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| Diogo Luís disputou 28 jogos pela equipa principal do Benfica |
Foi a primeira aposta de
José Mourinho
como treinador principal. Quando chegou ao
Benfica,
o técnico encontrou um grupo amorfo de jogadores e quis agitar ás águas com a
chamada de três jogadores da equipa B:
Geraldo,
Nuno Abreu e Diogo Luís. O trio ficou conhecido por “
Irmãos Metralha”, mas no
caso do último, um promissor lateral esquerdo algo franzino e sem o mesmo nível
de combatividade dos dois primeiros, levou com o rótulo por tabela.
Nascido a 10 de agosto de 1980 em
Lisboa, com quase toda a formação feita de águia ao peito e mais de uma dezena
de internacionalizações pelas seleções jovens, vinha de mais de um ano a jogar
com regularidade nos bês
encarnados
quando
Mourinho
o decidiu lançar.
A estreia esteve para ser diante
dos suecos do
Halmstads para a
Taça
UEFA, a 28 de setembro de 2000, mas algo falhou. “Fui treinar de manhã com
a equipa B e daí segui para a faculdade sem me dizerem nada. O
José
Mourinho ligou-me para me chamar para o treino da equipa principal, porque
queria colocar-me como titular. Só que eu fiquei sem bateria no telemóvel. Só
mais tarde soube disso”, contou ao
Maisfutebol
em junho de 2013.
Quando soube, foi a correr para o
Estádio
da Luz, mas “foi demasiado tarde”. “Quando cheguei, o treino tinha acabado.
Encaminharam-me para o gabinete do
Mourinho,
mas ele foi impecável. Disse-me que não iria jogar frente ao Halmstads, mas
seria titular logo no jogo seguinte. E assim foi”, prosseguiu.
Tal como prometido, Diogo Luís
apareceu no onze do
Benfica
no jogo seguinte,
uma
receção ao Sp. Braga (2-2). Foi o primeiro de 25 encontros pela equipa
principal nessa temporada, 23 dos quais na condição de titular, tendo mantido o
estatuto apesar da chegada de
Toni
para o comando técnico em dezembro e de
Manuel Vilarinho ter chegado a acenar
com a eventual contratação do argentino
Juan Pablo Sorín. Meses de sonho a
nível individual, mas de pesadelo coletivamente, uma vez que os
encarnados
obtiveram a pior classificação da sua história, o sexto lugar.
Ainda começou a época seguinte,
tendo atuado em três das primeiras quatro jornadas da
I
Liga, mas depois sofreu uma lesão e passou para a sombra de
Marco Caneira,
Cabral
e
Emanuele Pesaresi, tendo sido cedido ao
Alverca
a meio da época, não conseguindo impedir a despromoção dos
ribatejanos
à
II
Liga.
Sem largar o curso de Economia na
Universidade Nova de Lisboa, que concluiu em 2006, passou ainda por
Beira-Mar,
Naval,
Estoril
e
Leixões
e pelos cipriotas do
Apollon Limassol antes de decidir encerrar a carreira em
2009, aos 28 anos. “Tive uma carreira
boa, bons momentos, mas claro que podia ter ido mais longe. Se calhar, foi por
demérito meu. Mas joguei no
Benfica,
depois no
Alverca
que tinha na altura um bom projeto, o
Beira-Mar
que tinha outra alma antes de mudar de estádio, a Naval que é um clube mais
familiar, o
Estoril
e o
Leixões,
com adeptos muito exigentes. (…) Terminei cedo, ainda com 28 anos. Tinha
convites da
II
Liga, mas achei que era a altura certa para investir na nova carreira. Aos
33, 34 anos já seria olhado de forma diferente neste meio”, contou, em jeito de
balanço.
Depois seguiu a carreira de
economista. Desde 2010 que vai trabalhando como consultor financeiro em bancos
ou sociedades gestoras de patrimónios. No que concerne ao futebol, chegou a
tirar o curso de treinador, mas é como comentador televisivo que vai estando
ligado ao desporto-rei – começou n’
A Bola TV em setembro de 2014, mas
desde novembro de 2021 que está vinculado à
CNN Portugal.
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