sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Um dos pilares do Estoril de Marco Silva. Quem se lembra de Gonçalo Santos?

Gonçalo Santos jogou no Estoril de 2011 a 2014 e de 2018 a 2020
Quando o Estoril conseguiu, no espaço de três anos, um título de campeão da II Liga e dois apuramentos consecutivos para a Liga Europa, Marco Silva era o homem do leme, mas a sua extensão em campo era Gonçalo Santos, um médio simultaneamente responsável pelas tarefas de cobertura e pelo início da construção de jogo, com um sentido posicional e qualidade de passe acima da média.
 
Natural de Penude, aldeia do concelho de Lamego, e com formação dividida entre Cracks Lamego e Académica, foi fazendo um percurso discreto até aparecer em grande na I Liga com a camisola dos canarinhos: passou os primeiros três anos de sénior no Tourizense, foi escassamente utilizado no regresso à briosa e esteve cedido a Santa Clara (às ordens de Vítor Pereira) e Desportivo das Aves na II Liga. Nos avenses, Vítor Oliveira viu neste até então defesa central características para se tornar num centrocampista de qualidade.
 
No António Coimbra da Mota evidenciou-se tanto quanto outros companheiros que deram o salto para os três grandes de Portugal, como Jefferson (Sporting), Steven Vitória (Benfica) e Evandro, Carlos Eduardo e Licá (FC Porto), mas acabou por rumar, no verão de 2014, ao maior clube da Croácia, o Dínamo Zagreb, numa altura em que também por lá andavam os compatriotas Eduardo, Ivo Pinto, Paulo Machado e Wilson Eduardo.
 
Antes de decidir emigrar chegou a ser falado como possível reforço do Sporting caso William Carvalho saísse nessa janela do mercado de transferências, mas não se concretizou.

 
Pouco tempo após chegar à capital croata, foi pré-convocado pelo selecionador Fernando Santos para os jogos da equipa das quinas diante de França e Dinamarca, em outubro de 2014, mas acabou preterido da lista final.
 
No Dínamo nem sempre foi titular, mas sagrou-se bicampeão e viveu o seu melhor período na temporada 2015-16, marcada pela participação na fase de grupos da Liga dos Campeões, na qual defrontou Arsenal, Bayern Munique e o Olympiacos de… Marco Silva. “No Estoril vivemos grandes anos, de grande camaradagem. Tudo nos tem corrido bem. Disse-lhe que trabalhámos muito para ali chegar. Foi bonito e fiquei muito feliz, mas não foi propriamente um reencontro, pois falamos regularmente”, contou ao jornal A Bola em novembro de 2015.
 
Depois de ter passado toda a época 2016-17 em branco, regressou a Portugal, mas já sem o fulgor de outros tempos. Ainda voltou a jogar na I Liga ao serviço de Desportivo das Aves e Estoril em 2017-18, mas nas três épocas seguintes atuou no segundo escalão, pelos canarinhos (2018 a 2020) e pelo Vilafranquense (2020-21), com uma passagem pelos cipriotas do Ethnikos Achnas pelo meio.

 
Na reta final da carreira começou a exercer as funções de treinador em equipas jovens. Foi adjunto no Real SC, técnico principal nos juniores do Estoril, adjunto e treinador principal do Casa Pia e, desde o verão de 2024, adjunto de Marco Silva no Fulham




 




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