sábado, 11 de novembro de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Sp. Espinho na I Divisão

Sp. Espinho soma onze presenças na I Divisão
Fundado a 11 de novembro de 1914, o Sporting Clube de Espinho é um clube eclético que oferece um vasto leque de modalidades desportivas como futebol, voleibol, andebol, dança, natação, polo aquático, natação sincronizada, boxe, entre outros.
 
Futebolisticamente, desde cedo se destacou no panorama distrital de Aveiro e até mesmo a nível nacional, tendo atingido as meias-finais do antigo Campeonato de Portugal em 1924-25 e os quartos de final em 1929-30.
 
Presença assídua nos campeonatos nacionais desde a década de 1930, os tigres da Costa Verde somaram 45 presenças na antiga II Divisão Nacional, duas na III Divisão, dez na II Divisão B, onze na II Liga, sete no Campeonato de Portugal e onze na I Divisão. Ou seja, 86 (!) participações em campeonatos nacionais.
 
A melhor classificação dos espinhenses no primeiro escalão foi obtida em 1987-88, o 6.º lugar. Oito anos antes tinham alcançado a 7.ª posição.
 
Paralelamente, o emblema alvinegro foi campeão da II Liga em 1991-92, vice-campeão nacional da II Divisão em 1973-74 e 1978-79 e campeão Zona Centro da II Divisão B em 2003-04. Em termos de Taça de Portugal, o melhor que conseguiu foi atingir os quartos de final em 1941-42, 1988-89 e 1991-92.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Sp. Espinho na I Divisão.
 

10. Reis (87 jogos)

Reis
Ponta de lança natural de Maceira, concelho de Leiria, começou a jogar futebol nos juvenis do Marinhense, concluiu a formação na Académica e representou os seniores de União de Coimbra e Lusitânia de Lourosa, ingressou no Sp. Espinho na época 1976-77, marcada pela promoção à I Divisão.
Na época seguinte disputou 30 jogos (todos como titular) no primeiro escalão e apontou sete golos, diante de Varzim, Marítimo, Portimonense, Académica, Vitória de Setúbal, FC Porto e Vitória de Guimarães, insuficientes para impedir a despromoção à II Divisão.
Em 1978-79 sagrou-se campeão nacional do segundo escalão ao serviço dos tigres da Costa Verde e nas duas temporadas que se seguiram amealhou 57 encontros (47 a titular) e onze golos na I Divisão, ajudando os espinhenses a alcançar um honroso 7.º lugar em 1979-80.
“Continuo em Espinho porque gosto d cidade, gosto das pessoas da terra, estou muito satisfeito aqui, e se não estivesse já me tinha ido embora. Praticamente, comecei a ganhar dinheiro há coisa de três ou quatro anos, quando vim para o Norte, porque lá para baixo a coisa é bastante má. Mas principalmente considero-me compensado no aspeto das relações humanas, que julgo ser muito importante para o pleno rendimento de um jogador de futebol”, afirmou, em declarações ao Record, no início de 1980.
No verão de 1981 transferiu-se para o Vitória de Setúbal.
Viria a falecer em julho de 2011, aos 59 anos.
 
 

9. Coelho (87 jogos)

Carlos Coelho
Disputou o mesmo número de jogos de Reis, mas amealhou mais 733 minutos em camo – 7617 contra 6884.
Lateral direito que despontou no Atlético, transferiu-se da Tapadinha para o Sp. Espinho no verão de 1977.
Na primeira época ao serviço do emblema do distrito de Aveiro disputou 29 jogos (todos como titular) na I Divisão, mas mostrou-se impotente para impedir a despromoção.
Em 1978-79 sagrou-se campeão nacional do segundo escalão ao serviço dos tigres da Costa Verde e nas duas temporadas somou mais 58 partidas (todas como titular) e dois golos no patamar maior do futebol português, ajudando os espinhenses a alcançar um honroso 7.º lugar em 1979-80.
No verão de 1981 mudou-se para o Portimonense, clube que o viria a catapultar para a seleção nacional AA.
 
 

8. Eliseu (91 jogos)

Eliseu
Mais um lateral direito, este natural do Porto, com passagem pela formação do FC Porto e internacional jovem português, tendo marcado presença no Mundial de sub-20 em 1979. Depois de passagens por Leixões e Salgueiros, ingressou no Sp. Espinho no verão de 1984.
Em 1986-87 contribuiu para a promoção à I Divisão e nas duas épocas que se seguiram amealhou 62 encontros (todos com titular) e um golo no primeiro escalão. Se em 1987-88 ajudou os espinhenses a alcançar a melhor classificação de sempre no patamar maior do futebol português, o 6.º lugar, na temporada seguinte não conseguiu evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu nos tigres da Costa Verde, tendo conquistado o título nacional da II Liga em 1991-92 e somado mais 29 partidas (todas como titular) na I Divisão e dois golos, diante de Sporting e Estoril, insuficientes para impedir mais uma despromoção.
“Foram anos riquíssimos que aqui passei, com muitas alegrias e com algumas tristezas, como aconteceu quando perdemos uma finalíssima de promoção com o Salgueiros”, afirmou ao Record em novembro de 2014.
Depois de mais uma descida de divisão mudou-se para o Feirense.
 
 
 

7. Moinhos (92 jogos)

Moinhos
Extremo esquerdo natural de Vila Nova de Gaia e que despontou no Vilanovense, afirmou-se no Boavista, fez alguns bons anos no Benfica, tornou-se internacional AA e voltou ao Bessa antes de assinar pelo Sp. Espinho no verão de 1980, aos 31 anos.
Ao longo das quatro temporadas que passou nos tigres da Costa Verde amealhou 92 jogos (73 a titular) e 14 remates certeiros na I Divisão, não conseguindo impedir a descida de divisão naquela que foi a sua última época da carreira, em 1983-84.
Haveria de falecer a 7 de novembro de 2023, aos 74 anos.
 
 

6. Silvino (104 jogos)

Silvino
Guarda-redes de baixa estatura (1,66 m) natural de Vila Nova de Gaia, concluiu a formação no FC Porto e chegou a fazer parte do plantel principal dos dragões, mas não chegou a jogar pelos seniores azuis e brancos e foi obrigado a procurar melhor sorte noutras paragens, tendo ingressado no Sp. Espinho no verão de 1985.
Em 1986-87 contribuiu para a promoção à I Divisão, patamar em que nas duas épocas que se seguiram amealhou 70 partidas e 86 golos sofridos. Em janeiro e dezembro de 1987 somou quatro internacionalizações pela seleção de sub-21 e em 1987-88 contribuiu para a obtenção do histórico 6.º lugar, mas na temporada seguinte mostrou-se impotente para impedir a descida de divisão.
Após a despromoção voltou ao FC Porto, mas depois de uma passagem pelo Gil Vicente voltou a representar o emblema espinhense entre 1991 e 1993. Se em 1991-92 se sagrou campeão da II Liga, na época seguinte atuou em 34 encontros e sofreu 54 golos na I Divisão, voltando a não conseguir evitar a descida de divisão.
Depois de mais uma despromoção mudou-se para o Famalicão.
Após pendurar as botas tornou-se treinador, tendo assumido as funções de coordenador da formação do Sp. Espinho entre 2017 e 2018.
 
 
 

5. Vítor Móia (117 jogos)

Vítor Móia
O melhor marcador de sempre do Sp. Espinho na I Divisão, com 27 golos.
Avançado natural de Vila Real de Santo António, fez a formação no Belenenses e passou por Oliveirense, Famalicão, Cova da Piedade, Oriental, Benfica, Juventude de Évora, Estoril e pelos norte-americanos dos Rochester Lancers e pelos canadianos do Edmonton Drillers antes de reforçar o Sp. Espinho no verão de 1977.
Na primeira época ao serviço dos tigres da Costa Verde atuou em 26 jogos (24 a titular) na I Divisão e apontou cinco golos, diante de Académica, Sporting, Vitória de Setúbal e Riopele (dois), insuficientes para evitar a despromoção.
Em 1978-79 sagrou-se campeão nacional da II Divisão e na temporada que se seguiu disputou 19 encontros (15 a titular) no primeiro escalão e faturou por cinco vezes, frente a Beira-Mar, União de Leiria, Vitória de Guimarães, Marítimo e Portimonense, ajudando os espinhenses a alcançar um honroso 7.º lugar.
Em 1980-81 vestiu a camisola do Marítimo, mas depois voltou ao Sp. Espinho para somar mais 72 partidas (47 a titular) e 17 remates certeiros no patamar maior do futebol português, não conseguindo evitar a descida de divisão em 1983-84.
Após a despromoção mudou-se para o Paredes.
 
 

4. Carvalho (133 jogos)

Carvalho
Médio centro natural de Vila Nova de Gaia que concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior no FC Porto, representar o Beira-Mar antes de vestir pela primeira vez a camisola do Sp. Espinho em 1977-78.
Nessa temporada atuou em 22 jogos (11 a titular) na I Divisão, mas não conseguiu impedir a despromoção.
Seguiu-se um regresso não muito bem conseguido ao FC Porto e uma passagem de um ano pelo Varzim antes de voltar a jogar pelos tigres da Costa Verde entre 1980 e 1984, período no qual totalizou 111 encontros (105 a titular) e nove remates certeiros no primeiro escalão, voltando a não conseguir evitar a descida de divisão em 1983-84.
Após nova despromoção permaneceu mais um ano no emblema espinhense, tendo rumado ao União da Madeira no verão de 1985.
 
 

3. Vitorino Belinha (159 jogos)

Vitorino Belinha
Extremo esquerdo natural de Santa Maria da Feira, começou a jogar futebol no Paços de Brandão, de onde saltou para o Sp. Espinho no verão de 1978.
Na primeira época ao serviço dos tigres da Costa Verde conquistou o título nacional da II Divisão.
Já entre 1979 e 1983 somou 102 partidas (85 a titular) e 15 remates certeiros na I Divisão, contribuindo para a obtenção do honroso 7.º lugar em 1979-80.
Valorizado, deu o salto para o Boavista no verão de 1983, mas após três anos no Bessa acabou por regressar ao emblema espinhense, tendo contribuído para a subida ao primeiro escalão em 1986-87.
Nas duas temporadas que se seguiram amealhou 57 encontros (36 a titular) e cinco remates certeiros no patamar maior do futebol português, mostrando-se impotente para impedir a despromoção à II Divisão em 1988-89.
Haveria de permanecer no Sp. Espinho até 1991, quando se mudou para o União de Lamas.
 
 

2. Raúl (159 jogos)

Raúl Sousa
Disputou o mesmo número de jogos de Vitorino Belinha, mas amealhou mais 2407 minutos em campo – 13 852 contra 11 445.
Lateral esquerdo natural de Santa Maria da Feira que começou a carreira no FC Porto, passou ainda pelo União de Coimbra antes de vestir a camisola do Sp. Espinho durante nove temporadas, entre 1975 e 1984.
Ao longo desse período vivenciou as subidas à I Divisão em 1976-77 e 1978-79 (esta última com direito a conquista do título nacional da II Divisão), as despromoções à II Divisão em 1977-78 e 1983-84 e a obtenção do honroso 7.º lugar no primeiro escalão em 1979-80. Paralelamente, amealhou 159 encontros (157 a titular) e dois golos no patamar maior do futebol português, tendo envergado a braçadeira de capitão em múltiplas ocasiões.
No verão de 1984 transferiu-se para o União da Madeira.
Viria a falecer em setembro de 2023, aos 69 anos.
 
 

1. João Carlos (176 jogos)

João Carlos
Médio natural de Espinho, só conheceu um único clube numa carreira que durou entre 1972 e 1987, o Sporting Clube de Espinho, tendo entrado para as camadas jovens dos tigres da Costa Verde aos 14 anos.
Ao longo dessa dezena e meia de anos vivenciou momentos como as subidas à I Divisão em 1973-74, 1976-77, 1978-79 e 1986-87 (a primeira e a terceira com direito a conquista do título nacional da II Divisão), as despromoções à II Divisão em 1974-75, 1977-78 e 1983-84 e a obtenção do honroso 7.º lugar no primeiro escalão em 1979-80.
Paralelamente, totalizou 176 partidas (149 a titular) e dez remates certeiros no patamar maior do futebol português, tendo ficado conhecido como o “rei dos pelados”.
“O nosso campo só foi relvado em 1983, até aí era um pelado e não era fácil jogar nesse tipo de terreno, sobretudo quando chovia. Como tinha capacidade técnica, os jornais diziam que eu era o rei dos pelados, o que sempre entendi como um elogio que ainda hoje os mais antigos me fazem”, recordou ao Record em novembro de 2014.
“Vivi grandes momentos neste clube, onde venci algumas vezes o Sporting e o FC Porto, sim; o Benfica também, mas só uma vez”, acrescentou.
“Cheguei a ter propostas para sair, mas fui ficando sempre; uma vez foi o Marítimo que me seduziu e até tinha tudo tratado para ir para a Madeira. Acabei por ficar... porque gostava muito do meu Espinho”, lembrou. 




 




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