domingo, 7 de setembro de 2025

O boémio checo que brilhou no Itália 90 mas desiludiu no Sporting. Quem se lembra de Skuhravy?

Skuhravy disputou apenas quatro jogos pelo Sporting em 1995-96
Possante (1,93 m) ponta de lança de cabelos longos internacional pela Checoslováquia e pela República Checa e que havia brilhado no Mundial 1990 e com a camisola do Génova nos cinco anos que se seguiram, não foi além de um total de zero golos em 180 minutos distribuídos por quatro jogos ao serviço do Sporting no espaço de um mês. Deu mais nas vistas pelo… estilo de vida boémio.
 
Tomáš Skuhravý nasceu a 7 de setembro de 1965 em Cesky Brod, na antiga Checoslováquia, e concluiu a formação no Sparta Praga, clube que representou enquanto sénior entre 1982 e 1984 e posteriormente entre 1986 e 1990 – pelo meio, uma passagem de dois anos pelo modesto RH Cheb, durante a qual se estreou pela seleção checoslovaca, num particular diante da Polónia em 1985.

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Data: 31 de agosto de 2025
Arena: Paris La Défense Arena
Localidade: Nanterre, França
 

sábado, 6 de setembro de 2025

O campeão em quatro divisões em Portugal que jogou na Bundesliga e foi estrela na Suíça. Quem se lembra de Carlitos?

Carlitos foi internacional sub-21 por Portugal (sete jogos/dois golos)
Um bom exemplo do que é subir a pulso na carreira. No espaço de quatro anos, foi campeão na III Divisão (pelo Amora, em 2000-01), II Divisão B (Estoril, 2002-03), II Liga (Estoril, 2003-04) e I Liga (Benfica 2004-05). Pelo meio, ainda deu a Portugal o terceiro lugar no Europeu de sub-21 em 2004. Depois de fazer o pleno no futebol luso, foi para a Suíça vencer dois campeonatos (pelo Basileia, em 2007-08 e 2009-10), jogou na Bundesliga (pelo Hannover, entre 2010 e 2012) e apurou o Estoril para a Liga Europa em anos consecutivos (2013 e 2014). Ficou a faltar a seleção nacional A.
 
Filho de pai cabo-verdiano e mãe portuguesa, nasceu em Lisboa e ainda viveu no antigo Casal Ventoso, foi viver para a margem sul do Tejo ainda em tenra idade. Foi no clube do bairro, o Arrentela, no concelho do Seixal, que se iniciou o trajeto inspirador de Carlitos, fã de Romário, no futebol.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Um dos heróis da única Taça do Leixões e sete vezes campeão pelo Benfica. Quem se lembra de Jacinto?

Jacinto triunfou no Leixões antes de dar o salto para o Benfica em 1962
Defesa matosinhense e formado no Leixões, numa altura em que era comum muitos produtos da formação ascenderem à equipa principal do clube, os chamados “bebés do Mar”, foi lançado às feras ainda com 19 anos, em 1960-61, e logo nessa época contribuiu para a conquista da Taça de Portugal, a única do emblema alvirrubro.
 
Versátil, podendo alinhar como lateral ou central com igual eficácia, começou como defesa esquerdo, mas foi no eixo defensivo que jogou (ao lado de Raul Machado), devido a problemas de saúde do histórico Raúl Oliveira, na final ganha ao FC Porto (2-0) em pleno… Estádio das Antas, a 9 de julho de 1961.

O mundialista senegalês que pendurou as luvas nos distritais de Setúbal. Quem conhece Khalidou Cissokho?

Cissokho esteve no Mundial 2002 e na... II Divisão Distrital
Lembra-se da seleção do Senegal no Mundial 2002? Chocou o mundo no jogo inaugural ao bater a campeã mundial e europeia França, apurou-se num grupo que também incluía Dinamarca e Uruguai, eliminou a Suécia nos oitavos de final e só foi travada pela Turquia nos quartos.
 
Na baliza dos leões de Teranga nessa que foi a estreia da seleção africana em Mundiais estava Tony Sylva, habitual segunda opção do Mónaco, mas um dos seus suplentes era Khalidou Cissokho, na altura um jovem guarda-redes de 23 anos do Jeanne d'Arc, clube pelo qual se sagrou campeão senegalês em 1999, 2001, 2002 e 2003 e venceu uma Taça da Assembleia Nacional em 2001. O filme repetiu-se dois anos depois, na edição de 2004 da Taça das Nações Africanas, na qual o Senegal não foi além dos quartos de final.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

O brasileiro que saiu do FC Porto para o Benfica e naturalizou-se português. Quem se lembra de Paulo Pereira?

Paulo Pereira passou quase oito anos no futebol potuguês
Um raro caso de um jogador que saiu diretamente do FC Porto para o Benfica, com um polémico processo de naturalização à mistura que reacendeu o conflito norte-sul.
 
Defesa brasileiro capaz de atuar a central ou lateral e irmão gémeo do mais conceituado Paulo Silas, internacional canarinho que jogou no Sporting, entrou no futebol português em dezembro de 1988 pela porta de um FC Porto em remodelação, na ressaca da conquista do título europeu no ano anterior. Na altura tinha 23 anos e era proveniente dos mexicanos do Monterrey, após ter despontado no modesto São Bento.
 
Com a expetativa não de assumir desde logo a titularidade, mas de assegurar o futuro de uma equipa onde começavam a entrar jovens como Vítor Baía, Domingos, Secretário, Fernando Couto, Rui Jorge, Folha, Jorge Couto ou Jorge Costa, sagrou-se campeão nacional na segunda (1989-90) e na quarta época (1991-92) que passou nas Antas.

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terça-feira, 26 de agosto de 2025

Caderneta de cromos: Estrela da Amadora 1996-97

 

O belga que lançou Beto no Sporting mas não chegou ao Natal. Quem se lembra de Robert Waseige?

Robert Waseige orientou o Sporting em 16 jogos em 1996
Experiente treinador belga com alguns trabalhos interessantes no seu país, mas que nunca se havia aventurado no estrangeiro, foi um dos muitos treinadores que iniciaram épocas no Sporting durante um jejum de 18 anos sem títulos nacionais entre 1982 e 2000, mas não chegaram ao Natal.
 
No caso de Robert Waseige, um antigo médio com uma carreira modesta, começou por destacar-se entre 1971 e 1976 ao leme do Winterslag (atual Genk), levando-o da terceira divisão ao primeiro escalão da Bélgica.
 
Também à frente do RFC Liège (1983 a 1992) fez um trabalho meritório, tendo conquistado uma Taça da Liga (1986) e uma Taça da Bélgica (1989-90), tendo ainda atingido a final da taça em 1986-87.

Neste dia em 2000, o Sporting goleou o Vitória em Guimarães com um hat trick de Acosta. Quem se lembra?

Acosta brilhou nos duelos de Guimarães e Alvalade
As minhas primeiras memórias de jogos entre Sporting e Vitória de Guimarães remontam à temporada 2000/01, para a qual os leões partiram na pele de campeões nacionais mas encerraram em terceiro lugar e na qual os vimaranenses não foram além da 15.ª posição, apenas uma acima da zona de despromoção.

Os dois confrontos entre os dois clubes nessa época ficaram marcados por hat-tricks de Beto Acosta, então veterano avançado argentino de 34 anos que no que a campeonato diz respeito marcou quase tantos golos aos minhotos (seis) como às outras 16 equipas (oito).

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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Caderneta de cromos: Belenenses 1996-97

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O ala do Boavista que vestiu a camisola 10 no Benfica. Quem se lembra de Nelo?

Nelo fez grande parte da carreira no Bessa e foi internacional A
Lateral/médio esquerdo portuense, foi uma das grandes figuras do Boavistão entre 1988 e 1997, período no qual somou 202 jogos, nove golos e três troféus com a camisola axadrezada. Chegou a internacional A (11 jogos) e foi levado para o Benfica no tempo da revolução no plantel operada pelo presidente Manuel Damásio e o treinador Artur Jorge, mas não conseguiu replicar na Luz o êxito que teve no Bessa.
 
Formado no Boavista, teve muito que penar até se fixar no plantel principal, tendo passado por empréstimos a Felgueiras e Farense antes de se afirmar verdadeiramente na casa-mãe a partir da temporada 1990-91. Contudo, quando o conseguiu agarrou de tal forma o lugar que logo em outubro de 1990 foi convocado para a seleção nacional A, estreando-se num triunfo sobre a campeã europeia Holanda no Estádio das Antas (1-0).

Recorde aqui grandes jogos da Supertaça Italiana

Supercoppa de Itália teve a edição inaugural em 1988
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs, acontecimentos marcantes e muito mais. Tem sido assim desde que a Supertaça Italiana foi implementada, em 1988.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.

Neste dia em 2007, Antonio Puerta desmaiou em campo num Sevilha-Getafe e veio a morrer três dias depois. Quem se lembra?

Jogo entre Sevilha e Getafe de agosto de 2007 marcado pela tragédia
Nunca assisti (via transmissão televisiva ou ao vivo) a um jogo entre Sevilha e Getafe, mas lembro-me de um que ficou na memória pelos piores motivos. Aconteceu a 25 de agosto de 2007, no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, e ficou marcado pela morte do futebolista sevilhista Antonio Puerta, aos 22 anos.

Neste dia em 2000, o Galatasaray de Jardel bateu o Real Madrid de Figo para conquistar a Supertaça Europeia. Quem se lembra?

Jardel venceu o troféu no jogo de estreia de Figo pelo Real

Tal como mencionei aquando de A minha primeira memória de… uma Supertaça Cândido de Oliveira, comecei a ver futebol em meados de 2000 e, a minha primeira memória de várias competições remonta a esse ano. A Supertaça Europeia não foi exceção.

Na altura, a prova era disputada jogo único – algo que se mantém desde 1998 – no Estádio Louis II, no Mónaco – foi assim entre 1998 e 2012 -, e pela primeira vez entre o vencedor da Liga dos Campeões e da Taça UEFA. Até então, o troféu era discutido entre os vencedores da Champions e da Taça das Taças, torneio extinto em 1999.

Neste dia em 2001, um hat trick de Mantorras ao Vitória de Setúbal motivou comparações com Eusébio. Quem se lembra?

Sadino Paulo Ferreira e benfiquista Mantorras lutam pela bola
Recordar o primeiro jogo entre Benfica e Vitória de Setúbal é como voltar à infância, a tempos que infelizmente não se repetirão. Lembro-me que estava de férias com os meus pais em Lagos e que um tio emigrado em França e o seu filho francês mas benfiquista apaixonado como poucos tinham ido ao antigo Estádio da Luz assistir ao encontro. O campeonato estava no início, na 3.ª jornada, e o encontro foi disputado no final de uma tarde de verão, a 25 de agosto de 2001.

domingo, 24 de agosto de 2025

O canhoto açoriano do Sporting que bisou nos 7-1 ao Benfica. Quem se lembra de Mário Jorge?

Mário Jorge somou 261 jogos e 21 golos pelo Sporting entre 1979 e 1991
Um dos melhores jogadores açorianos de sempre, um pódio que certamente dividirá com o goleador Pauleta e o comendador Eliseu. Natural de Ponta Delgada, fez toda a formação do Sporting, afirmando-se cedo como um promissor futebolista graças a características como qualidade técnica, visão de jogo e velocidade de execução.
 
Canhoto capaz de fazer todo o flanco esquerdo, dividiu a carreira entre as posições de lateral e de médio ala, com semelhante nível de desempenho.
 
Foi lançado na equipa principal dos leões por Rodrigues Dias a 12 de setembro de 1979, nos minutos finais de uma vitória caseira sobre o Estoril (2-0), numa altura em que tinha 18 anos praticamente acabadinhos de fazer, o que no final dessa época lhe valeu o estatuto de campeão nacional.

O príncipe nigeriano que brilhou na baliza do Farense. Quem se lembra de Rufai?

Peter Rufai defendeu a baliza do Farense entre 1994 e 1997
Titular da seleção nigeriana em dois Mundiais (1994 e 1998), é considerado por muitos o melhor guarda-redes da história do Farense. Afinal, chegou ao São Luís após ter ajudado as superáguias a atingir os oitavos de final no Campeonato do Mundo disputado nos Estados Unidos – algo que parece impensável nos dias de hoje – e logo na época de estreia contribuiu para o quinto lugar na I Divisão e consequente inédito apuramento para a Taça UEFA.
 
Embora tenha chegado ao emblema algarvio à beira dos 31 anos, após ter despontado em África (Stationery Stores e Femo Scorpions na Nigéria e Dragons no Benim) e jogado na Bélgica (Lokeren e Beveren) e Países Baixos (Go Ahead Eagles), foi a tempo de realizar duas temporadas e meia de grande nível. Ao serviço dos leões de Faro atuou em 67 partidas e sofreu 69 golos.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O Czar dos Balaídos que não se deu bem no Benfica. Quem se lembra de Mostovoi?

Mostovoi não foi além de 17 jogos e dois golos pelo Benfica
Foi, dos três russos que reforçaram o Benfica no início da década de 1990, o que fez melhor carreira. Em termos de clubes e de seleção. Mas foi o que teve mais dificuldades para se afirmar na Luz.
 
Proveniente do Spartak Moscovo, com um título europeu de sub-21 (1990) no currículo e já internacional A pela União Soviética e pela Comunidade dos Estados Independentes (CEI), Aleksandr Mostovoi aterrou em Lisboa em janeiro de 1992, meio ano depois de Iuran e Kulkov, o que fez toda a diferença. Porquê? Porque foi contratado, tal como os compatriotas, a pedido de Sven-Göran Eriksson, mas devido a problemas com o visto já não foi inscrito a tempo de jogar às ordens do sueco, que se mudou para a Sampdoria no verão desse ano.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

O canhoto de Castro Daire que fez mais de 50 jogos pelo Benfica. Quem se lembra de Luís Carlos?

Luís Carlos conseguiu uma internacionalização pela seleção A
Extremo canhoto com alguma qualidade técnica, subiu a pulso na carreira: estreou-se como sénior no Oriental em 1991-92, na antiga III Divisão Nacional, entrou na I Liga pela porta do Salgueiros no verão de 1997, reforçou o Benfica em dezembro desse ano e somou a única internacionalização A que tem no currículo em agosto de 1998.
 
Nascido em Vila Nova, concelho de Castro Daire, em 21 de agosto de 1972, cresceu na freguesia lisboeta de Marvila e fez toda a formação no Oriental, clube no qual também fez a transição para sénior, tendo sido companheiro de equipa de Costinha, dois anos mais novo.
 
Após cinco temporadas no emblema grená, mudou-se para o Nacional da Madeira no verão de 1996, reencontrando o treinador José Moniz, e no final da época, já sob a orientação do brasileiro Jair Picerni, festejou a subida à II Liga.

O mítico guarda-redes que brilhou nas balizas de Varzim e Farense. Quem se lembra de Benge?

Benge notabilizou-se no Varzim ao longo de cinco temporadas
Mítico guarda-redes das décadas de 1960 e 1970, nasceu em Luanda e entrou no futebol português pela porta do Benfica, clube pelo qual chegou a sagrar-se campeão nacional em 1964-65, mas foi nas balizas de Varzim e Farense que mais se notabilizou.
 
Tapado por Costa Pereira e também com a concorrência de Rita, Nascimento e Barroca, deixou a Luz em 1965 para jogar com regularidade na I Divisão ao serviço de Varzim (de 1965 a 1967 e de 1968 a 1971) e Sanjoanense (1967-68). Paralelamente, perdeu o pai, morto no Tarrafal às mãos da PIDE.
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