quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O elvense que cresceu em Guimarães, foi campeão pelo FC Porto e chegou à seleção. Quem se lembra de Sereno?

Sereno somou duas internacionalizações pela seleção A
Defesa central alto (1,87 m) e capaz de desenrascar também nas laterais do setor mais recuado, nasceu em Elvas e começou a jogar futebol no Os Elvenses, tendo rumado ao O Elvas já enquanto júnior.
 
Em 2004-05 estreou-se na equipa principal do histórico emblema raiano, na antiga III Divisão, e destacou-se ao ponto de ter dado o salto para o Vitória de Guimarães no final da época.
 
Até se afirmar no Dom Afonso Henriques teve muito que penar. Em 2005-06 esteve cedido ao Famalicão e na temporada seguinte foi pouco utilizado na campanha que culminou na promoção à I Liga.
 
Em 2007-08 estreou-se finalmente no primeiro escalão do futebol português e formou com Geromel uma excelente dupla de centrais que ajudou os vimaranenses então orientados por Manuel Cajuda a obter um brilhante terceiro lugar no campeonato e o consequente apuramento para as pré-eliminatórias de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. No final dessa época estreou-se por uma seleção nacional, no caso a de sub-21.
 
 
A temporada seguinte ficou marcada por uma grave lesão no tendão rotuliano do joelho esquerdo que o afastou dos relvados entre setembro de 2008 e abril de 2009, tendo sido utilizado em apenas seis jogos. Ainda assim, somou uma internacionalização pela seleção B em abril de 2009.
 
Em 2009-10 voltou a mostrar-se em bom plano, ao ponto de se ter transferido para os espanhóis do Valladolid em janeiro de 2010, rendendo 300 mil euros aos cofres do Vitória.
 
 
Embora tivesse sido utilizado com alguma regularidade em Espanha, tendo atuado os 90 minutos numa derrota às mãos do Barcelona de Guardiola e Messi em Camp Nou e num desaire ante o Atlético Madrid de David De Gea, Tiago, Forlán e Simão Sabrosa no Vicente Calderón, coletivamente as coisas correram-lhe mal: o Valladolid desceu de divisão.
 
Mas como há males que vêm por bem, no verão de 2010 ficou livre para assinar pelo FC Porto, tendo feito parte da equipa que, sob a liderança de André Villas-Boas, venceu campeonato, Taça de Portugal e Liga Europa. Embora tivesse estado na ficha de jogo em nove partidas da prova europeia, incluindo na segunda-mão da meia-final no terreno do Villarreal, não chegou a somar minutos na competição.
 
Entretanto perdeu espaço no plantel portista então já comandado por Vítor Pereira, face à concorrência de Rolando, Otamendi, Maicon e Mangala, foi emprestado aos alemães do Colónia em 2011-12 e jogou com bastante regularidade na Bundesliga, o que lhe valeu a primeira convocatória à seleção A em outubro de 2011.
 
Voltou a ser chamado para particulares em agosto de 2012 e fevereiro de 2013 e para partidas da fase qualificação para o Mundial 2014 em outubro de 2012 e março de 2013, mas só conseguiu estrear-se a 10 de junho de 2013, numa vitória sobre a Croácia num jogo de preparação (1-0), depois de uma época em que voltou ao Valladolid, por empréstimo do FC Porto.
 
 
Tornaria a ir a jogo pela seleção em outubro do mesmo ano, desta feita a doer, numa vitória sobre o Luxemburgo no fecho da fase de apuramento para o Campeonato do Mundo, numa altura em que já representava os turcos do Kayserispor.
 
Depois de dois anos na Turquia, voltou à Alemanha para vestir a camisola do Mainz, mas não chegou a estrear-se, muito por culpa de uma cirurgia à púbis que o afastou vários meses dos relvados.
 
Na reta final da carreira representou os indianos do Atlético de Kolkata e do Chennaiyin, tendo sido campeão por ambos, e os espanhóis do Almería na II Liga. Haveria de se despedir dos relvados em 2018, aos 32 anos.
 
“Saí de Elvas com 19 anos. Nessa altura treinava uma vez por semana. Chegar onde cheguei, uma coisa que muito pouca gente conseguia… E eu consegui. Estou muito feliz pela carreira que fiz. (…) Tive muitas lesões durante a minha vida e mesmo assim estou muito feliz com o que consegui. Não tirava nada”, afirmou ao Maisfutebol em dezembro de 2016.
 
Desde que se retirou que tem feito carreira no dirigismo, tendo sido vice-presidente e presidente da SAD do Vilafranquense e do sucessor AVS.








 

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