O grego que foi campeão europeu quando era jogador do Benfica. Quem se lembra de Fyssas?
Fyssas marcou ao Porto na final da Taça de 2003-04
A chegada de José Antonio Camacho
no final de 2002 elevou o Benfica
a um nível que já não apresentava há alguns anos, tendo conseguido um segundo
lugar em 2002-03, a melhor classificação da equipa em quase meia década. Hoje
um vice-campeonato é motivo de motim para os lados da Luz,
mas na altura, imagine-se, era sinal de uma época bem conseguida.
Porém, faltava a essa equipa – onde
pontificavam Simão Sabrosa, Geovanni, Nuno Gomes, Zahovic,
Tiago, Luisão, Hélder
ou Moreira
– um lateral esquerdo que pudesse dar profundidade a esse corredor, algo que os
habituais titulares nessa posição, Ricardo Rocha ou Cristiano, não eram capazes
de fazer. Foi então contratado em janeiro de 2004 o grego Panagiotis Fyssas,
experiente jogador de 31 anos, titular da sua
seleção, que ia marcar presença no Campeonato da Europa realizado em
Portugal, e com experiência de Liga
dos Campeões ao serviço do Panathinaikos. Titular indiscutível durante a
primeira meia época de águia
ao peito, Fyssas ajudou o Benfica
a ultrapassar o Sporting
e a conseguir o segundo lugar no campeonato, uma posição que dava acesso à
terceira pré-eliminatória da Champions,
e foi determinante na conquista da Taça
de Portugal – o primeiro troféu da equipa principal benfiquista
desde 1995-96 –, ao marcar na vitória sobre o FC
Porto de José
Mourinho na final. Esse foi, de resto, o único golo que apontou com a
camisola encarnada.
“Começámos a perder, mas senti a equipa muito focada. Quando marquei o golo,
não celebrei muito porque sabia que a partir daí o jogo ia ser nosso. Só queria
voltar a jogar para chegarmos à vitória. Depois da conquista desse troféu, o Benfica
voltou a ser grande. Na época seguinte, fomos campeões”, recordou, nas redes
sociais do Benfica,
em abril de 2020.
Se no Jamor deu uma grande
alegria aos benfiquistas,
no Euro 2004 ajudou a Grécia
a dar um grande desgosto a todos os portugueses, tendo sido utilizados nos seis
jogos da seleção
helénica durante o torneio, cinco deles a titular, incluindo as vitórias
sobre Portugal no encontro de abertura, no Dragão,
e na final, na Luz. Fyssas haveria de passar mais um
ano no Benfica,
tendo dividido a titularidade com Manuel dos Santos em 2004-05, temporada
marcada pela conquista do título nacional depois de onze anos de jejum, e de
mais uma caminhada até ao Jamor, desta vez com derrota diante do Vitória
de Setúbal na final. No verão de 2005, depois de 41
jogos e um golo de águia
ao peito durante época e meia, transferiu-se para os escoceses do Hearts. Pela seleção
grega somou um total de 60 internacionalizações e quatro remates certeiros.
Sem comentários:
Enviar um comentário