segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Onze ideal de jogadores que jogaram por Barreirense e Moitense

Barreirense e Moitense defrontam-se este domingo
Dois clubes de concelhos vizinhos, Barreirense e Moitense têm historiais bem diferentes, uma vez que os do Barreiro contabilizam mais de duas dezenas de participações na I Divisão, enquanto os da Moita estiveram apenas seis anos nos campeonatos nacionais (1959-60, 1971-72 e entre 1981-82 e 1984-85), tendo conquistado o principal campeonato do seu distrito por duas ocasiões (1970-71 e 1980-81).
 
No entanto, foram dezenas e dezenas os jogadores que representaram as equipas principais de ambos, um ponto de interseção que em muito se deve à proximidade geográfica.
 
A poucos dias de se defrontarem na Verderena na 11.ª jornada da I Distrital (domingo, às 15h), vale a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram tanto por Barreirense como por Moitense, distribuídos em campo num 4x4x2.
 

José Carlos (guarda-redes)

José Carlos
Guarda-redes natural do Barreiro e com formação dividida entre Barreirense e Galitos, quando transitou para sénior teve de procurar a sorte noutras paragens, mas tornou-se num guarda-redes talhado para equipas nos campeonatos nacionais ou para clubes com ambições de subida de divisão nos distritais.
Passou por Comércio e Indústria, Samora Correia, Futebol Benfica, Alcochetense, Cova da Piedade e Fabril antes de ingressar no Barreirense a meio da época 2010-11.
Em quatro anos e meio na Verderena, foi quase sempre o dono da baliza alvirrubra, sobretudo nos primeiros três anos e meio, tendo atuado em quase 100 jogos durante esse período e contribuído para façanhas como a conquista do título distrital da AF Setúbal em 2011-12 e 2014-15 e da Taça AF Setúbal em 2011-12 e a promoção à edição inaugural do Campeonato de Portugal em 2013. Por outro lado, em 2013-14 mostrou-se impotente para impedir a despromoção aos distritais.
No verão de 2015 mudou-se para o Quinta do Conde, mas em 2016-17 e na primeira metade da temporada que se seguiu defendeu a baliza do Moitense, tendo somado 27 jogos e 40 golos sofridos durante o ano e meio que se passou no Juncal.
Depois voltou ao Fabril.
 
 
 
 

Mário Costa (defesa central)

Mário Costa
Defesa central nascido no Barreiro, mas com raízes angolanas, dividiu a formação entre Galitos, Desportivo Portugal e Barreirense, mas quando transitou para sénior rumou ao Montijo.
No verão de 2007 ingressou na equipa principal dos alvirrubros, então na III Divisão Nacional, tendo disputado mais de 60 jogos durante essa passagem de dois anos. Se em 2007-08 marcou um golo ao rival Fabril e contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Divisão B, na época que se seguiu não conseguiu impedir a despromoção aos distritais.
Seguiram-se aventuras ao serviço de Alcochetense, Moura e Casa Pia e uma incursão no futebol angolano para jogar por Progresso Sambizanga e 1º de Agosto antes de voltar ao Barreirense, então a militar nos distritais da AF Setúbal, no verão de 2017.
Após dois golos em oito jogos na Verderena, mudou-se para o Marinhense em janeiro de 2018.
Depois de passagens por Oriental Dragon e Sesimbra, representa o Moitense desde o verão de 2021, somando já 148 jogos e 32 golos pela equipa do Juncal.
 
  
 
 

Gomes (defesa central)

Gomes
O que seria um onze ideal sem uma pequena batota? Gomes era lateral direito, mas, por uma questão de conveniência, surge aqui no eixo defensivo.
Após ter representado os juniores do Barreirense entre 1969 e 1971, subiu à equipa principal em 1971-72, tendo disputado um jogo na I Divisão, entrando numa derrota às mãos do Farense em Faro (0-1).
Mais tarde jogou também no primeiro escalão ao serviço do vizinho e rival CUF, em 1975-76.
Após passagens por 1º Maio Sarilhense e Estrela Vendas Novas, defendeu as cores do Moitense em 1980-81, temporada marcada pela conquista do título distrital da AF Setúbal.
Depois de um ano no Juventude Sarilhense, voltou à Moita em 1982-83 para competir na III Divisão Nacional.
 
 

Miguel Gomes (defesa lateral)

Miguel Gomes
Defesa lateral natural do Barreiro e capaz de jogar nos dois flancos, fez toda a formação no Galitos e quando transitou para sénior mudou-se para o Moitense, em 2008-09, numa época em que a equipa do Juncal não conseguiu impedir a despromoção à II Divisão Distrital.
Ainda assim, valorizou-se ao ponto de ter dado o salto para o Barreirense, clube ao serviço do qual se evidenciou nas seis temporadas que se seguiram – apesar de uma curta passagem pelo Pinhalnovense no início da temporada 2014-15. Durante esse período sagrou-se campeão distrital por duas vezes (2011-12 e 2014-15), subiu ao Campeonato de Portugal em 2013 e venceu por uma ocasião a Taça AF Setúbal (2011-12), tendo somado mais de 100 jogos e três golos com a camisola alvirrubra.
No verão de 2015 mudou-se para o Sesimbra e depois interrompeu a carreira, quando tinha apenas 26 anos.
Paralelamente, esteve ligado durante vários anos ao Barreirense noutras funções, as de treinador nas camadas jovens.
 
 
 

Cansado (defesa lateral)

Cansado
Defesa lateral natural do Barreiro e filho do antigo defesa central José Cansado, que jogou por Barreirense, Beira-Mar e Estoril na I Divisão, dividiu a formação entre Galitos e Barreirense, mas quando transitou a sénior teve de procurar a sorte noutras paragens, nomeadamente no 1º Maio Sarilhense.
Em 2008-09 ingressou pela primeira vez na equipa principal dos alvirrubros, tendo atuado em 23 jogos e apontado um golo numa época marcada pela despromoção aos campeonatos distritais.
Na temporada seguinte representou o Fabril, mas voltou a defender as cores do Barreirense em 2010 e 2014. Durante esse período venceu a dobradinha distrital em 2011-12 e subiu ao Campeonato de Portugal em 2013, mas despediu-se do clube com a despromoção aos distritais, ao fim de mais de 100 jogos dessa segunda passagem pelo histórico do Barreiro.
Seguiram-se aventuras ao serviço de Futebol Benfica e Alcochetense antes de representar o Moitense em 2016-17 e na segunda metade da época que se seguiu, num total de 36 encontros e um golo pela turma do Juncal. Depois voltou ao Fabril.
 
 
 

Pedro Jaime (médio centro)

Pedro Jaime
Médio formado no Moitense, a nível sénior começou por representa o Juventude Sarilhense, mas entre 1991 e 1993 teve uma primeira passagem pela equipa principal do emblema da Moita.
Seguiu-se um ano na Quimigal antes de três e meio no Barreirense, na altura a militar na II Divisão B. Entre 1994 e 1997 disputou mais de 50 jogos oficiais pelos alvirrubros e marcou três golos.
Após época e meia no Juventude de Évora e passagens por Atlético Reguengos e Pinhalnovense, voltou a representar o Moitense entre 2001 e 2004, ajudando a estabelecer a equipa no topo da tabela da I Distrital. Em 2002-03 sagrou-se vice-campeão distrital em 2001-02 e 2003-04 terminou a temporada no último degrau do pódio.
 
 

João Nuno (médio centro)

João Nuno
Médio especialista na execução de bolas paradas (incluindo cantos… diretos) natural da Moita e com toda a formação feita no Moitense, transitou para a equipa principal em 2004-05.
Seguiram-se três anos no 1º Maio Sarilhense e dois no Fabril antes de iniciar um percurso de seis épocas muito bem-sucedidas no Barreirense, entre 2010 e 2011. Ao longo desse período sagrou-se campeão distrital por duas vezes (2011-12 e 2014-15), subiu ao Campeonato de Portugal em 2013 e venceu por uma ocasião a Taça AF Setúbal (2011-12), tendo ainda somado 129 jogos e sete golos com a camisola alvirrubra.
Numa altura em que estava já a perder algum espaço na Verderena, mudou-se para o Moitense no verão de 2016, tendo amealhado 75 partidas e 18 remates certeiros até 2019, quando decidiu encerrar o percurso como futebolista, aos 33 anos.
Paralelamente começou a carreira de treinador nas camadas jovens do Barreirense. Foi subindo a pulso e presentemente dirige o Estrela da Amadora, na I Liga.
 
   
 
 

Patrick (extremo)

Patrick
Avançado móvel capaz de desempenhar várias funções no ataque, entre as quais a de extremo, nasceu em Cabo Verde, mas desde tenra idade que está radicado na margem sul do Tejo, tendo dividido a formação precisamente entre Moitense e Barreirense.
Em 2007-08 transitou para a equipa principal dos alvirrubros, quando ainda tinha idade de júnior, ajudando a equipa a atingir a fase de promoção à II Divisão B. Já na época seguinte mostrou-se impotente para impedir a despromoção aos distritais, tendo alternado muito entre a titularidade e o banco de suplentes.
Seguiram-se passagens por Palmelense, Fabril, Eléctrico, Vitória de Sernache, Académico de Viseu, Sourense e Vila Real antes de regressar ao Barreirense na temporada 2015-16, mas não foi além de cinco jogos disputados.
Após um hiato de um ano, regressou ao futebol para representar o Moitense entre 2017 e 2023, período no qual amealhou 38 golos em 99 jogos, ajudando a equipa do Juncal a sagrar-se vice-campeã distrital em 2020-21 e a atingir a terceira eliminatória da Taça de Portugal na época seguinte.
 
 
 

Russiano (extremo)

Russiano
Extremo direito natural da Moita e formado no Moitense que chegou a passar pelas camadas jovens do Sporting, ingressou na equipa principal do clube da terra em 1979-80.
Seguiram-se quatro anos no Barreirense, tendo contribuído para a promoção à II Divisão Nacional logo na época de estreia. Nas três que se seguiram competiu no segundo escalão.
Valorizado pelos bons desempenhos no Dom Manuel de Mello, deu o salto para um clube de I Divisão, o Vitória de Guimarães, tendo posteriormente também jogado no primeiro escalão ao serviço da Académica.
 
 

Djá (avançado)

Djá
Possante avançado (1,88 m) cabo-verdiano há muito radicado na margem sul do Tejo, concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior no Moitense em 2005, tendo competido na II Divisão Distrital em 2005-06.
Seguiram-se passagens por Montijo, Sesimbra, Fabril, Ferreirense e Palmelense antes de ingressar no Barreirense na época 2013-14, na qual apontou um golo em cinco jogos, todos no espaço de pouco mais de um mês, entre final de outubro e início de dezembro.
Entretanto passou por Paio Pires, O Grandolense, Palmelense, FC Setúbal, União Banheirense e Comércio e Indústria antes de voltar a vestir a camisola do Moitense em 2020-21, temporada em que se sagrou vice-campeão distrital. Depois de um hiato de um ano, regressou aos relvados e à equipa do Juncal em 2022-23, numa temporada em que faturou por oito vezes em 27 partidas.
 
 
 

Amadeu (avançado)

Amadeu
Ponta de lança cabo-verdiano, já tinha 30 anos quando chegou ao Barreirense, mas nem isso o impediu de vingar na Verderena, apresentando sempre um registo de golos bastante assinalável.
Após ter sido fundamental para a conquista do título distrital da AF Setúbal em 2012 e para a subida ao então designado por Campeonato Nacional de Seniores no ano seguinte, disputou 26 jogos (25 a titular) e apontou 14 golos no CNS em 2013-14, mas não evitou a despromoção.
Entretanto teve uma curta passagem pela União de Santiago, mas regressou ao Barreiro em dezembro de 2014, a tempo de marcar 22 golos que contribuíram para nova conquista do título distrital e que fizeram dele o melhor marcador da I Distrital da AF Setúbal.
Na temporada seguinte voltou a jogar no Campeonato de Portugal, aos 36 anos, tendo atuado em 20 partidas (16 a titular) e faturado por quatro vezes, ajudando a assegurar a permanência.
No verão de 2016 despediu-se do Barreirense como melhor marcador de sempre do clube no Campeonato de Portugal, com 18 golos, e mudou-se para o Moitense, clube pelo qual continuou a fazer o que tão bem sabe: marcar golos.
No somatório da temporada 2016-17 com o início da época seguinte, somou 14 remates certeiros em 25 jogos, rumando depois ao Oriental Dragon.
 
 








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