segunda-feira, 30 de março de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Estoril na II Liga

Equipa de 1995-96, com Pauleta (terceiro à esq., em cima) 
Fundado a 17 de maio de 1939, o então Grupo Desportivo Estoril Plage nasceu da Sociedade Estoril-Plage, proprietária do caminho de ferro da Linha de Cascais, de importantes hotéis na zona de Cascais e do Casino Estoril, tendo adotado desde o início no emblema e nas cores o amarelo do sol e o azul do mar, os baluartes da região. Porém, as cores motivaram a alcunha de “canarinhos”, em alusão à seleção brasileira.


Com apenas cinco anos de existência, os estorilistas viveram um dos maiores momentos da sua história ao participar na final da Taça de Portugal, de onde saíram derrotados pelo Benfica. Porém, 70 anos depois os canarinhos voltaram a evidenciar-se ao assegurarem duas qualificações consecutivas para a Liga Europa, em 2013 e 2014, com Marco Silva no comando técnico. Dois quartos lugares, em 1947-48 e em 2013-14, foram as melhores classificações de sempre do Estoril em 26 presenças na I Divisão.

No entanto, o clube do concelho de Cascais conta ainda com um histórico bastante abonatório nas divisões secundárias, nomeadamente dois títulos de campeão da II Liga, em 2003-04 e 2011-12.

Era precisamente no segundo escalão que os canarinhos competem em 2019-20, ocupando o 4.º lugar à data da interrupção das competições devido à pandemia de covid-19.

Em 16 presenças, 305 futebolistas representaram o clube na II Liga. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.

10. Quim (78 jogos)

Quim
Natural do Cacém, não muito longe da Amoreira, o central Quim já tinha experiência de II Liga ao serviço de Amora e Felgueiras quando reforçou o Estoril, no verão de 1996.
Em três temporadas participou em 78 encontros, 77 dos quais na condição de titular, tendo apontado cinco golos. Em 1996-97 e 1997-98 ajudou os canarinhos a obter o sétimo lugar, mas na última época os seus três golos não conseguiram evitar a despromoção à II Divisão B.
Depois prosseguiu a carreira na Madeira, no Machico e no Camacha. Após penduras as botas tornou-se treinador, tendo trabalhado em vários clubes do distrito de Setúbal na última década.


9. Borreicho (83 jogos)

Borreicho
O médio defensivo Borreicho chegou ao Estoril aos 19 anos, no verão de 1987-88, depois de ter feito grande parte da formação no Sporting e de se ter estreado no futebol sénior ao serviço do Trofense.
Nas três primeiras épocas competiu na antiga II Divisão – Zona Sul, tendo jogador de amarelo e azul na edição inaugural da II Liga, em 1990-91, que os estorilistas concluíram na 2.ª posição, em zona de promoção à I Liga. Nessa temporada participou em 33 jogos (32 a titular) e apontou dois golos.
Seguiram-se três anos no primeiro escalão, em que disputou 66 partidas e marcou dois golos, antes do regresso à II Liga em 1994-95. Em mais dois anos na Amoreira esteve em 50 encontros, tendo sido companheiro de equipa de Pauleta em 1995-96.
Depois prosseguiu a carreira no Sp. Covilhã, continuando na I Liga. Entretanto tornou-se treinador e em 2014-15 regressou ao Estoril para orientar a equipa feminina. Atualmente dirige os seniores da Associação da Torre, nos distritais da AF Lisboa.


8. Toni Vidigal (87 jogos)

Toni Vidigal
Extremo de baixa estatura e um dos elementos da famosa futebolística angolana radicada em Elvas, chegou ao Estoril com 19 anos, no verão de 1994, precisamente proveniente de O Elvas, juntamente com o seu familiar mais mediático, o irmão Luís.
Depois de 22 jogos (16 a titular) transferiu-se para o Vitória de Setúbal, ajudando os sadinos a subirem à I Liga. Porém, Toni Vidigal voltou ao António Coimbra da Mota após essa época para mais três anos na Amoreira, tendo participado mais 65 jogos (49 a titular) e marcado 11 golos de amarelo e azul. Porém, não conseguiu evitar a despromoção à II Divisão B em 1998-99.
Depois rumou ao Penafiel e posteriormente ao Varzim, clube pelo qual chegou a jogar na I Liga entre 2001 e 2003.


7. José Carlos (98 jogos)

José Carlos
Lateral direito natural de Sintra, concluiu a formação no Estoril e chegou a jogar pela equipa principal durante o primeiro ano de sénior na antiga II Divisão – Zona Sul em 1989-90, mas depois andou por Portosantense, Fanhões, Fátima, Portimonense e Sp. Covilhã até que no verão de 1996-97 voltou à Amoreira.
Em três épocas ao serviço dos estorilistas, efetuou 98 partidas, todas na condição de titular, tendo chegado a formar dupla na ala direita com Paulo Ferreira, quando este ainda era extremo, em 1998-99, numa temporada que culminou com a descida à II Divisão B.
Nos anos seguintes, continuou na II Liga ao serviço de Imortal e Nacional.


6. Paulo Jorge (105 jogos)

Paulo Jorge
Extremo direito natural de Carnaxide, no concelho vizinho de Oeiras, Paulo Jorge chegou ao Estoril no verão de 1994, já depois de se ter estreado na I Liga com a camisola do Estrela da Amadora e de ter representado Amora e Leça na II Liga.
Em quatro épocas na Amoreira foi quase sempre titular. Nas duas primeiras, nas quais somou um total de 66 encontros e quatro golos, não chegou a ir ao banco. Em 1996-97 começou a perder espaço, tendo disputado 25 jogos (17 a titular) e marcado dois golos. Na época seguinte, a última no emblema da Linha de Cascais, esteve em 14 partidas (13 a titular) até março, quando se transferiu para o Portimonense.


5. Carlos Pereira (114 jogos)

Carlos Pereira
Os caminhos de Carlos Pereira e do Estoril cruzaram-se pela primeira vez na I Liga, em 1992-93. Na altura, os canarinhos eram orientados por Fernando Santos e o guarda-redes preparava-se para competir com Du depois de duas temporadas como dono da baliza do Louletano na II Liga.
Após duas épocas em que foi maioritariamente titular dos estorilistas no primeiro escalão, tendo disputado 38 encontros, continuou no clube depois da despromoção. Em 1994-95 e 1995-96 viveu na sombra de Paulo Morais, realizando apenas 17 partidas durante as duas temporadas, mas nos três anos seguintes recuperou o posto, amealhando mais 97 jogos para o campeonato na Amoreira.
Depois da despromoção à II Divisão B, em 1999, rumou ao Atlético, então na III Divisão, onde em 2003 encerrou a carreira de jogador e iniciou a de treinador de guarda-redes.


4. Baroti (116 jogos)

Baroti
A carreira de Baroti começou praticamente com a conquista da Taça de Portugal ao serviço do Estrela da Amadora em 1989-90, mas nunca se afirmou na I Liga e cinco anos depois foi contratado pelo Estoril, depois de passagens por Académica e Felgueiras.
No António Coimbra da Mota este médio centro/extremo esquerdo viveu a fase de maior fulgor na carreira, tendo amealhado 116 jogos (88 a titular) e oito golos em quatro temporadas na II Liga, entre 1995-96 e 1998-99.
Após a despromoção à II Divisão B continuou no clube por mais dois anos, tendo disputado mais 56 encontros (52 a titular) e apontado quatro golos.  Depois transferiu-se para o Amora.


3. Marco Silva (121 jogos)

Marco Silva
Marco Silva ficou na história do Estoril enquanto treinador, devido à conquista do título da II Liga e consequente subida de divisão em 2011-12 e os apuramentos para a Liga Europa nas duas épocas seguintes. Porém, também serviu briosamente o clube na pele de jogador durante seis temporadas, todas na II Liga.
Quando foi contratado, no verão de 2005, já tinha 27 anos e vinha do Odivelas, mas conquistou o seu espaço no lado direito da defesa e manteve-se no clube ao longo de meia dúzia de anos difíceis, marcados por vários episódios de salários em atraso.
Em 2011-12 começou a temporada como diretor desportivo, mas dois meses depois saltou para o banco, de onde escreveu alguns dos capítulos mais bonitos da história estorilista.



2. Marco Paulo (166 jogos)

Marco Paulo
Se este Marco Paulo também tem dois amores, o Estoril será certamente um deles. Foi na Amoreira que concluiu a formação e se estreou na I Liga, em 1992-93, depois de ter representado O Elvas no primeiro ano de sénior.
Após 53 jogos (42 a titular) e um golo no primeiro escalão e já com o estatuto de internacional sub-21 por Portugal, acompanhou o clube na II Liga durante cinco temporadas, tendo participado em 133 encontros (115 a titular) e apontado 10 golos.
Depois da descida à II Divisão B continuou na II Liga com a camisola do Paços de Ferreira, clube que lhe permitiu sagrar-se campeão da II Liga e regressar ao patamar maior do futebol português.
Em 2001 mudou-se para o Belenenses e de lá saiu no verão de 2005 para regressar ao Estoril, então na II Liga, numa época marcada por salários em atraso e dificuldades estruturais. Porém, foi a jogo (e sempre a titular) em 33 das 34 jornadas e ainda assumiu o comando técnico da equipa durante cinco jornadas entre janeiro e fevereiro de 2006, não tendo ido além de um empate e quatro derrotas nessa missão de jogador-treinador.
Depois, o médio voltou à I Liga pela porta do Estrela da Amadora e pendurou as botas no Mafra, em 2009-10.


1. Martins (196 jogos)

Martins
Chama-se José Martins, mas poderia chamar-se sr. Estoril Praia. Afinal, foi formado no clube e cumpriu praticamente toda a carreira na Amoreira – a exceção foi em 1989-90, quando se estreou na II Liga ao serviço do Penafiel. No total, soma mais de 400 jogos pelos estorilistas, o que faz dele o jogador com mais encontros com o equipamento amarelo e azul, tendo representado o clube em três divisões.
As primeiras partidas pela equipa da Linha de Cascais foram disputadas ainda em idade de júnior, em 1985-86, tendo formado dupla com o atual selecionador nacional Fernando Santos, 13 anos mais velho, no eixo da defesa.
Na edição inaugural da II Liga, em 1990-91, já com Fernando Santos no comando técnico, formou uma dupla sólida com Hélder que ajudou os estorilistas a alcançar o estatuto de defesa menos batida da competição (28 golos sofridos) e a subir de divisão após sete anos de ausência. Nessa época, Martins foi titular nos 38 encontros do campeonato e marcou um golo.
Seguiram-se três anos e I Liga, nos quais foi utilizado em 78 partidas (72 a titular), não conseguindo evitar a despromoção em 1993-94.
Após a despromoção acompanhou os canarinhos em mais cinco épocas na II Liga, tendo participado em 158 jogos no segundo escalão entre 1994-95 e 1998-99, tendo formado dupla com o já referido Quim nas três últimas temporadas.
Porém, nem a descida à II Divisão B o fez sair do clube, tendo continuado a servir o Estoril no terceiro escalão do futebol português até pendurar as botas em junho de 2002.
Após retirar-se do relvado abraçou a carreira de treinador, tendo orientado a equipa de juniores dos canarinhos entre 2005-06 e 2011-12. Atualmente dirige os juniores do Trajouce.





















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