Na realidade paralela do Championship
Manager, foi um dos melhores do mundo. Na vida real, ainda chegou a
internacional A da Bielorrússia, mas manteve-se sempre longe do patamar que
atingiu virtualmente.
Avançado nascido em Minsk a 27 de
maio de 1983, tornou-se conhecido devido à edição de 2001-02 do videojogo, no
qual era um dos jogadores com mais potencial, um desconhecido e barato atacante
supervalorizado no simulador, com pontuações muito elevadas em variados atributos
como aceleração, criatividade ou finalização. Na vida real, destacou-se ao
serviço do Dínamo Minsk entre 2001 e 2005, tendo somado 28 golos em 65 jogos e
conquistado uma taça (2003) e um campeonato (2004) da Bielorrússia durante esse
período.
Paralelamente, somou duas
internacionalizações – e um golo, ao Usbequistão – pela seleção principal do
seu país, ambas em abril de 2003 e ao lado do irmão Yury, e marcou presença no
Campeonato da Europa de sub-21 em 2004.
Logo após esse Europeu esteve à
experiência no Marítimo
então orientado por Manuel
Cajuda, mas não ficou no plantel dos insulares,
após ter sofrido uma lesão ligamentar num joelho sofrida logo no primeiro
treino nos madeirenses.
“Fui lá para fazer um teste e tinha um contrato preparado para assinar. No
primeiro treino, lesionei-me num joelho e tive de regressar a Minsk”, contou,
mais tarde, numa entrevista. Depois de passagens discretas pelos
bielorrussos do Naftan e do Savit Mogilev, pelos cazaques do Kaysar e pelos
arménios do Banants Yerevan, decidiu pendurar as botas em 2010, aos 26 anos, por
nunca ter recuperado totalmente do problema físico sofrido no Marítimo:
“Foi uma lesão horrível que me destruiu. Tentei aguentar, mas a dor era
demasiada e deixei de jogar aos 26 anos. As lesões nem foram muitas, uma foi mais
que suficiente.” Tsigalko chegou a afirmar que a
popularidade que obteve através do simulador virtual pesou na dificuldade em
desenvolver o próprio potencial na vida real.
Após retirar-se tentou continuar ligado
ao futebol, mas não teve sucesso. Chegou a trabalhar na construção civil para
sustentar a família, mas mesmo essa atividade foi exercida de forma limitada
devido à lesão no joelho. “Fui para as obras para dar uma vida à minha mulher e
às minhas duas filhas. Ganhava cinco dólares por dia e fui sendo aumentado até
chegar a 20. As condições eram terríveis. Andava exausto e a minha saúde era
cada vez pior”, chegou a confidenciar numa entrevista. Veio a morrer ainda muito jovem, aos
37 anos, a 25 de dezembro de 2020, depois de vários anos remetido ao silêncio e
à discrição. As causas da morte nunca foram reveladas.
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