O uruguaio que foi semifinalista do Mundial e desilusão em Setúbal na mesma época. Quem se lembra de Álvaro Fernández?
Álvaro Fernández não foi além de 10 jogos pelo Vitória de Setúbal
Álvaro Fernández esteve muito
ativo na caminhada do Uruguai
rumo às meias-finais do Mundial 2010. Em primeiro lugar, participou em seis
encontros na fase de qualificação. Depois, não foi propriamente passear à África
do Sul: foi suplente utilizado nas vitórias sobre África
do Sul e México
na fase de grupos e sobre a Coreia
do Sul nos oitavos de final e titular no duelo com o Gana
nos quartos de final.
Ou seja, estamos a falar de um
jogador que foi titular num encontro decisivo do Mundial, no qual o
selecionador Óscar Tabárez deixou no banco futebolistas como Martín Cáceres
(então na Juventus),
Walter Gargano (Nápoles),
Nicolás Lodeiro (Ajax),
Álvaro Pereira (FC
Porto) ou Diego Godín (Villarreal).
Algo ao alcance de muito poucos. Esse Campeonato do Mundo
disputou-se no final de uma temporada que Álvaro Fernández iniciou no Vitória
de Setúbal, por empréstimo do Nacional
de Montevideu. Não estamos a falar de alguém que foi semifinalista de um
Mundial e que tenha passado pelo Bonfim
alguns anos antes ou alguns anos depois, antes ou depois de a sua vida ter dado
muitas voltas. Não! Foi na mesma temporada. Porém, a passagem do médio pela
cidade do Sado foi pautada pela… descrição. Ao serviço dos sadinos,
não foi além de dez jogos na primeira metade de 2009-10, às ordens de Carlos
Azenha, Quim e Manuel
Fernandes, sendo que apenas seis foram na condição de titular.
Inadaptado, manifestou vontade deixar
Setúbal ainda em dezembro de 2009, tendo consumado a saída no mês seguinte. “Não
tenho jogado muito aqui, por isso acho que não vão colocar grandes entraves à
minha saída”, afirmou ao jornal chileno La Tercera, numa altura em que o
centrocampista era apontado como possível reforço do Universidad
de Chile, uma mudança que se veio mesmo a concretizar. Após o Mundial, para o qual
partiu após ter ajudado a Universidad
de Chile a apurar-se para as meias-finais da Taça
Libertadores, transferiu-se para os norte-americanos do Seattle
Sounders, clube pelo qual jogou ao lado de Fredy Montero. Paralelamente, desapareceu
das escolhas de Tabárez, tendo voltado a ser utilizado pela seleção
do Uruguai apenas em outubro de 2012, numa derrota na Bolívia
que marcou a sua 12.ª e última internacionalização.
Um percurso curioso o de Álvaro
Fernández, que tem no palmarés um campeonato do Uruguai pelo Nacional
de Montevideu (2008-09), um título da MLS (2016) e duas taças dos Estados
Unidos pelo Seattle
Sounders (2010 e 2011) e uma Taça do Emir do Qatar pelo Al Rayyan (2013).
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