quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Onze ideal de jogadores que jogaram por Barreirense e Palmelense

Palmelense e Barreirense vão defrontar-se este domingo na Verderena
Dois clubes de concelhos vizinhos, Barreirense e Palmelense têm historiais bem diferentes, uma vez que os do Barreiro contabilizam mais de duas dezenas de participações na I Divisão, enquanto os de Palmela estiveram apenas 16 anos nos campeonatos nacionais (dois na II Divisão Nacional e 14 na III Divisão). No confronto direto, também há uma clara supremacia dos alvirrubros.
 
No entanto, foram dezenas e dezenas os jogadores que representaram as equipas principais de ambos, um ponto de interseção que em muito se deve à proximidade geográfica.
 
A poucos dias de se defrontarem na Verderena na 9.ª jornada da I Distrital (domingo, às 15h), vale a pena conferir o nosso onze ideal de futebolistas que passaram tanto por Barreirense como por Palmelense, distribuídos em campo num 4x4x2.
 

Francisco Pardana (guarda-redes)

Francisco Pardana
Guarda-redes natural do Barreiro e formado no Barreirense, ascendeu à equipa principal em 2015-16, mas viveu duas épocas na sombra de guardiões como Kaká Soares, Kevin Bernardeco, Tiago Jorge, Gonçalo Carvalho ou Amir Abedzadeh, não indo além de um total de quatro jogos oficiais.
No verão de 2017 mudou-se para o Palmelense. Bastante utilizado por Jaime Margarido na única temporada que passou em Palmela, somou 34 jogos e 51 golos sofridos entre campeonato e taça em 2017-18.
Valorizado, no final dessa época ingressou no Cova da Piedade, tendo atuado sobretudo pelos sub-23 na Liga Revelação.
Seguiram-se passagens por Sintra Football, FabrilPinhalnovenseOriental, Villa Athletic Club e Oriental Dragon antes de regressar ao Barreirense em 2023-24. Não foi um titular absoluto ao longo dessa temporada, tendo alternado muito com Vítor Rodrigues e até com os mais jovens Fernando Barbosa e Rodrigo Gomes, mas atuou em 13 partidas no Campeonato de Portugal e sofreu 11 golos.
Depois mudou-se para o Vitória de Setúbal.
 
 
 

Diogo (defesa central)

Diogo
Médio angolano de características defensivas, surge neste onze ideal no eixo da defesa por uma questão de conveniência, devido à falta de alternativas.
Formado no Barreirense, transitou para a equipa principal em 1987-88, tendo feito parte da equipa que em 1989-90 esteve quase a subir à I Liga e que acabou por se apurar para a edição inaugural da II Liga, em 1990-91.
No verão de 1993 mudou-se para o Maia e nas épocas que se seguiu representou Sp. Espinho, novamente MaiaFeirenseUnião de MontemorAmoraOperário Lagoa e Juventude de Évora antes de se despedir da carreira de futebolista na III Divisão Nacional com a camisola do Palmelense em 2000-01, não conseguindo impedir a despromoção aos campeonatos distritais. Pelo meio tornou-se internacional angolano e marcou presença na CAN 1996.
Entretanto emigrou para a Suíça, onde encerrou a carreira de futebolista e permaneceu a trabalhar noutras aéreas.
 
 

Manuel Almeida (defesa central)

Manuel Almeida
Defesa/médio que havia representado Luso e Comércio e Indústria na III Divisão Nacional e Montijo na II Divisão, defendeu as cores do Barreirense entre 1981 e 1983, na II Divisão.
Depois regressou ao Montijo e passou pela Quimigal antes de vestir a camisola do Palmelense entre 1991 e 1993. Em 1991-92 conquistou o título distrital da AF Setúbal e na época que se seguiu ajudou o conjunto de Palmela a assegurar a permanência na III Divisão.
No verão de 1993 voltou à Quimigal, clube pelo qual viria a encerrar a carreira de futebolista dois anos depois, aos 40 anos.
 
 

Farinha (lateral direito)

Farinha
Lateral direito natural do Barreiro e formado na Quimigal [atual Fabril], passou ainda pelo Luso antes de representar o Palmelense em 1996-97, na altura na III Divisão Nacional, ajudando a equipa a fazer uma época tranquila.
No verão de 1997 transferiu-se para o Barreirense. Titular indiscutível no lado direito da defesa alvirrubra durante a meia dúzia de épocas que passou no clube, disputou um total de 167 encontros (161 a titular) e apontou três golos, tendo feito parte da equipa que em 1998-99 ficou a apenas um ponto de subir à II Liga.
Em 2003 deixou o Dom Manuel de Mello para rumar ao Olivais e Moscavide.
 
 
 

Bailão (lateral esquerdo)

João Bailão
Fez quase toda a carreira como médio ofensivo ou extremo, mas por uma questão de conveniência surge neste onze ideal como lateral esquerdo, uma posição que chegou a desempenhar no Barreirense.
Formado no Vitória de Setúbal, estreou-se como futebolista sénior no Palmelense em 2007-08, temporada em que competiu na I Divisão Distrital da AF Setúbal, disputou 26 jogos e apontou dois golos.
Seguiram-se passagens por Fabril, Zambujalense e Alfarim antes de se mudar para o Barreirense no verão de 2011. Logo na primeira época na Verderena conquistou o título distrital e a Taça AF Setúbal. Já em 2012-13 fez parte da equipa que alcançou a segunda promoção consecutiva, desta vez ao então denominado Campeonato Nacional de Seniores, patamar em que totalizou 58 jogos e 14 golos no somatório das épocas 2013-14 e 2015-16. Pelo meio, voltou a sagrar-se campeão distrital em 2014-15.
Valorizado, deu o salto para o Casa Pia. No entanto, voltou ao Alfarim ao fim de meio ano, e acabou por regressar ao Barreirense no verão de 2018 para jogar mais uma temporada na Verderena (36 jogos/16 golos) antes de interromper o percurso como futebolista.
Em 2020 voltou aos alvirrubros para assumir a função de treinador adjunto na equipa principal até 2022.
 
 
 

Hilário (médio defensivo)

Hilário
Médio defensivo natural de Sarilhos Pequenos, concelho da Moita, despontou no 1º de Maio Sarilhense e passou pela Quimigal antes de passar pela primeira vez pelo Barreirense entre 1982 e 1984, na altura para competir na II Divisão Nacional.
Seguiram-se aventuras no Vitória de Guimarães e no Belenenses antes do regresso ao Dom Manuel de Mello no verão de 1988. Em 1989-90 contribuiu para o apuramento para a edição inaugural da II Liga, na qual participou em 34 encontros, todos na condição de titular, mas sem conseguir evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais dois anos no clube, tendo participado numa eliminatória da Taça de Portugal frente ao Sporting em novembro de 1992.
No verão de 1993, ao fim de mais de 160 jogos nesta segunda passagem pelos alvirrubros, transferiu-se para o Palmelense, clube que representou durante apenas uma época, na III Divisão Nacional, ajudando a equipa a assegurar a permanência.
 
 

Paulo Diogo (médio centro)

Paulo Diogo
Médio centro com formação dividida entre Desportivo Portugal, Moitense e Barreirense, transitou para a equipa principal dos alvirrubros em 1989-90, marcada pelo apuramento para a edição inaugural da II Liga.
Na época seguinte disputou 14 jogos no reformulado segundo escalão, naquela que foi a única temporada em que competiu nas ligas profissionais.
Após cerca de duas dezenas de encontros oficiais nos dois anos que se seguiram, com os alvirrubros a militar na II Divisão B, mudou-se para o Torres Novas.
Depois de passagens por Beneditense, União de Montemor, Juventude de Évora e Amora, ingressou no Palmelense em 2000-01, não conseguindo impedir a despromoção aos campeonatos distritais.
 
 

Praia (extremo)

Praia
Extremo direito natural de Matosinhos e formado nas camadas jovens do Leixões, transitou para a equipa principal em 1966-67, mas foi na época seguinte que explodiu, ao ponto de logo a seguir se ter transferido para o Benfica.
Em maio de 1969 tornou-se internacional sub-21, mas foi sempre pouco utilizado na Luz, perante a concorrência dos consagrados José Augusto e Simões e dos jovens Nené e Raul Águas, pelo que se transferiu para o Vitória de Setúbal no verão de 1971, a pedido do treinador sadino José Maria Pedroto, no âmbito do negócio que levou Vítor Baptista para o Benfica.
Após dois anos no Bonfim reforçou o Barreirense em 1973-74, tendo apontado dois golos em 12 jogos na I Divisão, insuficiente para impedir a despromoção.
Seguiram-se passagens por Boavista, Varzim e Montijo antes de voltar ao Dom Manuel de Mello em 1978-79, a última época dos alvirrubros no primeiro escalão, tendo sido utilizado em onze partidas (três como titular).
Depois de quatro anos no Montijo, despediu-se da carreira de futebolista ao serviço do Palmelense em 1982-83, nos distritais da AF Setúbal.
Viria a morrer relativamente jovem, a 16 de janeiro de 2013, quando tinha apenas 65 anos, vítima de doença prolongada.
 
 

Luís Filipe Galvão (extremo)

Luís Filipe Galvão
Extremo esquerdino internacional sub-18 natural da Moita, concluiu a formação e fez os primeiros anos de sénior no Barreirense no início da década de 1980.
Após destacar-se na II Divisão Nacional em 1983-84, época em que apontou sete golos em 26 jogos, deu o salto para o Belenenses, tendo ainda passado pelo Farense antes de regressar ao Dom Manuel de Mello no verão de 1987.
Depois de 45 jogos e quatro golos na II Divisão ao serviço dos alvirrubros mudou-se para o Benfica Castelo Branco.
Seguiram-se passagens por Mealhada e Montijo antes de vestir a camisola do Palmelense entre 1995 e 1998, ajudando a equipa de Palmela a estabelecer-se na III Divisão. Em 1995-96 esteve perto da subida à II Divisão B, mas os palmelões foram superados por Juventude de Évora e Imortal.
Após esses três anos no Cornélio Palma voltou ao clube onde começou a jogar futebol, o Marítimo Rosarense, para encerrar a carreira.
 
 

Gamboa (avançado)

Gamboa
Extremo/avançado rapidíssimo formado no Vitória de Setúbal, integrou a equipa principal dos sadinos entre 1977 e 1979, tendo chegado a jogar na I Divisão.
Seguiram-se passagens por FafeMontijoCova da Piedade e Esperança de Lagos antes de representar o Barreirense entre 1987 e 1989, na II Divisão Nacional.
Entretanto regressou aos lacobrigenses e passou pelo Imortal antes de ingressar no Palmelense já na reta final da carreira, em 1992.
Acabou por ficar quatro anos em Palmela, sempre a competir na III Divisão Nacional, tendo ficado bastante perto da subida à II Divisão B na temporada de despedida do clube e do percurso como futebolista, em 1995-96.
 
 

Joy (avançado)

Joy
Avançado nascido em Luanda, mas radicado em Portugal desde tenra idade, concluiu a formação no Barreirense, tendo transitado para a equipa principal em 1985-86.
Após 50 jogos e dez golos ao serviço dos alvirrubros na II Divisão ao longo de três temporadas mudou-se para o Vasco da Gama de Sines durante o verão de 1988.
Depois de passagens por Vasco da Gama de Sines, Esperança de Lagos, Alverca, Desp. Aves, Feirense e Desp. Beja, ingressou pela primeira vez no Palmelense em 1997-98, na altura para competir na III Divisão Nacional.
Na temporada seguinte representou o Alcochetense, mas depois voltou a Palmela para as duas últimas épocas da carreira, despedindo-se dos relvados após a despromoção aos campeonatos distritais em 2001, aos 33 anos.









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