segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Um 25 de Novembro de má memória para o Benfica. Faz hoje 25 anos a humilhação em Vigo (7-0)

Benfica foi goleado pelo Celta em 25 de novembro de 1999
A noite mais negra da história do Benfica nas competições europeias e certamente um dos momentos baixos de sempre do emblema da Luz aconteceu a 25 de novembro de 1999. Perante 30 mil espetadores no Estádio de Balaídos, em Vigo, o Celta goleou os encarnados por estrondosos 7-0.
 
De nada valeu às águias a experiência de Jupp Heynckes, treinador alemão que chegou à Luz ano e meio após se ter sagrado campeão europeu pelo Real Madrid. Nesse jogo da 3.ª eliminatória da Taça UEFA, tudo correu mal aos lisboetas.
 
Valery Karpin (19' g.p. e 54'), Claude Makélélé (30'), Mario Turdó (40' e 50'), Juanfran (42') e o antigo jogador benfiquista Aleksander Mostovoi (61') marcaram os golos galegos, então comandados por Victor Fernández, que anos mais tarde viria a tornar-se treinador do FC Porto.
 
“Ao Benfica, como instituição, e à sua massa associativa, pela grandeza reconhecida, nacional e internacionalmente, conscientes da anormalidade do resultado do jogo em Vigo, vêm por isso os jogadores, nas pessoas do capitão e subcapitão, publicamente reconhecer que não estiveram à altura dos pergaminhos do clube. Creiam que nós e as nossas famílias sofremos duramente com esta derrota. E prometemos redobrar o nosso empenhamento, na dignificação do clube. Temos também a consciência do esforço financeiro feito pela direção e mais de 100 mil sócios que apoiam o Benfica. A eles e aos milhões de simpatizantes do Benfica vimos formalmente pedir desculpas”, afirmou João Vieira Pinto num comentário lido, proferido ao lado de Paulo Madeira.
 
“Nas semanas e meses seguintes, aconteceram momentos complicados. Porque a massa associativa não aceitou o que se passou. Sou daqueles que acha que se deve criticar. Mas deve haver um limite de respeito. Deve-se criticar, comentar, dizer o que está mal. Mas ofender, chegar a vias de facto... Andar na rua foi muito complicado”, recordou Paulo Madeira do Diário de Notícias em 2019.
 
“Eu gosto de falar com respeito sobre esse jogo e sobre o Benfica. Conhecia o clube, tinha lá bons amigos como o Paulo Madeira e nessa noite correu tudo mal para eles. Nem é fácil explicar. Nós batíamos um canto e acabava em golo; eles cometiam um erro e acabava em golo; ninguém esperava e foi um jogo inexplicável. Fica marcado como uma página negra na história do Benfica e como um episódio glorioso em Vigo. Aliás, lá nos Balaídos há quadros e imagens dessa partida por todo o lado. Às vezes acontecem esses escândalos (…) São jogos que destroem uma equipa. O setor inferior do estádio estava cheio de benfiquistas. Enfim, cada um fez o seu trabalho. Eu entrei no balneário e o Mostovoi pegou em mim aos berros: ‘7-0 ao Benfica, 7-0 ao Benfica!’. Ele estava assim porque dizia que tinha sido injustiçado lá”, recordou Giovanella, que jogou pelo Celta nessa partida.
 
 
O Benfica apresentou-se nessa partida com o seguinte onze: Enke; Rojas, Ronaldo, Paulo Madeira e Andrade; Calado e Kandaurov; Poborsky, João Vieira Pinto e Maniche; Nuno Gomes. No segundo tempo entraram Bruno Basto, Tahar e Chano.
 
Na segunda-mão, num Estádio da Luz com as bancadas quase despidas, as duas equipas empataram a um golo. Benni McCarthy adiantou o Celta aos 18 minutos, enquanto Cáceres na própria baliza fez o tento das águias aos 80’.
 




 





 
  

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