Hoje faz anos a eterna promessa do Benfica que ficou por cumprir. Quem se lembra de João Peixe?
João Peixe sagrou-se campeão europeu de sub-18 em 1994
38 internacionalizações pelas
seleções jovens, um título de campeão europeu de sub-18 (em 1994) e grande
parte da formação feita no Benfica.
João Peixe foi uma das principais promessas do futebol português na década de
1990, mas teve uma carreira que não esteve ao nível do potencial que
apresentava.
Natural da Nazaré, filho de um
pescador e primo do antigo médio internacional português Emílio Peixe, cedo
mostrou gosto e jeito para jogar à bola. Em 1988, quando tinha 13 anos, deixou
o Nazarenos e deu o salto para o Benfica,
passando a viver no centro de estágio debaixo das bancadas do antigo Estádio
da Luz. Com o passar do tempo surgiram as
primeiras internacionalizações, ao lado de Nuno Gomes, Quim, Bruno
Caires ou Jorge Silva, da mesma geração, tendo vencido os Jogos Olímpicos
da Juventude Europeia, um torneio de sub-16, em 1991. Seguiu-se a participação
no Europeu de sub-16 e no Europeu de sub-18 em 1993, antes da conquista do
Europeu de sub-18 em 1994. Paralelamente, foi chamado a
integrar os trabalhos da equipa sénior, então orientada por Toni,
quando ainda era júnior. Em 1994-95 era para fazer parte do plantel principal, já
comandado por Artur
Jorge, mas acabou prejudicado por chegar tarde aos trabalhos da equipa em
virtude da presença no Campeonato da Europa de sub-18 e nunca foi opção. Em dezembro de 1994, este jovem
avançado foi emprestado ao Estrela
da Amadora, tendo realizado uma meia época razoável na Reboleira às ordens
de Fernando Santos, apesar de uma lesão ligamentar o ter impedido de ir ao
Mundial de sub-20, no Qatar, no final da temporada.
Na época seguinte rejeitou
continuar a vestir a camisola tricolor
– o maior arrependimento da sua carreira –, por ter o sonho de jogar em
Inglaterra, e chegou a estar com tudo acertado com o Darlington, mas o Benfica
exigiu que regressasse a Portugal e acabou por ser cedido à Académica
e depois ao Alverca,
na altura um clube-satélite dos encarnados. Nessa altura começou a trocar
regularmente de clube, o que nunca o beneficiou. Paralelemente, ficou riscado
das seleções jovens nacionais após ter concedido algumas entrevistas algo
polémicas, queixando-se da ausência do Mundial de sub-20 no Qatar, tendo em
conta que o médico da Estrela
da Amadora o considerava recuperável para o torneio. Até ao final da carreira representou
ainda Desportivo
das Aves, Desportivo
de Beja, Oriental,
Sp.
Covilhã, Marco,
Sanjoanense,
Pedras
Rubras, Sp.
Pombal, União Micaelense, Académico
de Viseu, Estarreja,
Benfica
Castelo Branco, União da Serra, Rio Maior, Tondela,
Torreense,
Penamacorense, Custóias, Perafita,
Vila FC e Valonguense em Portugal, sempre nas divisões secundárias, e o
Ionikos, da I Liga da Grécia. Se incluirmos os anos de camadas jovens, vestiu a camisola de 27 clubes. Na fase final do seu trajeto como
futebolista começou também a exercer na área da fisioterapia, massagem e
recuperação. Já retirado, chegou a ser agente de jogadores durante três anos.
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