quarta-feira, 17 de abril de 2024

O “tosco” que jogou 70 minutos pelo FC Porto. Quem se lembra de Quintana?

Quintana integrou o plantel do FC Porto em 2001-02
Não foi fácil a viragem do milénio para o FC Porto. Viu a hegemonia interna ser interrompida, vivenciou o fim de ciclo de algumas das principais figuras das últimas épocas do pentacampeonato e revelou pouco acerto em contratações. Um desses flops foi precisamente Victor Quintana.
 
Médio internacional paraguaio de características defensivas, que vinha a ser bastante utilizado na qualificação para o Mundial 2002, foi contratado ao Olimpia por 2,5 milhões de euros durante o verão de 2001, a pedido de Octávio Machado e com a fama de ser forte fisicamente, recuperar muitas bolas e ter argumentos interessantes em termos ofensivos.

O ídolo do Sp. Braga que passou quatro meses no Sporting. Quem se lembra de Wender?

Wender representou o Sp. Braga entre 2002 e 2008
Há brasileiros que vêm de grandes clubes do Brasileirão e desiludem no futebol português e há outros que chegam a Portugal oriundos de emblemas modestos das divisões secundárias do Brasil e conseguem tornar-se figuras importantes do nosso campeonato. Wender é um desses casos.
 
Nascido em Guiratinga, estado de Mato Grosso, e neto de avô libanês, o antigo extremo esquerdo até passou por um clube com alguma importância no futebol brasileiro, o Sport do Recife, mas chegou a Portugal no verão de 1999, para reforçar a Naval, proveniente do modesto Democrata de Valadares. “Tinha feito um bom campeonato mineiro, fomos campeões no primeiro turno e destaquei-me. Depois tive a oportunidade de ir para o Atlético Mineiro, só que eles deram-me um contrato de seis meses e a Naval deu-me um de três anos”, contou à Tribuna Expresso em dezembro de 2016.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

“Na clínica um que acha que é Napoleão, outro que é Robinson Crusoé e ninguém acredita que sou Maradona”. As melhores tiradas de Diego

Maradona foi um jogador genial e um homem polémico
Tão genial dentro de campo quanto controverso fora das quatro linhas, Diego Armando Maradona disparou tiros de pressão de ar sobre jornalistas, teve problemas com a justiça italiana e tentou livrar-se várias vezes do vício da droga, tendo inclusivamente estado internado numa clínica de reabilitação.
 
Depois de mais um processo de desintoxicação, partilhou a experiência: “Na clínica há um que acha que é o Napoleão, há outro que diz que é o Robinson Crusoé e ninguém acredita que eu sou o Maradona.”
 
O antigo internacional argentino era assim, um tipo polémico, mas com bastante sentido de humor, até mesmo a recordar a infância difícil que viveu: “Cresci num bairro privado de Buenos Aires… privado de água, luz e telefone.”

O “Furacão” que brilhou no Belenenses e FC Porto. Quem se lembra de Emerson?

Emerson representou Belenenses e FC Porto
Era possante (1,86 m), levava tudo à frente e ninguém o conseguia travar no meio-campo, o que lhe valeu a alcunha de “Furacão”. Emerson jogou nos campeonatos de Inglaterra e Espanha, mas antes brilhou em Portugal.
 
Depois de cumprir a formação no Flamengo e de ter iniciado o percurso como sénior no Coritiba, o treinador brasileiro Moisés Andrade trouxe-o para Portugal no verão de 1991 para reforçar o Belenenses, então na II Liga. Entretanto o técnico, que só esteve dois meses no cargo, foi substituído pelo compatriota Abel Braga. E Emerson continuou a brilhar, ao ponto de captar o interesse dos três grandes.

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Data: 6 de abril de 2024
Arena: Wells Fargo Center
Localidade: Filadélfia, Pensilvânia
 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

O guardião húngaro que deixou marca no Sporting e no Vitória FC. Quem se lembra de Mészáros?

Mészáros brilhou no Sporting e no Vitória de Setúbal
Desprovido de um guarda-redes de grande categoria desde a saída de Vítor Damas para os espanhóis do Racing Santander em 1976, o Sporting contratou em 1981 aquele que era considerado um dos melhores guardiões europeus, Ferenc Mészáros, um internacional húngaro de 31 anos que havia marcado presença no Mundial 1978.
 
“Na altura, havia uma lei na Hungria que só possibilitava a saída de jogadores depois dos 30 anos. Quando atingi essa idade, recebi propostas de Alemanha, Áustria e Portugal. Escolhi o Sporting porque já conhecia o clube por dentro. (…) Em 1975-76, tinha jogado em Alvalade pelo Vasas e fiquei espantado com o apoio do público”, contou ao jornal Observador em 2017, que auferia um salário de três mil dólares por mês nos verde e brancos.

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Marselha

Di María em ação no Benfica-Marselha de 2010
Ainda não era nascido quando Benfica e Marselha se defrontaram nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus em 1989-90 e não me recordo dos jogos particulares entre as duas equipas em outubro de 2000 e julho de 2004. Por isso, a minha primeira memória de um jogo entre encarnados e marselheses remonta ao duplo confronto de março 2010, a contar para os oitavos de final da Liga Europa.
 
Na altura, e sob a orientação de Jorge Jesus, a equipa lisboeta estava a praticar um belíssimo futebol, com jogadores como Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Fábio Coentrão, Javi García, Pablo Aimar, Ramires, Saviola, Di María e Cardozo em grande forma e muito bem articulados coletivamente. Mesmo após seis campeonatos e de duas finais europeias nos 14 anos que se seguiram, essa equipa benfiquista de 2009-10 ainda hoje é recordada com saudade. Para uma geração, é mesmo lembrada como a melhor versão do Benfica que já viram.

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Data: 6 e 7 de abril de 2024
Arena: Lincoln Financial Field
Localidade: Filadélfia, Pensilvânia

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Quatro parafusos na coluna, quatro operações e três anos sem jogar. O terror de Delfim no Marselha

Delfim esteve no Marselha entre 2001 e 2006
Delfim, médio internacional português e pontapé-canhão campeão pelo Sporting em 1999-00, nunca teve propriamente sorte no que concerne à saúde física durante a carreira. Ainda de leão ao peito, foi operado três vezes ao joelho direito e sofreu uma rutura muscular que o obrigou a parar cerca de quatro meses. Mas ao serviço do Marselha viveu algo ainda pior, um autêntico filme de terror.
 
Transferido para o emblema do sul de França no verão de 2001 por uma verba a ronda os três milhões de euros, arrependeu-se da mudança pouco depois de aterrar em solo gaulês. “Cheguei a um clube que naquela altura não tinha minimamente um projeto desportivo. Era um clube à deriva”, contou à Tribuna Expresso em fevereiro de 2018.

“Curta, dececionante e explosiva”. Recorde a aventura de Futre no Marselha

Futre somou dois golos em oito jogos pelo Marselha
No Verão Quente de 1993, que ficou marcado por Paulo Sousa e Pacheco terem rescindindo unilateralmente contrato com o Benfica devido a salários em atraso e assinado pelo Sporting, Paulo Futre, que estava há menos de meio ano na Luz, decidiu não seguir o exemplo dos ex-companheiros de equipa e assim proporcionar um encaixe financeiro aos encarnados.
 
“Eu também podia rescindir e sair para um clube estrangeiro a custo zero. O Marselha pagou 3,5 milhões de euros ao Benfica pelo meu passe. O mesmo que o Atlético de Madrid tinha recebido uns meses antes. Podia ter invocado justa causa, tornar-me jogador livre e ficar com esse valor só para mim (ou, pelo menos, negociar uma parte substancial para receber logo à cabeça). Só não o fiz pelo grande senhor Jorge de Brito. Sempre me tratou com enorme correção e não merecia que eu saísse dessa maneira”, contou Futre no livro El Portugués.

A minha primeira memória de… um jogo entre Marselha e equipas portuguesas

Jorge Costa procura roubar a bola a Didier Drogba
 
Embora tanto os dragões como o Marselha tivessem ganhado protagonismo europeu ao longo das décadas de 1980 e 1990, foi necessário esperar até ao início do século XXI para que se pudessem finalmente defrontar num jogo oficial.
 
Na altura, o FC Porto era o detentor do campeonato português, da Taça de Portugal e da Taça UEFA, enquanto o Marselha regressava à Liga dos Campeões após três anos de ausência e procurava recuperar a hegemonia em França.

terça-feira, 9 de abril de 2024

“Os jogadores de 33 e 34 anos vão ter 37 e 38 no próximo Mundial, se não tiveram cuidado”. As melhores pérolas de Kevin Keegan

Kevin Keegan orientou o Newcastle entre 1992 e 1997 
Kevin Keegan é uma das personalidades mais importantes e carismáticas do futebol inglês. Como jogador venceu a Bola de Ouro em 1978 e 1979, ganhou três campeonatos, duas Taças UEFA e uma Taça dos Campeões Europeus pelo Liverpool, foi campeão alemão e finalista da Champions pelo Hamburgo. E como treinador foi selecionador de Inglaterra e promoveu o Newcastle e o Manchester City à Premier League.
 
Além disso, é uma figura cómica, que proferiu pérolas fantásticas, que levadas à letra redimensionariam, por exemplo, a noção de tempo. “Os jogadores de 33 e 34 anos vão ter 37 e 38 no próximo Mundial, se não tiverem cuidado”, afirmou, sugerindo, quem sabe, que hábitos saudáveis pudessem retardar o avançar da idade.

Hoje faz anos o central que foi subindo a pulso até sofrer uma grave lesão. Quem se lembra de Jorge Andrade?

Jorge Andrade somou 51 internacionalizações pela seleção A
Jorge Andrade já não apanhou esta era em que os centrais são super estimulados para sair a jogar, mas sempre foi um central elegante, que simultaneamente desarmava e entregava bem a bola, deixando-a jogável em vez de a atirar para a bancada.
 
Fez toda a formação no Estrela da Amadora, escapando ao radar dos três grandes e das seleções jovens nacionais, tendo sido lançado por Fernando Santos na equipa principal dos tricolores em 1997-98, temporada em que o emblema da Reboleira alcançou a sua melhor classificação de sempre na I Divisão, o 7.º lugar. Apenas nessa altura se estreou por uma jovem equipa das quinas, a de sub-20.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

“Não digo que sou o melhor do mundo. Mas estou seguramente no top-1”. As melhores pérolas de Brian Clough

Brian Clough guiou o Nottingham Forest a dois títulos europeus seguidos
O Nottingham Forest é o único clube que tem mais títulos europeus (dois) do que nacionais (um). Depois de se sagrar campeão inglês em 1977-78, ganhou a Taça dos Campeões Europeus em 1978-79 e 1979-80. Nas três conquistas, o homem do leme era Brian Clough, que havia pegado na equipa na Segunda Divisão de Inglaterra em janeiro de 1975. Impressionante, não é?
 
Contudo, nem tinha sido a primeira vez que este antigo avançado de Middlesbrough e Sunderland havia conquistado o título inglês ao comando de uma equipa que tinha assumido ainda no segundo escalão. Tinha feito o mesmo no Derby County, clube ao qual chegou em 1967, tendo-o promovido em 1968-69 e levado à glória nacional em 1971-72.

O croata que meteu o Sporting a jogar bom futebol apesar do 4.º lugar. Quem se lembra de Mirko Jozic?

Mirko Jozic orientou o Sporting em 1998-99
Nunca um treinador que tenha passado por um dos grandes do futebol português sem ter ido além do quarto lugar no campeonato terá deixado tão boa imagem como o croata Mirko Jozic, que orientou o Sporting em 1998-99.
 
Uma espécie de Carlos Queiroz da antiga Jugoslávia, começou a carreira de treinador aos 30 anos, depois de a de futebolista ter sido dada como terminada na sequência de uma grave lesão.
 
Guiou o modesto Junak à II Divisão da Jugoslávia e trabalhou durante 16 anos na Federação Jugoslava, entre 1972 e 1988, tendo conquistado o Campeonato do Mundo de sub-20 em 1987, ao leme de uma fantástica geração de jogadores como Zvonimir Boban, Robert Prosinecki, Predrag Mijatovic e Davor Suker.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Florentino ou… quando o bom é inimigo do ótimo

Florentino recuperou recentemente a titularidade
Florentino Luís é daqueles jogadores que raramente são criticados. Praticamente tudo o que faz, faz bem. Desarma (muito), falha poucos passes, pratica um futebol simples e dá estabilidade defensiva à sua equipa. Ajudou o Benfica de Bruno Lage a ser campeão em 2019-20 e o de Roger Schmidt a fazer o mesmo em 2022-23.
 
O problema é que o bom – e não haja dúvidas de que o médio internacional jovem português é bom – é inimigo do ótimo. Cada vez exige-se mais aos jogadores de cada posição. Ser dominante em apenas ou outro aspeto do jogo é cada vez mais insuficiente. E, no caso da posição 6, também se pedem coisas que Florentino não tem – ou pelo menos não tem tido – capacidade para dar.

O conceituado alemão que não fez cócegas a Patrício no Sporting. Quem se lembra de Hildebrand?

Hildebrand esteve no Sporting na época 2010-11
Aposta persistente de Paulo Bento depois de o sérvio Vladimir Stojkovic se ter lesionado e desentendido com o treinador e de Tiago não ter dado conta do recado em novembro de 2007, Rui Patrício cometeu muitos erros nos primeiros meses na baliza do Sporting, mas foi consolidando o seu lugar no onze leonino.
 
Depois de dois anos e meio sem um concorrente verdadeiramente de peso, tendo apenas Tiago e Ricardo Batista na sombra, o então jovem guarda-redes recebeu, no verão de 2010, a concorrência de um internacional alemão com muito estatuto: Timo Hildebrand.
 

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Para muitos o melhor lateral esquerdo de sempre do FC Porto. Quem se lembra Branco?

Branco representou o FC Porto entre 1988 e 1990
O FC Porto foi campeão europeu com Augusto Inácio, venceu a Taça UEFA e a Liga dos Campeões com Nuno Valente e conquistou a Liga Europa com Álvaro Pereira. Depois deles, ainda houve Alex Telles. Mas é Branco que é consensualmente considerado pelos adeptos portistas, incluindo Pinto da Costa, o melhor lateral de esquerdo de sempre dos azuis e brancos.
 
O brasileiro, dotado de um pontapé-canhão especialista em livres diretos, até esteve apenas pouco mais de dois anos nas Antas, entre o verão de 1988 e outubro de 1990, mas deixou uma marca eterna.

O “Barreirense” que viveu uma estreia de sonho pelo Sporting. Quem se lembra de Marco Almeida?

Marco Almeida estreou-se pelo Sporting aos 20 anos
Qualquer jovem sportinguista aspirante a futebolista tem o sonho de ser campeão pelo clube do coração e eventualmente de jogar no melhor campeonato do mundo, a Premier League. Marco Almeida conseguiu-o, curiosamente na mesma época, e só necessitou de um total de 22 minutos em campo: 19 na derrota caseira do Southampton ante o Arsenal a 18 de setembro de 1999 e três na vitória leonina em Campo Maior a 24 de março de 2000.
 
Mas antes da concretização desses sonhos, houve outro tornado realidade, o da estreia de leão ao peito. Quase dez anos depois de ter iniciado uma rotina diária de viagens entre o Barreiro e o Estádio José Alvalade quando ainda nem era adolescente, e cerca de um ano e meio depois de ter começado a rodar no Lourinhanense, então clube-satélite dos leões, o ponta de lança entretanto transformado em médio e depois em central, batizado como “Barreirense” por Osvaldo Silva, seu primeiro treinador nas camadas jovens do Sporting, foi lançado às feras por Vicente Cantatore.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

“O que são estas cicatrizes no meu rosto? Terá de perguntar à sua mulher”. As melhores frases de Ibrahimovic

Zlatan Ibrahimovic jogou futebol profissionalmente entre 1999 e 2023 
Com uma arrogância proporcional aos seus quase dois metros de altura, Zlatan Ibrahimovic marcou 573 golos ao longo de um quarto de século de carreira, mas somou quase tantos remates certeiros como episódios de respostas tortas a jornalistas, declarações egocêntricas e violência.
 
Um dia, deixou um jornalista sem reação na resposta a uma pergunta: “O que são estas cicatrizes que tenho no meu rosto? Não sei, vai ter de perguntar à sua mulher sobre isso.”
 
Mas desengane-se quem pensa que este sueco filho de pai bósnio e muçulmano e de mãe croata e católica começou a adotar esta postura quando se tornou uma estrela mundial. Nada disso. 

“A culpa não é tua. A tua mãe é que nunca devia ter aberto as pernas”. As melhores pérolas de Bill Shankly

Bill Shankly orientou o Liverpool entre 1959 e 1974
Bill Shankly é uma figura ímpar no futebol inglês, que teve um impacto no Liverpool comparável, à escala portuguesa, ao que José Maria Pedroto teve no FC Porto. Quando chegou a Anfield, em 1959, os reds estavam na segunda divisão de Inglaterra, mas não só conseguiu a subida de divisão em 1961-62 como deu ao emblema de Merseyside o primeiro título nacional em 17 anos (1963-64), a primeira Taça de Inglaterra (1964-65) e o primeiro troféu internacional, a Taça UEFA (1972-73). Construiu ainda os alicerces de uma equipa que, nos anos a seguir à sua saída do cargo, em 1974, dominou o futebol inglês na década de 1970 e conquistou a Taça dos Campeões Europeus em 1976-77, 1977-78 e 1980-81 e a Taça UEFA em 1975-76.
 
A sua importância foi tanta para o Liverpool que foi ele que determinou a troca da cor dos calções, de branco para vermelho, depois de ter dito ao avançado da equipa para os vestir e de as coisas terem corrido bem em campo: “Meu Deus, Ronnie, assim todo de vermelho ficas incrível, imponente. Parece que tens cinco metros de altura. Os adversários até vão ter medo.”

De “o burro sou eu?” a “há 1500 anos atrás, quando os portugueses foram ao Brasil”. As melhores pérolas de Scolari

Scolari foi selecionador de Portugal entre 2003 e 2008
Bandeiras nas janelas, cordões humanos desde a Academia do Sporting aos estádios de Lisboa, Vítor Baía riscado e Nossa Senhora de Caravaggio. As memórias da passagem de Luiz Felipe Scolari pela seleção nacional de Portugal são imensas e intensas, e nem a conquista do Euro 2016 conseguiu apagar da memória o entusiasmo em torno da equipa das quinas e a simbiose que havia entre portugueses e seleção na era Felipão. Naquela altura, o clubismo ficava mesmo para atrás: todos festejavam de igual forma os golos do portista Maniche e do benfiquista Rui Costa e as defesas do sportinguista Ricardo.
 
O selecionador não era português, era brasileiro, mas soube, como poucos, tocar no coração dos portugueses, apesar de algumas escolhas polémicas, de uma ou outra zanga com os jornalistas e de, claro, algumas calinadas. Em outubro de 2004, deu um pontapé no idioma de Camões e equivocou-se ao sugerir que os portugueses tivessem ido ao Brasil, pelas suas contas, por volta do século VI: “A minha visão de Portugal e dos portugueses é a de que elas batalham, buscam, tropeçam, reconfortam-se, voltam a ter condições do que querem e isso não é de agora. Há mil e quinhentos anos atrás, quando foram ao Brasil, já era assim.”

terça-feira, 2 de abril de 2024

“Ele estava sempre na praia!” Quando Luís André Villas-Boas foi selecionador das Ilhas Virgens Britânicas

Villas-Boas viveu experiência exótica como treinador
Numa época em que o Championship Manager era um dos videojogos da moda, André Villas-Boas, então com 21 anos, resolveu viver uma aventura desafiante na vida real e candidatar-se por fax à Federação das Ilhas Virgens Britânicas em 1999, acabando por ser contratado, inicialmente para coordenador técnico.
 
“Fui às escuras, pensei que ia encontrar algo minimamente estruturado. Mas foi curioso, que eu chego e depois é que me vou adaptando à realidade do que era aquela vida”, contou à Tribuna Expresso em 2019, recordando, com saudade, “as praias excelentes” daquele que considera ser “um dos grandes paraísos do mundo”.
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