segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Hoje faz anos o colombiano cedido pelo Real Madrid que queria ser campeão pelo Vitória SC. Quem se lembra de Edwin Congo?

Congo apontou cinco golos em 12 jogos pelo Vitória de Guimarães
Imaginem se acontecesse hoje: um avançado internacional colombiano com mais de uma dezena de internacionalizações, na flor da idade (23, 24 anos) e dos quadros do Real Madrid ser emprestado ao Vitória de Guimarães. O hype teria de ser grande. E no verão de 2000 também o foi.
 
Após ter despontado no campeonato do seu país ao serviço do Once Caldas, Edwin Congo foi contratado por 4,8 milhões de euros – um valor que aos dias de hoje talvez correspondesse a duas ou três vezes mais – pelo Real Madrid em julho de 1999, depois de ter bons desempenhos na Copa América desse ano.
 
Perante a concorrência de goleadores como o mítico Raúl e Fernando Morientes, Edwin Congo foi sendo sucessivamente dispensado pelos treinadores que passaram pelo banco merengue. Primeiro por John Toshack, conduzindo o avançado a um empréstimo ao Valladolid, e depois por Vicente del Bosque, o que o levou o colombiano a procurar ganhar rodagem no futebol europeu ao serviço do Vitória de Guimarães de Paulo Autuori em 2000-01.
 
 
À chegada ao Minho, elevou muitíssimo a fasquia. “O Vitória não é uma equipa com as ilusões iguais ou similares às do Real Madrid, mas é uma equipa que joga bem e tem muitos bons jogadores. Neste clube podem-se fazer coisas grandes. Quero trabalhar e jogar bem, suando a camisola. O Vitória joga em conjunto e sabe tocar bem a bola. (…) Quero ajudar o Vitória a ser campeão”, afirmou na altura.
 
A verdade é que Congo não esteve assim tão mal na Cidade-Berço: 12 jogos, cinco golos. Faturou diante de Desportivo das Aves, Beira-Mar e Estrela da Amadora (dois) na I Liga e frente ao vizinho Moreirense na Taça de Portugal.
 
O Vitória é que esteve péssimo, tendo apenas garantido a permanência na última jornada.
 
 
Em janeiro de 2001, o avançado sul-americano voltou ao Real Madrid, que por sua vez o emprestou ao Toulouse.
 
Apesar de ter sido uma estrela no Championship Manager 2001-02, nunca chegou a jogar oficialmente pelos blancos, embora tivesse estado inscrito na Liga dos Campeões e festejado com a bandeira colombiana no relvado após a conquista da Champions em 2002. “Eu nunca me senti triste no Real Madrid, porque nunca perdi a esperança. Treinava muito e esforçava para estar ali. Cresci muito como jogador, graças ao Zidane, Roberto Carlos e Figo. O Vicente del Bosque foi sempre fantástico comigo e adorei esses tempos. O Roberto Carlos era um grande anfitrião na casa dele, diverti-me muito. Hoje em dia vivo uma vida anónima, poucos sabem que eu sou! É excelente viver como uma pessoa normal!”, comentou.
 
Ainda assim, já foi convidado para jogar pela equipa de lendas do Real Madrid, tendo faturado num jogo contra antigas glórias do Liverpool em março de 2017.
 
 
Em maio de 2020, Edwin Congo voltou a ser notícia, mas pelas piores razões, uma vez que foi detido em Espanha numa operação antidroga, por alegado envolvimento numa rede de tráfico de cocaína. Porém, foi rapidamente libertado e reclamou inocência.



 

 




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