quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O campeão pelo Benfica que apurou o Vitória FC para a UEFA em 1999. Quem se lembra de Pedro Henriques?

Pedro Henriques disputou 47 jogos pelo Benfica e 82 pelo Vitória FC
Hoje comentador da Sport TV, outrora um lateral esquerdo competente e regular, que somou 221 jogos e meia dúzia de golos na I Divisão entre 1994 e 2004. Somou 58 internacionalizações pelas seleções jovens e pertenceu aos quadros do Benfica e do FC Porto, mas não chegou a jogar de dragão ao peito. Acabou por ter mais sucesso com as camisolas de emblemas de dimensão inferior, como o Vitória de Setúbal ou o Belenenses.
 
Por falar em Belenenses, foi precisamente nos azuis do Restelo que começou a jogar futebol, na altura acompanhando um colega de escola. Aos 15 anos mudou-se para o Benfica apesar do interesse do FC Porto, e estreou-se nas seleções jovens, mais precisamente pelos sub-16, num torneio na Venezuela.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

“Se estiver aqui uma bomba, espero que expluda”. Quem se lembra do caso da penhora das Antas?

Pinto da Costa exaltado por penhora das Antas e a retrete do árbitro
A década de 1990 foi agitada no futebol português, com muitos líderes carismáticos e/ou populistas a dirigir os principais clubes e dívidas avultadas. No caso do FC Porto, houve um episódio que cheirava particularmente mal: a penhora da retrete do árbitro no Estádio das Antas.
 
O FC Porto tinha dívidas ao fisco na ordem de 200 mil contos (1 milhão de euros) e Pinto da Costa desafiou o Estado ao entregar como garantia do pagamento da dívida duas cadernetas prediais: uma relativa ao Estádio das Antas e outra referente à retrete do balneário do árbitro.
 
Quem não gostou da afronta foi o governo de Cavaco Silva, nomeadamente o ministro das Finanças, Eduardo Catroga, que através de uma repartição de finanças do Porto emitiu um auto de penhora da retrete do árbitro. O caso foi noticiado internacionalmente e levou a que várias figuras, como o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, vários presidentes de câmara e os presidentes de clubes rivais (Sousa Cintra e Manuel Damásio) manifestassem apoio aos dragões.

Um dos melhores centrais de sempre do Sp. Braga. Quem se lembra de Odair?

Odair somou 124 jogos e 18 golos pelo Sp. Braga entre 1998 e 2003
O Sp. Braga está há duas décadas em modo “Bragão”, mas tal não invalida que algumas das maiores figuras da sua história e alguns dos seus melhores jogadores de sempre tenham passado pelo emblema minhoto ainda antes da era pré-António Salvador. Um desses casos é o do central brasileiro Odair, que vestiu a camisola arsenalista entre 1998 e 2003.
 
Não conquistou troféus e não disputou finais, mas patenteava qualidade, tendo formado uma grande dupla com Idalécio. Os adeptos bracarenses e seguidores do futebol português em geral recordam a sua competência e correção. Um dos tais centrais que, com algum exagero, eram apelidados de intransponíveis.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

“Queremos cristianizar o meu filho, só que ainda não decidimos em que religião”. As melhores frases de David Beckham

David Beckham era um exímio marcador de livres
David Beckham era um belíssimo futebolista, mas, sobretudo, um fenómeno mediático. Era um exímio executante de livres, que conheceu o ponto alto da carreira em 1999, quando venceu Liga dos Campeões, campeonato, Taça de Inglaterra e Taça Intercontinental pelo Manchester United e foi eleito melhor médio e melhor jogador do ano para a UEFA, tendo também sido segundo classificado na Bola de Ouro e do prémio de melhor jogador do ano para a FIFA – em ambos, perdeu o galardão para o brasileiro Rivaldo (Barcelona).
 
Hoje é multimilionário e um dos donos do Inter Miami, mas não nasceu num berço de ouro: a mãe era cabeleireira e o pai era canalizador. Nasceu e cresceu em Londres e até fez parte da formação no Tottenham, mas concluiu-a no clube de que era adepto, o Manchester United. “Os meus pais sempre me apoiaram na minha vida. Desde que tinha sete anos”, afirmou, talvez esquecido dos primeiros sete anos de vida ou sugerindo que os progenitores não cumpriram bem o seu papel nesse período.

O rebelde esquerdista (em campo e na política) que marcou em duas finais de Mundiais. Quem se lembra de Paul Breitner?

Breitner venceu o Mundial 1974 pela Alemanha
Considerado um dos melhores laterais de todos os tempos e um dos melhores jogadores do seu tempo, o alemão Paul Breitner está na história do futebol sobretudo por ser um dos cinco jogadores que marcaram em duas finais de Campeonatos do Mundo, a par de Pelé, Vavá, Zinédine Zidane e Kylian Mbappé. Também foi eleito para a melhor equipa de sempre dos Mundiais e um dos 125 melhores futebolistas vivos aquando do 100.º aniversário da FIFA, em 2004.
 
Além de talento, exibia uma farta cabeleira e uma barba desordenada e descuidada. No entanto, tinha as ideias bem arrumadas. Tanto assim foi que acabou a carreira aos 31 anos, em 1983, apenas porque estava cansado do negócio em que o futebol se estava a tornar.

O chileno que esteve sete épocas no Sporting mas só se afirmou na última. Quem se lembra de Rodrigo Tello?

Tello somou 157 jogos e sete golos com a camisola do Sporting
Uma promessa adiada que só não foi eterna porque na última temporada finalmente conseguiu afirmar-se no Sporting. E o que aconteceu depois? Terminou contrato, recusou renovar e transferiu-se a custo zero para o Besiktas.
 
Mas recuemos até ao início da carreira de Rodrigo Tello, cuja qualidade do pé esquerdo o levou à seleção principal do Chile em março de 2000, quando tinha apenas 20 anos e ainda jogava na Universidad de Chile. Nesse ano ajudou a seleção olímpica chilena a ganhar a medalha de bronze nos Jogos de Sydney.
 
Rotulado de uma mistura de Salas com Recoba, até porque na altura jogava em posições de ataque, transferiu-se para o Sporting em janeiro de 2001 por uma verba a rondar os sete milhões de euros, tornando-se no reforço mais caro de sempre dos leões, estatuto que deteve até ao verão de 2017.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

O uruguaio que foi semifinalista do Mundial e desilusão em Setúbal na mesma época. Quem se lembra de Álvaro Fernández?

Álvaro Fernández não foi além de 10 jogos pelo Vitória de Setúbal
Álvaro Fernández esteve muito ativo na caminhada do Uruguai rumo às meias-finais do Mundial 2010. Em primeiro lugar, participou em seis encontros na fase de qualificação. Depois, não foi propriamente passear à África do Sul: foi suplente utilizado nas vitórias sobre África do Sul e México na fase de grupos e sobre a Coreia do Sul nos oitavos de final e titular no duelo com o Gana nos quartos de final.
 
Ou seja, estamos a falar de um jogador que foi titular num encontro decisivo do Mundial, no qual o selecionador Óscar Tabárez deixou no banco futebolistas como Martín Cáceres (então na Juventus), Walter Gargano (Nápoles), Nicolás Lodeiro (Ajax), Álvaro Pereira (FC Porto) ou Diego Godín (Villarreal). Algo ao alcance de muito poucos.

O goleador do Tirsense que ainda deu um ar de sua graça no Benfica. Quem se lembra de Marcelo?

Marcelo deu o salto para o Benfica após brilhar no Tirsense
O melhor marcador de sempre do Tirsense na I Divisão, com 17 golos, e uma das figuras da boa equipa que o emblema de Santo Tirso tinha na década de 1990. Um avançado nascido em Niterói, no Brasil, mas desde tenra idade radicado em Portugal, o que levou até que o seu nome fosse falado para a seleção portuguesa, o que só não aconteceu porque António Oliveira não queria ter na equipa das quinas jogadores nascidos em terras de Vera Cruz.
 
Filho de pais portugueses, veio viver para o nosso país aos 12 anos e fez grande parte da formação no Beira-Mar, de onde se mudou para a Académica ainda júnior. Porém, sempre sentiu dificuldades para se afirmar na equipa principal dos estudantes.
 
Só quando se transferiu para o Feirense, em 1991-92, é que começou a mostrar veia goleadora nas ligas profissionais, tendo nessa época apontado 12 golos na II Liga.
 
Seguiu-se o salto para o Gil Vicente, então na I Divisão, mas Marcelo também não conseguiu afirmar-se. Um mal que veio por bem, pois no verão de 1993 rumou ao clube que lhe mudou a carreira, o Tirsense.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O benfiquista que agrediu Artur Jorge e virou “Coração de Leão”. Quem se lembra de Sá Pinto?

Sá Pinto somou 50 golos em 228 jogos ao serviço do Sporting
Avançado muito móvel, aguerrido e com qualidade técnica e capacidade para desempenhar várias funções no ataque, nasceu no Porto, jogou ténis federado e fez parte da formação no FC Porto, tendo passado para o Salgueiros no primeiro ano de juvenil.
 
Foi no emblema de Vidal Pinheiro que se estreou como futebolista sénior, tendo sido uma das revelações da I Divisão em 1992-93. O primeiro de seis golos que apontou nessa época foi o tento de honra do Salgueiros numa goleada sofrida às mãos do FC Porto nas Antas (1-4), a 20 de setembro de 1992, mas o mais importante aconteceu a 31 de janeiro de 1993, quando marcou o golo solitário do conjunto de Paranhos numa vitória sobre o Sporting em Alvalade (1-0). Pelo meio, tornou-se internacional sub-21 em outubro de 1992.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O especialista em livres que despontou no Vitória SC e foi campeão pelo Sporting. Quem se lembra de Quim Berto?

Quim Berto venceu um campeonato e uma Supertaça pelo Sporting
Defesa lateral de baixa estatura (1,68 m), exímio executante de livres, com capacidade ofensiva e uma polivalência que lhe permitia jogar tanto à direita como à esquerda, nasceu em Guimarães e fez toda a formação no Vitória Sport Clube, mas quando transitou de júnior para sénior teve de procurar a sorte noutras paragens.
 
Depois de duas boas épocas no Benfica Castelo Branco, recebeu o bilhete de volta ao Estádio Dom Afonso Henriques no verão de 1992, iniciando aí um bom trajeto de cinco temporadas como habitual titular dos vimaranenses. Nesse período amealhou 147 jogos e 10 golos ao serviço do emblema minhoto, ajudando o clube então presidido por Pimenta Machado a proezas como a eliminação da Real Sociedad na Taça UEFA em 1992-93 e do Parma na mesma competição em 1996-97 e a obtenção do quarto lugar no campeonato em 1994-95.

O marcador improvável numa goleada do Benfica em Alvalade. Quem se lembra de Sousa?

José Sousa disputou 45 jogos pelo Benfica e 78 pelo Belenenses
José Sousa apenas marcou seis golos em quase uma década e meia de carreira, mas um deles ajudou a decidir um Sporting-Benfica. A 21 de fevereiro de 1998, desmarcou-se pelo corredor direito e aproveitou um grande passe a rasgar de Brian Deane para se isolar e bater Tiago. Na altura, fez o 2-0 numa goleada por 4-1 das águias em Alvalade. É, ainda hoje, considerado um dos marcadores mais improváveis na história dos dérbis.
 
Curiosamente, até é sobrinho de um antigo jogador do Sporting (e do FC Porto), o antigo médio internacional português António Sousa. Nasceu e cresceu em São João da Madeira e, tal como o tio e o primo Ricardo, começou a jogar futebol na Sanjoanense, embora o seu sonho fosse ser economista.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Do bis de Lato ao “anda bater, tu bates bem!”. Recorde todos os jogos oficiais entre Portugal e Polónia

Paulo Futre diante da Polónia na fase de grupos do Mundial 1986
O histórico de confrontos oficiais entre Portugal e Polónia tem sido pautado pelo equilíbrio: quatro vitórias lusas, três triunfos polacos e quatro empates.
 
Se incluirmos também as partidas de caráter amigável, há mais uma vitória para a equipa das quinas (em setembro de 1981) e uma igualdade (em fevereiro de 2012).
 
O primeiro duelo (tanto em termos absolutos como a nível oficial) entre as duas seleções remonta a 16 de outubro de 1976, no âmbito da fase de qualificação para o Mundial 1978. O último foi em novembro de 2018, a contar para a fase de grupos da Liga das Nações.
 
Vale por isso a pena recordar os 11 jogos oficiais entre Portugal e Polónia.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Portugal e Polónia

Fernando Couto em disputa de bola com polaco Olisadebe
O Mundial 2002 foi o meu primeiro. E logo um Mundial marcado pelo regresso de Portugal, que participava pela terceira vez, depois do 3.º lugar de 1966 e do insucesso de 1986. Com Luís Figo e Rui Costa em alta e jogadores como Vítor Baía, Fernando Couto, Rui Costa, João Vieira Pinto ou Pauleta em bom plano, havia quem se atrevesse a sonhar com o título.
 
Recordo-me vagamente de se ter considerado acessível o grupo da equipa das quinas, que tinha ainda Estados Unidos, Polónia e a coanfitriã Coreia do Sul. Lembro-me até de se ter falado que os polacos seriam o osso mais duro de roer, talvez pela experiência negativa de 1986, por se tratar de uma seleção europeia ou por contar, entre outros, com o guarda-redes do Liverpool, Jerzy Dudek.
 
A verdade é que essa previsão saiu ao contrário. Portugal perdeu com os Estados Unidos na estreia e com a Coreia do Sul a fechar a fase de grupos e, pelo meio, goleou a Polónia.

Neeskens, o outro grande Johan da laranja mecânica da década de 1970

Neeskens esteve nos Mundiais de 1974 e 1978 e no Euro 1976
O antigo médio Johan Neeskens, uma das grandes figuras do futebol neerlandês na década de 1970, morreu esta segunda-feira, aos 73 anos, informou a federação de futebol dos Países Baixos (KNVB).
 
"Com Johan Neeskens, o mundo do futebol neerlandês e internacional perdeu uma lenda", lê-se num comunicado da KNVB, relembrando Neeskens, que fez parte da equipa do Ajax que conquistou três Taças dos Campeões Europeus consecutivas.
 
O médio foi também crucial na seleção dos Países Baixos que brilhou nos Mundiais de 1974 e 1978, que tornou célebre o futebol total de Rinus Michel e que foi derrotada na final de ambos os torneios, pela Alemanha e pela Argentina, respetivamente.

O avançado cedido pelo Real Madrid que queria ser campeão pelo Vitória SC. Quem se lembra de Edwin Congo?

Congo apontou cinco golos em 12 jogos pelo Vitória de Guimarães
Imaginem se acontecesse hoje: um avançado internacional colombiano com mais de uma dezena de internacionalizações, na flor da idade (23, 24 anos) e dos quadros do Real Madrid ser emprestado ao Vitória de Guimarães. O hype teria de ser grande. E no verão de 2000 também o foi.
 
Após ter despontado no campeonato do seu país ao serviço do Once Caldas, Edwin Congo foi contratado por 4,8 milhões de euros – um valor que aos dias de hoje talvez correspondesse a duas ou três vezes mais – pelo Real Madrid em julho de 1999, depois de ter bons desempenhos na Copa América desse ano.

PPV Review - WWE Bad Blood 2024

 
Data: 5 de outubro de 2024
Arena: State Farm Arena
Localidade: Atlanta, Georgia
 

O belga que desiludiu em Guimarães mas levou o Marselha à glória. Quem se lembra de Raymond Goethals?

Raymond Goethals orientou o Vitória de Guimarães em 1984-85
Treinador de renome internacional, viveu o ponto alto da carreira em 1992-93, quando levou o Marselha à conquista da Liga dos Campeões, dois anos depois de ter sido derrotado na final da prova pelo Estrela Vermelha de Belgrado. Esse feito ficou ensombrado pelo escândalo de corrupção que assolou o clube do sul de França, mas não retira mérito ao que Raymond Goethals e seus homens alcançaram dentro de campo.
 
Era conhecido no mundo do futebol como "le Sorcier" (o Mago), "Raymond-la-science" ou "le magicien" (o Mágico), guiou a seleção belga ao Mundial 1970 e ao Euro 1972 e conquistou troféus importantes durante a sua primeira passagem pelo Anderlecht, como a Taça das Taças em 1977-78 e a Supertaça Europeia em 1976 e 1978, tendo ainda sido finalista vencido da Taça das Taças em 1976-77.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Um jogador como Haaland não pode vencer a Bola de Ouro

Haaland leva 101 golos em 107 jogos pelo Manchester City
A crítica não é fácil de fazer. Afinal, estamos a falar de um jogador que esta época leva onze golos em nove jogos a competir na melhor liga do mundo e na Liga dos Campeões e que nas últimas temporadas tem apresentado uma média a roçar um golo por jogo. Mas cá vai disto.
 
Os golos de Erling Haaland teimam em aparecer nos resumos. É raro o jogo do Manchester City em que tal não acontece. Sejam uma finalização gélida, um golo de cabeça ou um gesto técnico que exige grande capacidade atlética. O problema é o que não aparece nos resumos.

A filial nº 1 do Atlético fundada em Boa Hora. Eis o Arrentela

Arrentela foi fundado a 4 de outubro de 1925
A ideia nasceu quando uns jovens arrentelenses organizaram em Almada um torneio de futebol, cuja receita reverteu a favor da Filarmónica, que naquela altura era a única coletividade em Arrentela, no concelho do Seixal.
 
Como recompensa ao gesto do grupo de jovens, a Filarmónica cedeu-lhes uma dependência na sua sede. O grupo organizou-se para formar um novo clube, tendo levado a cabo a primeira Assembleia Geral em maio de 1925, presidida por Mário Ramalhete, que viria a ser eleito para a primeira direção do então denominado Arrentela Foot-Ball Clube. Do corpo diretivo também constavam os nomes de Francisco Neves, José de Matos Figueiredo e João Rego, assim como do capitão geral Joaquim Barreto Couceiro, que foi convidado a elaborar os estatutos.

O defesa brasileiro que ganhou uma Taça pelo Beira-Mar e outra pelo Benfica. Quem se lembra de Cristiano?

Cristiano disputou 165 jogos pelo Beira-Mar e 31 pelo Benfica
Jogador com boa envergadura física (1,85 m), capaz de atuar no centro e no lado esquerdo da defesa e com qualidade na execução de livres diretos, reforçou o Beira-Mar no verão de 1998, proveniente do Grêmio de Porto Alegre. Pelo histórico emblema brasileiro havia conquistado uma Taça do Brasil (1997) e jogado ao lado de craques como Chiqui Arce, Roger Machado, Dinho, Emerson e Mário Jardel.
 
Em Aveiro depressa ganhou a confiança do treinador António Sousa. Atuou em 16 encontros na época de estreia, todos como titular. Esteve no banco no triunfo dos aurinegros sobre o Campomaiorense na final da Taça de Portugal, mas contribuiu para a caminhada até ao Jamor, tendo apontado um dos golos na vitória sobre a União de Leiria nos oitavos de final. Porém, essa temporada foi agridoce, uma vez que os aveirenses foram despromovidos à II Liga.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

O marroquino formado no Ajax de que Quinito não abdicava. Quem se lembra de Aziz?

Aziz jogou por Sp. Espinho e Vitória de Setúbal na I Divisão
Médio ofensivo marroquino nascido em Casablanca, mas radicado nos Países Baixos desde tenra idade, jogou nas camadas jovens do Ajax ao lado de Marco van Basten, John van’t Schip ou Stanley Menzo, mas não ficou no emblema de Amesterdão quando transitou para sénior e foi obrigado a procurar a sorte noutras paragens.
 
O clube que o recebeu foi o Zwolle, que em 1984-85 fez de Aziz Doufikar o primeiro marroquino a jogar futebol profissional nos Países Baixos.
 
No verão de 1987 rumou ao futebol português para reforçar o Sp. Espinho, então orientado por Quinito, tendo contribuído para um honroso 8.º lugar na I Divisão em 1987-88. Na época seguinte não evitou a despromoção ao segundo escalão, mas deu nas vistas com nove golos entre campeonato e Taça de Portugal.

O defesa que era pau para toda a obra no Benfica. Quem se lembra de Ricardo Rocha?

Ricardo Rocha disputou 163 jogos pelo Benfica entre 2002 e 2007
Foi no centro da defesa, ao lado de Luisão, que se sagrou campeão nacional em 2004-05. Foi à direita que, por exemplo, anulou Ronaldinho no Estádio da Luz nos quartos de final da Liga dos Campeões em março de 2006. E foi maioritariamente à esquerda que jogou durante grande parte da passagem de Jose Antonio Camacho pelo comando técnico do Benfica, quando ainda não havia Fyssas.
 
Talvez hoje o recordemos como um defesa central, mas a verdade é que Ricardo Rocha foi um pau para toda a obra no eixo defensivo durante os quatro anos e meio que passou de águia ao peito. Por um lado, foi essa polivalência e disponibilidade que lhe permitiram, nesta ou naquela posição, amealhar uns muito respeitáveis 163 jogos pelo Benfica. Por outro, a não fixação na sua posição natural, de central, poderá ter-lhe custado caro em termos de seleção nacional. Afinal, não foi além de seis internacionalizações entre 2002 e 2006, pouco para alguém que era titular de um dos três crónicos candidatos ao título e que vestiu as camisolas de Tottenham e Portsmouth na Premier League.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre FC Porto e Manchester United

Nuno Valente em disputa de bola com Cristiano Ronaldo
Ainda não era nascido quando FC Porto e Manchester United se defrontaram na 2.ª eliminatória da Taça das Taças em 1977-78 e ainda não ligava a futebol aquando do duplo confronto entre as duas equipas nos quartos de final da Liga dos Campeões em 1996-97. Mas lembro-me bem dos dois jogos entre dragões e red devils nos oitavos de final da Champions em 2003-04. Ainda assim, é uma memória antiga o suficiente para remontar aos tempos em que em Portugal o clube inglês era simplesmente chamado de Manchester – ignorando a existência de um emblema, na altura de muito menor importância, na mesma cidade.
 
Embora o nome Manchester United impusesse sempre algum respeito, lembro-me de, na altura, não considerar a eliminatória uma missão impossível para o conjunto então orientado por José Mourinho.
 
Em primeiro lugar, porque esse United estava uns furos abaixo não só dos concorrentes diretos em Inglaterra, Arsenal e Chelsea, como das equipas de topo da Europa, nomeadamente Real Madrid e AC Milan. Era um United que tinha Tim Howard, Phil Neville, Wes Brown, Nicky Butt, Quinton Fortune, Louis Saha, John O’Shea, um Roy Keane a dar as últimas e um Cristiano Ronaldo que ainda era uma figura secundária na equipa.
 
Depois, o FC Porto de Mourinho tinha uma aura especial. Era uma equipa destemida, implacável com os rivais internos e que no ano anterior havia mostrado capacidade para vencer nos terrenos de Marselha ou Panathinaikos ou de golear a Lazio em casa.
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