sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

A primeira aposta de Mourinho no Benfica virou economista e comentador. Quem se lembra de Diogo Luís?

Diogo Luís disputou 28 jogos pela equipa principal do Benfica
Foi a primeira aposta de José Mourinho como treinador principal. Quando chegou ao Benfica, o técnico encontrou um grupo amorfo de jogadores e quis agitar ás águas com a chamada de três jogadores da equipa B: Geraldo, Nuno Abreu e Diogo Luís. O trio ficou conhecido por “Irmãos Metralha”, mas no caso do último, um promissor lateral esquerdo algo franzino e sem o mesmo nível de combatividade dos dois primeiros, levou com o rótulo por tabela.
 
Nascido a 10 de agosto de 1980 em Lisboa, com quase toda a formação feita de águia ao peito e mais de uma dezena de internacionalizações pelas seleções jovens, vinha de mais de um ano a jogar com regularidade nos bês encarnados quando Mourinho o decidiu lançar.
 
A estreia esteve para ser diante dos suecos do Halmstads para a Taça UEFA, a 28 de setembro de 2000, mas algo falhou. “Fui treinar de manhã com a equipa B e daí segui para a faculdade sem me dizerem nada. O José Mourinho ligou-me para me chamar para o treino da equipa principal, porque queria colocar-me como titular. Só que eu fiquei sem bateria no telemóvel. Só mais tarde soube disso”, contou ao Maisfutebol em junho de 2013.
 
Quando soube, foi a correr para o Estádio da Luz, mas “foi demasiado tarde”. “Quando cheguei, o treino tinha acabado. Encaminharam-me para o gabinete do Mourinho, mas ele foi impecável. Disse-me que não iria jogar frente ao Halmstads, mas seria titular logo no jogo seguinte. E assim foi”, prosseguiu.
 
Tal como prometido, Diogo Luís apareceu no onze do Benfica no jogo seguinte, uma receção ao Sp. Braga (2-2). Foi o primeiro de 25 encontros pela equipa principal nessa temporada, 23 dos quais na condição de titular, tendo mantido o estatuto apesar da chegada de Toni para o comando técnico em dezembro e de Manuel Vilarinho ter chegado a acenar com a eventual contratação do argentino Juan Pablo Sorín. Meses de sonho a nível individual, mas de pesadelo coletivamente, uma vez que os encarnados obtiveram a pior classificação da sua história, o sexto lugar.
 
Ainda começou a época seguinte, tendo atuado em três das primeiras quatro jornadas da I Liga, mas depois sofreu uma lesão e passou para a sombra de Marco Caneira, Cabral e Emanuele Pesaresi, tendo sido cedido ao Alverca a meio da época, não conseguindo impedir a despromoção dos ribatejanos à II Liga.
 
Sem largar o curso de Economia na Universidade Nova de Lisboa, que concluiu em 2006, passou ainda por Beira-Mar, Naval, Estoril e Leixões e pelos cipriotas do Apollon Limassol antes de decidir encerrar a carreira em 2009, aos 28 anos.  “Tive uma carreira boa, bons momentos, mas claro que podia ter ido mais longe. Se calhar, foi por demérito meu. Mas joguei no Benfica, depois no Alverca que tinha na altura um bom projeto, o Beira-Mar que tinha outra alma antes de mudar de estádio, a Naval que é um clube mais familiar, o Estoril e o Leixões, com adeptos muito exigentes. (…) Terminei cedo, ainda com 28 anos. Tinha convites da II Liga, mas achei que era a altura certa para investir na nova carreira. Aos 33, 34 anos já seria olhado de forma diferente neste meio”, contou, em jeito de balanço.
 
Depois seguiu a carreira de economista. Desde 2010 que vai trabalhando como consultor financeiro em bancos ou sociedades gestoras de patrimónios. No que concerne ao futebol, chegou a tirar o curso de treinador, mas é como comentador televisivo que vai estando ligado ao desporto-rei – começou n’A Bola TV em setembro de 2014, mas desde novembro de 2021 que está vinculado à CNN Portugal



 




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