Fundado a 10 de maio de 1939, o Rio
Ave Futebol Clube foi o nome escolhido por um grupo de vila-condenses
para batizar o clube desportivo que estavam a formar, preterindo assim as designações
Vilacondense Futebol Clube e Vila do Conde Sport Club.
A primeira direção do clube teve
pela frente a árdua tarefa de encontrar jogadores, equipamentos e um estádio. A
29 de janeiro do ano seguinte surgiu o primeiro estádio dos rioavistas,
designado de Estádio da Avenida, por se situar na Avenida Baltazar Couto. E já
na década de 1940 apareceram os primeiros títulos, os de campeão promocional da
AF
Porto (1941-42) e de campeão regional da III Divisão da AF
Porto (1942-43).
Nos anos 1950 o Rio
Ave conseguiu pela primeira vez chegar aos campeonatos nacionais, mas foram
quase necessários mais 30 anos para chegar à I
Divisão. Esse feito foi alcançado em 1979 – dois anos antes o clube estava
na III Divisão e seis anos antes participava nas competições distritais.
A década de 1980 ficou marcado
por um dos momentos altos da história dos vila-condenses,
a participação na final da Taça
de Portugal (1983-84), mas também pelo início de um percurso oscilante, com
várias subidas e descidas de divisão.
Porém, após a promoção em 2008
conseguiu estabelecer-se como nunca no patamar
maior do futebol nacional. Desde então que passou a ser sempre um sério
candidato aos lugares de acesso às provas europeias, tendo alcançado já por
três vezes o apuramento para a Liga
Europa. Em 2014 fê-lo através do estatuto de finalista vencido da Taça
de Portugal e em 2016, 2018 e 2020 por via de boas classificações na I
Liga – o sexto lugar no primeiro caso e a quinta posição no segundo e no
terceiro. Pelo meio, foi também finalista vencido da Taça
da Liga e da Supertaça
Cândido de Oliveira em 2014.
Contudo, em 2020-21 os vila-condenses
foram surpreendentemente despromovidos ao segundo
escalão, ao qual regressaram na época que se seguiu para somar a 11.ª
presença e o terceiro título (depois de 1995-96 e 2002-03) na competição – em 2007-08
também alcançaram a promoção à I
Liga, mas na condição de segundo classificado.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Rio
Ave na II
Liga.
Ainda estou a digerir a despromoção do ‘meu’
Vitória.
Que dor. Que azia. A permanência estava na mão depois de uma montanha russa de
emoções nas últimas semanas e tudo foi por água abaixo ao cair do pano. Só agora,
mais de 48 horas depois de ter ficado petrificado no Bonfim
e de me ter arrastado até ao carro na zona da Algodeia, me sinto capaz de
escrever qualquer coisa sobre o assunto.
Quando no início da temporada vi
um plantel que me parecia equilibrado, com duas opções para cada posição, e que
mesclava titulares da época passada, alguns produtos da cantera, futebolistas
que procuravam relançar a carreira após temporadas menos conseguidas na II
Liga, outros que eram presenças habituais em equipas de topo do terceiro
escalão e ainda jogadores que andavam perdidos no Campeonato
de Portugal e na Liga Revelação, nunca imaginei um desfecho destes.
Santa Eulália competiu no Campeonato de Portugal em 2014-15
Fundado oficialmente a 6 de maio
de 1989, o Centro Cultural e Desportivo de Santa Eulália nasceu da junção das
equipas Águias do Adro e Estrela, que representavam duas partes da freguesia, depois
de vários jovens da localidade terem conseguido levar a cabo a construção de um
complexo desportivo através da recolha de dinheiro pela freguesia.
Clube eclético, que teve futebol
feminino, futebol de salão, andebol e atletismo, só em 2000-01 teve pela
primeira vez futebol sénior, conseguindo logo nessa temporada subir à I Divisão
da Associação
de Futebol de Braga. Apesar de ser uma equipa nova no
futebol distrital, o conjunto do concelho de Vizela conseguiu estrear-se nos
patamares nacionais em 2012-13, quando competiu na III Divisão e defrontou o FC
Porto para a Taça
de Portugal.
Duas épocas depois, os minhotos
regressaram aos campeonatos sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol para
participar no Campeonato
de Portugal. Em ambas as ocasiões, o desfecho foi a descida de divisão. Paralelamente, o Santa Eulália
sagrou-se campeão do patamar maior do distrito em 2011-12 e 2013-14, tendo
ainda conquistado a Taça AF
Braga em 2006-07 e 2010-11. Vale por isso a pena conferir a
lista de dez jogadores com mais jogos de sempre pelo Santa Eulália no Campeonato
de Portugal.
Kvaratskhelia deverá ganhar prémio de melhor jogador da Série A em 2022-23
Feche os olhos e experimente
escrever o nome da grande revelação do futebol mundial em 2022-23: Khvicha
Kvaratskhelia. É difícil, não é? Tanto quanto travá-lo em campo. Do anonimato,
o extremo georgiano contratado pelo Nápoles
ao Dínamo Batumi há menos de um ano deverá com toda a certeza saltar para a
lista de nomeados à Bola de Ouro.
Titular indiscutível para Luciano
Spalletti desde o início da temporada, o talentoso, irrequieto e imprevisível
atacante de 22 anos é um dos raros futebolistas das principais ligas europeias
que esta época já superou a marca dos dois dígitos tanto em golos (14) como
assistências (14) em todas as competições e é um dos principais responsáveis
pela boa campanha que o conjunto
do sul de Itália tem estado a fazer: chegou aos quartos de final da Liga
dos Campeões e está prestes a conquistar o seu primeiro título nacional
desde 1990.
Karagounis, aqui ao serviço do Inter, entre Zahovic e Miguel
Ainda os meus pais eram umas
crianças quando o Inter
bateu o Benfica
na final da Taça
dos Campeões Europeus em 1964-65, pelo que a minha primeira memória de um
jogo oficial entre as duas equipas é relativa aos oitavos de final da Taça
UEFA em 2003-04. Digo jogo oficial porque também me recordo de um encontro de
caráter particular, de pré-época, realizado em julho de 2002 em Palermo e no
qual a formação transalpina praticamente só se apresentou com segundas linhas
(0-0).
Ambas as equipas surgiram na Taça
UEFA por via da repescagem, depois de terem tentado ficar na Liga
dos Campeões. As águias
de José Antonio Camacho, que estavam há dois anos sem participar nas competições
europeias, viram a Lazio
negar-lhe o sonho de voltar à Champions,
mas na prova continental secundário eliminaram os
belgas do La Louvière e os noruegueses do Molde e do Rosenborg. Já os nerazzurri
de Alberto Zaccheroni, semifinalistas da Liga
dos Campeões na época anterior, ficaram atrás de Arsenal
e Lokomotiv Moscovo (e à frente do Dínamo Kiev) na fase de grupos da Champions,
tendo depois eliminado os franceses do Sochaux na Taça
UEFA.
Centenas de adeptos do Barreirense invadiram Municipal de Palmela
A minha primeira memória de um
jogo entre Barreirense
e Palmelense
é de um encontro ao qual não assisti, mas cujas imagens da invasão de adeptos alvirrubros
ao Complexo Municipal de Palmela me impressionaram.
Após cair a pique desde a II
Liga aos distritais
em cerca de três anos, com a demolição do emblemático Campo
Dom Manuel de Mello e um período de casa às costas pelo meio, o histórico
clube do Barreiro deu grandes sinais de vitalidade na temporada 2011-12.
Desportivamente, a equipa sénior sagrou-se campeã distrital, batendo o Vasco
da Gama de Sines no photo finish, e socialmente arrastou centenas de
adeptos para os seus jogos de norte a sul do distrito.
Um dos momentos mais marcantes
dessa temporada foi vivido precisamente em Palmela, na tarde de 27 de maio de
2012. As estimativas podem variar, mas as imagens provam que estavam presentes
no recinto várias centenas de adeptos do Barreirense.
Talvez 200, 300 ou até mais.
Novo Juventus Stadium já recebeu visitas de Benfica, FC Porto e Sporting
Desde que há competições
europeias que a Juventus
já jogou em casa em três estádios: Olímpico de Turim (anteriormente denominado
Estádio Benito Mussolini e Estádio Comunale Vittorio Pozzo, 1933-1990 e
2006-2011), Delle Alpi (1990-2006) e Juventus Stadium (desde 2011). Em qualquer
um a vecchia
signora mostrou-se sempre poderosa, embora também tenha vivido alguns
dissabores nas receções às equipas portuguesas.
O Olímpico de Turim, propriedade
do município, mas atual casa do Torino, era o mais pequeno (lotação inferior a
30 mil lugares), recebeu duas visitas de equipas portuguesas. O Delle Alpi era
o maior (69 mil lugares) durou apenas 16 anos, porque se chegou a conclusão que
a pista de atletismo arruinava o ambiente criado pelos adeptos, mas foi
visitado por três conjuntos lusos. Mais moderno, o Juventus Stadium
(41 507 lugares) já foi visitado seis vezes por equipas portuguesas no
espaço de pouco mais de uma década – cinco em duelos frente aos bianconerie a final da Liga
Europa de 2013-14 entre Benfica
e Sevilha.
Nos dez encontros em que a Juventus
defrontou em casa conjuntos lusitanos, a turma de Turim averbou sete vitórias,
um empate e duas derrotas, ainda que um dos triunfos e a igualdade tenham
significado a eliminação bianconerade uma competição.
Vale por isso a pena recordar as
oito visitas de equipas portuguesas ao terreno da Juventus
para defrontar a vecchia
signora.
Fundado a 12 de abril de 1957,
a União
Desportiva Vilafranquense resultou da fusão de quatro coletividades
existentes em Vila Franca de Xira: Operário, Águia, Hóquei e Ginásio. O intuito
passava por criar um clube maior e mais representativo, que tem tido o ponto
mais alto da sua história desde 2019, com a subida à II
Liga.
Em termos futebolísticos, a União
Desportiva Vilafranquense acabou por suceder ao Grupo Futebol Operário Vilafranquense,
nascido a 6 de março de 1913 e que no final da década de 1930 e nos anos 1940
participou na II Divisão Nacional; e ao Águia Sport Clube Vilafranquense,
clube satélite do Belenenses,
fundado a 3 de maio de 1924 e que também competiu na II Divisão durante a
década de 1940.
Até à ascensão às ligas
profissionais o mais significativo que as Piranhas
do Tejo tinham alcançado foram duas presenças nos oitavos de final
da Taça
de Portugal, em 2003-04 e 2016-17, quando foram eliminadas por FC
Porto e Vitória
de Guimarães, respetivamente.
Em termos de II Divisão B
acumulou oito presenças, uma em 1995-96 e as outras sete entre 1998 e 2005,
tendo alcançado o 2.º lugar na Zona Centro em 1999-00.
A competir presentemente na II
Liga pela quarta época consecutiva, o conjunto
de Vila Franca de Xira tem sido forçado a jogar em Rio Maior devido à falta
de condições do Campo do Cevadeiro para receber jogos das ligas profissionais.
Entretanto, o Vilafranquense
tornou-se protagonista de mais uma rutura entre clube e SAD, tendo os sócios do
clube aprovado em dezembro de 2022 a venda dos 10 por cento da SAD que ainda estavam
na posse da União
Desportiva Vilafranquense. Nessa mesma assembleia-geral, os associados
expressaram o desejo de findar parte da atividade do clube que será assumida
por uma “nova associação desportiva, herdeira da União
Desportiva Vilafranquense”, criada já em 2023 e cuja equipa de futebol sénior
arrancará na III Divisão Distrital da Associação
de Futebol de Lisboa, devido a uma dívida superior a um milhão de euros
considerada “impagável”.
Paralelamente, a SAD do Vilafranquense
já mostrou intenção de se fundir com o Sp. Espinho.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Vilafranquense na
II
Liga.
Dez futebolistas que jogaram pelo Barreirense na II Liga
No início do século XX, um grupo
de aprendizes das oficinas dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste fundaram uma
agremiação a que deram o nome de Sport Recreativo Operário Barreirense,
que foi crescendo e beneficiando da extinção de outras coletividades para
aumentar o número de sócios. No entanto, dificuldades financeiras levaram o
clube a proceder a uma profunda reorganização interna e, em assembleia geral
realizada a 11 de abril de 1911, foi decidido que tendo como base esse clube
nascesse o Foot-Ball
Club Barreirense.
Hoje nos campeonatos distritais,
o Barreirense já
foi um dos clubes mais importantes do futebol nacional. Na década de 1930, foi
duas vezes finalista do Campeonato de Portugal, perdendo em 1930 para o Benfica no
prolongamento e em 1934 para o Sporting.
Na I
Divisão também foi presença assídua nos anos 1950, 1960 e 1970, tendo
como melhor classificação o quarto lugar obtido em 1969-70, que valeu a
qualificação para a Taça das Cidades com Feiras, precursora da antiga
Taça UEFA e atualmente Liga Europa, em que defrontou o Dínamo Zagreb: 2-0
no Barreiro,
1-6 na Croácia.
Remetidos para as divisões
secundárias desde 1979, os alvirrubros assumiram-se
como uma das principais equipas da II Divisão B – Zona Sul entre 1991 e 2005,
numa fase em que conseguiam colocar vários produtos da formação na equipa
principal, arrastar multidões a todos os campos em que jogavam e obter honrosas
classificações. Em 2004-05, sagraram-se mesmo campeões e alcançaram a subida
à II
Liga.
Em termos de II
Liga, o histórico
clube do Barreiro participou na edição inaugural, em 1990-91, tendo lá
voltado em 2005-06. Em ambas as vezes a despromoção foi o desfecho. No total, os
camarros
somaram 12 vitórias, 24 empates, 36 derrotas e um saldo de 57-117 em golos em
72 jogos no segundo
escalão.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Barreirense na
II
Liga.