segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Hoje faz anos o marfinense do Sporting que Queiroz julgava ser o novo Eusébio. Quem se lembra de Ouattara?

Ouattara jogou de leão ao peito em 1995-96 e 1996-97
Ponta de lança muito poderoso fisicamente, mas com algumas limitações técnicas, foi contratado pelo Sporting no verão de 1995 por indicação de Carlos Queiroz, que acreditava o costa-marfinense “podia ser o novo Eusébio”, mas não foi além de seis golos em 27 jogos de leão ao peito em cerca de ano e meio.
 
Ahmed Ouattara, nascido a 15 de dezembro de 1969 em Abidjan, capital da Costa do Marfim, começou por se notabilizar ao serviço do Africa Sports, clube pelo qual se sagrou campeão nacional em 1989 e venceu a taça em 1989 e 1993, a Taça das Taças Africana em 1992 e a Supertaça Africana em 1992. Em 1993 foi ainda o melhor marcador do campeonato nacional, com 13 golos.
 
Em termos de seleção nacional A, estreou-se numa derrota na Argélia em agosto de 1989, somando aí a primeira de mais de duas dezenas de internacionalizações até 1999, tendo marcado presença nas edições de 1994 e 1998 da Taça das Nações Africanas.
 
Em 1994-95 entrou no futebol europeu pela porta do Sion e terminou a época em grande, ao bisar na vitória por 4-2 sobre o Grasshoppers que valeu a conquista da Taça da Suíça.
 
 
Impressionado, o treinador leonino Carlos Queiroz indicou a sua contratação ao presidente Pedro Santana Lopes, que o apresentou como reforço ao lado de outro ex-Sion, o médio Roberto Assis, irmão mais velho de Ronaldinho Gaúcho. “O Ahmed Ouattara foi um dos jogadores pedidos pelo Carlos Queiroz. Ele dizia-me que podia ser o novo Eusébio, mas nunca foi”, recordou o antigo primeiro-ministro no podcast Maluco Beleza em agosto de 2019.
 
Embora tivesse direito a cântico personalizado por parte dos adeptos – “Ú-Á-Ouattara” – e conseguido marcar dois golos ao FC Porto, nunca se conseguiu impor perante a concorrência de avançados como Iordanov, Sá Pinto ou Paulo Alves. Em ano e meio de verde e branco, atuou em 27 jogos (14 a titular) e apontou seis golos. Venceu a Supertaça referente ao ano 1995, mas não esteve na vitória diante dos dragões na finalíssima disputada em Paris.
 
Queiroz foi como um pai para mim quando estive no Sporting. (…) Amo muito Portugal, passei dois anos em Lisboa e fui muito feliz com a minha família. Adorei a cidade e as pessoas. Lembro-me perfeitamente da música que cantavam para mim: Ú-Á-Ouattara! Adorava ouvir aquilo. É uma grande recordação, que fica para toda a vida”, resumiu, em declarações ao Maisfutebol, em dezembro de 2009.
 
 
Dispensado quando Octávio Machado sucedeu a Queiroz no comando técnico, regressou ao Sion para conquistar a dobradinha em 1996-97.
 
Seguiram-se passagens pelos também helvéticos do Basileia, pelos espanhóis do Extremadura e pelo Al Shabab dos Emirados Árabes Unidos antes de voltar a Portugal na temporada 2000-01 para vestir a camisola do Salgueiros, tendo apontado um golo em nove jogos.
 
 
Depois voltou à Costa do Marfim para defender as cores do ASEC Mimosas, clube pelo qual venceu o título nacional em 2002, ano em que encerrou a carreira, aos 33 anos.
 
Após pendurar as botas assumiu as funções de secretário-técnico da seleção da Costa do Marfim.








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