O polaco que brilhou no Bessa, não vingou no Dragão e esteve assim-assim no Bonfim. Quem se lembra de Kazmierczak?
Kazmierczak representou Boavista, FC Porto e Vitória de Setúbal
Médio de elevada estatura (1,91
m), dotado de um forte remate e internacional jovem pela Polónia, Przemyslaw Kazmierczak cresceu nas
escolas do LKS Lodz, tendo passado já como sénior por clubes modestos como Concordia
Piotrkow e Gornik Leczna antes de afirmar no primeiro escalão do seu país ao
serviço do Pogoń Szczecin, emblema que o projetou para a seleção
principal polaca em 2005.
No verão de 2006 foi emprestado
ao Boavista
e teve um impacto significativo no futebol português, ao assinar seis golos em
33 jogos oficiais pelos axadrezados
em 2006-07, tendo faturado numa vitória caseira sobre o Benfica
(3-0) e feito assistências em encontros diante de Sporting
e FC
Porto. Essa fase coincidiu também com o período em que foi opção mais
regular na seleção
polaca, tendo contribuído para o apuramento para o Euro 2008.
Valorizado, deu o salto para o
maior clube da Invicta, o FC
Porto, que pagou 1,4 milhões de euros ao Pogoń pelo seu passe. De azul
e branco festejou a conquista do título nacional, mas foi pouco utilizado,
não indo além de 19 partidas (nove como titular) em 2007-08. “Já sabia que o FC
Porto era um grande clube e que não seria fácil jogar sempre. Aqui estou a
trabalhar a um nível diferente, mas a vida é assim mesmo. Aprendo todos os dias
e quero ser cada vez melhor”, chegou a afirmar em fevereiro de 2008.
Essa escassa utilização
prejudicou-o em termos de seleção,
uma vez que não foi chamado para a fase final do Campeonato da Europa disputado
na Áustria e na Suíça.
Seguiu-se um empréstimo aos
ingleses do Derby
County, então a atuar no Championship (segundo escalão), mas desentendeu-se
com o treinador Nigel Clough, filho do mítico Brian
Clough, tendo o centrocampista polaco acusado o técnico de não gostar de
jogadores estrangeiros.
Em julho de 2009 rescindiu
contrato com os dragões
e assinou pelo Vitória
de Setúbal. Embora não tivesse mostrado o mesmo brilho do que no Bessa, fui
utilizado em 31 jogos (23 a titular) e apontou quatro golos que ajudaram os sadinos
a assegurar a permanência.
Depois voltou ao futebol polaco,
nomeadamente para o Slask Wroclaw, clube ao serviço do qual ganhou um
campeonato (2011-12), uma Supertaça (2012), o prémio de melhor golo da época
(2012-13) e que lhe permitiu regressar à seleção
no final de 2012, após mais de cinco anos de ausência.
Haveria de pendurar as botas em
2015, aos 33 anos, depois de 12 internacionalizações (e um golo).
Sem comentários:
Enviar um comentário