Dez futebolistas que fizeram história pelo Sp. Braga na Liga Europa |
Estreantes em 1978-79, os minhotos atingiram o jogo decisivo em 2010-11, quando perderam para o FC Porto (0-1) em Dublin, naquela que foi a única final exclusivamente portuguesa da história das provas europeias. Antes, nas meias-finais, os bracarenses afastaram o Benfica, nos primeiros jogos 100% portugueses da história da UEFA.
Os arsenalistas
chegaram ainda aos quartos de final em 2015-16 e aos oitavos em 2006-07 e
2008-09.
No total, 180 futebolistas
representaram o Sp.
Braga na Taça
UEFA/Liga
Europa. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. Paulo César (20 jogos)
Paulo César |
Na Pedreira
nem sempre foi titular indiscutível, mas foi sempre um jogador muito utilizado,
ainda que a partir do banco. Exemplo disso foi a primeira época no clube, em
2008-09, quando foi titular em apenas dois dos sete jogos que disputou na então
ainda designada por Taça
UEFA, tendo ajudado os bracarenses
a atingir os oitavos de final.
Duas épocas depois ganhou
protagonismo na caminhada até à final
da então já reformulada e renomeada Liga
Europa, participando em seis jogos (cinco a titular).
Por fim, em 2011-12, atuou em
sete partidas (uma a titular), contribuindo para o apuramento para a fase a
eliminar.
9. Paulo Jorge (20 jogos)
Paulo Jorge |
Jogador formado no clube, chegou
à equipa principal em 2002, ainda antes de António Salvador ser eleito
presidente e de o Sp.
Braga se ter tornado presença habitual nas competições europeias.
Após não ter conseguido
ultrapassar a primeira eliminatória em 2004-05 e 2005-06, Paulo Jorge foi um
dos esteios da equipa que em 2006-07 atingiu os oitavos de final, no culminar
de uma campanha meritória em que os bracarenses
venceram os italianos do Chievo e do Parma,
entre outros. O central marcou dois golos nessa caminhada, ao Chievo e ao Tottenham.
Na época seguinte voltou a estar
em bom plano, ajudando os bracarenses
a chegar aos 16 avos de final.
Em 2008-09 não foi utilizado nas
competições europeias e depois rumou aos cipriotas do APOEL.
Após pendurar as botas tornou-se treinador e desde 2017 que trabalha na estrutura dos arsenalistas.
8. Wilson Eduardo (21 jogos)
Wilson Eduardo |
Na temporada de estreia na Pedreira,
além de ter vencido uma Taça
de Portugal ajudou os minhotos
a alcançarem a sua segunda melhor participação de sempre da Liga
Europa, ao atingir os quartos de final. Nessa caminhada Wilson Eduardo
disputou dez jogos (quatro a titular) e marcou dois golos, diante de Marselha e
Shakhtar Donetsk.
Na época seguinte marcou um golo
ao Konyaspor e foi titular nos seis encontros da fase de grupos, etapa que os arsenalistas
não conseguiram ultrapassar.
Já em 2017-18 e 2019-20 ajudou o Sp.
Braga a chegar aos 16 avos de final, tendo na última época apontado dois golos
ao Besiktas e conquistado ainda a Taça
da Liga.
Em 2020 terminou contrato e rumou ao Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Numa nota de agradecimento ao jogador no seu sítio oficial, o emblema minhoto considera que “há atletas que deixam a sua marca na história de um clube” e que o jogador luso-angolano “é, sem dúvida, um deles”.
7. Marcelo Goiano (22 jogos)
Marcelo Goiano |
Na estreia europeia, em 2015-16,
foi titular em dez jogos na caminhada dos bracarenses
até aos quartos de final, tendo ainda desempenhado um papel importante na
conquista da Taça
de Portugal.
Na temporada seguinte esteve no
onze inicial em todos os encontros da fase de grupos, mas conseguiu o
apuramento para as eliminatórias.
Por fim, em 2017-18, foi um dos esteios da equipa que chegou aos 16 avos de final, tendo marcado um golo ao Hoffenheim em seis partidas (todas como titular).
6. Hassan (24 jogos)
Ahmed Hassan |
Após ter brilhado ao serviço do Rio
Ave entre 2012 e 2015 mudou-se para a Pedreira,
onde inicialmente até manteve a veia goleadora exibida em Vila
do Conde.
Na época de estreia no Minho,
às ordens de Paulo
Fonseca, foi titular nos 11 jogos que disputou na Liga
Europa e apontou três golos, diante de Groningen, Marselha e Fenerbahçe, ajudando
os bracarenses
a chegar aos quartos de final. O golo aos marselheses foi um bonito chapéu um
dia após saber da morte do pai, tendo chorado durante a dedicatória. “Foi um
momento especial para mim e para a minha família. O golo foi para o meu pai,
que foi a pessoa que sempre me ajudou. Foi com ele que aprendi muitas coisas.
Este golo é para ele. Espero que descanse em paz”, afirmou o jogador na altura.
Em 2016-17 manteve a importância
na equipa e até marcou dois golos, frente ao Konyaspor e ao Gent, mas os arsenalistas
não ultrapassaram a fase de grupos da competição.
Na época que se seguiu perdeu
algum espaço no onze, devido às contratações de Paulinho e Dyego Sousa, mas na Liga
Europa ainda conseguiu faturar uma vez, diante do Basaksehir, em sete jogos
(três a titular) na prova.
Depois acabou por rumar ao Olympiacos, primeiro por empréstimo e depois a título definitivo.
5. Rodríguez (24 jogos)
Alberto Rodríguez |
Na época de estreia ainda foi a
tempo de participar em quatro jogos da fase a eliminar, ajudando os bracarenses
a eliminarem os italianos
do Parma e a chegarem pela primeira vez aos oitavos de final.
Nas duas temporadas que se
seguiram foi um dos esteios das equipas que conseguiram passar à fase a
eliminar.
Em 2010-11 começou na Liga dos Campeões, mas foi repescado para a Liga Europa e ajudou os arsenalistas a atingir a final, participando em sete jogos dessa caminhada histórica, numa altura em que já estava a contas com alguns problemas físicos.
4. Vukcevic (25 jogos)
Nikola Vukčević |
Nessa temporada foi titular nos
11 jogos que disputou na caminhada até aos quartos de final da Liga
Europa e também venceu a Taça
de Portugal.
Na época seguinte participou nos
seis encontros (cinco a titular) da fase de grupos e até marcou um golo ao
Shakhtar Donetsk, mas não evitou que os bracarenses
caíssem logo nessa etapa da competição.
Em 2017-18, no último ano que passou na Pedreira, foi capitão e titular nos oito jogos dos arsenalistas, numa campanha que termino nos 16 avos de final.
3. Matheus (28 jogos)
Matheus Magalhães |
Proveniente do América Mineiro,
chegou à Pedreira
no verão de 2014 e assumiu logo a titularidade na baliza bracarense.
Em 2015-16 foi por isso um dos
pilares da belíssima caminhada do Sp.
Braga até aos quartos de final da Liga
Europa, tendo atuado em 12 jogos e sofrido 15 golos.
Na época seguinte não foi tão
feliz, sofrendo cinco golos em quatro encontros numa participação dos arsenalistas
que terminou na fase de grupos.
Em 2017-18 e 2019-20 voltou a ajudar o Sp. Braga a chegar à fase a eliminar, tendo somado no conjunto das duas campanhas 12 partidas e 16 golos sofridos.
2. Vandinho (30 jogos)
Vandinho |
Nas duas primeiras épocas na Pedreira
não conseguiu levar os bracarenses
à fase de grupos da Taça
UEFA, mas as coisas começaram a mudar a partir de 2006-07, quando os arsenalistas
atingiram os oitavos de final.
Em 2007-08 e 2008-09 voltou a
contribuir para o apuramento dos guerreiros do Minho
para a fase a eliminar, mas foi em 2010-11 que definitivamente fez história.
Juntamente com Custódio e Hugo Viana formou um sólido trio de meio-campo que,
às ordens de Domingos
Paciência, guiou o Sp.
Braga até à final
da Liga
Europa, tendo inclusivamente marcado um golo decisivo ao Benfica na
primeira-mão das meias-finais, em pleno Estádio da Luz.
A final de Dublin, frente ao FC Porto, foi precisamente o último jogo de Vandinho pelos bracarenses, numa altura em que era capitão de equipa. “Sofremos o golo numa falha nossa e depois não conseguimos recuperar. Estou satisfeito por ter chegado com o Braga à final, mas infelizmente não conseguimos a vitória”, lamentou na altura. “Foram sete temporadas inesquecíveis no Sp. Braga. Ninguém dava nada por nós. Todos apostavam que iríamos ser eliminados a qualquer instante, mas a equipa estava mais unida do que nunca”, afirmou em março de 2016.
1. Alan (37 jogos)
Alan |
Talvez o principal símbolo dos
anos dourados do clube, tornou-se inclusivamente o jogador com mais jogos da
história dos bracarenses
(347), superando nomes como Barroso, Artur Correia, Quim e José Nuno Azevedo.
Logo na primeira época na Pedreira
ajudou os arsenalistas
a chegar aos oitavos de final da Liga
Europa, tendo participado em nove jogos (oito a titular) e apontado um golo
numa vitória claríssima em casa sobre os ingleses do Portsmouth (3-0) na
jornada inaugural da fase de grupos.
Porém, teve de esperar mais dois
anos para viver o melhor momento dos minhotos
nas competições europeias, ao atingir a final
da prova. Alan, que na época anterior se tinha sagrado vice-campeão
nacional, marcou um golo ao Lech Poznan e outro ao Liverpool durante a
caminhada até Dublin.
Em 2011-12 atuou em oito jogos e
faturou diante do Maribor, ajudando o Sp.
Braga a ultrapassar a fase de grupos.
Seguiu-se um hiato sem jogar na Liga
Europa, mas em 2015-16 voltou em grande, participando em sete partidas e
apontando um golo ao Marselha na caminhada até aos quartos de final, numa
temporada que ficou marcada pela conquista da Taça
de Portugal, troféu que escapava ao clube há 50 anos.
Na época seguinte, a última da
carreira, disputou quatro jogos (um a titular) na competição
e não evitou a eliminação ainda na fase de grupos.
Após pendurar as botas, à beira dos 38 anos, continuou no emblema bracarense no cargo de diretor de relações institucionais. Para trás ficou uma carreira cujas melhores recordações são de Braga: “O 2.º lugar, a final da Liga Europa, mas também a vitória da Taça de Portugal com o Paulo Fonseca. Foi incrível, depois de termos perdido no ano anterior a final com o Sporting. O futebol tem essa loucura. Mas também a nossa primeira taça, a Taça da Liga com o José Peseiro.”
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