A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Mónaco
Ruben Amorim protege a bola de um jogador monegasco
Por incrível que pareça, Benfica
e Mónaco
apenas protagonizaram um duplo confronto oficial na sua história, na fase de
grupos da Liga
dos Campeões em 2014-15. Antes disso, mediram forças no jogo de
apresentação das águias
aos sócios a 24 de julho de 2010.
Lembro-me de assistir a parte da
transmissão desse encontro, na RTP 1, através da televisão do meu
quarto, pouco horas antes de acordar cedo para ir com uma amiga ao casting dos Ídolos,
na zona de Belém. Na altura, o Benfica
de Jorge
Jesus era o campeão nacional, mas estava a dar alguns sinais de enfraquecimento
depois das saídas das asas Di María e Ramires e nos primeiros meses do espanhol
Roberto na baliza. Os monegascos,
por sua vez, estavam a atravessar uma fase descendente após uma boa fase nas
décadas de 1990 e 2000, ao ponto de terem descido de divisão no final dessa
temporada 2010-11.
Os encarnados começaram melhor e
inauguraram o marcador à passagem da meia hora por intermédio do brasileiro Airton,
que na altura se perfilava como uma boa alternativa a Javi García, na sequência
de um canto de Aimar.
Aos 42’, Carlos Martins perdeu a
bola em zona proibida e permitiu o empate ao Mónaco,
apontado por Sagbo. Logo a seguir, César Peixoto cometeu uma grande penalidade
que Mongongu transformou no 1-2. O Benfica
viria a reagir na segunda parte, embalado pelas entradas de Fábio
Coentrão e Cardozo. Aimar empatou o encontro aos 50 minutos, através de um
forte remate de fora da área, e o paraguaio assinou o 3-2 final, com assistência do caxineiro
(62’). “Foi preciso esperar pela segunda
parte para se ver um Benfica
diferente, mais próximo do que foi na última temporada, na partida de apresentação
das águias diante dos franceses do Mónaco.
Depois de uma primeira parte com o motor engasgado, em que a equipa praticamente
só jogou pelo meio, o que era de esperar com um meio-campo composto por Airton,
Carlos Martins, Gaitán e Aimar (todos com uma tendência, neste caso suicida, em
jogar pelo centro), Jorge
Jesus mexeu no conjunto ao intervalo, chamando o mundialista Coentrão
para se fixar no lado esquerdo da defesa... e virar o resultado (de 1-2 para 3-2).
E a partir daí a música foi mesmo outra. Se há jogador que, apesar de bastante
assediado, o Benfica
está proibido de vender neste mercado, esse é o canhoto
das Caxinas. Com ele, os encarnados deixaram de jogar em exclusivo pelo centro,
flanquearam o seu jogo – o esquerdino
deu dimensão ao ataque – e foram destruindo a defesa adversária”, resumiu o
jornal O Jogo.
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