segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A eterna promessa do Benfica que ficou por cumprir. Quem se lembra de João Peixe?

João Peixe sagrou-se campeão europeu de sub-18 em 1994
38 internacionalizações pelas seleções jovens, um título de campeão europeu de sub-18 (em 1994) e grande parte da formação feita no Benfica. João Peixe foi uma das principais promessas do futebol português na década de 1990, mas teve uma carreira que não esteve ao nível do potencial que apresentava.
 
Natural da Nazaré, filho de um pescador e primo do antigo médio internacional português Emílio Peixe, cedo mostrou gosto e jeito para jogar à bola. Em 1988, quando tinha 13 anos, deixou o Nazarenos e deu o salto para o Benfica, passando a viver no centro de estágio debaixo das bancadas do antigo Estádio da Luz.
 
Com o passar do tempo surgiram as primeiras internacionalizações, ao lado de Nuno Gomes, Quim, Bruno Caires ou Jorge Silva, da mesma geração, tendo vencido os Jogos Olímpicos da Juventude Europeia, um torneio de sub-16, em 1991. Seguiu-se a participação no Europeu de sub-16 e no Europeu de sub-18 em 1993, antes da conquista do Europeu de sub-18 em 1994.
 
Paralelamente, foi chamado a integrar os trabalhos da equipa sénior, então orientada por Toni, quando ainda era júnior. Em 1994-95 era para fazer parte do plantel principal, já comandado por Artur Jorge, mas acabou prejudicado por chegar tarde aos trabalhos da equipa em virtude da presença no Campeonato da Europa de sub-18 e nunca foi opção.
 
Em dezembro de 1994, este jovem avançado foi emprestado ao Estrela da Amadora, tendo realizado uma meia época razoável na Reboleira às ordens de Fernando Santos, apesar de uma lesão ligamentar o ter impedido de ir ao Mundial de sub-20, no Qatar, no final da temporada.
 
 
Na época seguinte rejeitou continuar a vestir a camisola tricolor – o maior arrependimento da sua carreira –, por ter o sonho de jogar em Inglaterra, e chegou a estar com tudo acertado com o Darlington, mas o Benfica exigiu que regressasse a Portugal e acabou por ser cedido à Académica e depois ao Alverca, na altura um clube-satélite dos encarnados.
 
Nessa altura começou a trocar regularmente de clube, o que nunca o beneficiou. Paralelemente, ficou riscado das seleções jovens nacionais após ter concedido algumas entrevistas algo polémicas, queixando-se da ausência do Mundial de sub-20 no Qatar, tendo em conta que o médico da Estrela da Amadora o considerava recuperável para o torneio.
 
Até ao final da carreira representou ainda Desportivo das Aves, Desportivo de Beja, Oriental, Sp. Covilhã, Marco, Sanjoanense, Pedras Rubras, Sp. Pombal, União Micaelense, Académico de Viseu, Estarreja, Benfica Castelo Branco, União da Serra, Rio Maior, Tondela, Torreense, Penamacorense, Custóias, Perafita, Vila FC e Valonguense em Portugal, sempre nas divisões secundárias, e o Ionikos, da I Liga da Grécia. Se incluirmos os anos de camadas jovens, vestiu a camisola de 27 clubes.
 
Na fase final do seu trajeto como futebolista começou também a exercer na área da fisioterapia, massagem e recuperação. Já retirado, chegou a ser agente de jogadores durante três anos. 



 
 




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