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| Bernardo Silva está na segunda época ao serviço do Man. City |
Bernardo
Silva está a ser um dos protagonistas do Manchester City esta temporada e tem-lo
sido cada vez menos a partir da ala e cada vez mais no meio. Descaído para a
direita como um dos médios interiores do 4x3x3 de Pep
Guardiola, o internacional
português está a jogar numa posição ligeiramente mais recuada e central do
que outrora, aparecendo quase sempre de frente para o jogo – leia-se de frente
para a bola, para a baliza adversária e para grande parte dos companheiros.
Em pleno coração do tiki-taka dos citizens, é raro o ataque que não passe pelos seus pés. Agora, o antigo
craque do Mónaco e da formação do Benfica tem mais bola e é obrigado a
pensar (ainda) melhor e mais rápido, aproveitando a fase de menor fulgor de
Kevin De Bruyne para pegar de estaca no onze do campeão inglês.
Dotado de um talento que se
expressa pelos pés, mas que está sobretudo na cabeça, Bernardo
não só é um dos primeiros pensadores de jogo do Manchester City ainda no
meio-campo defensivo como procura fazer assistências com e sem bola nos últimos
trinta metros. Assistências sem bola porque a forma como se cola aos centrais
defesas contrários, atraindo-os com o objetivo de arrastá-los com o objetivo de
os tirar da posição, abre autênticas autoestradas que são aproveitadas por
companheiros como Sané, Sterling e Aguero (ou Gabriel Jesus) para chegar ao
golo. O dom que tem manifesta-se com bola, mas também consegue ser decisivo sem
a ter.
É difícil de imaginá-lo com um
papel semelhante na seleção devido às diferenças de contexto, tanto pela filosofia
de jogo como pela valia e características dos escolhidos por Fernando Santos e
pela necessidade que há de ter a equipa equilibrada para incluir Cristiano
Ronaldo. Seja como for, o médio
de 24 anos está destinado a ser a grande figura do futebol português nos
primeiros anos pós-CR7.
Por enquanto, é uma espécie de príncipe
que, a continuar a este ritmo e se beneficiar de uma campanha de destaque na
Liga dos Campeões, terá tudo para aparecer na linha da frente de grandes
futebolistas a nível mundial.
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