terça-feira, 26 de agosto de 2025

Hoje faria anos o belga que lançou Beto no Sporting mas não chegou ao Natal. Quem se lembra de Robert Waseige?

Robert Waseige orientou o Sporting em 16 jogos em 1996
Experiente treinador belga com alguns trabalhos interessantes no seu país, mas que nunca se havia aventurado no estrangeiro, foi um dos muitos treinadores que iniciaram épocas no Sporting durante um jejum de 18 anos sem títulos nacionais entre 1982 e 2000, mas não chegaram ao Natal.
 
No caso de Robert Waseige, um antigo médio com uma carreira modesta, começou por destacar-se entre 1971 e 1976 ao leme do Winterslag (atual Genk), levando-o da terceira divisão ao primeiro escalão da Bélgica.
 
Também à frente do RFC Liège (1983 a 1992) fez um trabalho meritório, tendo conquistado uma Taça da Liga (1986) e uma Taça da Bélgica (1989-90), tendo ainda atingido a final da taça em 1986-87.
 
 
No verão de 1996 ingressou no Sporting, numa altura em que o diretor desportivo dos leões era Luís Norton de Matos, que enquanto futebolista chegou a ser orientado por Waseige no Standard Liège em 1978-79.
 
Responsável por apostar no então jovem central Beto na equipa principal, até começou bem o campeonato, com o primeiro lugar sempre por perto e uma vitória sobre o Benfica de Paulo Autuori em Alvalade – precisamente com um golo solitário de Beto (1-0).
 
 
No entanto, a eliminação na Taça UEFA às mãos dos franceses do Metz, em outubro, seguida de uma série de maus resultados na I Divisão, como derrotas em Braga e Setúbal e um empate caseiro diante da União de Leiria, culminaram no despedimento do treinador belga ainda em dezembro de 1996, tendo o seu adjunto Octávio Machado assumido o comando técnico da equipa a partir de então.
 
Despediu-se de Lisboa com um saldo de nove vitórias, três empates, quatro derrotas, 19 golos marcados e onze sofridos nos 16 jogos em que orientou os verde e brancos.
 
Depois regressou à Bélgica para comandar o Charleroi antes de se tornar no selecionador do seu país em 1999. Não conseguiu ultrapassar a fase de grupos no Euro 2000, no qual a sua seleção foi uma das anfitriãs, mas qualificou-se para o Mundial 2002 e atingiu os oitavos de final no torneio disputado na Coreia do Sul e no Japão.
 
Na reta final da carreira passou uma terceira vez pelo comando técnico do Standard Liège (em 2002, depois dos períodos 1976-1979 e 1994-1996), foi selecionador da Argélia (2004) e treinou o FC Brussels (2005).
 
Veio a morrer em 17 de julho de 2019, aos 79 anos, vítima de insuficiência cardíaca e problemas renais.







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