Hoje faz anos o holandês do nome comprido que motivou a rutura entre Adriaanse e o FC Porto. Quem se lembra de Vennegoor of Hesselink?
Vennegoor of Hesselink assinou pelo Celtic após não rumar ao Dragão
Jan Vennegoor of Hesselink raramente
meteu os pés em Portugal, mas esteve na origem da demissão de um treinador
do FC
Porto ainda durante a pré-época, Co Adriaanse, no verão de 2006.
O possante (1,91 m) ponta de
lança internacional holandês, que tinha acabado de participar no Mundial da
Alemanha e que há quase uma década que apresentava um registo de golos
assinalável no campeonato do seu país (315 jogos, 133 golos) com as camisolas
de Twente (1996 a 2001) e PSV
(2001 a 2006), era um dos alvos do treinador, seu compatriota, para reforçar os
dragões. Esse interesse foi assumido publicamente
e motivou uma longa novela durante várias semanas. “Ainda não desistimos. Já
disse ao presidente: é um achado, porque com Vennegoor of Hesselink não
ganhamos um, mas dois jogadores”, chegou a dizer Adriaanse ao De Telegraaf
a 18 de julho. O ponta de lança, por sua vez, concedeu uma entrevista ao jornal
A Bola a confessar a sua vontade de ir para o Dragão. Segundo se dizia na altura, o PSV
queria uma transferência por 8,5 milhões de euros – com o jogador a receber 20
por cento -, mas os azuis
e brancos não foram além de 5,5 milhões.
No final desse mês, o técnico
assumiu que esse alvo já não era possível, mostrou estar descontente e até
ironizou: “Está tudo terminado. O avançado que quero já não é de agora, pois há
oito meses que digo que preciso de um ponta-de-lança de certas características
e por isso falei de Huntelaar. Tem de ser um jogador que jogue bem de cabeça e
que venha buscar jogo ao meio-campo. Se tenho nomes? Sim, o Ronaldo, o Ronaldinho
e o Van Nistelrooy...” No início de agosto, enquanto Adriaanse
ainda queria mais um avançado e até justificou as derrotas com Manchester
United e Inter
de Milão no Torneio de Amesterdão com a falta de um ponta de lança com as
características desejadas, Pinto
da Costa afirmou publicamente que o plantel estava fechado. A rutura entre treinador e
presidente tornou-se inevitável e o treinador apresentou o pedido de demissão
antes da partida para um estágio de pré-temporada em Inglaterra e a cerca de
uma semana da disputa da Supertaça
Cândido de Oliveira, diante do Vitória
de Setúbal. “Se achasse que ele não tinha capacidade, tinha-o mandado
embora. Têm de lhe perguntar a ele, porque eu ainda não sei por que é que ele
saiu”, afirmou Pinto
da Costa na altura. Com a demissão do holandês, Rui
Barros assumiu interinamente o comando técnico antes de chegada de Jesualdo
Ferreira. E a primeira decisão da era pós-Adriaanse foi a reintegração de… um
avançado, Hélder
Postiga. Dois anos depois, o avançado
holandês defrontou o FC
Porto no Dragão
ao serviço dos escoceses do Celtic,
num jogo de pré-época, e… marcou.
Vennegoor of Hesselink, porém,
não se resumiu a esse interesse do FC
Porto. Foi 19 vezes internacional pelos Países
Baixos, tendo ainda marcado presença no Euro 2008, venceu uma taça pelo Twente,
três campeonatos e duas taças pelo PSV
e dois campeonatos, uma taça e uma taça da liga pelo Celtic.
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