quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O central brasileiro que se impôs no Boavistão. Quem se lembra de Paulo Turra?

Paulo Turra representou o Boavista entre 2001 e 2004
Defesa central não muito alto (1,84 m), mas com uma personalidade forte, foi formado no Caxias e esteve na equipa principal do emblema grená entre 1994 e 2000 – com um curto empréstimo ao Botafogo pelo meio (1997) –, tendo feito parte da equipa que, às ordens de Tite, ganhou o único Campeonato Gaúcho da sua história, em 2000.
 
Após essa improvável conquista de um estadual que normalmente está reservado a Internacional e Grêmio, Paulo Turra despertou o interesse do Palmeiras, então orientado por Luiz Felipe Scolari. Também em 2000, ajudou o verdão a vencer a Copa dos Campeões, um torneio que era disputado entre os melhores classificados das taças regionais e apurava uma equipa para a Taça Libertadores.
 
No verão de 2001 transferiu-se para o Boavista, tendo sido o escolhido para substituir o capitão Litos, vendido ao Málaga na ressaca da conquista do título nacional. “Um Boavista muito forte, que era campeão, com uma estrutura muito boa. Era um clube que pagava religiosamente no dia certo, bons salários, bons prémios de jogo. Era um ambiente muito bacana”, recordou ao Maisfutebol em fevereiro de 2023.
 
 
Apesar dos 28 anos, o central brasileiro impôs-se com muita naturalidade no Bessa. Na primeira época foi vice-campeão nacional e chegou à segunda fase de grupos da Liga dos Campeões, tendo estado nos dois empates com o Liverpool, nas vitórias caseiras sobre Dínamo Kiev, Borussia Dortmund e Nantes, num nulo em casa com o Bayern Munique e nas duas derrotas às mãos do Manchester United.
 
 
Na temporada seguinte, de 2002-03, esteve no canto do cisne do Boavistão, a caminhada até às meias-finais da Taça UEFA, que incluiu as eliminações de Paris Saint-Germain, Hertha Berlim e Málaga até à queda aos pés do Celtic mesmo às portas da final. Já no campeonato os axadrezados estiveram muitos furos abaixo do habitual, tendo fechado a época em 10.º lugar.
 
 
Viria a permanecer no Boavista até meados de 2004, despedindo-se ao fim de 97 jogos e três golos. Porém, continuou no futebol português ao serviço do Vitória de Guimarães, ajudando os vimaranenses a conseguir o apuramento para a Taça UEFA naquela que foi a única época que passou no Dom Afonso Henriques, em 2004-05.
 
Após quatro anos em Portugal experimentou o futebol escocês e regressou ao Brasil para encerrar a carreira.
 
Pouco depois de pendurar as botas tornou-se treinador. Foi adjunto de Luiz Felipe Scolari em vários clubes e já comandou as equipas principais de Athletico Paranaense, Santos e Vitória de Guimarães, entre outros emblemas de menor dimensão. 






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