sexta-feira, 12 de abril de 2024

O “Furacão” que brilhou no Belenenses e FC Porto. Quem se lembra de Emerson?

Emerson representou Belenenses e FC Porto
Era possante (1,86 m), levava tudo à frente e ninguém o conseguia travar no meio-campo, o que lhe valeu a alcunha de “Furacão”. Emerson jogou nos campeonatos de Inglaterra e Espanha, mas antes brilhou em Portugal.
 
Depois de cumprir a formação no Flamengo e de ter iniciado o percurso como sénior no Coritiba, o treinador brasileiro Moisés Andrade trouxe-o para Portugal no verão de 1991 para reforçar o Belenenses, então na II Liga. Entretanto o técnico, que só esteve dois meses no cargo, foi substituído pelo compatriota Abel Braga. E Emerson continuou a brilhar, ao ponto de captar o interesse dos três grandes.
 
“Falou-se muito do Benfica, inclusive o Toni, que era o treinador na altura, disse numa entrevista que eu era um grande jogador, mas tinha a equipa composta”, revela, acrescentando que teve a possibilidade de ir para Alvalade. “O Sporting queria-me, mas como o Paulo Sousa foi contratado, vindo do Benfica, acabei por não ir”, acrescenta, lembrando que “foi Bobby Robson” que o quis no FC Porto. “Ele tinha sido despedido do Sporting e pediu a minha contratação", revelou ao Diário de Notícias em maio de 2017.
 
No verão de 1994 transferiu-se mesmo para o FC Porto, tendo vivido dois dos melhores anos da carreira nas Antas e conquistado dois campeonatos e duas Supertaças de dragão ao peito. Com a camisola azul e branca amealhou 89 partidas e onze golos em todas as competições. “As pessoas perguntam-me sempre onde foi o meu auge. Eu não tenho dúvidas que foi no FC Porto. Ali é que estava tudo a sair-me bem. Às vezes nem eu acreditava que jogava aquilo tudo. Fazia coisas e pensava: ‘como é que eu fiz isto?’”, afirmou ao Maisfutebol em outubro de 2013.
 
 
Mas como não gostava de ficar muito tempo no mesmo sítio, Emerson transferiu-se para os ingleses do Middlesbrough em 1996, depois de ser eleito melhor jogador do ano da I Liga portuguesa. Meio ano após a despromoção ao Championship e as presenças nas finais da Taça da Liga e da Taça de Inglaterra, ingressou no campeonato espanhol em janeiro de 1998, primeiro para representar o Tenerife, clube pelo qual voltou a vivenciar uma descida de divisão, e depois o Deportivo (entre 2000 e 2002), que lhe devolveu a possibilidade de jogar Liga dos Campeões e conquistar troféus, neste caso a Taça do Rei e a Supertaça de Espanha. Na última temporada em Espanha (2002-03), vestiu a camisola do Atlético Madrid.
 
 
Pelo meio foi apresentado como trunfo eleitoral de um candidato à presidência do Benfica nas eleições de outubro de 1997, Abílio Rodrigues, mas quem venceu o sufrágio foi Vale e Azevedo.
 
Viria ainda representar equipas importantes como os escoceses do Rangers, os brasileiros do Vasco da Gama e os gregos do AEK Atenas.
 
 
Apesar da boa carreira, ficou a mágoa de nunca ter jogado pela seleção brasileira: “Esteve perto! Em 1998 eu ainda era um desconhecido e não tinha muitas esperanças, mas em 2002 o selecionador, o Emerson Leão, foi à Corunha e disse que ia chamar-me para um jogo com o Peru, mas não me convocou. Depois ele foi substituído pelo Luiz Felipe Scolari e o meu nome nunca mais foi falado.” 



 









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