sábado, 27 de outubro de 2018

A minha primeira memória de… um clássico entre Barcelona e Real Madrid

Luís Figo e Carles Puyol no clássico de 21 de outubro de 2000
2000 foi o ano em que me rendi ao futebol. Foi também o ano em que o Sporting voltou a ser campeão após 18 épocas de jejum, em que França juntou o título europeu ao mundial e… e o ano da chocante transferência de Luís Figo do Barcelona para o rival Real Madrid, que pagou numa só tranche a cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.

A 25 de julho, o internacional português, então com 27 anos, tornava-se o jogador mais caro da história e era apresentado no Santiago Bernabéu, cumprindo a promessa eleitoral de Florentino Pérez.


Quase três meses depois, a 21 de outubro, Figo regressou a Camp Nou, onde não o queriam ver nem pintado. A receção ao extremo foi bastante hostil, com vaias ensurdecedoras, arremesso de objetos a cada tentativa de executar pontapés de canto e mensagens de ódio em tarjas colocadas nas bancadas, como “Rivaldo te queremos. Figo jodete" e "Figo lloron, ya eres un puto blanco”.

Para esse jogo da 6.ª jornada da Liga Espanhola, numa noite de muita chuva na Catalunha, o Real Madrid partia na liderança do campeonato, com 11 pontos. O Barcelona era sexto, com nove.


Figo foi sem dúvida o protagonista desse clássico, mas foi outro português a brilhar. Simão Sabrosa, então à beira de completar 21 anos e na sua segunda temporada na Cidade Condal, fez a cabeça em água a Roberto Carlos. Aos 23 minutos, num remate de fora da área, acertou no poste.

Bem diferente foi o desfecho de um livre lateral pelo lado esquerdo apontado por Xavi, então um jovem de 20 anos, que encontrou a cabeça de Luis Enrique ao primeiro poste, dando origem ao golo inaugural.

Já na reta final da partida, depois de várias ocasiões para ambos os lados, o Barça chegou ao 2-0, resultado que haveria de perdurar até ao apito final. Rivaldo conduziu um lance de ataque rápido pela esquerda e rematou para defesa pouco ortodoxa de Casillas, que fez a bola subir e cair perto nas imediações da sua baliza. Alfonso cabeceou ao poste na recarga e Simão aproveitou as sobras para, na pequena área, rematar de pé esquerdo para a baliza deserta (80’).


Não assisti ao jogo em direto, pois não passou em canal aberto e na altura não eu não possuía televisão por cabo em casa. No entanto, recordo-me da expetativa criada pelos meios de comunicação social em torno do regresso de Figo a Camp Nou e do resumo do jogo, que esteve em plano de destaque nos telejornais. 





















E para o caro leitor, qual foi o primeiro clássicos entre Barcelona e Real Madrid de que tem memória? E quais foram os melhores e mais marcantes clássicos de sempre?

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