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| Vitória de Setúbal e Almada vão defrontar-se este domingo |
São atualmente primeiro e último
classificado da I
Divisão Distrital da AF Setúbal, mas durante largas décadas Vitória
de Setúbal e Almada
foram dois dos clubes mais representativos do distrito. Enquanto os sadinos
já venceram três Taças
de Portugal e uma da Taça
da Liga e somaram mais de 70 presenças na I
Divisão e uma dezena de participações nas provas europeias, os almadenses
contabilizaram 25 presenças na II Divisão e 22 na III Divisão Nacional.
José Carlos (médio)
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| José Carlos |
Médio natural de Riachos,
concelho de Torres Novas, passou pelas camadas jovens do Sporting e
pelos seniores de Amora, Silves
e Seixal antes
de defender as cores do Almada
na II Divisão Nacional entre 1964 e 1966, ajudando a equipa
do Pragal a obter um honroso segundo lugar no campeonato da Zona Sul em
1965-66.
Depois deu o salto para o Vitória
de Setúbal. Porém, na única temporada que passou no Bonfim,
marcada pela conquista da segunda Taça
de Portugal, não foi além de um jogo oficial.Seguiram-se passagens por Barreirense, Amora e Oriental.
Viria a falecer em julho de 2009, aos 67 anos.
David Naborre (médio)
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| David Naborre |
Médio venezuelano que representou
vários clubes do seu país e ainda passou pelo futebol do Panamá, entrou no
futebol português pela porta do Seixal
em 2017-18.
Duas épocas depois, representou
pela primeira vez o Almada,
na altura na II Divisão Distrital, tendo atuado em 15 jogos e apontado um golo
no campeonato.Seguiram-se passagens por Paio Pires, Botafogo Cabanas, Cova da Piedade e Alfarim, com hiatos nas temporadas 2020-21 e 2024-25 pelo meio, antes de reforçar o Vitória de Setúbal no verão de 2025, aos 35 anos.
Após ter atuado apenas 15 minutos de um encontro ao longo dos dois primeiros meses e meio da temporada, regressou ao Almada em novembro. “O David destaca-se pelo seu compromisso, ética de trabalho e ambição em evoluir continuamente, características que refletem os valores que o Almada AC promove diariamente. Dentro de campo, apresenta qualidade técnica, inteligência tática e espírito competitivo; fora dele, demonstra maturidade, respeito e uma forte dedicação à equipa e ao clube”, escreveu o clube nas redes sociais quando ficou consumada a contratação.
Contudo, foi expulso com cartão vermelho direto nos poucos minutos que esteve em campo na primeira partida pelos almadenses, a vitória caseira sobre o Fabril na 9.ª jornada da I Distrital, e ainda não voltou a jogar.
Vasques (extremo)
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| Francisco Vasques |
Extremo esquerdo natural de Setúbal, apareceu na equipa principal do Vitória em 1956-57, época em que atuou por nove vezes na I Divisão e apontou três golos.
Já na temporada seguinte não foi além de quatro jogos disputados.
Depois de uma passagem pelo Académico de Viseu, representou o Almada em 1960-61, na III Divisão Nacional.
Edinho (ponta de lança)
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| Edinho |
Filho de Arnaldo Silva, que era
treinador da formação do Almada,
percorreu as camadas jovens do clube desde os infantis aos juniores – apesar de
uma passagem de um ano pelo Vitória
de Setúbal –, tendo ainda jogado pelos seniores.
“A partir dos nove anos comecei a
gostar mesmo de futebol. O meu pai levava-me, porque era treinador da formação
do Almada.
Comecei a ganhar o bichinho e com ele a incentivar-me… Ao sábado jogava no meu
escalão e ao domingo no escalão acima, que era o que ele treinava. E é curioso,
porque com o meu pai nunca fui titular. Chegou uma altura em que até os pais dos
meus colegas diziam que eu tinha de jogar. Mas o meu pai sempre teve aquele
complexo, ‘é meu filho, não posso pôr a jogar, vão pensar outras coisas’. Só
que eu era o melhor marcador, fazia sempre golo e até o presidente perguntava.
Mas o meu pai dizia-lhe: ‘Se a gente precisar ele depois ajuda, não há
problema. Ele está bem’. Mas eu não estava, como é óbvio, ficava chateado”,
contou à Tribuna
Expresso em novembro de 2019.Em 2000 transitou para a equipa principal, tendo competido na III Divisão Nacional e na I Distrital da AF Setúbal antes de se mudar para o Barreirense, em 2002, tendo protagonizado uma ascensão a pulso na hierarquia do futebol português.
No início da época 2007-08 ingressou pela primeira vez na equipa principal do Vitória de Setúbal, por empréstimo do Sp. Braga, tendo marcado nove golos em 23 jogos e contribuído para uma caminhada que haveria de culminar na conquista da Taça da Liga e no apuramento para a Taça UEFA antes de se mudar para os gregos do AEK Atenas durante mercado de inverno. “Fiquei magoado com o presidente [da comissão de gestão, Carlos Costa] porque não teve uma atitude correta comigo. Deixou passar a mensagem de que eu é que quis ir embora quando na verdade o que aconteceu foi uma boa oportunidade para o Vitória de Setúbal encaixar algum dinheiro no final da época. Os adeptos ficaram a pensar que eu fui ingrato e isso não é verdade. Fiquei magoado por isso, mas não guardo rancor nenhum”, lamentou.
Mais tarde tornou-se internacional português e representou clubes como Málaga, PAOK, Marítimo, Académica, novamente Sp. Braga e dois emblemas turcos antes de regressar ao Vitória de Setúbal em 2016-17. Nesta segunda passagem pelo Bonfim amealhou 71 jogos e 19 golos, ajudando os vitorianos a chegar à final da Taça da Liga em 2017-18.
Na hora da saída, revelou alguma mágoa. “A saudade estará presente todos dias, assim como o calor e o carinho de todos estes adeptos sadinos que me mostraram cada vez que orgulhosamente vesti esta camisola sagrada. Foi e será sempre um orgulho para mim este Enorme Vitória FC. Acho que merecia outro respeito por tudo que já dei ao Vitória, não me querendo bastava dizer ao invés de mandarem recados, 'se não assinaram é porque não querem ficar!' Eu entendi as entrelinhas e vi que não contavam comigo”, escreveu nas redes sociais.





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