domingo, 24 de agosto de 2025

Hoje faz anos o canhoto açoriano do Sporting que bisou nos 7-1 ao Benfica. Quem se lembra de Mário Jorge?

Mário Jorge somou 261 jogos e 21 golos pelo Sporting entre 1979 e 1991
Um dos melhores jogadores açorianos de sempre, um pódio que certamente dividirá com o goleador Pauleta e o comendador Eliseu. Natural de Ponta Delgada, fez toda a formação do Sporting, afirmando-se cedo como um promissor futebolista graças a características como qualidade técnica, visão de jogo e velocidade de execução.
 
Canhoto capaz de fazer todo o flanco esquerdo, dividiu a carreira entre as posições de lateral e de médio ala, com semelhante nível de desempenho.
 
Foi lançado na equipa principal dos leões por Rodrigues Dias a 12 de setembro de 1979, nos minutos finais de uma vitória caseira sobre o Estoril (2-0), numa altura em que tinha 18 anos praticamente acabadinhos de fazer, o que no final dessa época lhe valeu o estatuto de campeão nacional.
 
Na temporada seguinte não foi além de duas partidas, mas em 1981-82 tornou-se uma peça importante no plantel às ordens de Malcolm Allison que conquistou a dobradinha. “Foi fantástico! Ganhámos o campeonato e a Taça de Portugal e até podíamos ter vencido a Taça UEFA, mas fomos eliminados pelo Neuchâtel Xamax na terceira eliminatória, possivelmente porque os desvalorizámos. Empatámos 0-0 em casa e perdemos 1-0 na Suíça. Tínhamos um grupo extraordinário, completamente identificado com o clube, o presidente e principalmente com o treinador Malcolm Allison”, recordou ao portal do Sporting em março de 2013.
 
Porém, foi nas épocas que se seguiram, após a saída de Augusto Inácio para o FC Porto, que se afirmou como titular no lado esquerdo da defesa, o que valeu a estreia na seleção nacional A em junho de 1983, numa goleada sofrida às mãos do Brasil em Coimbra (0-4).
 
 
Em 1985-86 Manuel José decidiu apostar no jovem Fernando Mendes para a lateral esquerda, adiantando Mário Jorge, distinguido com o Prémio Stromp na categoria futebolista em 1985, para o meio-campo. Essa mudança permitiu-lhe voltar a jogar pela equipa das quinas, mas acabou por ficar de fora dos convocados de José Torres para o Mundial 1986, no México. “Na defesa era mais um, no meio-campo não. A defender, aproveitei o balanço que trazia como lateral, mas começaram a olhar para mim de maneira diferente, pois viam que tinha algumas qualidades que antes tinham passado despercebidas… Até passei a ser chamado à seleção nacional, o que até aí não tinha sucedido”, lembrou.
 
Contudo, na temporada seguinte aproveitou o castigo dado aos jogadores envolvidos no Caso Saltillo para somar as cinco últimas (das nove) internacionalizações A que conseguiu na carreira e foi um dos protagonistas da histórica goleada por 7-1 ao eterno rival Benfica a 14 de dezembro de 1986, jogo no qual bisou.
 
 
No final de 1987 ganhou a segunda Supertaça do currículo – depois da de 1982 –, numa espécie de canto do cisne de leão ao peito. É que, após sete anos como habitual titular, perdeu espaço na equipa em 1988-89, época em que não foi além de 15 jogos em todas as provas.
 
 
Seguiu-se um empréstimo ao Beira-Mar antes de um regresso pouco conseguido à casa-mãe em 1990-91, despedindo-se de Alvalade no final dessa temporada ao fim de um total de 261 encontros, 21 golos e cinco troféus.
 
No ocaso da carreira defendeu ainda as cores de Estrela da Amadora e Estoril Praia, tendo pendurado as botas em 1995, aos 33 anos.
 
 
Mais tarde voltou a representar o Sporting, mas na vertente de futebol de praia, tendo posteriormente regressado ao clube em 2018 para integrar a estrutura da Academia. Pelo meio foi diretor desportivo do Estoril e do GD Oásis (Cabo Verde).
 


 





 
  

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