O conceituado alemão que não fez cócegas a Patrício no Sporting. Quem se lembra de Hildebrand?
Hildebrand esteve no Sporting na época 2010-11
Aposta persistente de Paulo
Bento depois de o sérvio Vladimir Stojkovic se ter lesionado e desentendido
com o treinador e de Tiago não ter dado conta do recado em novembro de 2007, Rui
Patrício cometeu muitos erros nos primeiros meses na baliza do Sporting,
mas foi consolidando o seu lugar no onze leonino.
Depois de dois anos e meio sem um
concorrente verdadeiramente de peso, tendo apenas Tiago e Ricardo Batista na
sombra, o então jovem guarda-redes recebeu, no verão de 2010, a concorrência de
um internacional alemão com muito estatuto: Timo Hildebrand. Para se ter a noção, estamos a
falar de um guardião que havia sido convocado para três fases finais (Euro
2004, Taça das Confederações 2005 e Mundial 2006), apenas com Oliver Kahn e Jens
Lehmann à frente em termos de hierarquia. E nessa altura equipas como Werder
Bremen (Andreas Reinke), Bayer
Leverkusen (Hans-Jörg Butt), Borussia
Dortmund (Roman Weidenfeller), Schalke
04 (Frank Rost), Hamburgo
(Stefan Wächter e Martin Pieckenhagen), Hannover 96 (Robert Enke) e Hertha
Berlim (Christian Fiedler), entre outras, tinham guarda-redes germânicos
com o estatuto de titular. Hildebrand, que conquistou a
titularidade da baliza do Estugarda
em 2000-01, ainda hoje é dono do recorde de mais minutos consecutivos sem sofrer
golos na Bundesliga
(884), estabelecido durante a temporada 2003-04. Durante o período em que foi defendeu
as redes dos Die
Roten venceu ainda um campeonato da Alemanha (2006-07) e somou 49 jogos
nas competições europeias.
Após se sagrar campeão alemão, no verão
de 2007, transferiu-se a custo zero para o Valencia.
Depois de ter começado como titular às ordens de Ronald Koeman e de até ter
vencido a Taça do Rei na primeira época no Mestalla, foi relegado para o banco
pelo sucessor do neerlandês, Unai Emery, que preferia o recém-contratado Renan.
Em rota de colisão com o treinador, rescindiu o contrato, por mútuo acordo, em dezembro de 2008. Pelo meio, foi deixado de fora, de forma algo surpreendente, da
convocatória para o Euro 2008, com Joachim Low a optar por Robert Enke e René
Adler para acompanhar Lehmann no lote de guarda-redes.
Após sair do Valencia,
Hildebrand assinou pelo Hoffenheim, tendo feito uma época razoável, e, um dia
após o fecho do mercado de verão de 2010, assinou pelo Sporting,
numa altura em que estava sem clube, tendo sido contratado por indicação de treinador
Paulo Sérgio, que havia pedido a aquisição de um guarda-redes mais experiente.
Julgava-se que o alemão, mais
cedo ou mais tarde, destronasse Rui
Patrício, até porque tinha apenas 31 anos, mas a verdade é que o guardião
português elevou o nível e nunca lhe deu hipóteses. Aliás, foi precisamente
nessa temporada que Patrício
somou as primeiras internacionalizações pela seleção
nacional A, já com Paulo
Bento como selecionador. Já Hildebrand teve de se contentar em atuar apenas
três jogos de leão ao peito, um na Taça
de Portugal e dois na Liga
Europa, tendo sofrido golos em todos.
Após deixar Alvalade
ainda esteve à experiência no Manchester
City, mas não convenceu e acabou por voltar à Bundesliga
a meio da época 2011-12 para assinar pelo Schalke
04. Haveria de terminar a carreira em 2015, depois de um ano no Eintracht
Frankfurt.
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