quarta-feira, 12 de junho de 2024

O grego que foi campeão europeu quando era jogador do Benfica. Quem se lembra de Fyssas?

Fyssas marcou ao Porto na final da Taça de 2003-04
A chegada de José Antonio Camacho no final de 2002 elevou o Benfica a um nível que já não apresentava há alguns anos, tendo conseguido um segundo lugar em 2002-03, a melhor classificação da equipa em quase meia década. Hoje um vice-campeonato é motivo de motim para os lados da Luz, mas na altura, imagine-se, era sinal de uma época bem conseguida.
 
Porém, faltava a essa equipa – onde pontificavam Simão Sabrosa, Geovanni, Nuno Gomes, Zahovic, Tiago, Luisão, Hélder ou Moreira – um lateral esquerdo que pudesse dar profundidade a esse corredor, algo que os habituais titulares nessa posição, Ricardo Rocha ou Cristiano, não eram capazes de fazer. Foi então contratado em janeiro de 2004 o grego Panagiotis Fyssas, experiente jogador de 31 anos, titular da sua seleção, que ia marcar presença no Campeonato da Europa realizado em Portugal, e com experiência de Liga dos Campeões ao serviço do Panathinaikos.
 
Titular indiscutível durante a primeira meia época de águia ao peito, Fyssas ajudou o Benfica a ultrapassar o Sporting e a conseguir o segundo lugar no campeonato, uma posição que dava acesso à terceira pré-eliminatória da Champions, e foi determinante na conquista da Taça de Portugal – o primeiro troféu da equipa principal benfiquista desde 1995-96 –, ao marcar na vitória sobre o FC Porto de José Mourinho na final. Esse foi, de resto, o único golo que apontou com a camisola encarnada. “Começámos a perder, mas senti a equipa muito focada. Quando marquei o golo, não celebrei muito porque sabia que a partir daí o jogo ia ser nosso. Só queria voltar a jogar para chegarmos à vitória. Depois da conquista desse troféu, o Benfica voltou a ser grande. Na época seguinte, fomos campeões”, recordou, nas redes sociais do Benfica, em abril de 2020.
 
 
Se no Jamor deu uma grande alegria aos benfiquistas, no Euro 2004 ajudou a Grécia a dar um grande desgosto a todos os portugueses, tendo sido utilizados nos seis jogos da seleção helénica durante o torneio, cinco deles a titular, incluindo as vitórias sobre Portugal no encontro de abertura, no Dragão, e na final, na Luz.
 
Fyssas haveria de passar mais um ano no Benfica, tendo dividido a titularidade com Manuel dos Santos em 2004-05, temporada marcada pela conquista do título nacional depois de onze anos de jejum, e de mais uma caminhada até ao Jamor, desta vez com derrota diante do Vitória de Setúbal na final.
 
No verão de 2005, depois de 41 jogos e um golo de águia ao peito durante época e meia, transferiu-se para os escoceses do Hearts.
 
Pela seleção grega somou um total de 60 internacionalizações e quatro remates certeiros.








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