quinta-feira, 21 de março de 2024

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Leça na II Liga

Dez futebolistas importantes na história do Leça
Fundado a 21 de março de 1912, o Leça Futebol Clube viveu o seu período áureo na segunda metade da década de 1990, quando se sagrou campeão da II Liga e somou três presenças consecutivas na I Liga, tendo apenas descida de divisão por via administrativa, devido ao Caso Guímaro.
 
Na altura, o árbitro José Guímaro foi condenado por corrupção passiva após ter sido encontrado em sua casa um cheque de 500 contos passado pelo presidente leceiro, Manuel Rodrigues. Em causa terá estado um jogo frente ao Académico de Viseu em 1993, para o apuramento do campeão nacional da II Divisão B, que terá sido falseado através da intervenção do juiz da partida. No entanto, a história centenária do Leça está longe de se esgotar nesse acontecimento menos feliz.
 
Em 1941-42 o emblema do concelho de Matosinhos participou pela primeira vez na I Divisão após ter terminado o Campeonato do Porto na segunda posição, atrás do Académico do Porto e à frente do FC Porto. Porém, os verde e brancos não foram além do 12.º e último lugar.
 
Nas cinco décadas que se seguiram o Leça competiu quase sempre nos campeonatos nacionais, mas afastado das luzes da ribalta. Porém, viria a voltar ao convívio dos grandes entre 1995 e 1998, no culminar de uma ascensão meteórica iniciada em 1991-92 com a subida da III à II Divisão B. Em 1997-98 alcançou a melhor classificação da sua história, o 12.º lugar, mas acabou por descer de divisão na secretaria.
 
A partir dessa despromoção, os leceiros entraram numa espiral negativa que os haveria de levar em 2013 e depois em 2023 até aos distritais da AF Porto, onde presentemente competem.
 
Paralelamente, o melhor que o clube conseguiu na Taça de Portugal foi atingir os quartos de final em 1994-95, época em que se sagrou campeão da II Liga, prova em que somam sete presenças (1993 a 1995 e 1998 a 2003).
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Leça na II Liga.

quarta-feira, 20 de março de 2024

O rebelde croata que não vingou no FC Porto, mas marcou em dois clássicos. Quem se lembra de Maric?

Silvio Maric somou 19 jogos e três golos pelo FC Porto
Silvio Maric teve um ano atípico no FC Porto. Contratado numa altura em que os dragões tinham acabado de ficar sem Mário Jardel, transferido para o Galatasaray, sofreu uma rotura de ligamentos no joelho direito logo aos 23 minutos do primeiro jogo oficial da temporada, diante do Anderlecht em Bruxelas na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, e ficou afastado dos relvados durante cinco meses, contrariando as expetativas mais pessimistas que apontavam para meio ano.
 
Regressou em janeiro, a tempo de disputar mais 18 partidas (nove a titular), mas só apontou três golos, um registo fraco para um atacante de uma equipa grande. Contudo, dois desses golos foram em clássicos, ambos nos derradeiros minutos – um ao Benfica na Luz numa eliminatória da Taça de Portugal que atirou a decisão para as Antas, precisamente no jogo em que voltou à competição; o outro numa receção ao Sporting, para o campeonato, evitando a derrota e consequente ultrapassagem dos leões na tabela classificativa. Ou seja, foi uma espécie de flop que… deu duas grandes alegrias. E o terceiro golo que marcou foi numa vitória sobre o Gil Vicente nas Antas.

O primeiro bielorrusso do futebol português. Quem se lembra de Kutuzov?

Kutuzov foi cedido pelo AC Milan ao Sporting em 2002-03
Em 2001-02 o Sporting foi campeão sobretudo devido ao grande entendimento entre Mário Jardel e João Vieira Pinto. Nos meses que se seguiram, o português foi castigado durante vários meses após ter dado um soco no árbitro do Portugal-Coreia do Sul do Mundial 2002, enquanto o brasileiro desertou. Na tentativa de remediar a situação, os leões receberam, por empréstimo do AC Milan, Vitali Kutuzov, que assim se tornou no primeiro bielorrusso a atuar nas ligas profissionais portuguesas.
 
O atacante havia dado nas vistas pelo BATE Borisov num jogo frente aos milaneses na Taça UEFA em setembro de 2001, tendo os rossoneri avançado de imediato para a sua contratação, juntando Kutuzov aos ex-compatriotas soviéticos Andriy Shevchenko e Kakha Kaladze. Mas, aos contrários destes dois, o bielorrusso não se afirmou em San Siro, não indo além de 37 minutos na época de estreia em Itália.

Moreira destronou Enke no Benfica mas ficou aquém do esperado. Quem se lembra dele?

Moreira esteve no Benfica entre 1999 e 2011
Moreira está seguramente entre os dez melhores guarda-redes portugueses no século XXI. Mas quem o viu destronar Robert Enke para se tornar no titular da baliza do Benfica aos 19 anos, manter essa titularidade ao longo de mais de dois anos e meio, estar associado ao crescimento dos encarnados sob o comando de Jose Antonio Camacho e ser convocado (com toda a legitimidade) para o Euro 2004 certamente imaginava que as águias e a seleção nacional teriam ali o dono da baliza para muitos e bons anos. O que não aconteceu.
 
Natural da freguesia portuense de Massarelos, filho de um talhante e de uma doméstica, cresceu em Baguim do Monte, concelho de Gondomar, foi às captações do Salgueiros quando tinha dez anos e ficou.

terça-feira, 19 de março de 2024

“Se tivesse comprado um anão para o Benfica já teria crescido”. Recorde as melhores pérolas de Toni

Toni comandou o Benfica pela última vez em 2001-02 
Toni é daquelas personalidades futebolísticas que geram simpatia até entre os adeptos rivais do clube ao qual está mais associado, neste caso o Benfica. É bonacheirão, simpático, genuíno e até mesmo divertido. Afinal, só uma pessoa com um coração muito grande é que, mesmo com o estatuto de campeão nacional como treinador, passa para adjunto de Eriksson. Mas quando se irrita… fujam!
 
Vou contar a minha experiência pessoal. Estava a estagiar na secção de futebol internacional do jornal A Bola em meados de 2014 quando o meu editor nesse dia me pediu para telefonar a Toni, para perceber se ainda estava nos iranianos do Tractor e colocar-lhe umas questões sobre um qualquer assunto que não me vem à memória. Assim o fiz. Do outro lado, apanhei um Toni que não estava nos seus dias, irritado, que disse que já não estava no Irão há várias semanas e que durante o telefonema soltou uma série de impropérios. Os meus colegas ficaram surpreendidos, porque o Toni com que sempre lidaram era exatamente o tal tipo bonacheirão, simpático, genuíno e divertido, mas para mim passou a ser alguém a evitar a partir daquele dia.

O avançado polaco que teve mais lesões do que golos no FC Porto. Quem se lembra de Mielcarski?

Mielcarski representou o FC Porto entre 1995 e 1999
A segunda metade da década de 1990 coincidiu com o pentacampeonato do FC Porto, mas não foram disparados só tiros certeiros para os lados das Antas. Também houve flops, jogadores que não estavam talhados para aquele nível, de quem se esperava mais, e Grzegorz Mielcarski foi um desses casos. Em quatro temporadas de dragão ao peito não foi além de onze golos em 56 jogos. O máximo que disputou numa época foram 17 partidas, em 1998-99, e o melhor registo goleador foi de cinco remates certeiros, em 1997-98.
 
Ainda assim, recordam os portistas, não foi dos piores que passaram pela Invicta. Até porque este avançado polaco, diga-se a verdade, foi afetado por bastantes lesões. O próprio reconheceu, em declarações ao Maisfutebol em junho de 2012, que teve “mais lesões do que golos” no FC Porto.

segunda-feira, 18 de março de 2024

“Aquele gordinho? Desmoraliza o preparador físico e o nutricionista”. Quem se lembra de Walter?

Walter marcou 16 golos em 33 jogos pelo FC Porto
Internacional brasileiro pelas camadas jovens, Walter cedo mostrou que queria seguir as pisadas de Ronaldo "Fenómeno", pelos golos e pela barriga. A diferença é que o antigo goleador de Barcelona, Inter e Real Madrid, entre outros, deixou a barriga crescer na fase final da carreira, quando os golos que marcava começaram a diminuir, enquanto o antigo jogador do FC Porto quis conciliar golos e barriga desde tenra idade.
 
Após despontar no Internacional de Porto Alegre, foi contratado pelos azuis e brancos no verão de 2010. E a verdade é que, quando chamado, correspondia: 10 golos em 25 jogos em 2010-11, uma média de um golo a cada 94,5 minutos numa temporada marcada pelas conquistas de campeonato, Taça de Portugal, Liga Europa e Supertaça. Nada mau! Na altura estava tapado por Radamel Falcao, mas tendo em conta a veia goleadora que apresentava, a sucessão de colombiano parecia assegurada.

O flop americano do Sporting que venceu a Champions. Quem se lembra de Kirovski?

Kirovski pertenceu aos quadros do Sporting em 2000-01
Numa altura em que o Sporting se preparava para regressar à Liga dos Campeões e o avançado ganês Kwame Ayew tinha sido emprestado aos turcos do Yozgatspor, os leões foram ao mercado, no verão de 2000, contratar um ponta de lança cujo currículo indicava que tinha tudo para dar certo em Alvalade: possante (1,85 m), relativamente jovem (24 anos), internacional norte-americano com participações na Copa América 1995, Gold Cup 1996 e 2000, Jogos Olímpicos 1996 e Taça das Confederações 1999, formação concluída no Manchester United e estreia impossibilitada na equipa principal dos red devils apenas por falta de licença de trabalho e uma Champions e uma Taça Intercontinental vencidas pelo Borussia Dortmund em 1997.

domingo, 17 de março de 2024

A velha raposa que acabou com o jejum do Benfica. Quem se lembra de Trapattoni?

Trapattoni guiou o Benfica ao título nacional em 2004-05
Obviamente que é demasiado redutor resumir Giovanni Trapattoni ao treinador que acabou com o jejum de 11 anos do Benfica sem conquistar o campeonato nacional. Afinal, foi um futebolista de topo na década de 1960 e um dos técnicos mais titulados de sempre.
 
É também um dos poucos treinadores a ter vencido quatro ligas europeias (italiana, alemã, portuguesa e austríaca), o único a ter conquistado Taça dos Campeões Europeus, Taça UEFA, Taça das Taças, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental e um dos poucos que ergueu Taça dos Campeões Europeus, Taça das Taças e Taça Intercontinental como jogador e treinador.
 
Um antigo defesa natural de uma localidade nos arredores de Milão, representou as camadas jovens e a equipa principal do AC Milan, clube pelo qual conquistou tudo o que havia para conquistar entre 1957 e 1971.

sexta-feira, 15 de março de 2024

O goleador brasileiro que teve dois meses a todo o gás no Benfica. Quem se lembra de Valdir Bigode?

Valdir Bigode representou o Benfica em 1996-97
Goleador brasileiro com créditos firmados, embora não fosse internacional pelo seu país, marcou muitos golos com as camisolas de Vasco da Gama e São Paulo antes de se aventurar pela primeira (e única) vez no futebol europeu em abril de 1997, quando o tricolor carioca o emprestou ao Benfica.
 
Com dez jornadas do campeonato ainda por disputar e com a equipa apurada para os quartos de final da Taça de Portugal, Valdir Bigode adaptou-se rapidamente aos companheiros e ao futebol português e desatou a marcar. Em pouco mais de dois meses sob a orientação de Manuel José, somou seis golos em 13 jogos, uma média bastante razoável, ajudando as águias a chegar à final da Taça. Faturou diante de Dragões Sandinenses e FC Porto na prova rainha e frente a Boavista, Sp. Espinho, Farense e novamente FC Porto na I Liga.

O campeão pelo Boavista que passou incógnito no Benfica e no FC Porto. Quem se lembra de Duda?

Duda representou o Boavista entre 2000 e 2004
Um dos heróis do inédito título do Boavista, conquistado em 2000-01. Com dez golos, Duda foi o segundo melhor marcador da equipa no campeonato, apenas atrás do pistoleiro Elpídio Silva, sendo que um desses remates certeiros deu a vitória caseira sobre o Benfica no jogo que marcou a estreia de José Mourinho como treinador principal.
 
Mas o antigo extremo não foi propriamente mais um brasileiro desconhecido que caiu no Bessa. Entrou no futebol português pela porta do Benfica, passou sem grande sucesso por Rio Ave e  FC Porto e redimiu-se no Alverca antes de vestir a camisola axadrezada.

quarta-feira, 13 de março de 2024

O pontapé-canhão que brilhou no Salgueiros e chegou a ser titular no Sporting. Quem se lembra de Pedrosa?

Pedrosa somou 100 jogos e dez golos pelo Salgueiros
Hoje vivemos num tempo em que muitos futebolistas malham no ginásio, mas curiosamente perdeu-se a figura do pontapé-canhão, que esteve tão em voga no futebol na década de 1990, com Roberto Carlos como expoente máximo. Por cá também tivemos jogadores com essa característica: Isaías, Barroso, Dinda e, entre outros, Pedrosa.
 
Após concluir a formação no FC Porto, este lateral esquerdo iniciou a carreira de futebolista profissional no Maia e um ano depois foi contratado pelo Salgueiros, no verão de 1991, tendo feito parte da única participação europeia do emblema de Vidal Pinheiro, na Taça UEFA em 1991-92 – foi, aliás, o único jogador salgueirista a ser expulso em provas internacionais.
 
Os bons desempenhos catapultaram-no para a seleção nacional de sub-21, pela qual jogou uma vez em abril de 1994, e para o Sporting, para onde se transferiu poucos meses depois no âmbito do negócio que também levou Ricardo Sá Pinto para Alvalade.

O pitbull holandês que jogava de óculos. Quem se lembra de Edgar Davids?

Edgar Davids foi eleito para a equipa ideal do Euro 2000
Permitam-me, neste artigo, uma nota pessoal. Comecei a ver futebol em meados de 2000, aos oito anos, à boleia da euforia de grande parte da minha turma com a eminência de o Sporting se sagrar campeão após 18 anos de jejum. Concluída a temporada de clubes, e de forma a consolidar essa paixão recente pelo desporto-rei, entrou em minha casa o Campeonato da Europa através da televisão. Na altura, ainda sem Florentino Pérez na presidência do Real Madrid nem magnatas a tomar conta dos principais clubes ingleses, o talento estava muito melhor distribuído do que está hoje. As seleções ainda eram o expoente máximo do futebol – hoje não, hoje são os clubes de topo que são verdadeiras seleções.
 
A forma como um miúdo de oito anos olha para o futebol é diferente de a de um adulto. Os que marcavam os golos, faziam defesas impossíveis e fintavam bem é que eram, aos meus olhos, os melhores. E também fixa mais certos pormenores extrafutebol: os beijos na careca de Barthez, o rabo de cavalo de Emmanuel Petit, a barba e o cabelo loiros a contrastar com a cor de pele de Abel Xavier, o penteado sempre impecável de Nuno Gomes, os vários “Van” da Holanda e, claro, aquele jogador holandês negro que usava óculos e tinha rastas, Edgar Davids.

terça-feira, 12 de março de 2024

Morreu António Pacheco. Quem se lembra de o ver jogar?

Pacheco representou o Benfica entre 1987 e 1993
Natural de Portimão, António Pacheco despontou no Torralta, uma grande academia na altura, tendo ainda passado um ano no Portimonense antes de representar o Benfica entre 1987 e 1993.
 
Ao serviço do clube da Luz ganhou dois campeonatos (1988-89 e 1990-91), uma Taça de Portugal (1992-93) e uma Supertaça (1989), tendo ainda participado em duas caminhadas até às finais da Taça dos Campeões Europeus de 1987-88 e 1989-90.
 
No verão de 1993, o famoso verão quente, o extremo rescindiu unilateralmente com o Benfica, alegando salários em atraso, e transferiu-se para o Sporting na companhia de Paulo Sousa. Contudo, não conseguiu manter o nível em Alvalade, tendo apenas conquistado uma Taça de Portugal (1994-95) ao longo de dois anos.

O goleador lituano que trocou o Benfica pelo FC Porto. Quem se lembra de Jankauskas?

Jankauskas marcou golos ao serviço de Benfica e FC Porto
O primeiro e mais marcante jogador proveniente de um país báltico a jogar na I Liga portuguesa, Edgaras Jankauskas teve um impacto significativo no campeonato português nos primeiros anos do século XXI.
 
Era uma autêntica viga de 1,93 m, um homem alvo, um pinheiro, uma referência ofensiva que tinha tamanho, mas que também marcava golos. Depois de despontar no FK Zalgiris, no campeonato da sua Lituânia, foi marcando golos ao serviço de CSKA Moscovo, Torpedo Moscovo, Club Brugge e Real Sociedad até ser emprestado pela equipa basca ao Benfica em janeiro de 2002.
 
Na altura, foi a solução encontrada para uma frente de ataque despida de alternativas a Pedro Mantorras, até porque João Tomás tinha saído no início da época para o Betis, Mawete Júnior não convencia e havia sido emprestado ao Sp. Braga, Pepa também não estava à altura do desafio e Tomo Sokota estava constantemente a contas com problemas físicos.

segunda-feira, 11 de março de 2024

O mexicano dos golos bonitos que não vingou no Sporting. Quem se lembra de Negrete?

Manuel Negrete representou o Sporting em 1986-87
Manuel Negrete era uma espécie de ilustre desconhecido dos adeptos europeus de futebol até ao dia 15 de junho de 1986. Ao serviço do seu México, num Campeonato do Mundo no qual a sua seleção era anfitriã, o médio recebeu um passe a meia altura à entrada da área e, perante o aperto dos defesas da Bulgária, resolve rematar dali, de forma acrobática, para o fundo das redes, marcando um dos mais espetaculares golos de sempre em Mundiais.
 
Embora não existissem redes sociais na altura, o golo tornou-se viral na medida do possível, despertando a cobiça de clubes europeus. E quem é que haveria de contratar o jogador que até então pertencia aos mexicanos do Pumas? O Sporting!

O dentista que lançou Ronaldo e deu a última dobradinha ao Sporting. Quem se lembra de Laszlo Bölöni?

Bölöni venceu a dobradinha pelo Sporting em 2001-02
Um homem tranquilo, sempre com o seu mítico bloco de notas na mão, óculos na cabeça e que comunicava em francês. Laszlo Bölöni foi o penúltimo treinador a fazer do Sporting campeão – e o último a ganhar a dobradinha –  e em Alvalade ganhou a fama de lançar jovens jogadores: Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma à cabeça, mas também Hugo Viana, Custódio, Lourenço, Gisvi e Paíto.
 
Um dos melhores jogadores romenos de sempre, um médio organizador de grande qualidade técnica e mais de 100 vezes internacional pela seleção do seu país, foi uma das figuras da equipa do Steaua Bucareste que conquistou a Taça dos Campeões Europeus e a Supertaça Europeia em 1986, dois anos depois de ter marcado presença no Euro 1984. Paralelamente tirou o curso de medicina dentária e chegou a exercer a atividade de dentista, com consultório montado, seguindo as pisadas do pai (que perdeu precocemente) e do irmão.

domingo, 10 de março de 2024

“Esses Big Ladens terão a sua hora”. As melhores pérolas de Octávio Machado

Octávio Machado orientou o Sporting em 1996 e 1997 
Palmelão de gema, Octávio Machado foi um médio marcante no futebol português nas décadas de 1970 e 1980, tendo brilhado com as camisolas de Vitória de Setúbal, FC Porto e seleção nacional, mas foi quando se tornou treinador e passou a ter mais vezes microfones por perto que revelou outra faceta, a da língua afiada.
 
“Vocês sabem do que eu estou a falar” foi a frase mais famosa que proferiu. E foi tão marcante que até serviu de título para o livro autobiográfico que escreveu. Porque toda a gente a associa a ele.
 
Com um discurso muitas vezes difícil indecifrável e carregado de insinuações, proporcionou momentos engraçados, embora não fosse propriamente de sorriso fácil.

sexta-feira, 8 de março de 2024

PPV Review - AEW Revolution 2024

 
Data: 3 de março de 2024
Arena: Greensboro Coliseum
Localidade: Greensboro, Carolina do Norte
 

Do único neurónio de Pacheco ao “voyeur” Wenger. As melhores tiradas de Mourinho contra rivais

Mourinho teve vários atritos contra colegas e profissão
Para José Mourinho, as conferências de imprensa não são um mero compromisso. São uma oportunidade para estimular os seus jogadores, condicionar adversários e árbitros, puxar dos galões e atacar inimigos.
 
Foquemo-nos nesta última. Já quando orientava o Chelsea, viu Jaime Pacheco criticar a forma cautelosa como os blues se apresentaram no Dragão num jogo da Liga dos Campeões e, no âmbito de um comentário à estreia de Jorge Costa no comando técnico do Sp. Braga, visou o então treinador do Boavista: “Em Portugal há muitos líricos, muitos que gostam de ver os portugueses fracassarem. Não me espanta que venha alguma crítica à postura do Jorge e do Braga em Parma. Se aparecem alguns inteligentes como o Jaime Pacheco, que só tem um neurónio e funciona mal, o Jorge sabe lidar com esses inteligentes de um neurónio só.”

O artista peruano que encantou as Antas. Quem se lembra de Cubillas?

Cubillas somou 66 golos em 110 jogos pelo FC Porto
Três anos e meio depois de ter feito um Mundial fantástico e de ter sido considerado o sucessor de Pelé pelo próprio brasileiro e um ano e meio após ter recebido o prémio atribuído ao melhor jogador da América do Sul e de ter sido o melhor marcador da Taça Libertadores, Teófilo Cubillas foi contratado pelo FC Porto ao Basileia em janeiro de 1974 por uma verba astronómica na altura: 5600 contos. O próprio salário, de 125 contos por mês, era considerado uma fortuna naquela época.
 
Os adeptos portistas já conheciam as suas façanhas e receberam-no em apoteose na Invicta. “As ruas encheram-se! O trajeto do aeroporto ao Estádio das Antas foi emocionante. Receberam-me como um herói. Os adeptos do FC Porto gritavam o meu nome, batiam no carro, estavam loucos! Nunca me tinha sentido assim e nunca mais me voltei a sentir”, recordou o antigo médio ofensivo/avançado internacional peruano ao Maisfutebol em março de 2010.

quinta-feira, 7 de março de 2024

Um dos maiores flops de sempre do FC Porto. Quem se lembra de Esnáider?

Esnáider não foi além de seis jogos e um golo pelo FC Porto
Quando Juan Eduardo Esnáider reforçou o FC Porto no final de julho de 2001, tudo apontava para que o avançado argentino fosse um reforço de peso, ainda que apresentasse algum histórico de problemas fora dos relvados e de lesões no tendão de Aquiles. Afinal, era internacional pelo seu país, vinha de um bastante razoável registo de onze golos em 17 jogos em meia época no Saragoça, pertencia aos quadros da Juventus e tinha no currículo passagens por Real Madrid, Atlético Madrid e Espanyol.
 
E, mais do que os clubes por onde tinha passado, apresentava créditos firmados como goleador, tendo apontado 52 golos pelo Saragoça entre 1993 e 1995, 21 pelo Atlético Madrid em 1996-97 e 13 pelo Espanyol em 1997-98. Marcou inclusivamente um golo pelos aragoneses na vitória sobre o Arsenal na final da Taça das Taças em 1995. E, ao contrário do grande flop da época anterior, Pizzi, não era propriamente velho: tinha 28 anos.

O ministro português em Bérgamo. Quem se lembra de Costinha na Atalanta?

Costinha só disputou um jogo pela Atalanta entre 2007 e 2010
Costinha assinou pela Atalanta no verão de 2007 e esteve vinculado ao clube de Bérgamo até fevereiro de 2010, mas, entre lesões, acusações, desmentidos e pressões, só jogou uns míseros 64 minutos.
 
Numa altura em que já tinha 32 anos e não era convocado por Luiz Felipe Scolari para a seleção nacional há cerca de um ano, o trinco português trocou o Atlético Madrid, pelo qual tinha atuado em mais de 30 encontros em 2006-07, pelo emblema italiano, por insistência do treinador Luigi Delneri, que o havia orientado durante algumas semanas no FC Porto.
 
Com o estatuto de campeão europeu pelos dragões e vice-campeão europeu e semifinalista do Mundial por Portugal, Costinha até começou a aventura na Atalanta como titular, tendo atuado 64 minutos numa vitória caseira sobre o Parma em setembro de 2007, cumprindo assim o sonho de jogar na Série A. Porém, contraiu uma lesão grave e nunca mais jogou até formalizar a rescisão.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...