quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Hoje faz anos o mundialista senegalês que pendurou as luvas nos distritais de Setúbal. Quem conhece Khalidou Cissokho?

Cissokho esteve no Mundial 2002 e na... II Divisão Distrital
Lembra-se da seleção do Senegal no Mundial 2002? Chocou o mundo no jogo inaugural ao bater a campeã mundial e europeia França, apurou-se num grupo que também incluía Dinamarca e Uruguai, eliminou a Suécia nos oitavos de final e só foi travada pela Turquia nos quartos.
 
Na baliza dos leões de Teranga nessa que foi a estreia da seleção africana em Mundiais estava Tony Sylva, habitual segunda opção do Mónaco, mas um dos seus suplentes era Khalidou Cissokho, na altura um jovem guarda-redes de 23 anos do Jeanne d'Arc, clube pelo qual se sagrou campeão senegalês em 1999, 2001, 2002 e 2003 e venceu uma Taça da Assembleia Nacional em 2001. O filme repetiu-se dois anos depois, na edição de 2004 da Taça das Nações Africanas, na qual o Senegal não foi além dos quartos de final.
 
Cissokho foi internacional A por uma vez, mas venceu um troféu, tendo ajudado uma seleção composta apenas por jogadores sub-23 a bater a Gâmbia (3-1) na final da Taça Amílcar Cabral de 2001, numa edição disputada a 11 de novembro desse ano em Bamako, na capital do Mali.
 
No verão de 2004 mudou-se para o Azerbaijão, onde representou o FC Baku até 2012. Nesses oito anos ganhou dois campeonatos azeris (2005-06 e 2008-09) e três taças nacionais (2004-05, 2009-10 e 2011-12), disputou pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e da Taça UEFA/Liga Europa. Venceu ainda o prémio de melhor guarda-redes e quebrou o recorde de inviolabilidade (985 minutos) da liga local em 2008-09, mas desapareceu do radar da sua seleção.
 
 
Em 2012 anunciou o final da carreira e dedicou-se à função de treinador de guarda-redes, que a trouxe para Portugal durante a temporada 2016-17 à boleia da amizade e parceria com Mário Leandro, presidente e treinador do FC Setúbal, então na II Divisão Distrital da AF Setúbal.
 
Contudo, foi inscrito, por precaução, como jogador, e voltou mesmo a calçar as luvas quando o habitual guarda-redes dos sadinos, o brasileiro Thierry, se lesionou. “Não veio preparado para jogar tão cedo, mas foi extraordinário. Não cometeu um erro. Foi perfeito. Deu segurança e confiança à defesa”, afirmou Mário Leandro, ao jornal O Setubalense, após o jogo de estreia, uma vitória no terreno do vizinho “Os Pelezinhos” (1-0), no Campo Municipal da Várzea, a 12 de fevereiro de 2017.
 
Nessa época ajudou o FC Setúbal a conquistar o título distrital do segundo escalão e na temporada seguinte também foi chamado a jogar, já na I Distrital, tendo somado um total de mais de uma dezena de partidas nesta improvável aventura nas profundezas do futebol português.

O Setubalense (03-02-2017)

O Setubalense (13-02-2017)

 
 



 







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