A promessa do Flamengo que desiludiu no Dragão. Quem se lembra de Ibson?
Ibson tinha apenas nove anos
quando ingressou na Gávea, centro de treinos das camadas jovens do Flamengo,
e cedo ganhou a fama de médio habilidoso e promissor, tendo sido lançado na
equipa principal do mengão
em 2003, quando tinha apenas 19 anos.
No segundo ano de sénior
tornou-se um titular indiscutível no Fla,
tendo contribuído para a conquista do campeonato carioca e para a caminhada até
à final da Copa do Brasil. A transferência para um clube
europeu tornou-se inevitável e foi consumada a 2 de fevereiro de 2005 pelo
então campeão continental FC
Porto, que investiu 1,8 milhões de euros na contratação do centrocampista
canarinho numa altura em que já se previa a saída de Maniche
para o Dínamo Moscovo. “Marco bem e saio para o jogo com bastante velocidade”,
descreveu-se durante a sua apresentação como jogador dos azuis
e brancos. Ibson até começou bem a sua
aventura no Dragão.
Às ordens de José
Couceiro, foi titular nas derradeiras 14 jornadas da I
Liga em 2004-05, tendo marcado um golo à Académica
na última ronda.
Entretanto, chegaram Co Adriaanse
para o comando técnico e Paulo Assunção e Lucho
González para o meio-campo, o que, aliado à ascensão de Raul Meireles,
retirou espaço ao médio brasileiro. Em 2005-06 não foi além 25 jogos em todas
as competições, entre os quais 16 na condição de titular – 12 ainda na primeira
metade da época –, mas marcou um golo ao Gil
Vicente e festejou a conquista da dobradinha.
Entretanto, o interino Rui Barros
e depois Jesualdo Ferreira sucederam a Adriaanse, o que pouco mudou no estatuto
de Ibson: 17 partidas em 2006-07, mas apenas cinco na condição de titular.
Ainda assim, festejou a conquista da Supertaça
Cândido de Oliveira e novamente do campeonato nacional. Ibson continuou ligado
contratualmente ao FC
Porto até julho de 2009, quando foi transferido para o Spartak Moscovo por
4 milhões de euros, mas desde o verão de 2007 até essa mudança para a Rússia
que esteve emprestado ao Flamengo,
tendo contribuído para a conquista de um campeonato brasileiro (2009) e de dois
campeonatos cariocas (2008 e 2009). Paralelamente, foi eleito melhor médio
direito do Brasileirão em 2007.
Depois de dois anos no futebol
russo, regressou ao Brasil em 2011 pela porta do Santos,
que pagou o equivalente a cinco milhões de euros pelo seu passe. Depois de um
campeonato paulista pelo peixe
(2012), voltou uma vez mais ao Flamengo,
venceu uma Recopa Sul-Americana pelo Corinthians
(2013) e reentrou no futebol europeu na primeira metade de 2014 para atuar
pelos italianos do Bolonha. Entre 2015 e 2018 representou os
norte-americanos do Minnesota United e em 2019 voltou ao Brasil para
representar clubes de pequena dimensão, como Tombense, Amazonas, Ipatinga e Nacional
de Muriaé.
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