quarta-feira, 6 de novembro de 2024

O central leonino de segunda geração que esteve no Mundial 1986. Quem se lembra de Morato?

Morato disputou 179 jogos pelo Sporting e seis pela seleção A
António Morato, defesa central e formado no Sporting tal como o pai, glória leonina das décadas de 1950 e 1960, desde cedo que se perfilou como um jogador promissor, tendo percorrido praticamente todas as seleções jovens, desde os sub-14 aos sub-21.
 
Apesar de não ser alto (1,76 m), exibia um grande sentido posicional, velocidade, capacidade técnica e elegância, características que faziam dele um central muito eficiente. A estreia na equipa principal aconteceu na época 1983-84, pela mão de Josef Venglos, numa altura em que tinha apenas 19 anos.
 
Porém, foi na temporada seguinte, às ordens de John Toschack, que se começou a afirmar como titular, beneficiando da implementação de um sistema de três defesas, no qual Morato desempenhava um papel semelhante ao de um líbero.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

O hondurenho veloz que marcou o golo 5000 do Benfica na I Divisão. Quem se lembra de David Suazo?

Suazo apontou cinco golos em 22 jogos pelo Benfica em 2008-09
Não brilhou particularmente muito na época que passou no Benfica, mas é um dos melhores futebolistas hondurenhos de sempre e foi uma estrela cintilante na Serie A italiana durante a década de 2000.
 
David Suazo, que no seu país ganhou as alcunhas de La Pantera e de El Rey David, despontou no Olimpia e no Campeonato do Mundo de sub-20 em 1999, ano em que também se estreou pela seleção principal das Honduras e deu o salto para o futebol europeu. Na altura, foram os italianos do Cagliari, então orientados pelo uruguaio Óscar Tabárez, a contratá-lo, tendo despendido uma verba a rondar os 2,2 milhões de dólares americanos.

Lateral internacional e um dos primeiros portugueses a jogar na Premier League. Quem se lembra de Nélson?

Nélson representou Sporting, FC Porto e Vitória de Setúbal
Jogador maioritariamente formado no FC Porto, concluiu a formação e iniciou a carreira de futebolista profissional no Salgueiros, foi lançado na equipa principal do emblema de Paranhos em junho de 1990 pelo treinador Zoran Filipovic, que adaptou o até então avançado em lateral direito, e deu um pequeno contributo para a conquista do título de campeão da II Divisão Nacional.
 
“Fiz a formação toda como avançado, goleador, ponta-de-lança! E o que mais gostava na vida seria ter feito a carreira como ponta-de-lança. Mas também sei que não conseguiria ter a carreira como tive. Joguei a central, muitas vezes a lateral esquerdo, em Inglaterra joguei muito a meio-campo, mas nunca como avançado. Se nos seniores tivesse recusado jogar a lateral direito quando Filipovic me propôs isso, nos Salgueiros, não teria tido a carreira que tive”, afirmou ao Maisfutebol em abril de 2016.
 
Em 1990-91 agarrou a titularidade no conjunto salgueirista e no final dessa época ajudou a seleção nacional de sub-20 a vencer o título mundial da categoria em Lisboa. Valorizado, deu imediatamente o salto para o Sporting, numa altura em que ainda tinha 19 anos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

PPV Review - WWE Crown Jewel 2024


Data: 2 de novembro de 2024
Arena: Mohammed Abdo Arena
Localidade: Riade, Arábia Saudita

Foi há 19 anos que, num esfregar de olhos, a bola entrou na baliza do Sporting. Mas o golo não contou

Repetições mostraram a bola dentro da baliza do Sporting
4 de novembro de 2005. Paulo Bento, há cerca de duas semanas no cargo de treinador do Sporting, procurava a primeira vitória no campeonato ao leme dos leões, depois dos empates fora em Barcelos e no Bessa, ambos a dois golos.
 
Na noite dessa sexta-feira, os verde e brancos receberam a União de Leiria em partida da 10.ª jornada da I Liga e até começaram melhor, com um golo de live direto de Beto logo aos sete minutos.
 
À passagem da meia hora, e na recarga a um cabeceamento de Ferreira que fez a bola embater na trave, Renato introduziu a bola na baliza do Sporting, tendo o guarda-redes leonino Ricardo defendido o esférico muito para lá da linha. O golo foi bastante percetível nas repetições, mas na altura não havia vídeoárbitro. Os jogadores da União de Leiria foram então pedir satisfações ao assistente do árbitro Augusto Duarte, que protagonizou uma imagem marcante ao esfregar os olhos enquanto falava com o líder da equipa de arbitragem.

sábado, 2 de novembro de 2024

“Não sou a Gina Lollobrigida nem a Marilyn Monroe, mas também tenho um belo rabo”. As melhores frases de Trapattoni

Trapattoni orientou e guiou o Benfica ao título nacional em 2004-05
Futebolista de topo na década de 1960 e um dos técnicos mais titulados de sempre, Giovanni Trapattoni é um dos poucos treinadores a ter vencido quatro ligas europeias (italianaalemãportuguesa e austríaca), o único a ter conquistado Taça dos Campeões EuropeusTaça UEFA, Taça das Taças, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental e um dos poucos que ergueu Taça dos Campeões Europeus, Taça das Taças e Taça Intercontinental como jogador e treinador.
 
É também um homem incomum, com um discurso nem sempre coerente ou harmonioso e no qual incluía neologismos e conceitos inventados pelo próprio.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

“Não os subestimámos. Eles é que eram melhores do que pensávamos”. As melhores frases de Sir Bobby Robson

Bobby Robson orientou Sporting e FC Porto na década de 1990
Bobby Robson era um britânico à moda antiga, um gentleman carregado de chã, educação, cortesia, boa disposição e humor fino. Dedicou toda a vida ao futebol, mas gostava de ter experimentado outras coisas. “Teria dado o meu braço direito para ser um pianista”, afirmou um dia, numa típica frase bem-humorada da sua parte. Também apreciava a natureza, sempre com muito humor à mistura. “Olhem para estas oliveiras. Têm 200 anos, do tempo antes de Cristo”, brincou noutra ocasião.
 
Um dos nomes mais mediáticos da história do desporto-rei, representou clubes como Fulham e West Bromwich e foi internacional A por Inglaterra enquanto futebolista, tendo marcado presença nos Mundiais de 1958 e 1962.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

“Era pegar numa metralhadora e fuzilá-los a todos”. Recorde a despromoção do Atlético Madrid em 2000

Atlético Madrid desceu à II Liga Espanhola em 2000
O céu desabou sobre Madrid em maio de 2000 e o Estádio Vicente Calderón ficou com um ambiente tão ou mais pesado do que um funeral: o Atlético Madrid, que quatro anos se tinha sagrado campeão espanhol e participado na Liga dos Campeões, foi despromovido de forma chocante à II Liga.
 
E não estamos a falar propriamente de um clube me desinvestimento naquela altura. Havia jogadores que foram importantes no futebol espanhol e mundial, como o guarda-redes Molina, o central Gamarra, o lateral esquerdo Capdevila, os médios Baraja, Valerón e Solari e o avançado Jimmy Floyd Hasselbaink. O ponta de lança neerlandês até foi, imagine-se, o segundo melhor marcador da Liga Espanhola, mas os seus 24 golos de nada valeram aos colchoneros, 19.º classificados nessa época e despromovidos juntamente com Betis e Sevilha.

O escocês que orientou o pior FC Porto de sempre. Quem se lembra de Tommy Docherty?

Tommy Docherty orientou o FC Porto entre 1970 e 1971
Desde que nasci, em 1992, que o FC Porto nunca terminou uma época abaixo do terceiro lugar na I Divisão. Mas antes disso os dragões viveram o seu “Vietname”, um período negro de 19 anos sem qualquer título nacional, entre 1959 e 1978. O ponto mais baixo dessa seca foi a temporada 1969-70, marcada por um horrendo 9.º lugar, a pior classificação de sempre não só dos azuis e brancos, mas de qualquer um dos chamados três grandes.

Um dos treinadores que o FC Porto teve nessa época foi Tommy Docherty, um escocês que tinha feito uma carreira de jogador respeitável em clubes como Celtic, Preston North End, Arsenal e Chelsea e que havia marcado presença nos Mundiais de 1954 e 1958.
 
Como treinador começou por comandar o Chelsea, guiando os blues à subida ao primeiro escalão inglês em 1962-63 e à conquista da Taça da Liga em 1964-65, construindo uma equipa onde pontificavam nomes como Terry Venables, Bobby Tambling, Peter Bonetti e Barry Bridges e que ficou conhecida como os “Docherty's Diamonds”. O terceiro lugar alcançado na Division One em 1964-65 foi também a melhor classificação dos londrinos na liga desde que foram campeões em 1954-55.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

“Sem aquele Bari-Inter teria sido um ladrão ou carteirista”. Quem se lembra de Antonio Cassano?

Cassano marcou 52 golos em 161 jogos pela AS Roma entre 2001 e 2005
Antonio Cassano deixou de jogar futebol em 2016 e desde então que periodicamente aparece nas notícias por criticar Cristiano Ronaldo, talvez por o internacional português ter chegado a faturar mais golos num jogo pelo Real Madrid (cinco) do que o italiano durante um ano e meio (quatro). Ou então por Ronaldo ter vencido troféus com Bola de Ouro, Liga dos Campeões e Campeonato da Europa, algo que o antigo jogador de Bari, Roma, Sampdoria, AC Milan, Inter ou Parma raras vezes esteve perto de ganhar.
 
Mas verdade seja dita. Talento não lhe faltava. Transportava nas pernas a técnica e a irreverência do futebol de rua. Surgiu com apenas 17 anos na equipa principal do clube da sua terra, o Bari, em 1999, e causou logo um enorme impacto na Serie A italiana. Depois de ter sido lançado às feras numa visita ao Lecce, a 11 de dezembro desse ano, voltou a ser titular uma semana depois, na receção ao Inter de Milão, então comandado por Marcello Lippi e que contava com craques como Ivan Zamorano, Christian Vieri, Laurent Blanc, Javier Zanetti, Álvaro Recoba ou Roberto Baggio.

Guilherme Espírito Santo, recordista no atletismo e no futebol do Benfica

Guilherme Espírito Santo marcou 199 golos em 285 jogos pelo Benfica
Num tempo em que o futebol ainda estava muito longe da profissionalização, era comum haver quem praticasse várias modalidades e até com algum nível de sucesso. Foi o caso de Guilherme Espírito Santo.
 
Descendente de são-tomenses, nasceu em Lisboa a 30 de outubro de 1919, mas aos oito anos mudou-se com a mãe para Luanda, tendo começado a jogar futebol na capital angolana, mais precisamente na formação do Sport Luanda e Benfica.
 
Benfiquista desde sempre, foi contratado em 1936 pelo clube do coração para suceder ao seu grande ídolo de juventude, Vítor Silva, depois de ter agradado nos treinos que fez à experiência, aos quais chegou com uma carta de recomendação da filial. Acabou por estrear-se pela equipa principal dos encarnados ainda com 16 anos, a 20 de setembro de 1936, tendo marcado um golo num triunfo sobre o Vitória de Setúbal por 5-2 num jogo particular disputado no campo dos Arcos, na cidade sadina.

O diabo loiro que bisou na estreia pelo Benfica e depois eclipsou-se. Quem se lembra de Paulo Nunes?

Paulo Nunes marcou dois golos em oito jogos pelo Benfica em 1997
Um dos avançados da moda no futebol brasileiro em meados da década de 1990, formou uma dupla infernal com Mário Jardel que fez do Grêmio vencedor da Libertadores em 1995, foi melhor marcador do Brasileirão em 1996 e tinha acabado de vencer a Copa América pelo Brasil quando foi contratado pelo Benfica no verão de 1997, protagonizando aí a maior venda de um clube brasileiro (10 milhões de dólares).
 
“Estive três meses em negociações. O meu empresário era o Gilmar Veloz, mas o dono do meu passe era um espanhol que comandava o Barcelona na época, que agora não lembro o nome… Estava a negociar com o Benfica e com o Deportivo da Corunha, mas eu queria muito ir para Portugal. O Benfica é dez vezes maior do que o Deportivo”, recordou ao Maisfutebol em outubro de 2016.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

“Igual a Pelé não existe nem nunca vai existir. A minha mãe fez-me e fechou a fábrica”

Pelé ajudou o Brasil a vencer três Campeonatos do Mundo
Três vezes campeão mundial e, segundo o próprio, autor de mais de mil golos ao longo de toda a carreira – embora todos os registos apontem para uma soma entre os 750 e os 800. Mais golo, menos golo, Pelé foi sem dúvida um dos melhores futebolistas de todos os tempos e também um fenómeno de popularidade.
 
Na década de 1980 cruzou-se com o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, que lhe deixou um elogio esclarecedor: “Muito prazer, sou o presidente dos Estados Unidos. Você não precisa de se apresentar porque toda a gente sabe quem é o Pelé.”

O mítico guarda-redes do Vitória FC na viragem do milénio. Quem se lembra de Marco Tábuas?

Marco Tábuas defendeu a baliza do Vitória de Setúbal em 155 jogos
A cantera do Vitória de Setúbal foi especialmente produtiva na década de 1990, com as promoções à equipa principal de jogadores como Sandro, Mário Loja, Bruno Ribeiro, Frechaut, Carlos Manuel, Mamede, Paulo Filipe, Nuno Santos e, claro, Marco Tábuas.
 
Guarda-redes de baixa estatura (1,78 m), à moda antiga, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Marítimo Rosarense, clube do concelho da Moita, de onde é natural. Em 1989-90 passou para a formação dos sadinos, tendo feito parte da equipa de juniores que, de forma polémica, perdeu o título nacional para o Boavista em 1994-95.
 
Na época seguinte transitou para a equipa principal, mas demorou a conquistar o seu espaço. Em 1995-96 não somou minutos, em 1996-97 foi emprestado ao Desportivo de Beja e em 1997-98 disputou só um jogo, tendo vivido quase sempre na sombra de Nuno Santos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A lenda belga que orientou o pior Sporting da história. Quem se lembra de Franky Vercauteren?

Vercauteren brilhou na Bélgica e desiludiu no Sporting
Franky Vercauteren foi um dos melhores futebolistas belgas de sempre, um destacado elemento da geração de ouro da Bélgica na década de 1980, um médio/extremo esquerdo 63 vezes internacional pelo seu país, que ajudou les diables rouges a concluir o Mundial 1986 em quarto lugar. Antes, havia marcado presença no Campeonato do Mundo de 1982 e no Euro 1984.
 
A nível de clube, venceu duas Taças das Taças e outras tantas Supertaças Europeias (1976 e 1978), uma Taça UEFA (1982-83), quatro campeonatos (1980-81, 1984-85, 1985-86 e 1986-87), uma Taça da Bélgica (1975-76) e duas Supertaças da Bélgica (1985 e 1987) ao serviço do Anderlecht, tendo ainda contribuído para mais uma caminhada até à final da Taça das Taças (1976-77) e outra até à final da Taça UEFA (1983-84). Em 1983 chegou a ser nomeado para a Bola de Ouro e recebeu o prémio de melhor futebolista do campeonato belga.

O médio das tranças que o FC Porto raptou. Quem se lembra de Kiki?

Kiki disputou 55 jogos pelo FC Porto entre 1989 e 1992
Médio raçudo e com qualidade técnica natural da cidade da Praia, capital de Cabo Verde, surgiu na equipa principal do Vitória de Guimarães em 1982, numa altura em que o treinador dos minhotos era José Maria Pedroto, após ter jogado por Académica da Praia, São Vicente, Sporting Clube da Praia e pela seleção do seu país, pela qual se estreou aos 17 anos.
 
Pouco utilizado, rumou ao Desportivo de Chaves em 1984, tendo ajudado o emblema flaviense a viver um período glorioso: subida à I Divisão em 1984-85, sexto lugar no primeiro escalão em 1985-86 e quinto lugar e consequente apuramento para a Taça UEFA em 1986-87. “O treinador era o Raul Águas e jogávamos um futebol lindo, de bola no pé e pelo campo inteiro. Chaves é uma cidade de gente boa e ainda há poucos anos lá fui a uma homenagem”, recordou ao Maisfutebol em março de 2013.

O holandês que jogou “no Arsenal, no Benfica e no Casino”. Quem se lembra de Glenn Helder?

Glenn Helder disputou 12 jogos pelo Benfica em 1996-97
Mais uma viagem ao período “Vietname” do Benfica. Quando chega um jogador de um grande clube ao futebol português automaticamente se pensa: ‘vem dali, tem de ser bom’. O problema é que essa teoria tantas e tantas vezes não bate certo. Se calhar, até bate mais vezes errado do que certo.
 
Neste caso, o veloz extremo neerlandês – na altura dizia-se holandês – Glenn Helder reforçou as águias em setembro de 1996 por empréstimo do Arsenal. Após ter despontado no Sparta Roterdão e no Vitesse e se ter tornado internacional pelos Países Baixos, assinou pelos gunners em fevereiro de 1995, por indicação do treinador George Graham, que acabou por deixar o cargo apenas uma semana depois de ter sido consumada contratação.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Zé Carlos, lateral que brilhou no São Paulo e foi vice-campeão mundial em 1998. Quem se lembra dele?

Zé Carlos ajudou o Brasil a chegar à final do Mundial 1988
O antigo lateral Zé Carlos, que disputou o Mundial 1998, em França, pela seleção brasileira, morreu esta sexta-feira, aos 56 anos, vítima de um "enfarte fulminante", informou o São Paulo, seu antigo clube.
 
O ex-futebolista sofreu uma paragem cardiorrespiratória enquanto dormia na casa de um familiar na cidade de Osasco, região metropolitana de São Paulo.
 
Zé Carlos, nascido a 14 de novembro de 1967 em Presidente Bernardes, a quase 600 quilómetros da capital paulista, teve uma carreira tardia, mas notável, tendo ganhado notoriedade ao serviço da equipa da Sociedade Esportiva Matonense, em 1997, quando o clube foi promovido à primeira divisão do Campeonato Paulista.

“As pessoas diziam-me: ‘se tivesses sido tu a dar o tiro no John Lennon, ele ainda estava vivo’”. Recorde Garry Birtles

Avançado Garry Birtles esteve no Manchester United entre 1980 e 1982
Aguentar a pressão e estar talhado para o estrelato não é para todos. Há quem tenha nascido para estar no lado mais modesto e Garry Birtles era um desses casos. Marcou cerca de 100 golos pelo Nottingham Forest durante as duas passagens que teve pelo clube e até venceu duas Taça dos Campeões Europeus, mas no Manchester United é recordado como um dos piores jogadores de sempre a atuar pelos red devils.
 
A 30 de maio de 1979 estava em Munique para jogar a final da Taça dos Campeões Europeus, diante do Malmö, e como sempre fazia em dias de jogo, havia deixado a barba do dia anterior. Mas, nessa ocasião, o treinador Brian Clough não gostou: “O que é que isso que tens na cara?” Birtles ainda lhe explicou que era uma superstição, mas foi obrigado a desfazer-se da pilosidade. “Vais já cortar isso. Não vais entrar na final da Taça dos Campeões com a barba por fazer”, atirou-lhe o técnico.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

“Tenho um rabo à prova de terramotos”. As melhores frases de Carlo Ancelotti

Ancelotti já venceu cinco Champions como treinador
Carlo Ancelotti não é um treinador que tenha uma imagem de marca, porque não tem sistema tático, modelo de jogo preferencial ou princípios de jogo que sejam identificáveis em todas as suas equipas. Mas talvez seja essa a sua imagem de marca: adapta-se (muito bem) ao que tem e é em função disso que constrói o jogar das suas equipas. E também é um bom gestor de egos, tal como já demonstrou ao leme de plantéis recheados de estrelas como os de AC Milan (2001 a 2009), Chelsea (2009 a 2011), Paris Saint-Germain (2011 a 2013), Real Madrid (2013 a 2015 e desde 2021) ou Bayern Munique (2016 e 2017).
 
No AC Milan começou com um 4x4x2 losango para conciliar Shevchenko e Inzaghi no ataque (com Rui Costa nas costas), mas a dada altura mudou para um sistema que ficou conhecido como a árvore de Natal (4x3x2x1), que permitia conciliar Rui Costa e Kaká no apoio ao ponta de lança

O flop equatoriano do FC Porto que só esteve um mês nas Antas. Quem se lembra de Kaviedes?

Kaviedes só esteve15 minutos em campo pelo FC Porto
Iván Kaviedes não era propriamente um jogador qualquer. Era um ídolo no Equador, tendo brilhado no Emelec, clube pelo qual se sagrou o melhor marcador mundial em 1998 (com 43 golos), e representado Perugia na Serie A e Celta de Vigo e Valladolid na Liga Espanhola quando ainda não era habitual ver futebolistas equatorianos nos principais campeonatos europeus. Mais tarde (em 2004-05) veio ainda a jogar pelo Crystal Palace na Premier League e a marcar presença em dois Campeonatos do Mundo (2002 e 2006).
 
Em janeiro de 2002, numa fase em que Pena estava a marcar poucos golos, Hélder Postiga ainda estava verde e Benni McCarthy preparava-se para representar a África do Sul na Taça das Nações Africanas, o FC Porto foi ao mercado recorrer ao empréstimo de Kaviedes junto do Celta. Na altura, o treinador portista ainda era Octávio Machado, que certamente terá dado o aval para a contratação.

O “pantera” brasileiro que só durou cinco meses no Benfica. Quem se lembra de Donizete?

Donizete marcou nove golos em 22 jogos pelo Benfica
Mais uma viagem no tempo até ao “Vietname” do Benfica para recordar um jogador que chegou à Luz com muito estatuto e muito hype, mas que não rendeu o desejado. Recrutado no verão de 1996, numa altura em que era chamado frequentemente à seleção brasileira e quando Manuel Damásio era o presidente e Paulo Autuori o treinador das águias, chegou a fazer bons jogos ao lado de João Vieira Pinto no ataque, mas acabou por regressar ao Brasil nas primeiras semanas de 1997.
 
“Não deu certo porque o grupo estava muito desunido. Isso atrapalhava muito, não só a equipa, mas atrapalhava também os jogadores que se queriam projetar. O Benfica tinha um grande plantel, tinha grandes jogadores, tinha jogadores de seleções, o João Pinto, o Panduru, o Valdo, o Preud’homme, mas faltava união”, recordou ao Maisfutebol em novembro de 2015.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

“Bergkamp é tão simpático, vai custar-me muito bater-lhe”. Quem se lembra de Tony Adams?

Tony Adams totalizou 669 jogos pelo Arsenal entre 1983 e 2002
Tony Adams era daqueles defesas que batia. E orgulhava-se disso. Jogava no limite da legalidade e bebia muito, enfim, um inglês à moda antiga. Estreou-se pela equipa do Arsenal quando tinha apenas 17 anos, em novembro de 1983, e despediu-se dos relvados somente em 2002, sempre ao serviço dos gunners, tendo conquistado quatro campeonatos, três Taças de Inglaterra, três Community Shield (Supertaça de Inglaterra), duas Taças da Liga e uma Taça das Taças.
 
Não era um primor técnico nem particularmente rápido ou inteligente, mas era duro e fazia mesmo questão de tocar no adversário. Ainda assim, teve uma carreira de grande sucesso, tendo também marcado presença nos Europeus de 1988, 1996 e 2000 e no Mundial 1998.
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