domingo, 24 de janeiro de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Fátima na II Liga

Dez jogadores que fizeram história no Fátima
Fundado oficialmente a 24 de janeiro de 1966, o Centro Desportivo de Fátima foi criado originalmente 1958 e teve inicialmente o nome de Centro Paroquial de Fátima. Em 1968 foi inscrito pelo pároco na Associação de Futebol de Santarém, mas teve de esperar quase quatro décadas para atingir as ligas profissionais, no caso a II Liga.
 
Em 1984-85 os grenás participaram pela primeira vez na III Divisão Nacional e em 1991-92 estrearam-se na II Divisão B. Em 2007, com Rui Vitória ao leme, venceram a Série C e lograram a promoção à II Liga, tornando-se na primeira equipa do distrito de Santarém a participar na prova.
 
A época de estreia culminou na despromoção à II B, mas na temporada que se seguiu o Fátima voltou a ascender ao segundo escalão, novamente com Rui Vitória ao leme, mas desta feita juntando a conquista do título nacional da II Divisão à subida à II Liga, campeonato em que a equipa participou nos dois anos seguintes.
 
Afastado das ligas profissionais desde 2011, o emblema do concelho de Ourém viveu no final de 2020 o momento mais negro da sua história, ao desistir do Campeonato de Portugal depois de a SAD ter entrado num processo de insolvência.
 
Em três participações, 62 futebolistas representaram o clube na II Liga. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. Nené (36 jogos)

Nené
Guarda-redes luso-guineense, fez quase toda a carreira nos campeonatos profissionais, tendo passado por clubes como Santa Iria, Sintrense, Oriental, Pinhalnovense e Olivais e Moscavide, tendo feito a estreia na II Liga ao serviço deste último emblema em 2006-07, quando já tinha 32 anos.
Entretanto os lisboetas foram despromovidos, mas só em janeiro de 2008 é que Nené rumou ao Fátima, tendo roubado a titularidade a Pedro Duarte e conseguido participar em oito jogos (e sofrer 11 golos) no campeonato do segundo escalão até ao final da época, não conseguindo evitar a descida de divisão.
Após a despromoção continuou na formação então orientada por Rui Vitória e tornou-se titular, tendo dado um grande contributo para a conquista do título da II Divisão Nacional.
Em 2009-10 foi uma vez mais titularíssimo na baliza fatimense, tendo participado em 28 partidas e encaixado 30 golos, contribuindo para a obtenção de um bastante honroso 8.º lugar.
Depois transferiu-se para o Belenenses, clube no qual haveria de encerrar a carreira.
 
 

9. Duarte Machado (39 jogos)

Duarte Machado
Defesa lateral capaz de jogar em ambos os corredores, jogou na formação do Sporting ao lado de Beto, José Fonte, Miguel Garcia, Hugo Viana, Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, teve de procurar a sorte nas divisões secundárias assim que transitou a sénior. Depois de vestir as camisolas de União de Santiago e Casa Pia, estreou-se na II Liga ao serviço do Olivais e Moscavide.
Após a descida dos lisboetas, mudou-se para o Fátima, continuando assim no segundo escalão, tendo disputado 24 jogos (23 a titular), mas sem conseguir evitar a despromoção. Ainda assim, contribuiu para a brilhante caminhada até aos quartos de final da edição inaugural da Taça da Liga, tendo participado na vitória sobre o FC Porto no desempate por grandes penalidades e num triunfo sobre o Sporting no Restelo.
Depois da descida Duarte Machado continuou a vestir de grená na II Divisão B, tendo contribuído para a conquista do título da II Divisão B e para o consequente regresso à II Liga.
No regresso às ligas profissionais atuou em 15 partidas (14 a titular) e marcou um golo ao Sp. Covilhã, ajudando os fatimenses a alcançarem um honroso oitavo lugar apesar de ter sido fustigado por lesões nessa época de 2009-10.
No verão de 2010 transferiu-se para o Belenenses, tendo sido capitão de equipa, conquistado o título da II Liga e feito a estreia na I Liga com a Cruz de Cristo ao peito.
 
 
 

8. João Fonseca (42 jogos)

João Fonseca
Médio defensivo alentejano internacional jovem português, começou a jogar nas escolinhas do Lusitano de Évora, mas fez quase toda a formação no Benfica, tendo jogado ao lado de craques como Sílvio e Tiago Gomes.
Quando subiu a sénior ainda jogou pela equipa B dos encarnados, mas depois mudou-se para o Fátima, onde reencontrou Rui Vitória, que tinha sido seu treinador nos juniores benfiquistas. Na primeira época no clube foi importante para a promoção à II Liga.
Na estreia no segundo escalão participou em 29 partidas (todas como titular), mas foi impotente para evitar a despromoção. Ainda assim, participou em jogos marcantes na Taça da Liga como a eliminação do FC Porto e o triunfo sobre o Sporting no Restelo.
Haveria de continuar no clube, tendo contribuindo para a conquista do título nacional da II Divisão B e voltando a jogar na II Liga. Contudo, esta segunda experiência nas ligas profissionais não lhe correu de feição, uma vez que só foi utilizado em 13 jogos (sete a titular), apesar de ter marcado um golo ao Varzim, que ajudou os fatimenses a obter um honroso 8.º lugar.
No verão de 2010 voltou ao seu Alentejo para jogar no Juventude de Évora, mas dois anos depois regressou a Fátima para mais duas temporadas, na altura para competir na II Divisão B e no Campeonato de Portugal.
Em 2014 emigrou para França, onde representou o Lusitanos.
 
 
 

7. André Carvalhas (46 jogos)

André Carvalhas
Médio criativo de baixa estatura (1,65 m) também internacional jovem português e formado no Benfica, chegou ao Fátima no verão de 2009 por empréstimo das águias após experiências não muito bem-sucedidas ao serviço de Rio Ave e Olhanense. “Simplesmente, quando somos emprestados, quando não há uma equipa B, resta-nos dizer que sim a tudo o que o clube quer. Eles assinaram o protocolo, na altura, com o Fátima, onde estive dois anos, meteram lá o Rui Vitória. Ele contava comigo, penso que, no primeiro ano também estavam lá o David Simão e o João Pereira, defesa central. O clube já tinha boas relações com o Rui Vitória e no segundo ano fomos nove jogadores para lá”, recordou ao Bola na Rede.
Na primeira época com a camisola grená disputou 24 encontros (21 a titular) e marcou um golo ao Sp. Covilhã, contribuindo para a obtenção do 8.º lugar.
Em 2010-11 não foi tão utilizado, não indo além de 22 jogos (15 a titular), mas somou cinco remates certeiros, apontados diante de Varzim (três), Penafiel e Feirense, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão continuou a jogar na II Liga em clubes como Moreirense, Tondela, Portimonense e Cova da Piedade.
 
 
 

6. João Pereira (48 jogos)

João Pereira
Mais um jogador um jogador que esteve duas temporadas no Fátima por empréstimo do Benfica, neste caso um defesa central com um grande histórico de seleções jovens.
De pedra e cal no eixo defensivo grená ao lado de Veríssimo, participou em 24 jogos (todos como titular) e marcou dois golos na II Liga em 2009-10, apontados frente a Freamunde e Sp. Covilhã, contribuindo para a obtenção do honroso 8.º lugar. Os bons desempenhos valeram-lhe chamadas à seleção nacional sub-20.
Na temporada seguinte manteve o estatuto e quase repetiu os números da época anterior, tendo atuado em 24 partidas (23 a titular) e marcado um golo ao Varzim. Não evitou a despromoção à II Divisão B, mas ganhou um lugar na seleção sub-21 e no final da época deu o salto para o Beira-Mar, então na I Liga.
 
 

5. Nuno Sousa (51 jogos)

Nuno Sousa
O melhor marcador de sempre do Fátima na II Liga, com 13 golos.
Avançado formado no Belenenses e com experiência de II Liga adquirida ao serviço de clubes como Esposende, Rio Ave, Paços de Ferreira, Vizela e Estoril, rumou ao emblema do concelho de Ourém no verão de 2009, quando já tinha 35 anos.
Apesar da veterania, teve impacto imediato na equipa, ao apontar nove golos em 23 jogos (18 a titular), contribuindo para a obtenção de um honroso 8.º lugar. Trofense, Freamunde, Beira-Mar, Penafiel, Portimonense (dois), Carregado, Desp. Aves e Desp. Chaves foram as vítimas de Nuno Sousa.
Em 2010-11 até foi utilizado em mais jogos (28), mas menos na condição de titular (14), tendo apontado quatro golos, diante de Belenenses (dois), Feirense e Gil Vicente, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Depois assinou pelo Mafra para jogar a última época da carreira.
 
 
 

4. Jorge Neves (51 jogos)

Jorge Neves
Disputou 51 jogos tal como Nuno Sousa, mas amealhou mais 1068 minutos em campo – 4167 contra 3099.
Não podia faltar nesta lista um filho da terra, que encarnasse em campo a mística do clube. Ainda assim, este médio defensivo só chegou ao Fátima no primeiro ano de sénior, tendo contribuído para a promoção à II Liga em 2007.
Na primeira aventura no segundo escalão não foi além de três jogos (todos como titular), mas não evitou a despromoção.
Ainda assim continuou no clube, foi ganhando o seu espaço e em 2008-09 ajudou a formação grená a conquistar o título nacional da II Divisão B e a consequente subida à II Liga.
No regresso às ligas profissionais teve mais tempo de utilização, tendo atuado em 28 partidas (27 a titular) numa época que culminou com a obtenção do honroso 8.º lugar.
Já em 2010-11 foi utilizado em 20 encontros (19 a titular) e marcou um golo ao Santa Clara, mas foi impotente para evitar a despromoção.
Após nova descida à II Divisão B voltou a permanecer no emblema do concelho de Ourém. Entretanto viveu experiências no Chipre e na União de Leiria, regressando aos fatimenses na segunda metade de 2013 e entre fevereiro de 2015 e o final da época 2017-18, tendo vivido várias situações de salários em atraso.
 
 
 

3. Kata (52 jogos)

Kata
Ao lado de Jorge Neves no meio-campo do Fátima jogava Kata, possante médio natural de Marrazes, no concelho de Leiria.
Depois de passagens por clubes das divisões secundárias e pelo Sp. Braga B, representou pelo Fátima em 2000-01, na II Divisão B, numa temporada em que foi orientado por Rui Gorriz e Nuno Presume.
Entretanto jogou na I Liga com as camisolas de Beira-Mar e União de Leiria, no campeonato suíço e na II Liga francesa, tendo regressado ao Fátima no verão de 2009, proveniente do Vizela.
Em 2009-10 foi titularíssimo no meio-campo fatimense, tendo sido titular nos 28 encontros que disputou na II Liga e marcado um golo ao Sp. Covilhã, contribuindo para a obtenção do honroso 8.º lugar.
Na temporada seguinte atuou em 24 partidas, mais uma vez todas na condição de titular, e até marcou um golo ao Belenenses, mas foi impotente para evitar a descida à II Divisão B, patamar em que continuou a representar o emblema do concelho de Ourém por mais dois anos.
Entretanto voltou à União de Leiria, mas regressou ao Fátima em outubro de 2017 na condição de treinador. Em 2020-21 aceitou inclusivamente o desafio para orientar a equipa do clube (e não da SAD) na II Distrital da AF Santarém. “Aceitei mesmo por amor à camisola. Fui aqui jogador e treinador, vivi alguns dos meus melhores momentos no Fátima e o clube deu-me tudo. Sempre me trataram bem e era impossível dizer que não ao convite”, afirmou, citado pelo Diário de Leiria.
 
 
 

2. Pedro Moreira (65 jogos)

Pedro Moreira
Extremo cabo-verdiano que concluiu a formação e despontou no Barreirense, passou ainda pelo Louletano antes de assinar pela primeira vez pelo Fátima no verão de 2007.
Nem sempre titular às ordens de Rui Vitória, disputou 28 jogos na II Liga em 2007-08, mas apenas 17 na condição de titular, tendo marcado um golo ao Vizela, insuficiente para evitar a despromoção.
Entretanto passou pelos romenos do Gloria Buzau, mas regressou ao emblema grená no verão de 2009, aquando de nova subida à II Liga, para jogar mais duas épocas no segundo escalão. Na primeira não foi além de 12 encontros (seis a titular) e marcou um golo ao Carregado, contribuindo para a obtenção do honroso 8.º lugar.
Já em 2010-11 foi utilizado em 25 partidas (18 a titular) e faturou por cinco vezes, diante de Moreirense, Oliveirense, Arouca, Freamunde e Gil Vicente, mas foi impotente para evitar a descida à II Divisão B.
Após a despromoção continuou na II Liga, mas ao serviço do Estoril.
 
 
 

1. Veríssimo (81 jogos)

Nélson Veríssimo
Defesa central experiente, chegou ao Fátima no verão de 2007, aos 30 anos, já depois de uma carreira feita em grande parte na I Liga, ao serviço de Benfica, Académica, Alverca e Vitória de Setúbal, tendo conquistado uma Taça de Portugal pelos sadinos.
Na primeira época com a camisola grená competiu em 29 das 30 jornadas (sempre a titular) e marcou um golo ao Santa Clara, insuficiente para evitar a despromoção.  Paralelamente, esteve em dois jogos marcantes na Taça da Liga: a eliminação do FC Porto no desempate por penáltis e no triunfo sobre o Sporting no Restelo, casa emprestada dos leões.
Após a descida de divisão continuou no clube e em 2008-09 sagrou-se campeão nacional da II Divisão B, voltando depois à II Liga para mais duas épocas de bom nível, tendo participado em 26 partidas em ambas, sempre na condição de titular. Ainda assim, foi mais feliz em 2009-10, porque marcou um golo ao Trofense e foi importante para a obtenção de um muito honroso 8.º lugar, enquanto na temporada seguinte foi impotente para evitar a despromoção.

















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