“Na clínica um que acha que é Napoleão, outro que é Robinson Crusoé e ninguém acredita que sou Maradona”. As melhores tiradas de Diego
Maradona foi um jogador genial e um homem polémico
Tão genial dentro de campo quanto
controverso fora das quatro linhas, Diego
Armando Maradona disparou tiros de pressão de ar sobre jornalistas, teve
problemas com a justiça italiana e tentou livrar-se várias vezes do vício da
droga, tendo inclusivamente estado internado numa clínica de reabilitação.
Depois de mais um processo de desintoxicação,
partilhou a experiência: “Na clínica há um que acha que é o Napoleão, há outro
que diz que é o Robinson Crusoé e ninguém acredita que eu sou o Maradona.” O antigo internacional argentino
era assim, um tipo polémico, mas com bastante sentido de humor, até mesmo a
recordar a infância difícil que viveu: “Cresci num bairro privado de Buenos
Aires… privado de água, luz e telefone.” Esse bom humor não foi adquirido
quando ascendeu ao estrelato. Já vinha da juventude. Em 1980, quando representava
os Argentinos Juniors, quis esquentar um pouco um jogo diante do Boca
Juniors. “Tinha dito que faria dois golos a Gatti, mas como ele agora me
chamou gordo vou fazer-lhe quatro”, afirmou, dirigindo-se ao guarda-redes da turma
de Buenos Aires, que se tinha referido a Maradona
como “um gordito que jogava bem”. Mas Diego
não se ficou pelas palavras, marcou mesmo quatro golos a Gatti num encontro que
o Argentinos Juniors venceu por 5-3. E no ano seguinte o Boca
contratou o “gordito”.
Depois de um ano no Boca,
mudou-se para o Barcelona
em 1982 e transferiu-se para o Nápoles
dois anos depois. Depois veio o momento alto da carreira, a conquista do Mundial
1986, no México, tendo brilhado sobretudo no jogo diante de Inglaterra,
no qual marcou dois golos: a mão de Deus e o “Golo do Século”, no qual fintou
meia equipa
inglesa. “Entrar na grande área adversária e não rematar é a mesma coisa
que estarmos a dançar com a nossa irmã”, atirou. Mais tarde, já como selecionador da
Argentina,
e depois de ter garantido o apuramento para o Mundial 2010 mesmo no fim da fase
de qualificação, não só suspirou de alívio como gritou de raiva: “Para aqueles
que não acreditaram, que a chupem e continuem a chupar. Eu sou branco ou preto,
nunca cinzento. Aqueles que me trataram como trataram, continuem a mamar.”
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