domingo, 20 de setembro de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Esperança de Lagos na II Divisão B

Esperança de Lagos contabilizou quatro participações na II Divisão B
Fundado a 20 de setembro de 1912, o Clube de Futebol Esperança de Lagos sucedeu ao Lagos Football Clube e deve o seu nome à namorada de um dos fundadores, José Victor Adragão, que tinha um romance com Esperança Rodrigues.

O emblema lacobrigense, um dos mais antigos do Algarve, contabilizou sete presenças na II Divisão durante as décadas de 1970 e 1980. Após a reformulação dos quadros competitivos participou por quatro vezes (consecutivas) na II Divisão B, entre 1990-91 e 1993-94, tendo alcançado na primeira dessas temporadas, o 11.º lugar. Em termos de Taça de Portugal o melhor que conseguiu foi atingir os quartos de final em 1980-81.


Desde que caiu na III Divisão Nacional, em 1994, que o Esperança tem alternado entre o último patamar nacional e o primeiro distrital, estando presentemente a competir no Campeonato de Portugal.

Vale por isso a pena recordar os dez futebolistas com mais jogos pelo Esperança de Lagos na II Divisão B.


10. Magno (60 jogos)

Magno
Extremo brasileiro que chegou a Portugal em 1988 para representar o Portimonense, então na I Divisão, não encontrou espaço, mas prosseguiu a carreira no Algarve ao serviço do Almancilense.
Em 1990-91 mudou-se para o Esperança da Lagos, tendo nessa época disputado 31 jogos (nove a titular) e apontado seis golos, diante de Alverca (dois), Oriental, Seixal, Olhanense e União de Santiago.
Na temporada seguinte atuou em 29 partidas (24 a titular) e faturou por quatro vezes, frente a Lusitânia, O Elvas, Lusitano Évora e Imortal.
Depois mudou-se para o Moura.


9. Carlos Brito (76 jogos)

Carlos Brito
Defesa central de baixa estatura nascido em Angola, começou nas camadas jovens do Centro de Lagos, mas fez quase toda a formação no Esperança, clube pelo qual chegaria à categoria sénior em 1990-91, época em que participou num jogo.
Embora as lesões não lhe tivessem dados tréguas, atuou em 13 partidas (12 a titular) na temporada seguinte e 31 em ambas as épocas que se seguiram, tendo por isso feito parte das quatro participações dos lacobrigenses na II Divisão B.
Após a descida à III Divisão permaneceu no clube até 1999, tendo pendurado as botas ainda antes de comemorar o 28.º aniversário, despedindo-se da carreira em 1999-00 ao serviço do Mexilhoeira Grande.
“Um jogador que vai cimentando as suas qualidades, cujo posicionamento no terreno e leitura de jogo, velocidade de reação e agilidade, dão-lhe o brilho necessário para que em termos técnicos venha a melhorar gradualmente, constatando-se que temos entre nós um valor incontestável e que num futuro próximo dará o salto para o topo do futebol português”, escreveu no início da década de 1990 o Correio de Lagos, num recorte recuperado pelo Arquivo C.F.E.L.


8. Zequinha (80 jogos)

Zequinha
Avançado possante, combativo e bom cabeceador natural de Sesimbra, que vinha a fazer uma carreira maioritariamente em clubes da margem sul do Tejo, teve três passagens pelo Esperança de Lagos: a primeira entre 1981 e 1983 (na II e na III Divisão), a segunda entre 1985 e 1987 (na III e na II) e a terceira entre 1989 e 1993 (na III e na II B).
Nesta última passagem, já depois de ter passado por dois dos clubes mais importantes da II Divisão, Gil Vicente e Recreio de Águeda, ajudou a formação lacobrigense a ascender à II Divisão B e a manter-se por lá nos anos seguintes.
Em três anos em Lagos a jogar a II B somou 80 jogos (66 a titular) e 11 golos, diante de Seixal, Loures, Juventude de Évora, Sintrense e Olivais e Moscavide (dois) em 1990-91, Silves, União de Santiago e Lusitânia na época seguinte e Olivais e Moscavide e Montijo em 1992-93.
Depois rumou ao Sesimbra, então nos distritais da AF Setúbal.


7. Paulinho (86 jogos)

Paulinho
Médio ofensivo/extremo esquerdino, talentoso e com um remate forte, foi um dos principais jogadores do Esperança de Lagos durante a década de 1990.
Lacobrigense de gema, passou pelo clube nas camadas jovens e voltou quando ascendeu a sénior, tendo passado pelos juvenis e juniores do Farense pelo meio.
Em 1991-92 disputou 21 jogos (13 a titular) e marcou um golo ao Vasco da Gama de Sines. Na época seguinte ganhou espaço, participando nas 34 jornadas (32 a titular) e apontando dois golos, diante de Fanhões e Lusitano Évora. E na terceira e última temporada na II Divisão atuou em 31 encontros (31 a titular) e faturou por três vezes, frente a União de Montemor, O Elvas e Fanhões.
Haveria de continuar no clube até 2000, sempre na III Divisão, tendo, entretanto, conquistado o estatuto de capitão. “Paulinho é simplesmente o patrão da equipa, goleador e armador de jogo. Saltando da ala esquerda para o centro do terreno, este jogador tem notas elevadas”, escreveu em 1998-99 o Jornal de Lagos, num recorte recuperado pelo Arquivo C.F.E.L.
Em 2000 rumou ao vizinho Odiáxere, clube pelo qual jogou na II Divisão Distrital durante os dois derradeiros anos da carreira.


6. Zé Manuel (94 jogos)

Zé Manuel
Avançado veloz e possante nascido na Guiné-Bissau, mas desde tenra idade em Portugal, passou por Estrela da Amadora e Samora Correia na II Divisão no final da década de 1988 antes de rumar ao Algarve para representar o Silves em 1988.
Três anos depois transferiu-se para o Esperança de Lagos, clube pelo qual brilhou entre 1991 e 1994 na II Divisão B, tendo somado um total de 94 jogos (76 a titular) e 20 golos, tendo brilhado sobretudo em 1992-93, quando amealhou 14 remates certeiros.
Atlético, Amora, Silves e Juventude Évora em 1991-92, Quarteirense (dois), União de Santiago (três), Fanhões, Alverca, Lusitano Évora (três), Vasco da Gama de Sines (dois), Sintrense e Montijo na época seguinte e Alverca e Fanhões em 1993-94 foram as vítimas de Zé Manuel.
Seguiu-se o salto para o Portimonense, então na II Liga, onde não foi feliz.
Porém, haveria de regressar a Lagos em 1996 para jogar duas épocas na III Divisão.


5. Hélder Lúcio (94 jogos)

Hélder Lúcio
Disputou 94 jogos tal como Zé Manuel, mas amealhou mais 1200 minutos em campo – 8357 contra 7157.
Defesa central/trinco lacobrigense, subiu a pulso na carreira, tendo jogado nos distritais ao serviço de modestos emblemas como Amador de Lagos, Mexilhoeira Grande, Aljezurense e Alvorense antes de chegar à II Divisão em 1987 para representar o Silves.
Dois anos depois assinou finalmente pelo clube mais representativo da terra-natal, ajudando o Esperança a subir à II Divisão B em 1990. Seguiram-se três anos como titular indiscutível no terceiro escalão do futebol português, tendo somado 94 jogos (todos como titular) e quatro golos – União de Santiago, Quarteirense e Juventude Évora em 1991-92 e O Elvas na época seguinte foram as vítimas de Hélder Lúcio.
Embora tivesse os estatutos de titular indiscutível e capitão, no verão de 1993 deixou o Esperança e voltou ao Alvorense, então nos distritais.
A sua filha, Cláudia Neto, é uma das melhores futebolistas portuguesas de todos os tempos.


4. Helinho (96 jogos)

Helinho
Lateral esquerdo/médio lacobrigense, cumpriu grande parte da formação no Sporting, ao lado de jogadores como Paulo Torres, Abel Xavier, Secretário, Amaral e Cadete, chegando a jogar pela seleção nacional de sub-16.
Quando subiu a sénior rumou ao Samora Correia, mas no verão seguinte, o de 1990, regressou a Lagos para representar o Esperança. Em quatro temporadas na II Divisão B ao serviço do clube da terra totalizou 96 jogos (92 a titular) e dois golos, ambos de penálti em 1991-92, diante de Amora e Montijo.
Após a descida à III Divisão haveria de continuar no clube por mais uma época, rumando depois aos açorianos do União Micaelense.
Em 1998 voltou ao Esperança de Lagos para mais dois anos com a camisola amarela, ambos na III Divisão. Nesta última fase da carreira deixou o lado esquerdo da defesa para reforçar o meio-campo, conforme frisa um recorte retirado Jornal de Lagos pelo Arquivo C.F.E.L.: “Helinho é a grande novidade na mudança tática, surgindo no meio-campo quase sempre como trinco. Regressou a uma posição que lhe era familiar no Sporting e onde se sente como peixe na água. Melhorou os seus níveis exibicionais e emprestou outra dinâmica à equipa.”


3. Carlinhos (98 jogos)

Carlinhos
Médio ofensivo lacobrigense muito rápido, dinâmico e tecnicista, foi formado no Esperança de Lagos e subiu à equipa principal em 1988-89, então na II Divisão, não evitando a despromoção à III.
Na época seguinte subiu à II B e por lá ficou durante quatro temporadas, as melhores de uma carreira marcada por lesões, tendo acumulado 98 jogos (76 a titular) e quatro golos, diante de Juventude Évora e Olivais e Moscavide em 1990-91 e frente a Quarteirense e Imortal na temporada que se seguiu.
Após a descida à III Divisão continuou no clube até 2000, rumando depois ao vizinho Odiáxere, tal como Helinho e Paulinho. Pelo meio esteve quase para se mudar para Lisboa, em virtude do seu ingresso na universidade, mas acabou por ficar matriculado na Universidade do Algarve.
“Apoquentado por diversas lesões, há muito que este talentoso médio não pode exteriorizar as suas faculdades. De facto, todos anseiam que Carlinhos possa pôr em prática toda a sua classe e contribuir decisivamente para o sucesso da equipa”, escreveu o Correio de Lagos em 1995-96. “Carlinhos voltou a ter alegria e a revelar as suas faculdades. Quem sabe nunca esquece. As lesões têm castigado este jogador, mas quando em condições normais, pauta as suas intervenções com notas altas”, podia ler-se no Jornal de Lagos três épocas depois, em mais um recorte recuperado pelo Arquivo C.F.E.L.


2. Pá (98 jogos)

Disputou 98 jogos tal como Carlinhos, mas amealhou mais 2272 minutos em campo – 8506 contra 6234.
Defesa central/trinco que vinha a fazer carreira na região centro ao serviço de clubes como Quiaios e Mealhada, rumou ao sul do país para assinar pelo Esperança de Lagos em 1990.
Em três temporadas ao serviço dos lacobrigenses foi titular em 95 dos 98 que disputou na II Divisão B e marcou dois golos, diante do Oriental em 1990-91 e do Silves na época seguinte.
Após ajudar os algarvios a assegurar a permanência por três vezes consecutivas rumou a norte para representar os transmontanos do Régua.


1. Márcio (110 jogos)

Márcio
Por último, mas nem por isso menos importante, o médio brasileiro Márcio, formado no conceituado Vasco da Gama e que chegou a Portugal em janeiro de 1989 para representar o Oriental na II Divisão.
Meio ano depois rumou ao Algarve para jogar pelo Almancilense e em 1990-91 reforçou o Esperança de Lagos, clube que haveria de representar durante quatro temporadas, sempre na II Divisão B e como titular indiscutível.
Pelo emblema lacobrigense disputou 110 jogos (102 a titular) e marcou 15 golos, diante de  Seixal, Loures e Sintrense em 1990-91, Quarteirense, Alverca, Atlético (dois) e Vasco da Gama de Sines na época seguinte, Sintrense, Olhanense e Olivais e Moscavide em 1992-93 e Olivais e Moscavide, Barreirense, Alverca e O Elvas na quarta e derradeira temporada.
Após a despromoção rumou ao Benfica Castelo Branco para continuar a jogar na II Divisão B.
























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