Um dos pilares do Estoril de Marco Silva. Quem se lembra de Gonçalo Santos?
Gonçalo Santos jogou no Estoril de 2011 a 2014 e de 2018 a 2020
Quando o Estoril
conseguiu, no espaço de três anos, um título de campeão da II
Liga e dois apuramentos consecutivos para a Liga
Europa, Marco
Silva era o homem do leme, mas a sua extensão em campo era Gonçalo
Santos, um médio simultaneamente responsável pelas tarefas de cobertura e
pelo início da construção de jogo, com um sentido posicional e qualidade de
passe acima da média.
Natural de Penude, aldeia do
concelho de Lamego, e com formação dividida entre Cracks Lamego e Académica,
foi fazendo um percurso discreto até aparecer em grande na I
Liga com a camisola dos canarinhos:
passou os primeiros três anos de sénior no Tourizense,
foi escassamente utilizado no regresso à briosa
e esteve cedido a Santa
Clara (às ordens de Vítor Pereira) e Desportivo
das Aves na II
Liga. Nos avenses,
Vítor Oliveira viu neste até então defesa central características para se
tornar num centrocampista de qualidade. No António Coimbra da Mota
evidenciou-se tanto quanto outros companheiros que deram o salto para os três grandes
de Portugal, como Jefferson (Sporting),
Steven Vitória (Benfica)
e Evandro, Carlos Eduardo e Licá (FC
Porto), mas acabou por rumar, no verão de 2014, ao maior clube da Croácia,
o Dínamo Zagreb, numa altura em que também por lá andavam os compatriotas
Eduardo, Ivo Pinto, Paulo Machado e Wilson Eduardo. Antes de decidir emigrar chegou a
ser falado como possível reforço do Sporting
caso William
Carvalho saísse nessa janela do mercado de transferências, mas não se
concretizou.
Pouco tempo após chegar à capital
croata, foi pré-convocado pelo selecionador Fernando Santos para os jogos da equipa
das quinas diante de França
e Dinamarca,
em outubro de 2014, mas acabou preterido da lista final. No Dínamo nem sempre foi titular,
mas sagrou-se bicampeão e viveu o seu melhor período na temporada 2015-16, marcada
pela participação na fase de grupos da Liga
dos Campeões, na qual defrontou Arsenal,
Bayern
Munique e o Olympiacos de… Marco
Silva. “No Estoril
vivemos grandes anos, de grande camaradagem. Tudo nos tem corrido bem.
Disse-lhe que trabalhámos muito para ali chegar. Foi bonito e fiquei muito
feliz, mas não foi propriamente um reencontro, pois falamos regularmente”,
contou ao jornal A
Bola em novembro de 2015. Depois de ter passado toda a
época 2016-17 em branco, regressou a Portugal, mas já sem o fulgor de outros
tempos. Ainda voltou a jogar na I
Liga ao serviço de Desportivo
das Aves e Estoril
em 2017-18, mas nas três épocas seguintes atuou no segundo
escalão, pelos canarinhos
(2018 a 2020) e pelo Vilafranquense
(2020-21), com uma passagem pelos cipriotas do Ethnikos Achnas pelo meio.
Na reta final da carreira começou
a exercer as funções de treinador em equipas jovens. Foi adjunto no Real
SC, técnico principal nos juniores do Estoril,
adjunto e treinador principal do Casa
Pia e, desde o verão de 2024, adjunto de Marco
Silva no Fulham.
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