terça-feira, 26 de novembro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Mónaco

Ruben Amorim protege a bola de um jogador monegasco
Por incrível que pareça, Benfica e Mónaco apenas protagonizaram um duplo confronto oficial na sua história, na fase de grupos da Liga dos Campeões em 2014-15. Antes disso, mediram forças no jogo de apresentação das águias aos sócios a 24 de julho de 2010.
 
Lembro-me de assistir a parte da transmissão desse encontro, na RTP 1, através da televisão do meu quarto, pouco horas antes de acordar cedo para ir com uma amiga ao casting dos Ídolos, na zona de Belém.
 
Na altura, o Benfica de Jorge Jesus era o campeão nacional, mas estava a dar alguns sinais de enfraquecimento depois das saídas das asas Di María e Ramires e nos primeiros meses do espanhol Roberto na baliza. Os monegascos, por sua vez, estavam a atravessar uma fase descendente após uma boa fase nas décadas de 1990 e 2000, ao ponto de terem descido de divisão no final dessa temporada 2010-11.

O polivalente campeão europeu pelo FC Porto em 1986-87. Quem se lembra de Bandeirinha?

Bandeirinha representou o FC Porto em 1981-82 e entre 1986 e 1996
Preferencialmente lateral direito, mas sobretudo um jogador polivalente, capaz de desempenhar várias funções na defesa e no meio-campo. Fez toda a formação no FC Porto, foi bicampeão nacional de iniciados, juvenis e juniores e chegou a estrear-se pela equipa principal dos dragões em 1981-82, mas foi obrigado a procurar ganhar rodagem noutras paragens antes de se afirmar nas Antas.
 
Passou por Paços de Ferreira e Varzim antes de se notabilizar ao serviço da Académica em 1985-86, ao ponto de ter sido convocado para o Mundial 1986, no México, em substituição de António Veloso, que testou positivo numa análise antidoping. Contudo, não chegou a jogar pela seleção principal nem na fase final do torneio nem depois, tendo terminado a carreira com zero internacionalizações.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Um 25 de Novembro de má memória para o Benfica. Foi há 25 anos a humilhação em Vigo (7-0)

Benfica foi goleado pelo Celta em 25 de novembro de 1999
A noite mais negra da história do Benfica nas competições europeias e certamente um dos momentos baixos de sempre do emblema da Luz aconteceu a 25 de novembro de 1999. Perante 30 mil espetadores no Estádio de Balaídos, em Vigo, o Celta goleou os encarnados por estrondosos 7-0.
 
De nada valeu às águias a experiência de Jupp Heynckes, treinador alemão que chegou à Luz ano e meio após se ter sagrado campeão europeu pelo Real Madrid. Nesse jogo da 3.ª eliminatória da Taça UEFA, tudo correu mal aos lisboetas.
 
Valery Karpin (19' g.p. e 54'), Claude Makélélé (30'), Mario Turdó (40' e 50'), Juanfran (42') e o antigo jogador benfiquista Aleksander Mostovoi (61') marcaram os golos galegos, então comandados por Victor Fernández, que anos mais tarde viria a tornar-se treinador do FC Porto.

O “rato atómico” que brilhou no Vitória SC e foi campeão pelo Benfica. Quem se lembra de Nuno Assis?

Nuno Assis disputou 203 jogos pelo Vitória SC e 83 pelo Benfica
Nuno Assis
era um daqueles 10 puros que gostavam de pedir a bola no pé, gozar liberdade de ação no último terço e servir venenosos últimos passes. Foi um médio ofensivo de baixa estatura (1,68 m) que muito deu nas vistas nos relvados nacionais, sobretudo ao serviço do Vitória de Guimarães, clube que representou em mais de 200 jogos, e do Benfica, no qual se sagrou campeão nacional.
 
Foi mesmo enquanto representava os vimaranenses, primeiro em novembro de 2002 e depois em outubro de 2009, que somou as duas únicas internacionalizações pela seleção A que tem no currículo. “Senti que podia ter ido ao Mundial da África do Sul (2010). Estava entre os eleitos de toda a imprensa. Era um dos meus sonhos, mas não consegui. Estive perto”, lembrou ao Diário de Notícias em junho de 2017.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

O “rato cabeludo” de Constantim que cortava a meta de “carrinho”. Uma viagem pela infância de Simão Sabrosa

Simão Sabrosa começou a jogar futebol na Escola Diogo Cão
Uma criança com jeito para tudo o que era desporto, Simão Sabrosa brilhou no atletismo antes de se notabilizar no futebol, ganhando tudo o que eram corridas de 60 metros. A certeza de vencer era tanta que, numa prova em Chaves, como a vantagem era muita, chegou a cortar a meta a fazer um “carrinho”, uma gracinha que lhe valeu um raspanete do diretor da prova, mas que é sintomática da irreverência que anos mais tarde patenteou em campo.
 
Natural de Constantim, aldeia do concelho de Vila Real, começou a jogar futebol com uma bola de trapos construída pela mãe, quando tinha oito anos. Ao final da tarde, ia chutá-la com o irmão mais velho, Serafim, numa rua que ironicamente se chamava Rua do Campo de Futebol. Devido aos oito anos de diferença, o mano mais novo tinha direito a uma baliza mais pequena, o portão mais pequeno da casa, enquanto o mais velho defendia o portão grande da garagem em frente.

“Se alguém das bancadas de cospe, tens de engolir e seguir em frente”. As melhores frases de Gary Lineker

Lineker esteve nos Mundiais de 1986 e 1990 e nos Euros 1988 e 1992
Gary Lineker foi um dos melhores jogadores do mundo no final da década de 1980 e no princípio da de 1990. Despontou no Leicester City antes de brilhar no Everton, no Barcelona e no Tottenham e foi o melhor marcador do Mundial 1986.
 
Mas também foi o autor de uma frase que ficou lapidada para a eternidade: “O futebol é um jogo simples: vinte e dois jogadores perseguem a bola durante noventa minutos e no fim ganham os alemães”, afirmou o antigo avançado inglês após a eliminação de Inglaterra, às mãos da Alemanha, nas meias-finais do Mundial 1990.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

O Vitória das multidões, da Taça Recompensa, da construção do Bonfim e das façanhas europeias

Bandeira hasteada no 114.º aniversário do Vitória de Setúbal
Esta quarta-feira o Vitória Futebol Clube comemorou o 114.º aniversário, uma data que ficou marcada pela ausência de candidatos às eleições para os órgãos sociais.
 
O clube prepara-se, por isso, para voltar a ser governado por uma Comissão de Gestão. Já assim tinha sido no final da década de 2000.
 
É também pelas sucessivas crises diretivas e financeiras que os sadinos têm tido dificuldade em gerar algum tipo de simpatia para lá das encostas da serra da Arrábida. Para muitos, o Vitória é o clube dos constantes salários em atraso, da instabilidade diretiva, das permanências conseguidas à rasca, de um período de alguma proximidade ao FC Porto com direito a transferências em saldo, muitos empréstimos e derrotas certas e mais recentemente de uma fase com negócios com o Benfica difíceis de explicar. Uma das claques até já incluiu num cântico o seguinte trecho: “ninguém gosta de nós, mas eu não quero saber…”

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Cláudia Bradstone, a neta de Matateu que é internacional no wrestling


A minha primeira memória de... um jogo entre Brasil e Uruguai

 
Anfitrião não só desse torneio como do Campeonato do Mundo do ano seguinte, o escrete de Luiz Felipe Scolari teve nessa Taça das Confederações a possibilidade de competir verdadeiramente, uma vez que desde a Copa América 2011 até ao Mundial 2014 que não disputou jogos oficiais. E a verdade é que a canarinha estava a dar boa conta do recado, mesmo sem uma grande geração (para a realidade brasileira…), tendo batido Japão (3-0), México (2-0) e Itália (4-2) na fase de grupos.
 
Por outro lado, a seleção celeste comandada por Óscar Tabárez, semifinalista do Mundial 2010 e vencedora da Copa América 2011, tinha um ataque de sonho composto por Diego Forlán, Edinson Cavani e Luis Suárez, e ainda Diego Godín imperial no centro da defesa e o elástico Fernando Muslera entre os postes.

O lateral uruguaio cinco vezes campeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Fucile?

Fucile disputou 160 jogos pelo FC Porto entre 2006 e 2013
Nem sempre foi um titular indiscutível, até porque concorria com nomes como Bosingwa, Marek Cech, Sapunaru, Cissokho, Álvaro Pereira, Danilo e Alex Sandro, mas Jorge Fucile foi sempre uma presença relevante no plantel do FC Porto entre o início da época 2006-07 e meio de 2011-12.
 
Embora fosse destro, era um lateral capaz de oferecer competência em ambas as alas, tendo tirado proveito dessa polivalência para somar um elevado número de jogos em quase todas as temporadas.
 
Contratado por 600 mil euros ao Liverpool de Montevideu no verão de 2006, viveu no Dragão anos recheados de conquistas, tendo engrossado o palmarés com cinco campeonatos (2006-07, 2007-08, 2008-09, 2010-11 e 2011-12), três Taças de Portugal (2008-09, 2009-10 e 2010-11), quatro Supertaças (2007, 2009, 2011 e 2013) e uma Liga Europa (2010-11).

O homem que decidiu os jogos cruciais do Boavista campeão. Quem se lembra de Martelinho?

Martelinho apontou 32 golos em 243 jogos oficiais pelo Boavista
Lembra-se do Boavista campeão em 2000-01? Obviamente que cada vitória foi importante, mas houve triunfos que souberam a mais do que três pontos, pela forma como impactaram a luta pelo título e pelos danos causados aos principais concorrentes.
 
No derradeiro jogo da primeira volta, a 13 de janeiro, a equipa de Jaime Pacheco recebeu o FC Porto no Bessa, ultrapassou o vizinho e subiu à liderança do campeonato, graças a uma vitória por 1-0. Quem marcou o único golo da partida? Martelinho.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A eterna promessa do Benfica que ficou por cumprir. Quem se lembra de João Peixe?

João Peixe sagrou-se campeão europeu de sub-18 em 1994
38 internacionalizações pelas seleções jovens, um título de campeão europeu de sub-18 (em 1994) e grande parte da formação feita no Benfica. João Peixe foi uma das principais promessas do futebol português na década de 1990, mas teve uma carreira que não esteve ao nível do potencial que apresentava.
 
Natural da Nazaré, filho de um pescador e primo do antigo médio internacional português Emílio Peixe, cedo mostrou gosto e jeito para jogar à bola. Em 1988, quando tinha 13 anos, deixou o Nazarenos e deu o salto para o Benfica, passando a viver no centro de estágio debaixo das bancadas do antigo Estádio da Luz.
 
Com o passar do tempo surgiram as primeiras internacionalizações, ao lado de Nuno Gomes, Quim, Bruno Caires ou Jorge Silva, da mesma geração, tendo vencido os Jogos Olímpicos da Juventude Europeia, um torneio de sub-16, em 1991. Seguiu-se a participação no Europeu de sub-16 e no Europeu de sub-18 em 1993, antes da conquista do Europeu de sub-18 em 1994.

O médio que brilhou no Belenenses e subiu por Salamanca e Sevilha. Quem se lembra de Taira?

Taira viveu o auge da carreira no Belenenses e no Salamanca
A carreira de José Américo Taira é uma história de persistência e superação, de quem nunca baixou os braços perante as adversidades. O jogador que foi duas vezes dispensado do Belenenses e jogou dois anos numa equipa que lutava para não descer na antiga II Divisão Nacional foi o mesmo que atingiu a seleção nacional e atuou no campeonato espanhol.
 
Nasceu em Lisboa, mas cresceu em Oeiras, sendo o mais velho de três irmãos filhos de um casal composto por um pai delegado de propaganda médica e uma mãe doméstica. Começou a jogar futebol nas camadas jovens da Associação Desportiva de Oeiras, mas foi no Belenenses que concluiu a formação.
 
Quando transitou para sénior, em 1987, foi dispensado pelo treinador Henry Depireux: “Disse que eu não ia ser jogador de futebol, que não tinha a mínima capacidade e que podia ir para as festas e podia divertir-me, porque a minha vida não passava pelo futebol.”

O gigante das balizas que ajudou o Sporting a voltar a ser campeão. Quem se lembra de Schmeichel?

Schmeichel festejou um campeonato e uma Supertaça em Alvalade
Um gigante pelo tamanho (1,93 m), mas também pela personalidade, valentia e competência demonstradas ao longo de mais de duas décadas de carreira. Afinal, Peter Schmeichel foi eleito melhor guarda-redes do mundo em 1992 e 1993 e um dos melhores dez do século XX para a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), tendo ainda sido votado como o melhor guardião de sempre numa sondagem pública promovida pela Reuters.
 
Depois de passagens por clubes modestos da Dinamarca como o Gladsaxe-Hero e o Hvidovre, assinou pelo Brondby em 1987 e logo nesse ano somou a primeira de 129 internacionalizações pela seleção principal do seu país, um recorde somente superado por Simon Kjær em 2023. No ano seguinte disputou a sua primeira fase final, o Euro 1988 – depois esteve nos Europeus de 1992, 1996 e 2000 e no Mundial 1998.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

“Respeito a homofobia. Somos humanos e temos de respeitar”. As melhores gafes de Francesco Totti

Totti vestiu a camisola da AS Roma entre 1993 e 2017
O eterno capitão da AS Roma, uma figura carismática e respeitadíssima, que dedicou toda uma carreira ao clube do coração. Se a jogar futebol era um enormíssimo craque, quando falava era um desastre. O dom da oratória não era, de todo, o seu forte.
 
Havia até quem dissesse que as frases de Francesco Totti davam um livro e o antigo avançado foi mais longe: publicou duas obras. A primeira vendeu 800 mil exemplares e a segunda 400 mil, liderando assim os tops das livrarias. As páginas estavam recheadas de gafes e anedotas sobre ele. Chamou-lhe “Todas as piadas sobre Totti – contadas por mim” e não fez qualquer tipo de censura.

Um dos pilares do Estoril de Marco Silva. Quem se lembra de Gonçalo Santos?

Gonçalo Santos jogou no Estoril de 2011 a 2014 e de 2018 a 2020
Quando o Estoril conseguiu, no espaço de três anos, um título de campeão da II Liga e dois apuramentos consecutivos para a Liga Europa, Marco Silva era o homem do leme, mas a sua extensão em campo era Gonçalo Santos, um médio simultaneamente responsável pelas tarefas de cobertura e pelo início da construção de jogo, com um sentido posicional e qualidade de passe acima da média.
 
Natural de Penude, aldeia do concelho de Lamego, e com formação dividida entre Cracks Lamego e Académica, foi fazendo um percurso discreto até aparecer em grande na I Liga com a camisola dos canarinhos: passou os primeiros três anos de sénior no Tourizense, foi escassamente utilizado no regresso à briosa e esteve cedido a Santa Clara (às ordens de Vítor Pereira) e Desportivo das Aves na II Liga. Nos avenses, Vítor Oliveira viu neste até então defesa central características para se tornar num centrocampista de qualidade.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O central brasileiro que se impôs no Boavistão. Quem se lembra de Paulo Turra?

Paulo Turra representou o Boavista entre 2001 e 2004
Defesa central não muito alto (1,84 m), mas com uma personalidade forte, foi formado no Caxias e esteve na equipa principal do emblema grená entre 1994 e 2000 – com um curto empréstimo ao Botafogo pelo meio (1997) –, tendo feito parte da equipa que, às ordens de Tite, ganhou o único Campeonato Gaúcho da sua história, em 2000.
 
Após essa improvável conquista de um estadual que normalmente está reservado a Internacional e Grêmio, Paulo Turra despertou o interesse do Palmeiras, então orientado por Luiz Felipe Scolari. Também em 2000, ajudou o verdão a vencer a Copa dos Campeões, um torneio que era disputado entre os melhores classificados das taças regionais e apurava uma equipa para a Taça Libertadores.

O mais carismático preparador físico que passou pelo futebol português. Quem se lembra de Roger Spry?

Roger Spry trabalhou no Vitória FC, no Sporting e no FC Porto
Um preparador físico especial, com métodos fora da caixa, que incluíam pinturas faciais, música e artes marciais. Uma personagem que ainda hoje é recordada por quem passou pelas mãos dele.
 
Convidado por Malcolm Allison, este inglês surgiu pela primeira vez no futebol português em 1986, quando o compatriota assumiu o comando técnico do Vitória de Setúbal. “Com o Malcolm era fácil trabalhar. Todos os dias ele vinha ter comigo e dizia ‘Roger, os próximos 30 minutos são teus, faz desses gajos o que quiseres’. E aí, sim, eu procurava variar o mais possível. Às vezes sentia que o dia era pesado e a equipa precisava de música, às vezes ensaiava passos de artes marciais para melhorar a concentração, mas noutros dias só falávamos. O segredo é esse, perceber o que dar e quando dar. E, claro, encontrei personalidades muito diferentes. No balneário do Vitória havia muitos jogadores com mais de 30 anos: o Eurico, o Rui Jordão, o Manuel Fernandes…”, recordou ao Maisfutebol em outubro de 2019.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

“Em Espanha todos os jogadores se benzem antes de entrar em campo. Se funcionasse, havia sempre empates”. As melhores frases de Cruyff

Johan Cruyff orientou o Barcelona entre 1988 e 1996
Johan Cruyff foi um génio do futebol, um dos poucos que foi brilhante como jogador e como treinador, conseguindo em ambas as vertentes simbolizar o “futebol total”, um modelo de jogo assente numa grande mobilidade de todos os jogadores. A par da sua genialidade, foi também um homem bastante arrogante, controverso, polémico e com ideias fixas.
 
O génio neerlandês, que chegou a ser considerado o melhor jogador europeu de sempre antes do início da carreira de Cristiano Ronaldo, defendia um futebol jogado com… a cabeça. “Todos os treinadores falam sobre movimentos, sobre correr muito. Eu digo para não correrem muito. O futebol é um jogo que tu jogas com o cérebro. Tens de estar no sítio certo no momento certo, não demasiado cedo nem demasiado tarde”, afirmou um dia. “Os meus avançados só devem correr quinze metros, a não ser que sejam estúpidos ou estejam a dormir”, disse noutra ocasião.
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