terça-feira, 19 de novembro de 2024

Hoje faz anos o lateral uruguaio cinco vezes campeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Fucile?

Fucile disputou 160 jogos pelo FC Porto entre 2006 e 2013
Nem sempre foi um titular indiscutível, até porque concorria com nomes como Bosingwa, Marek Cech, Sapunaru, Cissokho, Álvaro Pereira, Danilo e Alex Sandro, mas Jorge Fucile foi sempre uma presença relevante no plantel do FC Porto entre o início da época 2006-07 e meio de 2011-12.
 
Embora fosse destro, era um lateral capaz de oferecer competência em ambas as alas, tendo tirado proveito dessa polivalência para somar um elevado número de jogos em quase todas as temporadas.
 
Contratado por 600 mil euros ao Liverpool de Montevideu no verão de 2006, viveu no Dragão anos recheados de conquistas, tendo engrossado o palmarés com cinco campeonatos (2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11 e 2011-12), três Taças de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11), quatro Supertaças (2007, 2009, 2011 e 2013) e uma Liga Europa (2010-11).
 
 
A regularidade com que jogava no futebol português permitiu-lhe ser uma opção regular para a seleção principal do Uruguai, tendo feito parte das caminhadas até às meias-finais da Copa América 2007 e do Mundial 2010.
 
 
Contudo, em 2011 sofreu uma fratura da clavícula que o afastou das decisões finais da época 2010-11 e da Copa América que a seleção celeste viria a conquistar. E foi nesse ano que também começou a ter alguns problemas com a estrutura portista, tendo sido emprestado ao Santos em 2012. “Fui eu que decidi ir para o Santos, porque achava que já tinha ganho praticamente tudo no FC Porto. Faltou a Liga dos Campeões”, contou em maio de 2019, em entrevista ao jornal O Jogo.
 
No emblema paulista jogou ao lado de Neymar, mas em abril de 2012 sofreu uma grave lesão no joelho que o afastou dos relvados até ao início do ano seguinte. Só voltou a jogar pelo FC Porto em agosto de 2013, com Paulo Fonseca no comando técnico, mas foi perdendo espaço entre as opções do treinador e, por se tratar de um jogador em final de contrato, não voltou a jogar de dragão ao peito, despedindo-se ao fim de 160 jogos e um golo. “O FC Porto queria renovar o meu contrato, mas eu recusei, porque queria voltar a jogar no meu país para jogar no Nacional [de Montevideu]”, lembrou.
 
 
Após o vínculo terminar, esteve no Mundial 2014 apesar de ter estado quase um ano sem jogar e disparou contra a cúpula azul e branca, tendo-a comparado a “uma monarquia absoluta”. “Já não estamos na época da escravatura e isso era o que se passava no FC Porto. Revoltei-me contra eles. Queriam decidir sobre a minha vida. Para onde tinha de ir, onde tinha de jogar, e eu disse-lhes que sobre a minha vida decido eu. Ameaçaram-me. Disseram que se eu não renovasse, não seria emprestado e treinaria afastado do plantel principal. Não aceito esse tipo de injustiças”, revelou à rádio Sport 890.
 
 
No regresso ao Uruguai ajudou o Nacional a conquistar dois campeonatos (2014-15 e 2015-16), tendo ainda marcado presença nas edições de 2015 e 2016 da Copa América. Retirou-se no final de 2020, aos 36 anos.
  


 





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