Já não tenho a certeza
se assisti ao jogo através da televisão, mas tenho memória de ter
acontecido e do resultado. Numa época em que a então Taça UEFA
estreou uma fase de grupos em que as 40 equipas eram distribuídas
por oito grupos (de cinco) e defrontavam dois adversários em casa e
dois fora, o Benfica teve de se deslocar ao terreno do Estugarda, na
altura uma das mais poderosas equipas alemãs e cliente habitual das
provas europeias.
Os germânicos,
orientados pelo antigo defesa Matthias Sammer, tinham nas suas
fileiras o português Fernando Meira, que falhou esse encontro de 4
de novembro de 2004 devido a lesão, e vários habituais convocados
da seleção alemã. O guarda-redes Hildebrand, os laterais Hinkel e
Lahm e o avançado Kurányi, por exemplo, tinham estado poucos meses
antes em Portugal para disputar o Campeonato da Europa. E ainda havia
os croatas Soldo, Vranjes e Zivkovic, o bielorrusso Hleb, o húngaro
Szabics, o austríaco Stranzl e o brasileiro Cacau.
O Benfica, por seu turno,
era comandado por Giovanni Trapattoni e procurava reafirmar-se no
panorama nacional e internacional, com Simão e Nuno Gomes como dois
dos principais elementos. As águias, que até então nunca tinham
vencido na Alemanha, lideravam a I Liga a par do Vitória de Setúbal.
No que concerne ao jogo
em si, o Estugarda foi claramente melhor e venceu por 3-0, com golos
de Cacau (31'), Meissner (52') e Kurányi (72'), assumindo a
liderança isolada de um grupo que também contava com os holandeses
do Heerenveen, os croatas do Dínamo Zagreb e os belgas do Beveren.
“O Benfica regressou a
Lisboa vergado com uma pesada derrota em Estugarda”, pode ler-se na
crónica do Maisfutebol.
“O Benfica perdeu de forma inapelável um jogo importante, na
medida em que estava em questão a avaliação daquilo que é
legítimo esperar desta equipa que, apesar de já ter algum tempo de
maturação, ainda se encontra em formação, como não se cansa de
repetir o técnico Giovanni Trapattoni”, escreveu o Record,
que falou em “águias muito ingénuas”: “Por que razão perdeu
o Benfica? Exatamente por ter acusado os defeitos que o treinador
apontara na véspera: ingenuidade e pouca cabeça. Neste caso, o
segundo defeito foi mesmo literal. Os encarnados falharam
redondamente no jogo aéreo e isso foi fatal, perante uma equipa que
dispõe de um ponta-de-lança poderoso (Kurányi) e tem a
movimentação dos médios para aproveitarem os espaços criados por
ele bastante rotinada.”
As ausências dos
internacionais portugueses Miguel e Petit, que foram rendidos por
Amoreirinha e Paulo Almeida no onze, foram identificadas como uma das
causas para o pesado desaire. Nessa partida, também Moreira, Luisão,
Manuel dos Santos, Ricardo Rocha (Argel, 44 minutos), João Pereira
(Karadas, 54), Geovanni, Simão, Manuel Fernandes e Nuno Gomes (Bruno
Aguiar, 63) foram utilizados por Trapattoni.
Um blog interessante do nosso amigo Benfiquista , um amor que não se explica sente-se . continua assim . https://meuslb1904.blogspot.com/
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