do futebol espanhol, que deixou a sua marca tanto como jogador como treinador. Foi um grande avançado e ainda é o melhor marcador de sempre do Atlético Madrid (172 golos), clube pelo qual venceu três campeonatos e duas Taças do Rei.
 
Pendurou as botas em 1974, após ajudar os colchoneros a chegar à final da Taça dos Campeões Europeus, e tornou-se num técnico com algum sucesso, tendo guiado o Atleti à conquista de um campeonato, três Taças do Rei, uma Supertaça de Espanha, uma Taça Intercontinental e uma II Liga espanhola e levado o Espanha a vencer o Euro 2008 – iniciando aí um ciclo de sucesso que haveria de ser completado por Vicente del Bosque com as conquistas do Mundial 2010 e do Euro 2012.

O polaco que brilhou no Bessa, não vingou no Dragão e esteve assim-assim no Bonfim. Quem se lembra de Kazmierczak?

Kazmierczak representou Boavista, FC Porto e Vitória de Setúbal
Médio de elevada estatura (1,91 m), dotado de um forte remate e internacional jovem pela Polónia, Przemyslaw Kazmierczak cresceu nas escolas do LKS Lodz, tendo passado já como sénior por clubes modestos como Concordia Piotrkow e Gornik Leczna antes de afirmar no primeiro escalão do seu país ao serviço do Pogoń Szczecin, emblema que o projetou para a seleção principal polaca em 2005.
 
No verão de 2006 foi emprestado ao Boavista e teve um impacto significativo no futebol português, ao assinar seis golos em 33 jogos oficiais pelos axadrezados em 2006-07, tendo faturado numa vitória caseira sobre o Benfica (3-0) e feito assistências em encontros diante de Sporting e FC Porto. Essa fase coincidiu também com o período em que foi opção mais regular na seleção polaca, tendo contribuído para o apuramento para o Euro 2008.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Um dos “Metralha” do Benfica de Mourinho e irmão de Bruno Alves. Quem se lembra de Geraldo?

Geraldo estreou-se pelo Benfica num dérbi com o Sporting
Geraldo nasceu e cresceu numa família que respira futebol. O pai é Washington Alves, defesa brasileiro que representou Sp. Espinho, Varzim e Rio Ave, entre outros, nas décadas de 1970 e 1980; um dos tios era o malogrado Geraldo Assoviador, médio internacional canarinho que esteve na Copa América 1975; e um dos irmãos é Bruno Alves, central internacional português que dispensa apresentações.
 
Com a bola como brinquedo preferido, teve no progenitor o primeiro treinador, em casa e nas camadas jovens do Varzim. No verão de 1999, após terminar o último ano de júnior e numa fase em que pensava desistir do futebol profissional e dedicar-se aos estudos, viu o tio Wilson meter uma cunha para ir treinar à experiência no Benfica B.

O mais “fabuloso” flop da história do FC Porto. Quem se lembra de Luís Fabiano?

Luís Fabiano marcou apenas três golos em 27 jogos pelo FC Porto
É talvez um dos maiores mistérios do futebol português: apelidado de “Fabuloso”, Luís Fabiano marcou golos em quase todo o lado, nomeadamente Ponte Preta, São Paulo, Sevilha e seleção brasileira, conquistou troféus internacionais e afirmou-se no Brasil, em Espanha e na China como um goleador-nato, mas não vingou – nem de perto nem de longe – no FC Porto.
 
Melhor marcador do Brasileirão em 2002 e da Taça Libertadores em 2004, reforçou o FC Porto no verão de 2004, logo após ter contribuído com dois golos para a conquista da Copa América, numa transferência que custou aos dragões cerca de 3,5 milhões de euros, uma verba baixa tendo em conta as pretensões do São Paulo. “Ele mudou a postura dele e disse que queria ir embora. Não dá para pagar um jogador caro e insatisfeito”, afirmou na altura o presidente do tricolor paulista, Marcelo Portugal Gouvêa.

O guarda-redes do Sporting nos 3-6 e finalista da Taça por três clubes. Quem se lembra de Lemajic?

Lemajic sofreu 31 golos em 34 jogos pelo Sporting entre 1993 e 1995
Zoran Lemajic foi um dos melhores guarda-redes do futebol português durante a primeira metade da década de 1990. Chegou a Portugal relativamente tarde, quando já tinha 28 anos, mas foi bem a tempo de fazer história, pois esteve em quatro finais da Taça de Portugal por três clubes: Farense em 1989-90, Boavista em 1992-93 e Sporting em 1993-94 e 1994-95.
 
Depois de representar os kosovares do Prishtina, este jugoslavo de origem montenegrina deixou os Balcãs no verão de 1989. “Recebi um convite de um grande empresário que tinha estado ligado ao New York Cosmos. Tinha colocado grandes jogadores da América. Houve então a hipótese de ir a Portugal e fui treinar ao Farense, que estava na II Divisão. O Paco Fortes era o treinador. Gostou do que fiz e disse-me que já não ia embora”, recordou ao Maisfutebol em outubro de 2017.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

A promessa do Flamengo que desiludiu no Dragão. Quem se lembra de Ibson?

Ibson tinha apenas nove anos quando ingressou na Gávea, centro de treinos das camadas jovens do Flamengo, e cedo ganhou a fama de médio habilidoso e promissor, tendo sido lançado na equipa principal do mengão em 2003, quando tinha apenas 19 anos.
 
No segundo ano de sénior tornou-se um titular indiscutível no Fla, tendo contribuído para a conquista do campeonato carioca e para a caminhada até à final da Copa do Brasil.
 
A transferência para um clube europeu tornou-se inevitável e foi consumada a 2 de fevereiro de 2005 pelo então campeão continental FC Porto, que investiu 1,8 milhões de euros na contratação do centrocampista canarinho numa altura em que já se previa a saída de Maniche para o Dínamo Moscovo. “Marco bem e saio para o jogo com bastante velocidade”, descreveu-se durante a sua apresentação como jogador dos azuis e brancos.

O holandês do nome gigante na origem da demissão de Adriaanse do FC Porto. Quem se lembra de Vennegoor of Hesselink?

Vennegoor of Hesselink assinou pelo Celtic após não rumar ao Dragão
Jan Vennegoor of Hesselink raramente meteu os pés em Portugal, mas esteve na origem da demissão de um treinador do FC Porto ainda durante a pré-época, Co Adriaanse, no verão de 2006.
 
O possante (1,91 m) ponta de lança internacional holandês, que tinha acabado de participar no Mundial da Alemanha e que há quase uma década que apresentava um registo de golos assinalável no campeonato do seu país (315 jogos, 133 golos) com as camisolas de Twente (1996 a 2001) e PSV (2001 a 2006), era um dos alvos do treinador, seu compatriota, para reforçar os dragões.
 
Esse interesse foi assumido publicamente e motivou uma longa novela durante várias semanas. “Ainda não desistimos. Já disse ao presidente: é um achado, porque com Vennegoor of Hesselink não ganhamos um, mas dois jogadores”, chegou a dizer Adriaanse ao De Telegraaf a 18 de julho. O ponta de lança, por sua vez, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola a confessar a sua vontade de ir para o Dragão.
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